ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Uma Visão do Inferno
A 10 dias da passagem do 32º aniversário sobre o lançamento ─ transportada pelo Vaivém norte-americano ATLANTIS ─ da sonda espacial automática MAGALHÃES (a 4 de maio de 1989) em direção ao planeta VÉNUS (uma missão com este nome, em homenagem ao navegador português Fernão de Magalhães) ─ tendo como objetivo, fazer a cartografia do planeta (o 2º mais perto do Sol, a mais de 100 milhões de Km de distância) ─ uma imagem da superfície do planeta tal como tratado/editado pelo JPL/NASA (com a colaboração de registos, das sondas soviéticas Venera 13 e 14): apresentando-nos a região de EISTLA como vista de uma posição elevada (780 metros de altitude), vendo-se ao fundo e à esquerda o vulcão do MONTE GULA com cerca de 3.000 metros de altitude. E ainda e pelo meio aparecendo uma grande depressão de impacto (a 22° latitude N) a cratera CUNITZ (nome de uma astrónoma e Matemática, nascida numa região da Europa onde hoje fica a Polónia) com 48,5Km de diâmetro.
Vênus Região de EISTLA
(PIA 00233)
E ainda outra imagem (da planície Lavinia, mostrando-nos crateras de impacto) com o mesmo protagonista, a superfície daquilo que poderíamos associar à “Terra do Diabo” (aqui semelhante à “Terra dos Anjos-Bons”), na nossa cabeça (religiosa e egocêntrica) ao Inferno, mas na realidade sendo apenas Vénus. Que um dia poderá ter sido, o Paraíso.
Sonda automática soviética VENERA, pioneira em Vénus
(ilustração)
Sonda espacial Magalhães chegando a Vénus em agosto de 1990 (tendo como percursoras bem mais antigas as duas sondas soviéticas Venera, num plano iniciado em março de 1965) durante cerca de 5 anos orbitando-o e fazendo um mapa topográfico do planeta (em apenas 8 meses mais de 80%), de seguida virando-se para a análise mais detalhada de tudo o que existia e se destacava à sua superfície (como a sua geologia, os vulcões, os sismos, os movimentos de placas, etc.), levando a cabo o estudo da sua força gravitacional (8,87m/s² contra 9,8m/s² na Terra), para numa última fase da sua missão e tentando conhecer melhor a atmosfera venusiana (densa e rica em CO₂, o tal propulsionador do “efeito de estufa”), entrar nesta, atravessá-la e devido ao atrito provocado desintegrar-se e desaparecer (em outubro de 1994) ─ provavelmente reduzida a cinzas, colocados os restos da sonda sob temperaturas elevadíssimas, calcinando e vaporizando tudo. Ainda hoje com as sondas VENERA e a sonda MAGALHÃES a serem as nossas grandes fontes de informação sobre este planeta VÉNUS,
Planície LAVINIA
(PIA 00103)
O 2º planeta mais próximo do Sol, cercado por uma densa e quase opaca atmosfera carregada de gases de estufa (quase 97% de CO₂) e suportando temperaturas atingindo os 500°C, tornando o seu ambiente impróprio e impossível de suportar para a existência do Homem ou qualquer outro tipo de Vida (terrestre), numa imagem simplificada e fácil de compreender para um qualquer de nós como se estivéssemos perante uma versão do “INFERNO”. Só podendo mesmo ser superada por um cenário como o de Mercúrio, o planeta mais perto do Sol localizado a aproximadamente 1/2 da distância Vénus/Sol e a 1/3 da distância Terra/Sol: e recordando aí imagens de alguns dias atrás divulgadas pelo observatório/telescópio/satélite SOHO, mostrando-nos um registo de vídeo do pequeno planeta Mercúrio passando diante de nós por trás do Sol (a uns 50 milhões de Km da estrela, 1/3 da distância Terra/Sol) e levando logo em cima com uma CME ─ estando lá sendo-se logo “cozinhado”, pior do que num micro-ondas.
(dados/imagem: photojournal.jpl.nasa.gov e wikipedia.org)
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Automóveis
Se assim fosse, seria de Alto Nível!
Cada português terá à sua disposição um destes belos e práticos automóveis – conforme seja homem ou mulher – oferecidos pelo estado português como compensação por todos os sacrifícios por que o nosso povo passou, após anos e anos de incompetência e de corrupção generalizada, a que a grande maioria foi alheio. Após o regresso em força dos exames ao sistema educativo, relembrando partes muito cinzentas do que se passou com o estado novo (ou durante a sua primavera), eis que o nosso querido estado resolve recordar épocas áureas do antigo regime, prestando desta vez uma sentida homenagem ao antigo empresário do setor automóvel Salvador Caetano e escolhendo este modelo da Toyota para equipar tecnologicamente cada família portuguesa, num gesto magnânimo de nível muitíssimo superior, ao oferecido pelo decrépito computador Magalhães.
(imagens – boingboing.net)