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O Nosso Combate à Pandemia tem Rosto

Quarta-feira, 24.11.21

“Certamente que os mais de 1,13 milhões de Infetados (11% da população), os mais de 18,3 mil óbitos (quase 0,2% da população) e todos os seus familiares, amigos e comunidade (no conjunto dando perto de 100%) ─ estes sim, os rostos incógnitos (e incómodos) das vítimas da Covid-19 em Portugal.”

Especialista em Saúde Internacional (pela Universidade Nova de Lisboa) e em Gestão e Economia da Saúde e em Direito (ambos pela Universidade de Coimbra) ─ levando-a a exercer cargos de administração e de gestão em hospitais integrando o SNS ─ eis a Ministra da Saúde de Portugal em exercício há mais de três anos (desde 15 de outubro de 2018), por nada de relevante ter feito durante este período, ter sido à “falta-de-melhor” (percorrendo toda a hierarquia do sector pró-governamental da Saúde) escolhida pelos seus pares (próximos) ─ ainda o militar não tinha chegado ao “palco das vaidades” (geralmente usurpadas) ─ como o “rosto do combate à Pandemia”: Marta Temido nascida em Coimbra há 47 anos.

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Marta Temido

(a Ministra da Saúde)

 

Como acontece com muitas “Mentes que Brilham” chegando ao poder exibindo toda a sua luminosidade e cintilando (quase ofuscando), mas não mencionando tal como as outras poder estar danificada, mesmo fundida e até ter na sua composição elementos altamente tóxicos (como todas as lâmpadas como as velhinhas e descontinuadas incandescentes), com esta Ministra oriunda não especificamente do sector da Saúde (médicos, enfermeiros técnicos, auxiliares, etc.) mas de áreas de administração/gestão específica e paralela introduzindo-se e interferindo, a não ter formação conveniente e adequada para o exercício do cargo, para além de asfixiar a Saúde financeiramente (tratando o SNS como uma empresa com o objetivo prioritário do lucro, dando primazia ao dinheiro não ao doente), sabendo conviver mais com uns (administrações) não tendo jeito para com todos os outros (profissionais da Saúde). E perdendo inconscientemente ou não a paciência ─ Marta Temido ─ faltando ao respeito àqueles que estão mais cá por baixo (lidando todos os dias com os doentes, aqueles que devem servir), logo aqueles que sendo imprescindíveis para que o sistema funcione ─ sem poder parar ─ não têm permitido a implosão do SNS, mesmo que outros não façam nada para que tal não aconteça, mesmo que vendo os abaixo deles sofrer (pessoal de saúde, doentes e familiares e amigos).

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SARS CoV-2

(e a variante Delta)

 

Na sua intervenção feita ontem (terça-feira, 23 de novembro) na Assembleia da República incidindo sobre problemas com que se debate a Saúde (e o SNS), como o da situação no Centro Hospitalar de Setúbal e da falta de médicos no SNS, com a Ministra mais uma vez tentando desresponsabilizar-se (distanciando-se como se não tivesse nada a ver com o caso/sector, do problema da colocação de médicos e da sua carreira e retribuição) culpando os do costume, a de uma maneira parecendo de início apaziguador (coitadinhos os médicos trabalham tanto) mas como se verificou enganadora, a não resistir e a cair de novo sobre os médicos (e restantes profissionais de Saúde), “só pensando em dinheiro, em vez de trabalharem ainda mais”. Bastando ler e digerir (uns poucos no topo bem, muitos outros na base mal) e apreciar as preciosidades (apenas para quem de poder, os outros estando calados ou sendo castigados) ─ de Marta Temido na passada terça-feira numa AR à beira da dissolução, mas ainda com tempo para mais alguns belos negócios (o Presidente o permita, adiando o dia da dissolução). Algumas dessas pérolas (da ainda jovem, falcão e Ministra da Saúde, MT):

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Profissionais de Saúde

(devendo ser ainda mais resilientes)

 

Nós sabemos que o limite de trabalho suplementar que é a regra – 150 horas – não é possível de ser respeitado no nosso sistema de Saúde. (Marta Temido)

Marta Temido defende que médicos têm de ter “resiliência”. (MultiNews)

Porventura, outros aspetos como a resiliência são aspetos tão importantes como a sua competência técnica. (Marta Temido)

Sindicato fala em falta de “consideração”. (MultiNews)

Também é bom que todos nós, como sociedade, e isto envolve várias áreas, pensemos nas expectativas e na seleção destes profissionais. (Marta Temido)

[E no foco dado a Marta Temido (consequências de se expor) talvez esteja a explicação da centralização de todas as nossas queixas numa única personagem ─ uma grande tentação ─ pois pensando-se ao ter tirado um obstáculo do nosso caminho ter-se resolvido a situação, na realidade perdendo-nos nos objetivos pretendidos, pois quem verdadeiramente colocou lá esses obstáculos “fomos nós próprios” (os milhões de eleitores), passando-lhes periodicamente e a pedido destes, carta branca.]

