ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Últimas de La Palma (Canárias)
“Desde a 2ª semana de setembro com a sismicidade sentida em torno da região do vulcão Cumbre Vieja (nº de sismos/dia e sua magnitude), a justificar integralmente o nível de atividade e de intensidade do vulcão de La Palma.”
Sismicidade em La Palma
(11.09 a 25.10)
Confirmando os factos noticiados e reportados ao último fim-de-semana, com o vulcão CUMBRE VIEJA em erupção desde 19 de setembro de 2021, a aumentar significativamente de intensidade (nas suas manifestações vulcânicas e sísmicas), explodindo de novo num crescente de atividade e levando a um novo colapso parcial do cone do vulcão ─ para além da ejeção de mais cinzas para a atmosfera (contribuindo para o aumento da poluição do ar), surgindo uma nova abertura no vulcão, reforçando ainda mais a velocidade e o volume de lava (incandescente) escorrendo pelas suas vertentes (e destruindo tudo à sua passagem). Um fenómeno natural (vulcânico) acompanhado por um outro (sísmico) dando informações sobre o primeiro, com um número significativo de sismos (250/300) a ocorrerem nas últimas 24 horas (anteriores, na ilha de La Palma), alguns deles sentidos pela população (uns 10%) e com quatro deles com M>4.0. Com uma minoria (de sismos) com epicentro a profundidades de uns 30Km e com uma grande e expressiva maioria andando pelos 12Km (mais pertos da superfície); pela sua baixa profundidade podendo indicar uma continuação da subida do magma, tentando perfurar a crosta terrestre alimentando a saída do cone do vulcão (mantendo por mais tempo esta erupção), para por outro lado e sendo a esmagadora dos sismos relevantes locais (rodeando a região do Cumbre Vieja), se confirmar ser pouco provável que esta manifestação vulcânica se estenda (alastre) a outras regiões próximas ou mais afastadas (ficando por La Palma).
(imagem: IGN/watchers.news)
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Sobre a Erupção de um Vulcão
Passadas mais de cinco semanas desde o início da erupção na ilha de La Palma nas Canárias, do vulcão estromboliano CUMBER VIEJA (ao contrário de outros, não estando próximo de nenhuma falha tectónica) ─ com 8.000 pessoas evacuadas, mais de 850 hectares de terras cobertas pela lava e acima de 2.100 habitações destruídas/danificadas ─ a imagem de um agricultor local dedicado ao cultivo da banana, preocupado com as consequências que este inesperado evento geológico (o vulcão encontrava-se adormecido desde há meio século), terá para o seu sustento (e sobrevivência) como para o futuro económico de toda a ilha (essencialmente dedicada ao cultivo da banana e ao sector turístico).
O produtor de bananas e os seus cães,
tentando salvar as bananeiras.
(outubro 2021)
Desde o dia 19 de setembro de 2021 (hoje dia 27 de outubro, sendo o 37º dia) em atividade explosiva, sendo acompanhada por uma sucessão de múltiplos sismos afetando diariamente toda a região em seu redor (podendo ser mais ou menos de 100/dia) ─ ou seja toda a ilha de La Palma ─ com o cone do vulcão (já parcialmente abatido) a lançar para a atmosfera material vulcânico, formando nuvens escuras e espessas de gases e de cinzas (podendo atingir mais de 4.000 metros de altitude), ao mesmo tempo que expelindo do seu topo e por fissuras surgidas nas suas vertentes rios de lava incandescente, ia atingindo e cobrindo todo o terreno que encontrava no seu caminho (até atingir o mar).
Um vulcão expelindo para a atmosfera,
fumo, cinzas e fragmentos.
(outubro 2021)
E se o material vulcânico ejetado para a atmosfera (como por exemplo as cinzas) para além de atingir toda a vida e quotidiano local ─ interrompendo as cadeias de produção, de comercialização e de transporte ─ pode ainda com a ação dos ventos ver os seus efeitos como o da poluição atmosférica transportados a grandes distâncias (como já se comprovou em altitude nos Açores), o efeito local provocado pelos diversos rios de lava descendo do cume do vulcão e chegando mesmo a atingir as águas do oceano (Atlântico), tem-se revelado muito mais dramático por destruidor, pois para além de matar sectores socioeconómicos importantes deixar outros moribundos e sem saberem o que fazer (senão limpar e esperar).
