ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Coisas da nossa Vida, não por esta ser Descontrolada
[Mas por esta não ser por Nós, Livremente Controlada.]
Elisabeth Truss (Reino Unido) e Sergey Lavrov (Rússia)
Do lado Ocidental a imagem da luta do Bem contra o Mal
Já depois de no início de fevereiro (deste ano de 2022) a secretária de estado dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido (a conservadora Elizabeth Truss) e como mais uma das suas ameaças dirigidas à Rússia (de Putin, face à iminente invasão da Ucrânia) declarou que o seu país e Londres (e como tal o seu Governo), estava “supplying and offering additional support into our Baltic allies across the Black Sea” ─ uma grande “calinada” (um grave erro geográfico), quando o oceano que banha os estados Bálticos (Estónia, Letónia e Lituânia) é o oceano Báltico, o Mar Negro ficando na outra ponta no sudeste da Europa (no sul da Ucrânia), distando até esses dois pontos de cerca de um milhar de Km ─
Agora mais recentemente e parecendo confirmar que a primeira calinada não tinha sido concretizada por acidente, nem por mero acaso (mas sim por necessidade, pretensamente referido como geográfico, mas sendo-o por ignorância e por incompetência, dado a secretária de estado não saber o que diz), para além de nova calinada geográfica exponenciando-a ainda um pouco mais, transformando russos em ucranianos e não reconhecendo a soberania da Rússia sobre regiões, integradas no seu próprio território (sendo russo, pensando ela ser ucraniano):
Afirmando perentoriamente e como resposta a uma questão colocada pelo Ministro das Relações Externas da Rússia Sergey Lavrov (um veterano da política russa de 71 anos de idade, dada a sua grande experiência e inteligência, bom observador e ainda melhor aplicador) ─ questionando-a sobre se o Reino Unido reconheceria a soberania russa sobre duas regiões russas, mas fazendo fronteira com a Ucrânia e onde estaria estacionado o exército invasor, aliás uma exigência de Londres ─ pensando por breves momentos, antes de o fazer e agora sabendo-se que por mera ignorância, incompetência e “calinada”, disparando e saindo-lhe que o Reino Unido “Will never recognize Russia’s sovereignty over these regions” (Rostov e Voronej sendo duas regiões integrando a Rússia).
Mesmo com a chamada de uma compatriota e colega sua a embaixadora do Reino Unido em Moscovo (Deborah Bronnert desde janeiro de 2020), informando-a do seu erro crasso e de que efetivamente essas duas regiões integravam a Rússia e eram reconhecidas pelo seu próprio Governo, não reconhecendo mais este erro justificando-se e afirmando de que apesar de se mencionarem aí os nomes das regiões, estar a pensar (afirmando-o convictamente) noutras regiões integrando a Ucrânia, encerrando assim e aí o percurso de mais uma sua “gaffe”.
Vladimir Putin (Rússia) e Xi Jinping (China)
O retrato Ocidental dos líderes do Eixo do Mal
Rematando o perspicaz Ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia Sergey Lavrov, o moscovita ex-representante da Rússia na ONU (sob a liderança de Yeltsin e posteriormente de Putin) ─ depois deste encontro em Moscovo colocando frente-a-frente Truss (pelo Reino Unido) e Lavrov (pela Rússia) e tendo como pano-de-fundo “a Iminente Invasão da Ucrânia pela Rússia” ─ com a afirmação de que “Nobody is hearing each other, and unfortunately our efforts to explain ourselves have not been heard”.
