Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]


Fúria Incontrolável

Segunda-feira, 28.01.13

DR. RABBIT – O Exterminador Alienígena

“Do pretexto ao facto consumado”

 

     

A - B - C

 

Agora que és um cidadão livre vivendo num país sem dinheiro, aproveita os teus tempos livres treinando técnicas de protecção.

Já agora aproveita a ocasião e tira uma importante conclusão:

 

Teste a realizar

 

Se tivesses que ir hoje comprar um conjunto de facas de cozinha qual seria a tua opção?

 

Opções

Escolha (x)

A

 

B

 

C (nenhuma delas)

 

 

Conclusão a tirar

 

Se escolheste:

  1. Ainda te encontras numa fase inicial de mentalização e de treino, para início de nova actividade (inapto)
  2. Já terminaste a tua fase final de treino, para início de nova actividade (apto mas sem estágio e tempo de serviço)
  3. Em actividade, temporariamente desactivado ou em acções de formação (apto e profissionalizado)

Um teste idêntico já tinha sido conduzido pelo mesmo responsável – o conceituado Mestre em Ciências Mentais Dr. Rabbit – num dos mais concorridos centros de troca do Algarve. Os resultados obtidos na altura foram os seguintes:

 

 

Inquérito realizado a 3171 pessoas

Opções não sugeridas:

D (não percebi) – E (não falo da minha vida privada) – F (não uso facas)

G (vai-te *****) – H (não queres uma naifa?)

 

Gráfico

 

Veja a análise do Dr. Rabbit

  • Desde logo 25% dos inquiridos (A+B) já estão familiarizados com o uso de facas comuns e procuram especializar-se no uso deste tipo de arma – o que a verificar-se poderá levar por contaminação à banalização desta arma branca e ao seu uso sob vários pretextos. Uma provável e trágica consequência: a procura de armas mais poderosas.
  • Apenas 2% dos inquiridos (F) afirmam não ter facas na sua posse – o que não prova que até não possam ter, outro tipo de arma mais eficiente em seu poder. A dúvida que se mantém: qual o tipo de arma utilizada?
  • Outros 4% dos inquiridos (D+E) fazem-se de desentendidos – o que apenas pode significar que terão iniciado nova actividade sem qualquer tipo de qualificação ou equivalência, provavelmente com maus resultados finais. A certeza que se tira: activos e incontroláveis.
  • Dos restantes 60% dos inquiridos (C+G) pode-se afirmar que estes fazem parte do grande contingente associado às forças de segurança legais ou ilegais, a grupos de cidadãos que cada vez mais acreditam que justiça só com a força das suas próprias armas ou então a grupos dispersos constituídos por indivíduos isolados em células independentes, que confundem pertencer com comandar. Um perigo em potência!
  • Finalmente 9% dos inquiridos (H) relacionaram imediatamente esta questão com o comércio ilegal deste tipo de armas, indicando com estes actos estarem directamente ligados à sua comercialização e utilização em actividades ilegais e criminosas. Além de poderem ser vendedores e consumidores deste tipo de armas, o seu mercado estende-se implacavelmente a todos os níveis da sociedade. Evidência: são fundamentais hoje em dia para a manutenção do poder, podendo chegar como recompensa a traficante de armas internacional.

Elucubração Mental

 

Leia o esmagador texto do Dr. Rabbit

 

A conclusão é esmagadora: 100% dos inquiridos estão de uma maneira ou de outra familiarizados com facas, facas são armas e estas incitam-nos à violência.

 

O primeiro problema a resolver deverá ser o da questão da quantidade.

Pensemos então que Portugal tem cerca de 10.000.000 de habitantes. Se formos optimistas 50% deles podem ainda vir a ser recuperados. Restam 5.000.000 de habitantes. Desses – segundo a religião católica – uns vão para o Inferno (I), outros vão para o Purgatório (P) e os mais capazes vão para o Céu (C). E se aplicarmos aqui a teoria das probabilidades – uma bola com um I, uma bola com um P e outra bola com um C – a hipótese de sair um C será de cerca de 33% (por defeito 1.600.000 de habitantes). Restariam assim 1.600.000 de habitantes.

Teríamos assim de desactivar numa primeira fase 8.400.000 indivíduos (anexo A).

 

Seguidamente deveríamos dedicar-nos ao problema da questão da qualidade.