De dia uma montanha fumarenta,
de noite brilhando de lava incandescente.
(outubro 2021)
À população local restando esperar que a atividade do vulcão Cumbre Vieja (um vulcão ainda jovem) decresça finalmente (a última erupção sendo menos intensa e durando cerca de quatro semanas) ─ descendo igual e simultaneamente a atividade sísmica por diminuição do nº de sismos/dia e da sua intensidade ─ diminuindo os diferentes impactos locais sendo já muitos e excessivos, desde a destruição total de território (afetado) ao aumento da poluição atmosférica (oriundo das cinzas e da lava). Entrados na última semana de outubro e (ainda esta noite) com a atividade a continuar intensa não se esperando para já grandes alterações (na atividade do vulcão), tendo-se apenas a curiosidade de ver se esta situação (de atividade vulcânica) se repercute noutro qualquer lugar próximo.
Atividade explosiva com ejeção de cinzas
e intensos rios de lava originadas no cone do vulcão.
(setembro de 2021)
Nas últimas horas (desta segunda-feira 25 de outubro, 37º dia de erupção) com a atividade do vulcão de La Palma (o Cumbre Vieja) a intensificar a sua atividade, abrindo-se no seu cone (tendo já desabado parcialmente) uma nova abertura (por onde são ejetadas cinzas para a atmosfera e por onde é expelida lava incandescente descendo pelas suas vertentes) ─ a quinta (3 no centro +2 a oeste) ─ com o fluxo de lava (a maior preocupação para a população local) sendo mais intenso (aumentando o seu volume) e deslocando-se agora a maior velocidade, enquanto este (o vulcão) vai ejetando mais material piroclástico (para a atmosfera). Segundo muitos observadores podendo o vulcão no presente a estar a atingir o seu pico máximo (frequência/magnitude) de atividade (veremos se tal se confirma), na última noite tendo-se registado mais de 200 sismos (em La Palma e não excedendo os M3.5) exceto um deles de M4.3.
(imagens: Alexander Lerche/Al Jazeera ─ volcanodiscovery.com)
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Estado do Tempo
[Meteorológico, Espacial e Geológico]
Mancha solar gigante AR9661
(21 outubro 2001)
Num dia (21 de outubro em Albufeira) ainda de praia (índice 4 de raios ultravioleta, moderado), de céu pouco nublado, com a temperatura do ar a andar pelos 15°C/25°C (mínima máxima) ─ temperatura da água do mar 20°C (ondulação entre 1,0m/1,5m) ─ e com vento moderado de norte, a informação que no Espaço o Sol continua bem ativo, neste seu 25º Ciclo Solar:
Vendo-se já a emergir na superfície do Sol (aproveitando o movimento de rotação da nossa estrela) uma mancha solar “prometedora” ─ a mancha AR2886 ─ em princípio não apresentando perigo de emissão de “chamas solares” significativas, apesar do registo já verificado de chamas da classe B (a 2ª numa escala de cinco).
Podendo ainda aumentar a sua atividade (explosiva/eruptiva) e, entretanto, ter a Terra como alvo dessas chamas solares, chamando-nos por associação à memória (até pelos seus possíveis extremos) a tempestade geomagnética severa ocorrida precisamente há vinte anos (em 21.10.2001, tal como o site spaceweather.com recorda):
Quando no decorrer do 23º Ciclo Solar e atravessando um pico máximo da sua atividade (do Sol), a mancha solar gigante AR9661 ─ entre as várias que o Sol apresentava na altura ─ entrou em erupção duas vezes (quase seguidas), produzindo duas “chamas solares” da classe X1,6 (a mais intensa).
Aurora em Itália a 45° de latitude
(21 outubro 2001)
Com duas CME a atingirem a Terra (podendo o vento solar atingir a velocidade de 700Km/s, hoje nos 520Km/s), uma, dois dias depois (de ejetada da coroa solar), a outra no dia seguinte, provocando intensas e prolongadas tempestades geomagnéticas (como auroras).
Para já e neste ciclo solar não se esperando para já fenómenos tão extremos, até por se vir de ciclos anteriores de fraca atividade e o máximo de atividade deste ciclo só estar previsto para 2025 (mais cedo, só em 2024).
