ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
A Misteriosa SEREIA de KURASHIKI (sob investigação)
Numa notícia de 19 de fevereiro deste ano publicado no site The Asahi Shimbun (asahi.com) ─ um dos maiores jornais do Japão ─ e da autoria de um dos seus jornalistas (Kunio Ozaba), a informação de que um grupo de investigadores da Universidade de Ciências e de Artes de Kurashiki (cidade localizada na província de Okayama, sudoeste do Japão), iria finalmente dedicar-se à descoberta dos mistérios rodeando o que muitos afirmam ser, uma múmia de uma SEREIA (seres lendários marinhos), metade assemelhando-se ao corpo de um ser humano (a parte superior), a outra metade ao corpo de um peixe (a parte inferior).
Uma SEREIA capturada nos mares (do Oceano Pacífico Norte) banhando as costas da cidade de Tosa (localizada nas proximidades, do outro lado da ilha de Shikoku, frente à província de Okayama), sendo recolhido das redes de um barco de pesca japonês aproximadamente entre os anos de 1736/1741 e posteriormente adquirido por uma família de uma outra província japonesa entre 1858/1912 (bem mais de um século depois), acabando finalmente por ficar depositado e guardado no Templo Enjuin na prefeitura da cidade de Okayama:
Não se mencionando como foi feita a preservação da múmia, para além da mesma ter sido protegida e guardada numa caixa, tendo ainda sido exposta temporariamente (protegida no interior de uma caixa de vidro) há uns 40 anos atrás, agora com a múmia da SEREIA a ser transferida para a Universidade de Kurashiki para um seu estudo científico mais pormenorizado, tentando descobrir a origem deste ser lendário meio humano/meio animal, habitando segundo antigos testemunhos (de marinheiros e de pescadores) nos oceanos.
Múmias de SEREIAS sendo nalgumas regiões costeiras do Japão utilizados como objetos de adoração religiosa, umas vezes com o corpo a ser meio Humano/meio Ave, mas aqui com a SEREIA a ser meio Homem/meio Peixe: sendo o 1º estudo científico a concretizar com este animal mítico marinho (dos vastos Oceanos terrestres) ─ verdadeira da cabeça à ponta da cauda, sendo considerada uma “relíquia” ─ além do mais sendo um ser integrando o folclore local, agora que atravessamos esta Pandemia podendo até ter mesmo a capacidade de afastar muitas das pragas, porque não como a do Covid-19.
Tentando-se descobrir se a múmia da SEREIA é mesmo verdadeira e não mais um artifício fazendo-se passar como tal (um objeto de culto, de construção humana e artificial), anteriormente já se tendo descoberto objetos de adoração designados e com o aspeto aparente de Sereias (como Seres Vivos, Marinhos e Reais), no entanto não passando na sua parte superior de ser o corpo de um macaco e na sua parte inferior o corpo de um salmão.
Esta múmia da SEREIA de Kurashiki sendo para já ao olhar e à vista desarmada dos seus estudiosos, analisada e caracterizada exteriormente (interiormente indo ser sujeita a exames mais profundos, com as conclusões a serem anunciadas lá para o Outono), com os seus cerca de 300 anos e cerca de 30cm de comprimento apresentando-se divido em duas partes distintas, a superior sendo a de um Homem a inferior sendo a de um Peixe, apresentando ainda visíveis cabelo, dentes e unhas (na parte humana) e ainda escamas (na parte sendo um Peixe).
(imagens: Kunio Ozba/asahi.com)
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A Noite
Água do outro mundo
A vida é de duração limitada, como a bica de água da minha terra, que antes enchia centenas de garrafões de plástico e era a alegria de muitas crianças que aí se divertiam e que agora está parada e seca, como a múmia da tua avó. Eu já não tenho avós, mas nenhuma delas era uma múmia, trata-se apenas de uma forma divertida, atrevida e amiga, de falar daqueles, de quem nós gostamos mais.
A minha querida casinha
A noite já vai longa e estão de certeza à minha espera em casa. Não é que se aflijam muito com a minha ausência mais prolongada, mas os hábitos custam muito a quebrar e um atraso na chegada pode provocar insónias significativas em toda a restante família. Para já não falar nos outros animais domésticos aí residentes, incomodados provavelmente com aquele lugar desocupado na cama, quentinho, sossegado e com uma companhia pronta a dar-lhes mais uma festa na cabeça ou uma palmadinha no lombo – que desperdício de espaço e condições pensarão eles passando de imediato à execução da tarefa por demais evidente. Subalugas de um apartamento já por si pequeno de áreas e divisões, estes meus colegas de infortúnio fazem com que muitas vezes me veja acampado no interior de uma vedação, onde colegas como eu ladram sem parar e fazem buracos no chão.
A minhoca em acção
Gostaria de saber porque anda o Sol sempre às voltas e a passear todo contente. Em pequeno uma das primeiras coisas que aprendera fora que vivíamos num lindo planeta azul chamado Terra, que girava todo feliz e certinho à volta do Sol, na companhia de outros corpos solares mais ou menos parecidos. Ora, como referência para todos os corpos restantes que lhe prestavam vassalagem rodeando-o constantemente, o Sol só poderia estar parado e ser adorado e reverendado. Isto tudo porque até a minhoca gostava de ver o Sol, principalmente em dias de boa humidade e de boa comida garantida. No campo onde estou raramente as vejo, até porque apareço a horas impróprias. Mas por outro lado vejo cães, gatos, ratos, coelhos, lebres, galinhas, osgas, corujas, morcegos, sapos, cobras só a pele ou à distância, moscas, mosquitos, por vezes carraças e mais uma infinidade de bichos que me fazem esquecer o Sol, pelo menos a certas horas do dia.
Animais do campo do meu vizinho
Como observação final e socorrendo-me de uma enciclopédia, na história da classificação dos animais, aparece o nome do grande cientista sueco Lineu. “No esquema original de Lineu, os animais eram de um dos três reinos, divididos nas classes de Vermes, Insectos, Peixes, Anfíbios, Répteis, Aves e Mamíferos. Os quatro últimos foram subunidos num único grupo, o Chordata, enquanto as outras várias formas foram separadas.”
Na minha vida já me integrei e já conheci todos!