ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
O Americano John McCain
“John McCain disrespects Obama by telling the President to get over his Temper Tantrum”
(como se estivesse a dizer ao seu Presidente para acabar com a sua birra de vez – tudo motivado pela cambalhota eleitoral do Primeiro-Ministro de Israel, apoiante da solução apontando para a existência lado a lado de dois estados independentes, mas agora opondo-se à mesma)
John McCain – aqui como prisioneiro de guerra no Vietname
(num hospital de Hanói depois do seu avião ter sido abatido)
Um norte-americano que passados mais de seis anos sobre a sua candidatura pelo partido republicano à presidência dos EUA, ainda não conseguiu perceber como é que terá perdido as eleições para um democrata ainda por cima colorido. Mesmo depois de já se terem realizado outras eleições presidenciais e nesse caso ter sido o seu colega Mitt Romney a perder contra o colorido. Para os republicanos só lhes falta mesmo perder (para se redimirem dos seus pecados), contra um democrata e do sexo feminino.
Tendo no seu currículo como parte fundamental da sua biografia pessoal (e que mais tarde o lançou na sua carreira política e até na corrida presidencial) ter sido um almirante de quatro estrelas da marinha dos EUA (retirou-se em 1981), um prisioneiro de guerra durante o conflito do Vietname (durante seis anos e após ser abatido – como aviador ao serviço da marinha – durante um bombardeamento a Hanói) e finalmente após a sua candidatura e eleição, ter sido nomeado representante republicano na Câmara e no Senado norte-americano.
O mesmo político norte-americano e republicano que hoje ataca o seu Presidente democrata pela sua estratégia política escolhida para o Médio Oriente (com a aparente aproximação do presidente ao Irão), assim como se mostra cada vez mais impaciente pelos EUA e os seus aliados na Europa não tomarem uma posição mais decisiva e agressiva para com a Rússia, no violento conflito em curso na Ucrânia (neste momento vivendo um tempo precário de aparente cessar-fogo). Não se coibindo de elogiar um político estrangeiro (ainda por cima extremamente dependente e dispendioso para os EUA), para desse modo provocar, diminuir e insultar o seu Presidente – tal como ele, um cidadão norte-americano.
Mas o problema principal para este tipo de políticos que acham que têm sempre razão e que nunca se enganam é que eles sabem que tudo neles não passa de uma mera montagem e encenação: e como daí sempre resulta um cardápio de soluções com imensas variações e critérios de aferição (que até podem ser no espaço e no tempo contraditórias), eles também sabem que a melhor de convencer é contar de novo a (sua) História, retocá-la aqui e ali (com alguns medos e perigos) e lançá-la aos quatro ventos. E com a ajuda da falta de memória (cada vez usamos menos o cérebro até para arquivar) e da educação e cultura fornecida (uma verdadeira miséria) é só dar um empurrão (aí aparecendo as estações de TV).
John McCain foi feito prisioneiro de guerra no decorrer do conflito que os norte-americanos levaram a cabo durante vinte anos no Vietname do Norte (1955/1975), tendo o seu avião sido abatido durante um bombardeamento à capital Hanói, McCain ficado gravemente ferido e como consequência sendo hospitalizado e logo ali detido. Esteve preso durante seis anos (tendo sido torturado), recusando ainda uma oferta de libertação antecipada por parte das autoridades comunistas do Vietname do Norte (provavelmente porque quereriam algo em troca). Foi libertado dois anos antes do fim (definitivo) da guerra, sendo considerado por muitos norte-americanos um verdadeiro Herói. No entanto e após a sua entrada na política pelo partido republicano a sua carreira esteve muito perto do fim, ao ser apanhado com outros seus quatro colegas senadores (por sinal democratas) no escândalo financeiro conhecido como Kitten Five (como sempre envolvendo bancos, depósitos e empréstimos). Três foram de uma forma ou de outra castigados; dos outros dois um safou-se (John McCain que até tentou ser presidente)...e um outro chamado John Glenn (um dos sete astronautas norte-americanos que fizeram parte do projecto Mercúrio).
(título/negrito: politicususa.com – imagem: dailycaller.com)
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Acção & Reacção
Numa das audiências organizadas pelos serviços de um dos comités do senado norte-americano (ao qual o republicano John McCain compareceu, como presidente da respectiva comissão), alguns manifestantes presentes na audiência aproveitaram a oportunidade que lhes era oferecida, para realizarem um pequeno protesto simbólico, tendo como um dos alvos principais para o seu combate oral o ex-secretário de estado norte-americano Henry Kissinger.