No entanto podendo a evolução deste ciclo solar afetar o “tempo na Terra”, entre as mais diversas áreas podendo ser afetadas até pelo seu interesse e importância, focando-nos na geologia terrestre e em duas das suas mais visíveis manifestações, os sismos e os vulcões:
Desde muito antes de o Homem aparecer, dando forma ao nosso planeta e fazendo desaparecer e aparecer diferentes Civilizações (um dia estando à vista no outro dia submersa), graças ao seu motor vivo (o dínamo existente no centro da Terra) fornecendo energia e atribuindo movimento, ao processo de deriva (e continua transformação) das placas tectónicas.
Mantendo-se a atividade vulcânica
(com mais habitações em risco)
A Terra tal como todo o Universo sendo visto, como um Organismo Vivo.
E se a nível de sismicidade os sismos mais intensos sentidos hoje não passam do registado a sul das Ilhas Fiji (amplitude 6.0) ─ região do Anel de Fogo do Pacífico, a mais ativa geologicamente da Terra ─ no sul do Irão (5,2) e na ilha grega de Creta (4,5) ─ pouco relevantes no panorama global diário ─ já a nível vulcânico com perto de uma dezena de vulcões a destacarem-se (por ativos):
Maioritariamente localizados no continente americano (6 em 9) ─ como o vulcão mexicano Popocatéptl ─ e com um deles (entre os 3 restantes) situando-se na Europa, via Espanha, ilhas Canárias, ilha de La Palma, o vulcão Cumbre Vieja.
Residentes de La Palma
(muitos tendo perdido tudo)
No caso do vulcão em erupção e atualmente mais ativo perto de nós (dos Açores uns 500Km, do sul de Portugal uns 1.200Km) localizado no oceano Atlântico e não acompanhando (como muitos outros) nenhuma zona de falhas (ou fazendo fronteira) entre placas tectónicas ─ o vulcão da ilha de La Palma ─
Não se registando alterações significativas na sua intensidade eruptiva, mantendo-se o cenário iniciado (e a intensidade do fenómeno) há já 33 dias (em 19 de setembro de 2021), com a continuação da ejeção de cinzas para a atmosfera e a criação ininterrupta de rios de lava incandescente (dirigindo-se para o mar) ─ e levando face ao avanço da lava, à evacuação de outras áreas populacionais rurais e urbanas.
Mantendo-se tal como desde o início deste evento uma atividade sísmica elevada (na região) ─ significando que o processo continua com a mesma intensidade ─ com cerca de uma centena de sismos registados nas últimas 24 horas:
O mais forte deles de intensidade M4,8 e epicentro a 39Km de profundidade.
E desde o início da erupção do Cumbre Vieja em La Palma, com cerca de 7.500 pessoas já tendo sido obrigados a evacuar a ilha.
(imagens: spaceweather.com ─ Paolo Bardelli/spaceweathergallery.com
─ Saul Santos/AP/dw.com ─ Jorge Guerrero/Getty/dw.com)
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Cumbre Vieja ─ Há um mês em erupção
“One month after the Cumbre Vieja volcano erupted on the Spanish island of La Palma spewing red-hot lava and ash, Culberta Cruz, her husband and their dog are living in a tiny caravan on a parking lot and see no end of the ordeal in sight.” (Guillermo Martinez/euronews.com/20.10.2021)
Ao iniciarmos o 33º dia da entrada em erupção do vulcão de LA PALMA (uma das oito ilhas do arquipélago espanhol das CANÁRIAS) o CUMBRE VIEJA, com a média de tremores de terra na última semana (na região) a andar quase nos 90/dia ─ o sismo mais intenso tendo sido de magnitude M4,8 ─ continuando a emissão de nuvens espessas e escuras de cinza para a atmosfera (atingindo os 3.000 metros de altitude e pondo em causa o funcionamento do aeroporto local) e a produção de rios de lava incandescente, descendo pelas encostas do vulcão e tentando atingir as águas do oceano (Atlântico) ─ ao contacto lava vulcânica/água do mar e devido à grande amplitude térmica (registada), formando-se vapores e gases extremamente tóxicos, espalhando-se posteriormente na atmosfera, no ar que se respira.
