ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
25º Ciclo Solar ─ O Sol Já Acordou
“The Sun Just Spat Out an X-Class Flare, The Most Powerful Since 2017.”
(M.S./06.07.2021/sciencealert.com)
Imagine an explosion on the farside of the sun so powerful, we could feel it here on Earth. It happened on July 13th. The debris emerged in a circular cloud known as a “halo CME”.
(spaceweatherarchive.com)
The Sun appears to be waking up from the quiet period of its 11-year cycle. On 3 July 2021, at 14:29 UTC (10:29 EDT), our wild star spat out its first X-class flare of Solar Cycle 25; it was the most powerful flare we've seen since September 2017. (Michelle Starr/6 julho 2021/sciencealert.com)
Com o calor do Verão a cair sobre nós originando durante estes últimos dias temperaturas superiores a 30°C e ainda com o Sol a acompanhar-nos na praia todos os dias, atingindo-nos com índices de raios ultravioleta de nível 9 (muito elevado), no Espaço a cerca de 150 milhões de Km de distância (de nós) centro do movimento de translação da Terra, o SOL parece querer regressar a um novo período de grande atividade, começando a apresentar um nº apreciável de manchas solares (visíveis) e na sua coroa (superfície), notando-se um incremento em nº e intensidade de explosões, erupções, CME.
Como o caso registado no passado dia 20 de julho (terça-feira), dando-se uma explosão/erupção na região da mancha AR2846 e originando-se aí mais uma CME, sem impacto direto, mas sempre preocupante.
E conhecendo-se o aparecimento por vezes de fraturas no campo magnético terrestre (protegendo a Terra dos raios solares e raios cósmicos) e da existência de momentos em que a proteção dada por mesmo campo possa estar a um nível baixo (como poderá ser o caso presente), estando-se no início de um novo Ciclo Solar a caminho de mais um pico máximo de atividade da nossa estrela, podendo desde já ter “manifestações mais ou menos intensas da sua presença”, sendo bem possível na sequência de alguns episódios já registados anteriormente (com um par de eventos solares nestes últimos dias), que mantendo-se este ritmo e chegando novas manchas solares (ainda do outro lado do Sol) podendo ser dirigidas (apontadas à Terra), o Sol nos transmita alguma mensagem (de massa, de partículas, de energia, eletromagnética):
On August 31, 2012, a long prominence/filament of solar material that had been hovering in the Sun's atmosphere, erupted out into space. The flare caused auroras on Earth.
(wikipedia.org)
X-class flares are among the most powerful solar eruptions from our host star (mightiest on record being an astonishing X28 in November 2003). This new flare wasn't quite so intense, clocking in at X1.5 (causing a shortwave radio blackout over the Atlantic Ocean). The most recent X-class flare, prior to this new one, took place in September 2017, when the Sun erupted in an X8.2 flare. (Michelle Starr/6 julho 2021/sciencealert.com)
Tendo saído do seu 24º Ciclo Solar e entrando há uns meses atrás no seu Ciclo seguinte (25º) ─ tendo em média cada ciclo aproximadamente 11 anos e com o meio desse período a verificar-se lá para 2025/26 ─ com a nossa estrela depois de acordar a lançar-se num período de atividade crescente, até atingir o seu pico máximo. Pelo que à medida que o tempo for passando e as manchas solares rodando e depois de mais uma volta (devido à rotação do Sol) reaparecendo, poderá um dia chegar, estando para nós apontada a consequência de algum tipo de Evento Solar: atingindo-nos desde logo com raios de luz viajando a 300.00Km/s (demorando mais do que 8 minutos a chegar), assim como com massa solar viajando transportada pelo vento solar ainda hoje se movimentando a uma velocidade (digamos que baixa) de cerca de 400Km/s (a esta velocidade demorando mais de 4 dias a chegar).
Podendo não acontecer nada ou até um certo dia os raios solares “fritarem tudo”, deitando abaixo a rede elétrica e deixando-nos temporária ou “um pouco definitivamente”, às escuras: sem luz, sem água, sem comida, sem transportes, sem proteção, fazendo-nos desde logo lembrar um cenário (podendo um dia ser real) “Apocalíptico”. Razão pelo que se deve estar sempre com atenção aos efeitos do Sol, tanto em Terra como no Espaço.
(imagens: SOHO/nasa.gov ─ NASA/wikipedia.org)
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Ameaças Externas à Terra
O Sol abre-se à Terra
(com uns “calhaus” por aí)
Sendo o Sol a estrutura que suporta a existência de Vida na Terra (que a fez surgir), também poderá ser aquele que através de uma grande transformação interferiu na nossa Evolução (e nos fez desaparecer). Sendo conveniente estar atento e até preparado para um dia partir. Mas temendo sempre os “calhaus”.