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Vacinação contra a Covid-19

(a mesma vacina contra outra variante)

 

Apêndice

Tendo todos nós a noção que a evolução desta Pandemia depende das atitudes e comportamentos do Homem (protegendo-se, prevenindo-se) e do desenvolvimento e adaptação deste coronavírus (e das suas estirpes/variantes) ─ e face à desmobilização da população no combate ao SARS CoV-2 (vejam estamos vacinados, estamos protegidos) ─ em função das últimas declarações do responsável da WHO (Organização Mundial de Saúde) chamando à atenção para a passividade atual dos Governos (confiando cegamente na vacinação e induzindo a população a pensar estar protegida) e para a queda na eficácia das vacinas (com a eficácia das mesmas a descer de 60% para 40% agora que a estirpe/variante Delta é a predominante) ─ anunciando até à próxima primavera mais uns milhões de mortos por Covid-19 ─ questionando-nos qual o verdadeiro papel das nossas autoridades na resolução deste problema de Saúde, se por um lado a utilização da máscara ainda é questionada, a campanha de vacinação ainda é posta em causa e finalmente ─ sendo de todos o aspeto mais importante ─ ainda nem sequer atualizamos a vacina, continuando-se a usar a do ano passado (indicada não para a Delta, mas para um seu ascendente). Sendo apenas a Economia, a sobrepor-se à Saúde (conforme nossa opção).

(imagens: multinews.sapo.pt ─ dn.pt ─ AFP/wort.lu ─ Mariline Alves/record.pt)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 21:23

Vila Nova de Paiva

Quinta-feira, 01.12.11

Respeito e Dignidade

 

Preservar a vida e as nossas origens, oferecendo condições dignas de subsistência

 

Conheço aquelas terras do interior da Beira Alta e o seu clima bastante agreste no Inverno, como uma zona de exploração agrícola e de pequena indústria, estendida à volta das margens do despoluído Rio Paiva e das suas famosas trutas de escabeche. Trata-se de um concelho que foi envelhecendo ao longo dos anos, por emigração dos seus naturais para o litoral de Portugal ou para o estrangeiro, tendo como destino países como a França, a Alemanha e o Brasil, idos à procura de melhores condições de vida para si, para os seus e para a sua terra. Por isso quando lá ia, especialmente durante as férias de Verão, tinha a sensação que por onde andávamos toda a gente nos conhecia e nós conhecíamos toda a gente, já que todos pareciam conviver bem, com a terra e os modos em que viviam. Parecia uma grande família. Em tempos mais para trás, era habitual deixar as chaves na fechadura da porta da rua, talvez para avisar as visitas que nos ausentáramos por uns instantes. E as pessoas à nossa volta eram boas de vista, muitas avozinhas à espreita, com os filhos dos emigrantes sempre irrequietos, as festas à noite no parque, junto aos Paços do Concelho e no quente quentinho do Verão, os banhos no Rio Paiva. Todas as pessoas tem o direito aos mais elementares cuidados de saúde e respeito pela sua vida e dignidade, ainda mais num concelho envelhecido do interior e no decurso de uma crise vergonhosa, para a qual estas pessoas nada contribuíram, mas que muitas vezes ajudaram anteriormente o seu país a superar, noutras situações de igual gravidade ou muito pior cenário, como o foi com os dinheiros enviados do estrangeiro por este povo, durante muitos e muitos anos a fio de trabalho e sofrimento. E o deprimente é que muitos dos nossos ditos políticos, afirmam ser do interior de Portugal. O povo merece respeito!

 

Saúde sem respeito e nada saudável

 

Utentes de centro de saúde exigem mais médicos

 

Utentes do Centro de Saúde de Vila Nova de Paiva voltam a exigir na quarta-feira a colocação de mais médicos, durante uma concentração junto àquela unidade de saúde.

O centro de saúde tem actualmente três médicos para mais de seis mil  inscritos. "Há mais de um ano houve um médico que saiu e não foi tomada qualquer  medida”.

 

Utentes exigem médico no Centro de Saúde

 

O tempo de espera "chega a ser superior a um mês o que não pode ser" diz o presidente da Câmara que fez questão de estar ao lado dos manifestantes.

Os manifestantes, como Maria Alcina relatam que é preciso "ir de madrugada para o Centro de Saúde para obter uma consulta de clínica geral que muitas vezes acaba por não se concretizar".

 

Revoltados contra a falta de médicos

                                                                               

O intenso frio não esmoreceu a força do protesto por parte de pessoas que consideram ter cuidados de saúde dignos "de um País do terceiro mundo", disse Maria Rodrigues, 61 anos.

Entoando gritos de revolta, os populares queixam-se de que têm de "esperar dois meses por uma consulta" e ir a médicos dos concelhos vizinhos.

 

(fotos e notícias – CM e DN)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 17:07