E se esta emissão de gases para a atmosfera pode ter efeitos nocivos por poluidores localmente e a maior distâncias (levados pela força dos ventos), com os rios de lava incandescente expelidas ininterruptamente desde o cone do vulcão (e saindo por outras fissuras) durante estas mais de quatro semanas, a terem já destruído no seu caminho mais de 810 hectares de terra, levando à sua frente e fazendo desaparecer do mapa, mais de um milhar de habitações (mais de 2.000), centenas de explorações agrícolas, edifícios públicos incluindo igrejas, infraestruturas como estradas e até levando à evacuação de milhares de pessoas, muitas delas tendo ficado sem nada. Uma erupção considerada a mais forte desde a registada no século XVI (1585) ─ a última (mais curta que esta) tendo ocorrido há cinquenta anos atrás ─ com a lava do vulcão a escorrer como um rio, formando um grande delta, atingindo o mar e entrando por ele dentro, aumentando de momento a área da ilha de La Palma em 40 hectares.
(imagens: theguardian.com)
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Vulcanismo (nas Canárias)
Oriunda da erupção do vulcão Cumbre Vieja, com uma intrusão de SO₂ acima dos 3.000 metros de altitude (não afetando a superfície), a progredir há já vários dias na Península Ibérica.
Nas proximidades da Península Ibérica com 3 vulcões ativos ─ o vulcão CUMBRE VIEJA nas ilhas Canárias em Espanha e os vulcões ETNA e STROMBOLI respetivamente na Sicília e nas ilhas Eólias em Itália, todos em erupção ─ continuando apesar da ainda recente emissão de uma grande pluma de cinzas para a atmosfera pelo vulcão siciliano ETNA, o interesse maior concentrado no que se passa na ilha das Canárias de LA PALMA: com a erupção do vulcão CUMBRE VIEJA continuando extremamente ativa, mantendo os rios de lava escorrendo desde o vulcão até atingirem o oceano ─ agora ameaçando o bairro de LA LAGUNA ─ e (devido à poluição atmosférica provocada pela ejeção de grandes quantidades de cinzas a alta altitude para a atmosfera) as operações no aeroporto, levando à sua suspensão.
No seu 28º dia desde que entrou em erupção com o vulcão parecendo querer manter a sua intensidade inicial, com grande emissão de plumas de cinzas para a atmosfera (a 4.000m de altitude) e intensas emissões de lava incandescente, destruindo tudo na sua passagem (agora podendo ser a vez de La Laguna) em direção às águas do oceano (Atlântico). Segundo os últimos dados obtidos desde o início deste evento geológico (envolvendo por associados, vulcões e sismos) ─ neste arquipélago das Canárias (de pelo menos oito ilhas) ─ estando-se a caminho dos 800 hectares de terra destruídos ─ pela lava incandescente ─ assim como quase 1100 edifícios (mais de 80% sendo habitações). Dada a continuação diária dos tremores de terra por vezes (como ultimamente) sendo mais frequentes e intensos, podendo-se manter a atividade intensa do vulcão, provocado pela persistência do fluxo de magma (oriundo das profundezas da Terra).
Quanto aos problemas de poluição provocada pela emissão de cinzas e de gases tóxicos para a atmosfera (a grande altitude), acrescidos dos outros gases tóxicos criados aquando do contacto da lava incandescente com a água do oceano (ao nível do solo) e afetando a respiração ─ emissões de dióxido de enxofre a andarem perto das 2.900t/dia (valor agora mais baixo) ─ com estes dois fatores (de risco sanitário) a provocarem naturalmente a preocupação local, assim como das regiões próximas podendo ser indiretamente afetadas (dependendo da intensidade e direção dos ventos). Mantendo-se o epicentro desses sismos a 10/15Km de profundidade e/ou 30/40Km ─ portanto em duas áreas diferentes ─ com o sismo mais intenso até agora sentido andando nos M4.5 (amplitude).
(imagens de La Palma: Getty Images)
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Nuvens de cinzas vulcânicas a caminho
No seu 16º dia de erupção (iniciada a 19 de setembro),
Erupção do vulcão Cumbre Vieja
(como vista a partir do espaço)
Prossegue em LA PALMA (uma das 8 ilhas do arquipélago das CANÁRIAS com cerca de 47Km de extensão) a erupção do jovem vulcão CUMBRE VIEJA: um vulcão (com 2.426m de altura) localizado em pleno Oceano Atlântico, não sendo vizinho próximo de nenhuma falha entre placas tectónicas e tendo tido a sua última grande erupção no ano de 1971 (já lá vai meio século).
“Entre o início da noite deste domingo e a manhã desta segunda-feira, o Instituto Geográfico Nacional de Espanha registou mais de 40 sismos na ilha de La Palma, nas Canárias, onde o vulcão Cumbre Vieja está em erupção desde 19 de setembro.”