O Sol a 30 de Janeiro de 2017
Buraco na superfície do Sol por onde se escapa o vento solar
(NASA/SDO)
Enquanto pequenos fragmentos rochosos continuam (para já) a passar tranquilamente ao lado do nosso planeta – ainda hoje com um desses calhaus (2017BH 30) de cerca de 8 metros de comprimento a passar a pouco mais de 38.000Km da Terra –
O Sol aponta mais uma vez na nossa direção um grande buraco formado na sua superfície (quase metade da face do Sol), emitindo na direção da Terra um fluxo intenso de vento solar viajando a uma velocidade de 750Km/s. Um buraco onde o campo magnético da nossa estrela se abre e permite que o vento solar se escape – neste momento tendo a Terra bem à sua frente.
Numa altura em que para muitos cientistas nos encontramos a caminho de uma mudança na polaridade magnética terrestre (com o norte a trocar com o sul), convém recordar que nessa etapa de transição e inversão de polaridades, a proteção que o campo magnético nos proporcionará (à Terra e à Vida) poderá decrescer drasticamente até perto dos 10%.
Pilares de Luz
Falsas auroras criadas à base de gelo/cristais e luz/poluição luminosa
(Dave Bell – Pinedale/Wyoming)
No caso dos pequenos fragmentos rochosos (que poderão ser menores ou maiores – como meteoritos, meteoros, asteroides, cometas) com vários (de pequenas dimensões) a passarem perto da Terra e com muitos deles só sendo detetados pouco antes ou mesmo depois da sua passagem: já amanhã com um outro (2017 BJ30) com 21 metros a passar a 1LD (384.000K) da Terra.
Já quanto ao buraco que o Sol agora apresenta e estando a nós dirigido (à Terra), com as previsões a apontarem a sua chegada para a próxima quarta-feira espalhando grandes auroras pelo Ártico.
(dados e imagens: spaceweather.com)
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Earth's magnetic field showing signs of significant weakening
The Watchers
(thewatchers.adorraeli.com)
Campo magnético terrestre
(uma das zonas mais enfraquecidas situa-se na região do Atlântico Sul tendo já começado a estender-se pelo Oceano Índico)
The first set of high-resolution results from ESA’s three-satellite Swarm constellation reveals the most recent changes in the magnetic field that protects us from cosmic radiation and charged particles that bombard Earth.
Magnetic field is in a permanent state of flux. Magnetic north wanders, and every few hundred thousand years the polarity flips so that a compass would point south instead of north. Moreover, the strength of the magnetic field constantly changes – and it is currently showing signs of significant weakening. (ESA)
Imagem do campo magnético terrestre neste mês de Junho
(a cor vermelha corresponde a um campo magnético forte em oposição à cor azul que corresponde a um campo magnético enfraquecido)
Measurements made by Swarm over the past six months confirm the general trend of the field’s weakening, with the most dramatic declines over the Western Hemisphere. But in other areas, such as the southern Indian Ocean, the magnetic field has strengthened since January.
The field is particularly weak over the South Atlantic Ocean – known as the South Atlantic Anomaly and the latest measurements confirm the movement of magnetic North towards Siberia.
The weak field has indirectly caused many temporary satellite ‘hiccups’ (called Single Event Upsets) as the satellites are exposed to strong radiation over this area. (ESA)
(texto excepto legendas/imagens – The Watchers/ESA)
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A Bússola dos Cães
Cão limpando excremento com alinhamento N/S
Já sabíamos que os cães estavam entre os animais mais sensíveis a determinadas alterações súbitas na crosta terrestre, conseguindo mesmo antecipar pela sua alteração de comportamento um tremor de terra. Agora ficamos a saber que além disso – e certamente haverá uma correlação entre estes dois factos – também são sensíveis a pequenas variações do campo magnético terrestre.
E daí...
Após uma exaustiva pesquisa que envolveu a observação de 70 cães das mais variadas raças – implicando o registo durante cerca de dois anos dos seus excrementos sólidos e líquidos (1893 defecações e 5582 micções) – um grupo de investigadores checos e alemães chegou à conclusão de que esses animais preferiam defecar e urinar, com o seu corpo alinhado (N/S) segundo o eixo magnético terrestre.
(a partir de notícia – Fronties in Zoology)
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O Sol Ontem
Imagem SDO
Um filamento magnético de cor escura, serpenteia por mais de metade do caminho – e da sua distância – à volta do Sol.
À distância de um olhar, parece que a superfície do Sol está a quebrar, abrindo uma fenda contínua e em propagação, que irá no final, partir o Sol em dois.
Sol (spaceweather.com)
Mas o que acontece na realidade é que o filamento se torna instável, acabando por colapsar e atingir a superfície inferior do Sol, provocando o surgimento das “Hyder Flare”.
O filamento até aí suportado pelo campo magnético cai, podendo algum material ser projectado para o espaço exterior.