Levando os russos no final a declarar e com toda a razão (e para não ferir suscetibilidades, nem indicando qual o mudo e qual o surdo), esta reunião ter se resumir nas expetativas às possíveis conclusões que se poderiam tirar de um diálogo estabelecido unicamente entre duas partes, um dos representantes nesse encontro sendo mudo e o outro sendo surdo. Quanto à secretaria de estado do Reino Unido Elisabeth Truss (apenas 46 anos de idade) já tendo neste aspeto um nada agradável currículo político, certa e completamente o inverso daquele que antes ali a colocou (ao contrário, sendo tal incompreensível), não esperando muito pela resposta russa e depois da 1ª, não aguentando muito e surgindo logo a 2ª e sobretudo estando presente sempre a mesma pessoa, com a porta-voz do Ministério dos Estrangeiros russos Maria Zakharova a explodir e dirigindo-se a Liz Truss declarando, “Mrs. Truss, your knowledge of history is nothing compared to your knowledge of geography”. E no final acrescentando o Mundo ter de se salvar da “stupidity and uneducatedness of Anglo-Saxon politicians”.
Num momento em que de um lado está o Bloco do Hemisfério Norte Ocidental sob a liderança dos EUA representando o Eixo do Bem (o Céu) e do outro lado está o Bloco do Hemisfério Norte Oriental sob liderança dupla da China e da Rússia representando o Eixo do Mal (o Inferno) ─ com o Hemisfério Sul o menos desenvolvido e mais pobre não contando (o Purgatório) ─ entre a espada e a parede estando a Europa, entregue a si própria pelos EUA com a Rússia, enquanto este se ocupa do outro lado do Mundo com a China, tentando abater dois coelhos com uma só cajadada (Rússia/China) ─ e estrategicamente protegido por grandes oceanos, a oriente o Atlântico e a ocidente o Índico-Pacífico ─ aproveitando ainda dos despojos daí resultantes, entre eles existindo guerra os europeus.
Portugal continuando a ser o que é, o que sempre foi e o que pelos vistos ainda será ─ pelo menos por mais uns tempos um subsídio-dependente ─ havendo problemas e ficando-se sem notícias vindas de Espanha (a nossa ligação terrestre como o Mundo) sendo um dos primeiros a saltar. Nem sequer necessitando de levar (ficando numa ponta) com uma bomba.
(recolha: rt.com ─ imagens: Sputnik/AFP/rt.com)
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Nas Fronteiras da Rússia (e a morder-lhes os calcanhares)
Mas o que pretendem na realidade os Estados Unidos da América? Atacar a Rússia? Não me acredito nisso. Caso contrário, o futuro do mundo estaria nas mãos de psicopatas assassinos!
“Russian citizens being attacked is an attack against the Russian Federation”
(Sergey Lavrov – RT)
“In Geneva we agreed there must be an end of all violence. Next afternoon (interim Ukrainian President Aleksandr) Turchinov declared almost a state of emergency and ordered the army to shoot at the people”.
“There is no reason not to believe that the Americans are running the show”.
“Ukraine is just one manifestation of the American unwillingness to yield in the geopolitical fight. Americans are not ready to admit that they cannot run the show in each and every part of the globe from Washington alone”.
[Sergey Lavrov – Ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia]
Já agora, onde está a Europa e a nossa poderosa e protectora Alemanha? Ou será que a Ucrânia já não pertence como nós ao continente europeu?
E se um dia um dos cinquenta estados norte-americanos se revoltasse contra o seu Governo Central, solicitando imediatamente apoio e ajuda vinda do exterior, por exemplo proveniente directa ou indirectamente da Rússia? Consideremos então o estado da Flórida, que para além de ter integrado no seu território esses símbolos máximos da sua cultura e memória como o são a Disneylândia e Cabo Canaveral, também têm como vizinho próximo e apenas separado por uma faixa estreita de mar, a ilha comunista de Cuba. Teriam os russos o direito de, tal como os norte-americanos e a NATO, convocar todas as suas forças e as dos seus aliados para defender o estado rebelde, colocando tropas suas nos países limítrofes e apoiando interiormente movimentos extremistas armados? O que fariam aí os Estados Unidos da América?
Do papel da UN – nisto tudo e no resto – nem vale a pena falar.
(imagem e texto em inglês – rt.com)