Desde o início da sua atividade eruptiva mantendo-se (na região) a atividade sísmica associada a este evento vulcânico (com sismos de epicentro entre 10Km/15Km de profundidade), com o vulcão projetando material vulcânico para a atmosfera (nuvens escuras de cinzas chegando a atingir os 4.500m de altitude) e simultaneamente lançando rios de lava incandescente pelo seu cone, descendo pelas vertentes do mesmo e sendo abastecido por outras fissuras até alcançar o mar.
Evolução da lava vulcânica em La Palma
(do cone do vulcão em direção ao mar)
Com a lava incandescente atingindo as águas do Oceano Atlântico no final da semana anterior, notando-se nesta madrugada (de domingo/3 para segunda-feira/4) um recrudescimento da atividade vulcânica e um aumento significativo da lava ejetada pelo Cumbre Vieja, levando desde já a uma derrocada parcial de um dos lados do topo do seu cone e a um aumento no volume da nova península de lava agora em construção.
“Entretanto, o Departamento de Segurança Nacional (DSN) avançou que a lava do vulcão Cumbre Vieja espalhou-se, até ao momento, por mais de 400 hectares. A corrente de lava que tem percorrido a ilha até chegar ao Oceano Atlântico, e que tem feito crescer a linha costeira, já acrescentou cerca de 29,7 hectares a La Palma.”
E se localmente as preocupações se dividem entre a destruição provocada essencialmente pela lava incandescente do vulcão destruindo tudo no seu caminho entre o mesmo e o mar ─ casas, explorações agrícolas, infraestruturas, etc. ─ e a poluição atmosférica provocada aquando do impacto lava/água-do-mar (devido ao choque de temperaturas, provocada pela grande amplitude térmica), já a outras distâncias as preocupações baseando-se na ação dos ventos podendo levar extensas nuvens escuras de cinzas vulcânicas a grande distância.
Lava incandescente proveniente do vulcão
(entrando em contacto com o oceano)
Tudo como consequência dos gases tóxicos emitidos para a atmosfera, ricos entre outros em dióxido de enxofre, um produto poluente e prejudicial para a nossa função respiratória: com a ação dos ventos alcançando regiões distantes, como e logo na 1º linha a costa marroquina e os Açores (proporcionando o aparecimento de chuvas ácidas) ─ por ação da lava e das cinzas (sendo injetados na atmosfera 6.000 a 9.000 toneladas de ácido sulfúrico/dia desde o início da erupção) ─ descartando-se para já cenários (mais extremos) como o do aparecimento de fluxos piroclásticos, de deslocamento de terras (colapsos relevantes no cone/vertentes vulcânicas) ou mesmo de tsunamis (por abatimentos à superfície ou subterrâneos).
“Cerca de mil prédios foram destruídos desde que a erupção começou e 6 mil pessoas tiveram de ser retiradas das suas casas.”
E a nível sismológico (nas últimas 24 horas e na região do Atlântico Norte) para além de se ter registado ontem (domingo 3 de outubro/à noite) um sismo de M2,7 nas Canárias (e a 10Km de profundidade), registando-se já hoje nos Açores (desde a madrugada de segunda-feira, 4) uma sequência de vários sismos com magnitudes entre M2,0 e M3,1. Com a Madeira tranquila.
(“texto/itálico”: Reuters/Lusa/Público/04.10.2021 ─ imagens: Maxar Technologies/space.com-emergency.copernicus.eu-José Maço/twitter.com)
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Cumbre Vieja/La Palma/Canárias
Hoje quarta-feira dia 22 de setembro com o vulcão de Cumbre Vieja continuando em plena atividade (iniciada a 19), com ejeção de material para a atmosfera e o avanço progressivo de rios de magma incandescente, em direção ao mar.
La Palma 5ª maior ilha das Canárias
Ejeção de material vulcânico para a atmosfera provocando nuvens de cinza atingindo já os 3000 metros de altitude (deslocando-se de momento para SW, mas dependendo da evolução da direção dos ventos) ─ podendo rodando a norte e mantendo-se o evento, atingir a Madeira ─
Sendo simultaneamente acompanhado ao nível do solo por um outro produto resultante da erupção do vulcão, saindo do topo do mesmo e escorrendo com a contribuição de outras fissuras pelas suas vertentes, e formando um rio líquido de lava incandescente dirigindo-se sem controlo na buca de terrenos menos elevados, acabando por atingir o mar.