John McCain
É claro e talvez compreensivo que o actual senador e ex-candidato à presidência dos Estados Unidos da América pelo partido Republicano John McCain não gostou e respondeu-lhes em todos os seus parâmetros e segundo o seu entendimento à letra. E como existem certas preciosidades que pela sua profundeza e significado jamais poderão ser esquecidas (até para a melhor compreensão da História), aqui ficam algumas das suas melhores afirmações:
"I think they're terrible people"
"You're gonna have to shut up or I'm going to have you arrested"
"Get out of here, you low-life scum"
"These people rushed up, they were right next to him, waving handcuffs. He's a 91-year old man with a broken shoulder who was willing to come down and testify before Congress to give us the benefit of his many years of wisdom." (huffingtonpost.com)
(texto em itálico: John McCain – imagem: ABCnews.go.com)
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John McCain (REP)
Candidato Presidencial? Derrota Certa!
(sem argumentos nem um burro convence outro)
No outro lado do Oceano Atlântico já se fala da candidatura de John McCain à presidência dos Estados Unidos da América (depois de anterior derrota). E na concretização do maior desejo deste senador, que seria o de ter pelo menos mais dezena e meia de guerrinhas. Mas depois de ser derrotado por um negro arrisca-se a ser derrotado por uma mulher. Seria terrível para a sua mentalidade de tiro (mas não à prova de bala).
John McCain
I understand how the game is played, but here we are, a nation (Hungary) that is on the verge of ceding its sovereignty to a neo-fascist dictator – getting in bed with Vladimir Putin – and we’re going to send the producer of ‘The Bold and The Beautiful’ as the ambassador. (John McCain – Senador Republicano – EUA)
“I understand how the game is played”
Logo de início demonstra claramente saber muito bem ao que vem, demonstrando inconscientemente ser um profundo conhecedor deste tipo de processos (de intervenção, controlo e dominação) e identificando-se logo como uma das partes interessadas. Que se saiba num jogo de mesa como este ganha sempre o melhor jogador e não aquele que se sobrepõe ilegalmente às regras do jogo (aceite por todos). Ou será o jogo apenas um pretexto para um resultado previamente estabelecido?
Viktor Orban
“A nation (Hungary) that is on the verge of ceding its sovereignty to a neo-fascist dictator”
Como John McCain sabe (e muito bem) este critério de avaliação por si utilizado neste seu tempo protagonizado no senado, não é suficiente (nem sequer válido) para uma nega à colaboração com qualquer estado que seja, opte ele por soluções políticas democráticas ou então ditatoriais. O que interessa à ala mais à direita dos Republicanos não são tanto as opções políticas de um país a ser sujeito a intrusão, mas o seu alinhamento com a estratégia militar dos EUA a nível global e a possibilidade de desenvolver a sua Indústria de Armamento, vendendo e armando fortemente esses países (directa ou indirectamente). Como é o caso da Arábia Saudita.
Putin
“Getting in bed with Vladimir Putin”
Agora baixamos brutalmente o estilo e à falta de mais argumentos factuais e importantes para o debate em curso, desviamo-nos para a intimidade mais profunda e desconhecida dos políticos e num aceno de puro puritanismo demagógico mas patriótico, revelamos inconscientemente e sob a forma de palavras o traiçoeiro e hediondo pecado: “Um homem partilhando a cama com o Diabólico PUTIN”. A imagem de um cidadão (húngaro) representando a soberania do seu país e aparentemente defendendo até à morte a integridade territorial do mesmo (e porque não a corporal), mas sujeitando-se pelo contrário e seguindo indevidamente o caminho sangrento do crime e do pecado, à sodomia sexual de um homossexual não assumido, mas com dois cornos bem visíveis. Não é bonito falar daquilo que se conhece melhor.
Colleen Bell
“We’re going to send the producer of ‘The Bold and The Beautiful’ as the ambassador”
E como uma estupidez transformada em ideia nunca vem só na concretização dum caminho, eis que outra ideia estúpida surge do nada e a persegue numa aparente competição, só para a tornar mais credível e de mais fácil aceitação. Agora a vítima escolhida pela fúria anti-democrata e anti-Obama do republicano John McCain (no seu anunciado assalto às próximas eleições presidenciais norte-americanas) é a produtora da telenovela The Bold and the Beautiful Colleen Bell – a futura embaixadora na capital da Hungria (Budapeste), após ter sido nomeada pelo actual Presidente Barack Obama (nomeação entretanto já confirmada pelo senado). Pelos vistos o seu currículo predominantemente ligado à área do espectáculo (produtora), não será suficiente para as actividades que irá desempenhar. E se fosse actor? Poderia vir a ser Presidente? Nunca dois intervenientes naturais (Colleen e Reagan) poderiam ser alguma vez confundidos com um terceiro interveniente vazio e em tudo o resto artificial (McCain).
John McCain quer a toda a força ultrapassar a sua derrota traumática face a Barack Obama nas presidenciais nas quais foi seu opositor, tentando a todo o custo levantar o corpo ainda vivo mas moribundo dos republicanos, para novas e determinantes batalhas – e futuras guerras e conflitos mundiais pela hegemonia global. Acha que tem que parecer o mais duro e directo possível, pois só assim poderá derrotar uma mulher (tempos depois de perder com um negro).
(imagens – Web)