ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
ATLAS
Há já quase 25 anos sem podermos observar um cometa movimentando-se no céu noturno (necessariamente limpo) separando-nos e localizado sobre nós
– Visível com a ajuda de uns simples binóculos ou mesmo à vista desarmada –
Cometa Atlas a 11 de março com magnitude 9.1
Eis que um novo cometa descoberto no final do ano passado (28 de dezembro de 2019) se aproxima rapidamente do Sol, na sua trajetória orbital em torno da sua estrela de referência passando nas proximidades da Terra:
E tal como o cometa Hale-Bopp (em 1997) e o cometa Hyakutake (em 1998) – apresentando-se publicamente como “Cometas Espetacularmente Brilhantes” e mesmo com o segundo mostrando-nos a sua cauda − com este outro cometa denominado ATLAS na sua aproximação ao Sol e ficando cada vez mais brilhante, prometendo-nos vistas espetaculares ainda esta Primavera e ao anoitecer.
Libertando-nos de mais esta seca (de observação de cometas, a última faz 22 anos) e apresentando-se ATLAS,
Posição no céu do cometa Atlas a 18 de maio de 2020
Um objeto descoberto em finais de dezembro para os lados da Ursa Maior, como um pontinho muito pálido (ao nível das estrelas mais pequeninas, ainda detetadas à vista desarmada) e localizado na altura a quase 440 milhões de quilómetros do Sol (a Terra dista 150 milhões de Km) e que se tudo correr bem sem que o mesmo nos pregue algum tipo de partida, lá para o dia 31 de maio passará a menos de 38 milhões de Km de distância do Sol, esperando-se que “Bem Luminoso” (há 4 dias atrás estando 600X mais brilhante do que o previsto).
Mas pelos vistos só se dando à observação para o público em geral depois de mesmo atingir o Sol, daí o dia 31 de maio (daqui a mais de dois meses):
E aí sim, vendo-se ou não se vendo o cometa.
(imagens: Karl Battams/SungrazerComets/twitter.com e SkySafari em forbes.com)
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O MONSTRO < 2K
No próximo dia 25 de Maio (daqui a pouco mais de 5 semanas) com o asteroide binário (composto por dois asteroides) de mais de um quilómetro de diâmetro (1,5Km/1,8Km) e denominado como 66391 – de afélio a mais de 160.000.000Km do Sol e periélio a 30.000.000Km do Sol – a passar a uma velocidade próxima dos 22Km/s a pouco mais de 5.000.000Km da Terra (e nesse momento a pouco mais de 150.000.000Km do Sol).
66391 como visto vai fazer 18 anos
A menos de 5.000.000Km da Terra
Pelo radar do telescópio Goldstone
Com um pequeno objeto (uma lua) orbitando o maior
(imagem: Steven Ostro/nasa.gov)
Um asteroide com um período orbital de pouco mais de meio ano (188 dias para cumprir a sua trajetória em volta do Sol), com uma pequena lua (300m/400m) orbitando o mesmo (a cada 16 horas) e acompanhando-o na sua translação, considerado como do tipo S e como tal de composição mineralógica rica em sílica.
Pela sua proximidade ao nosso planeta, pela curta periodicidade da sua passagem (cada meio ano) e pelos limites mínimos de distância do asteroide (podendo-se ficar pelos 2.000.000 Km) para com o nosso planeta a Terra − em Maio de 2036 estando previsto passar a cerca de 2.300.000Km – sendo considerado um PHA
(“um asteroide próximo da Terra ou um cometa com uma órbita de tal forma que ele tem o potencial para fazer aproximações ao planeta Terra e possui um tamanho grande o suficiente para causar danos regionais significativos no caso de um impacto”/wikipedia.org)
Asteroide 1999 KW4 Alpha ou 66391
Com o mais pequeno no seu movimento de rotação
Acompanhando o maior no seu movimento de translação
Relativamente à referência de ambos o Sol
(imagem: iawn.net)
Podendo ser num futuro próximo potencialmente perigoso.
Para já não falar da sua constituição (metálicos/níquel e ferro, além de ferro/magnésio/silicatos) e sobretudo da sua dimensão: de pelo menos uns 1500m/1800m, 75X a 90X a dimensão do meteoro de Chelyabinsk (com cerca de 20 metros) – e com este último danificando (a 15.02.2013) mais de 7.000 edifícios e ferindo quase 1.500 pessoas, apenas devido à sua explosão (na atmosfera desintegrando-se) e à onda de choque provocada (sem impacto de fragmentos e sem consequências relevante).
Mas não estando previsto (pelos astrónomos) nenhum impacto (do Monstro) nos próximos 1000 anos.
(imagens: as indicadas)
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1.º de Maio de 1974
Os Vencedores:
"As contas não batem certo desde que vivemos em democracia"
(Pedro Passos Coelho)
A Memória que se vai desvanecendo
Os Vencidos:
Alguns dias depois, no dia 1 de Maio de 1974, a população portuguesa saiu à rua para participar na grande festa da liberdade. Comemorava-se o Dia do Trabalhador. Nessa data, ouviram-se palavras de ordem como: «O povo está com o M.F.A.» ou «O povo unido jamais será vencido».
(imagem: Fundação Mário Soares – texto: educacao.te.pt)