No percurso dessa lava incandescente e destruidora estando para já localizadas as principais consequências provocadas por tal erupção e sua subsequente expansão em redor (não só com cinza, mas igualmente com lava),
Parque Nacional de Cumbre Vieja
Com este material incandescente atingindo milhares de graus de temperatura a destruir e a calcinar tudo o que surgisse à sua frente, fazendo desaparecer habitações (para já umas 200, podendo ser muito mais), explorações agrícolas (mais de 150 hectares e em crescimento), infraestruturas básicas e levando à evacuação de milhares de aí residentes (uma região predominantemente agrícola) e turistas (instalados em resorts), uns 5.000.
E com as principais preocupações em casos como este vindo (entre outros fatores) das cinzas vulcânicas, dos fluxos de lava, das emissões de gases e até de possíveis tsunamis, podendo-se considerar que se quanto aos locais o perigo é triplo ─ Cinzas/Lava/Gases ─
Para os habitando nos territórios exteriores sendo diminutas as possibilidades de um tsunami, mas tendo-se que tomar atenção à poluição atmosférica à chegada (por força dos ventos) de gases tóxicos e ainda de cinzas.
(imagens: la-palma24.net ─ dw.com)
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Vulcanismo na Europa (e nas Canárias)
Nesta terça-feira 21 de setembro de 2021 com a Europa Ocidental a apresentar-nos 4 vulcões ativos (em erupção) ─ a norte na Islândia com o vulcão FRAGADALSFJALL, na Itália (no mediterrânico) com os vulcões ETNA (Sicília) e STROMBOLI (ilhas Eólias) e a sul na Espanha insular nas ilhas Canárias com o vulcão de LA PALMA, o CUMBRE VIEJA ─ todas as atenções continuam a estar dirigidas para o que se passa no arquipélago das Canárias, particularmente em LA PALMA (uma das oito ilhas maiores que constituem as Canárias):
Vulcões do Mundo
Laranja: vulcões em alerta e com menor atividade
Vermelho: vulcões ativos e em erupção
Com o vulcão CUMBRE VIEJA depois de ter entrado em erupção a 19 de setembro (passado domingo) ejetando material para a atmosfera (pequenas pedras, cinzas, gases tóxicos) e expelindo magma incandescente começando a cobrir parte da região (agrícola e turística) no seu caminho em direção ao mar, já tendo entretanto destruído muitos terrenos, calcinado várias casas (a caminho das duzentas, mas podendo atingir 1 a 2 milhares) e levado à evacuação de milhares de pessoas (entre residentes e turistas), paralisando esta ilha. E se o material ejetado para a atmosfera poderá acarretar graves problemas de poluição dada a emissão contínua de gases tóxicos (não só pela boca do vulcão como pelo seu número crescente de fissuras) podendo mesmo por ação dos ventos chegar a outras zonas populacionais mais distantes (como Marrocos e até a Madeira), já o problema do escorrimento da lava das vertentes do vulcão e o aparecimento de novas fissuras acelerando o processo, poderá para além de provocar ainda uma maior destruição no terreno (no seu trajeto descendente até chegar ao nível médio das águas do mar), atingindo o oceano (colocando materiais a temperaturas opostas e com extrema amplitude térmica em contacto, provocando um choque térmico extremo), originar uma enorme explosão e uma libertação ainda mais intensa de gases tóxicos. Tornando a situação na ilha de La Palma ainda mais difícil talvez mesmo (em muitas das regiões desta ilha) insustentável, tornando-se o ar irrespirável e com muitas das infraestruturas locais destruídas ou incapacitadas.
