ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
França ‒ Um Pau com dois Bicos (e não apenas um)
A 7 de Abril de 2017 a França escolherá o seu novo Presidente.
E depois?
Emmanuel Macron e Marine Le Pen
Nos dias de hoje e na América o seu Presidente e Administração (e todos os seus amigos poderosos, patrões, ricos e até milionários) travam hoje (curiosamente) uma luta de morte contra os seus antigos empregados e representantes no poder (político): pelo cenário com Trump a adaptar-se se não quiser mesmo desaparecer.
Em agonia profunda desde que a Alemanha a colocou no seu devido lugar no contexto económico e financeiro da Europa Comunitária ‒ um país tal como os outros, dependendo do Banco Central Europeu instalado e dirigido a partir de Frankfurt (curiosamente tendo como dirigentes máximos um italiano/Mario Draghi e um português/Vítor Constâncio) ‒ a França vê-se agora num beco sem saída (a encruzilhada já ficou para trás) entalada como está entre a escolha de uma candidata apoiada por setores tradicionais, conservadores e da extrema-direita francesa ‒ em que os Emigrantes são sempre os culpados ‒ e um outro candidato auto proclamando-se do centro democrático e partidário duma Europa revigorada e relançada, que aproveitando a (sua) oportunidade surgida, a sua juventude e elegância e o seu aparente desinteresse pelo poder de que poderá vir a usufruir dentro em breve (numa infeliz e aparente reencarnação do Tony Blair inglês) ‒ em que os cidadãos são sempre os culpados.
E a França de ambos
Seja qual for a opção dos eleitores franceses face aos dois candidatos em confronto e a todos misteriosamente impostos (com ambos sem Objetivos transparentes, a não ser o de alcançar o poder e aí sobreviver), naturalmente tudo ficando na mesma com Macron a ser eleito (continuando Le Pen lá na sua) e a França a obedecer ‒ aos alemães e norte-americanos e com os ingleses já de fora. Tudo indicando que a partir do próximo fim-de-semana e com a eleição do novo Presidente, o ambiente na sociedade francesa manter-se-á inalterável, aceitando ordens externas, deixando a economia rolar e como sempre em ambiente fraternal (e situacionista) esperando por melhores dias: ainda não compreendendo como nos últimos anos o Mundo mudou tanto (com a China a começar a assumir o seu papel de maior potência Mundial Futura conjuntamente com a Rússia e com o grande Eixo Económico agora centrado na Ásia) e que até na América são já os Milionários a assumirem a Empresa e a chamarem a si todo o Poder (vindo daí toda a agitação política que atravessa não só toda a América como também todo o Mundo, com os políticos a verem ser posta em causa a necessidade da sua existência e os seus direitos adquiridos).
Podendo-se desde já afirmar ‒ até pelos políticos que o Tempo nos tem apresentado ao longo de toda e pela extensão do Espaço por onde se têm disseminado ‒ que desde que a Europa perdeu a sua Independência/no passado (com o fim da II Guerra Mundial e com a necessidade urgente da sua reconstrução, dividida de uma forma salomónica entre os dois Blocos vencedores) e no preciso momento em que um deles abandona o barco/no presente (a Inglaterra e porque será?) a opção deixou de existir, restando aos nossos representantes a gestão da desagregação e do nosso inevitável regresso ao passado. E o Futuro?
(imagens: AFP)