ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Apoio Democrata aos Manequins Femininos
“Na sua luta pela igualdade de género a congressista norte-americana Eleanor Holmes Norton (Democrata) apresenta um projeto, solicitando idêntica utilização de Manequins-Masculinos e de Manequins-Femininos, em testes-de-embates realizados com carros.”
Seis anos passados sobre a apresentação da candidatura de Donald Trump à presidência dos EUA (2015), cinco anos passados sobre a sua eleição como presidente (2016) e nem meio ano passado desde o fim do seu mandato (janeiro de 2021) ─ um período em que os Democratas mobilizaram todas as suas forças para deitarem abaixo Donald Trump, se possível antes do fim do seu mandato, daí os sucessivos pedidos de “Impedimento” (que já não sendo presidente ainda continua, não vá o diabo tecê-las e este recandidatar-se em 2024) ─ obcecados intensamente e durante longo tempo com um único alvo (sendo igualmente, o tema exclusivo) e abandonando tudo o resto entre elas as questões devendo ser prioritárias (como o da crise económica, da desigualdade, do desemprego e da Pandemia),
Como que perdidos e parecendo não existir nenhum outro tema mais importante e impactante com que se preocupar, passados mais de cem dias sobre a tomada de posse de Joe Biden como presidente dos EUA (pouco ou nada se tendo passado, entretanto, só a nível de intenções),
Eis que uma congressista Democrata achando o tema relevante até pela sua eventual colaboração na luta pela igualdade de género (entre o homem e a mulher, mas esquecendo outros, como por exemplo os transgénicos), vem agora propor que os bonecos segundo ela maioritariamente do “sexo-masculino” utilizados nos testes de embates com carros, sejam futura e equitativamente distribuídos entre manequins-masculinos e manequins femininos: até porque (segundo ela, devido à sua fisionomia) são as mulheres as mais afetadas pelos acidentes de automóveis.
Dividido ainda os Estados Unidos (e os seus 50 estados) ao meio ─ entre os apoiantes Democratas de Biden e os apoiantes Republicanos de Trump (uns sabendo ter ganho e outros perdido, apenas devido ao aparecimento da Pandemia, nada mais) ─ continuando as opiniões obtidas a serem comandadas por um fanatismo ideológico e obsessivo personificado numa só pessoa, sendo assim difícil qualquer tipo de pensamento e de reflexão (minimamente racional) a não ser ataques ou defesas extremas, violentas, na realidade e dada a situação socioeconómica real (infelizmente para todos os norte-americanos) sem expressão: insistindo no mesmo conduto, mas nada lhe acrescentando (para pelo menos, enganar um pouco), nem mesmo um pouquinho de sabor.
(imagens: Shannon Stapleton/Reuters/rt.com ─ @EleanorNorton/twitter.com/rt.com)
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Merda ou a Revolta contra o Regresso mais uma vez ao Normal
“Desempregados e com fome com o povo a preferir em vez de agonizar,
morrer a trabalhar:
e não será colocando lá manequins, que nos conseguirão enganar.”
63º dia seguido
duma hipótese de extermínio
(apontando ideologicamente Trump e religiosamente seguindo-o)
Com o Mundo dominado por um vírus mortal sem que os seus especialistas nada consigam fazer para o travar ─ demonstrando bem para todos aqueles que ainda acreditavam no Sistema (tal como se fosse uma Igreja, uma Religião) que este está feito e programado apenas para a salvaguarda de alguns, para tal servindo-se de todos os outros como “muralha de proteção” previamente defendidos pelos seus fieis certificados (no passado disponibilizando-lhes armas, no presente atribuindo-lhes “canudos”) ─ depois da fase de confinamento onde fechados em casa se foi assistindo à morte física e ao abandono de pessoas (muitos deles nossos familiares) e simultaneamente ao definhamento mental de muitos outros de nós (fechados em casa, desempregados, com dívidas, sem comida e sem perspetivas de futuro), sem nada de facto se ter alterado a não ser a diminuição provisória do número de mortes locais registando-se estas agora noutras partes ali mesmo ao lado mas um pouco mais afastadas ─ afetando agora os mais desprotegidos dessa parte do Mundo (o Hemisfério Sul, África/América do Sul, depois de já ter feito o mesmo nesta outra parte do mesmo, atingindo cá como lá e como sempre os mais pobres (o dito mais rico e desenvolvido Hemisfério Norte) ─
“Porque será que aceitamos sempre o regresso deste quotidiano de merda,
em que nem sequer somos protagonistas (a merda escolhida)
nem mesmo ao nível das moscas (aqueles tendo brevet).”
E desde já,
despromovendo-nos por substituição
(e colocando lá manequins)
Seguindo-se agora a fase dita de desconfinamento (mas nem tanto, como o termo significa) deixando-nos sair de casa apenas para ver, olhar ou então fugir e regressar, ou então para nos sacrificar mais uma vez no altar: dizendo sim, dizendo não e nunca deixando de lado o talvez, sem emprego para oferecer, nem dinheiro para comer e pouco se importando eles (o Governo, as autoridades e todos os demais encostados) com os mais jovens de nós (dos idosos estamos falados), pressionando-nos a trabalhar em nome da Economia de alguns vindos todos nós de uma doença ainda em curso e não estabilizada e como (mesmo sendo políticos, não médicos) se já tivéssemos curados. Mostrando-nos como apesar de tudo e de todo o mal vomitado, sendo eles todos e firmemente ─ os nossos líderes ─ visceralmente TRUMPISTAS. E depois da crise sanitária vindo aí a económica, momento em que as máscaras cairão e eles se revelarão ─ mandando os pais para as fábricas, os filhos para as escolas e as ajudas às urtigas, isto se não quisermos uma WW3: sem emprego, sem comer e com uma nova vaga a aparecer. O Mundo esse continuando o normal, com os mesmos a sofrer talvez para finalmente (com um extermínio coletivo) desaparecer: vítimas como as da Atouguia existindo muitas (escondidas, desconhecidas) e assassinos (ou capachos, algozes, carrascos) infelizmente muitos mais (basta vê-los no poder ou então exibindo-se esperando ser chamados bem expostos na TV).
De repente como se estivéssemos inseridos
numa cápsula do tempo
(sem presente e sem futuro)
[Desresponsabilização: “Ir trabalhar/ficar em casa, ir para a escola/não ir, frequentar espaços públicos/não frequentar, ir a supermercados/não ir a restaurantes, tirar os semáforos/coloca-los nas praias, matar idosos/impor um imposto aos ainda vivos, usar proteção/mexer sempre nela, morrer de covid/não morrer de cancro, fornicar/não fornicar masturbar, negar o contrário/impor o essencial, dizer mentiras/negar verdades, recusar a civilização/assumir a barbárie, lobotomizar a memória/riscar do mapa a cultura, não ver o caos e a ordem/promovendo a desordem, insultar Trump/impondo a sua ideologia, num mar imenso dum planeta caótico berço e sepultura de biliões e biliões de seres (miseráveis) lutando por objetivos menores (se pensando nos irracionais) observados sem pormenor ─ apenas para sobreviver ─ num quotidiano tóxico e mortal por doentio e monótono, unicamente (o nosso governo/autoridades) nos apontando como direção irmos tal como eles e de preferência para a estrada (até por ser jovem, radical, ilegal) esticar o dedo e esperar por uma boleia: nesse dia com as garagens “deles e dos seus” a abrirem e a sermos mesmo na berma (danos não intencionais/colaterais) chacinados na estrada.”]
(imagens: Ruptly ─ news8000.com)