Ilhas Canárias
A ilha de La Palma onde se localiza o vulcão CUMBRE VIEJA
(canto superior esquerdo)
E com a lava movimentando-se inicialmente a cerca de 700 metros/hora, agora tendo descido para cerca de metade (uns 300m/h) ─ até pelo relevo maior ou menor do terreno (e outros obstáculos maiores) que vai encontrando, acelerando ou retardando a sua marcha ─ se pensarmos que a distância até a mesma atingir o mar será de cerca de 3Km, dentro de cerca de 10 horas a mesma lava incandescente encontrará a água, podendo provocar uma grande explosão e um aumento intenso da poluição atmosférica: agravando ainda mais a situação e colocando literalmente o Homem, nas mãos da Natureza neste caso do vulcão ─ e do seu futuro desenvolvimento ─ mantendo este a sua atividade ou como se espera, diminuindo-a progressivamente (num processo de semanas ou mesmo meses). Pelo que esta noite os aí residentes poderão assistir a outros fenómenos poderosos da Natureza, explosivos, brilhantes e poderosos, podendo destruir o que aí existe, mas por outro lado criar o que se seguirá ao anterior agora no futuro ─ ou não fossem as Canárias de origem vulcânica. E dos quatro vulcões hoje em atividade na Europa Ocidental, a particularidade de no caso do vulcão de La Palma o “CUMBRE VIEJA” ─ como no caso de todos os vulcões existentes nas ilhas Canárias ─ estes agrupamentos vulcânicos se formaram não em zonas de fraturas na crosta terrestre (localizadas entre placas em colisão), mas afastadas dessas mesmas fraturas existentes entre placas tectónicas. Contrário ao que acontece na Islândia e na Itália, com os vulcões aparecendo sobre falhas tectónicas.
La Palma
Caminho da lava incandescente originada na erupção do vulcão
destruindo tudo na sua passagem em direção ao mar
Pertencendo-se ao mesmo grupo ao mesmo planeta e sabendo-se da miríade de ligações que se poderão estabelecer e não só geologicamente (o que aqui nos interessa) entre diferentes pontos da Terra, faltando agora saber se existirá algum tipo de ligação mais ou menos direta entre estes 4 eventos, envolvendo vulcões próximos de nós (até de Portugal) e entroncando com a ação de quatro placas poderosas: a Placa Euroasiática, a Placa Africana e as Placas Norte e Sul Americana. No caso dos possíveis efeitos a poderem ser sentidos em território português e até pela curta distância (às Canárias), destacando-se a Madeira (a uns 500Km) e um pouco mais afastado Portugal (particularmente o Sul, a região do Algarve, a uns 1.200Km). Segundo o quadro atual com o único risco a ser o da poluição atmosférica, com o vento podendo fazer deslocar nuvens de cinzas e de outros produtos tóxicos originários da erupção em direção à Madeira, para já indicando para índices algo baixos ou mesmo impercetíveis (não havendo necessidade de alterar o nível de alerta local).
(imagens: volcanodiscovery.com ─ wikipedia.org ─ Europa Press/AP/foxnews.com)
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Ilhas Canárias ─ Erupção do Vulcão CUMBRE VIEJA
No passado domingo dia 19 de setembro e depois de uma semana com mais de 25 mil pequenos sismos (registados na região), com um vulcão localizado nas ilhas Canárias ─ a menos de 500Km da Madeira e a pouco mais de 1.200Km de Portugal ─ a entrar em erupção.
Um vulcão (CUMBRE VIEJA) integrando um estratovulcão (vulcão em forma de cone e extremamente explosivo) como o é o de LA PALMA, por vezes colapsando e dando origens a tsunamis (algo parecido com a erupção de 1883 do vulcão KRAKATOA localizado na Indonésia e sendo seguido de tsunami) e ao lançamento das inevitáveis teorias sobre tal Evento (de amanhã, como de hoje): como a enunciada em 2004 por um investigador britânico afirmando o perigo de a dar-se o caso da explosão violenta deste estratovulcão, o mesmo podendo dar origem a um tsunami atingindo não só África como a América como até o sul da Europa (com Portugal/a pouco mais de 1.200Km de distância, a Espanha, a França, o Reino Unido, logo ali).
“La Palma volcano:
Rumours of feared mega-tsunami
debunked by experts.”
(Rob Waugh/yahoo.com/20 setembro 2021)
Com apenas 15 sismos de fraca magnitude registados no mês anterior (amplitude de M0,9 a M2,6) e já neste mês de setembro (início desta crise sísmica) atingindo no passado dia 13 (segunda-feira) um total de 1.570 sismos (com a sua intensidade progressivamente a crescer) ─ com a profundidade do epicentro dos sismos a rondar os 8Km/13Km ─ com todas as evidências (sismos crescentes e sucessivos) a apontarem desde há quase uma semana para uma subida do magma para o interior de reservatórios localizados sob a região do vulcão CUMBRE VIEJA, provocando notórias deformações no mesmo, devido à pressão constante do magma na sua tentativa de atingir a superfície: um vulcão dos mais ativos das ilhas Canárias, sendo no entanto o mais jovem dos dois grandes centros de crateras vulcânicas existentes na ilha, neste caso na ilha de LA PALMA (província de Santa Cruz de Tenerife). Elevando o nível de alerta para aquela região insular espanhola (um arquipélago constituído por oito ilhas maiores) dada uma possível erupção do jovem, mas ativo vulcão CUMBRE VIEJA para AMARELO: com a ilha da NADEIRA a uns 500Km (a norte) das CANÁRIAS podendo ser indiretamente afetada, caso o vulcão entrasse em erupção (lançando nuvens vulcânicas na atmosfera, dependendo da direção dos ventos, podendo atingir a ilha).
Ainda no dia 15 de setembro (quarta-feira) e apesar da continuação do nível de alerta (amarelo), mantendo-se a sucessão de sismos agora em zonas com epicentros a profundidades cada vez mais reduzidas, aproximando-se (o magma) cada vez mais da superfície e indicando “tudo” (como os sismos e a deformação/fraturas provocadas no terreno) para uma possível erupção próxima. E a 19 de setembro (4 dias depois) continuando o evento o seu caminho sucedendo-se os sismos ─ de 11 a 19 de setembro com mais de 25.000 pequenos sismos registados (na região) ─ com mais de 1.500 sismos assinalados localmente e com a magnitude dos mesmos a atingir um máximo de M4,2 (a 19.09). Acrescido de um aumento da deformação à superfície atingindo já os 15cm, aumentando ainda mais a pressão exercida pelo magma (na sua subida) sobre as vertentes envolventes (até atingir a superfície, a atmosfera) e sugerindo o MAGMA estar cada vez mais próximo de se mostrar. Mas havendo erupção não se prevendo de grandes dimensões nem provocando fenómenos secundários, como poderiam ser os terramotos ou mesmo algum tsunami.
"The National Tsunami Warning Center is monitoring this situation
and based on all available data, including nearby water level observations,
there is no tsunami hazard for the US East Coast."
(yahoo.com/20.09.2021)
Finalmente e como há muito previsto com o vulcão CUMBRE VIEJA a entrar em erupção (acompanhado pelo aparecimento de fissuras) logo a 19 de setembro (este domingo, depois de uma semana de sismicidade intensa) ─ a sua primeira erupção nos últimos 50 anos (última em 1971─ lançando no atmosfera material vulcânico (pedras, cinzas) e escorrendo pelas suas vertentes e fissuras criadas (durante os sismos/erupção), grandes quantidades de lava incandescente deslocando-se para locais menos elevados em direção ao mar: e se esta última (a lava) vai destruindo na sua passagem tudo o que encontra no seu caminho (habitações e campos agrícolas, podendo-se no entanto salvar as pessoas e os animais) ─ sendo possível de prevenir piores consequências, mas não evitando a destruição de todo um ecossistema local ─ já no caso da projeção na atmosfera de material vulcânico (pequenas pedras, poeiras, cinzas, gases tóxicos) muitas vezes a grandes altitudes, tal problema de poluição atmosférica criada por esta ejeção de material sendo levado pelos ventos (especialmente a cinza vulcânica até pela aviação), podendo atingir colateralmente regiões mais distantes, como a Africa (mesmo em frente), a Madeira (no caminho) e até a América e o sul da Europa (onde se situa o Algarve).
Para já ─ e desde logo em ALERTA VERMELHO ─ com 10.000 pessoas evacuadas (contando-se já duas fissuras por onde a lava continua a escorrer em direção ao mar) e com a lava a movimentar-se lentamente, esperando-se a evolução dos acontecimentos (normalmente) podendo durar ainda várias semanas. Paralisando este resort turístico e levando muitos a saírem já da ilha por via marítima, até pela poluição atmosférica ─ com o vulcão a projetar material a mais de 1500 metros de altitude ─ e pelo possível aparecimento de outras fissuras (com muitas habitações a serem destruídas). Depois do sismo de 19 de setembro de M3,5 para além da erupção e da lava correndo em direção ao mar, nada mais havendo a destacar, pela proximidade e possível influência dos ventos apenas sendo preocupante a sempre possível poluição atmosférica.
(imagens: AccuWeather/yahoo.com/20.09.2021)