As sociedades só sobrevivem se tiverem uma elite em que se apoiar. Se pensarmos que a percentagem desse corpo de eleitos não deverá ultrapassar 1% do total de indivíduos ainda disponíveis – segundo “A Mobilidade como Sistema de Filtragem na Pirâmide do Poder” (original de Dr. Rabbit) – é fácil de se chegar ao protótipo do número mágico: 16.000 (habitantes). No entanto nunca nos devemos esquecer dos serviços vitais a manter para a continuação do bom ambiente de trabalho e de conforto desta elite salvadora. Nesse sentido o acompanhamento destas entidades – com responsabilidades de manutenção e preservação dos valores morais e sociais pré-estabelecidos – contará com a presença de vinte adjuntos por cada elemento desse corpo de elite, o que irá constituir um contingente extraordinário constituído por 320.000 indivíduos. No final desta segunda fase de selecção estaríamos assim reduzidos a 336.000 habitantes (16.000 entidades + 320.000 adjuntos).

Nesta segunda fase seriam desactivados 1.300.000 indivíduos – por excesso (anexo B). Restariam portanto no final 300.000.

 

Campo de refugiados desactivados

 

Com a aplicação dos dois parâmetros básicos constitutivos de qualquer estrutura assente no controlo do estado e da economia – a quantidade e a qualidade – garante-se desde logo a estabilidade da Pirâmide Social (anexo C) e a continuação dos privilégios dos que se encontram no topo. O aumento da distância existente entre esse topo e a base onde assenta essa mesma pirâmide social, poderá representar um aspecto positivo no reforço temporal do exercício dessa hierarquia, protegendo-a do acesso indevido a níveis superiores de comando por parte de grupos minoritários e subversivos. A aproximação do topo à base da pirâmide seria contraproducente, pois originaria o esmagamento dos níveis intermédios de ligação e exporia de uma forma pornográfica as mais íntimas preocupações da elite, à selvajaria irracional da esquizofrenia popular. Este processo possibilitará a refundação de todo o tecido económico e social envolvendo o estado, agora exclusivamente idealizado e estruturado com base na meritocracia e em critérios científicos baseados na hereditariedade.

 

Este projecto revolucionário será apresentado em primeira-mão pelo Dr. Rabbit na próxima assembleia-geral da ONU, que se irá debruçar sobre o crescimento excessivo da população em todo o mundo sob o tema “Como terminar definitivamente com o crescimento demográfico, invertendo o processo degenerativo do mundo actual e refundando um novo mundo, por reocupar e livre de excessos”. O Projecto 33 – assim chamado por conseguir atingir a fantástica fasquia de diminuição da população em cerca de trinta e três vezes – poderá ter um grande impacto a nível mundial e contribuir para a prossecução da selecção natural verificada. Foi ainda acrescentado que o projecto estaria sempre disponível para aceitar sugestões que pudessem contribuir para a sua concretização e sucesso desde que não colidissem com a filosofia de actuação em presença.

 

Assistimos passivamente ao espectáculo do regresso à barbárie

 

Anexo A – 1.ª Fase: Desactivação de 8.400.000 indivíduos

 

 

EUR/Europa – ÁFR/África – AN/América do Norte – AC/América Central

AS/América do Sul – ÁSI/Ásia – OCE/Oceânia

 

Anexo B – 2.ª Fase: Desactivação de 1.300.000 indivíduos

 

Zonas Ocupadas

IDT

Açores

546.000

Madeira

546.000

Berlengas *

1.300

Ilha da Culatra *

11.700

Enclave de Trás-os-Montes *

91.000

Enclave do Alentejo *

104.000

TOTAL

1.300.000

 

* Campos temporários. Os IDT (Indivíduos Desactivados e Transferidos) serão posteriormente distribuídos pelos Açores e pela Madeira passando cada uma destas zonas ocupadas para um total de 650.000 indivíduos.

 

Anexo C – A Nova Pirâmide Social (algumas anotações)

  1. A sociedade portuguesa assentaria num agregado populacional constituído por 300.000 indivíduos – o que equivaleria a uma redução espectacular de 97% da população. Deste modo estaria garantida a estabilidade social por desocupação de espaço e por libertação de recursos.
  2. Numa primeira fase seriam desafectados 8.400.000 indivíduos considerados sem perfil e excedentários para o sucesso deste projecto, que seriam deslocados para outros países/continentes – de igual ou maior dimensão – desde que os mesmos se comprometessem a aceitar estes contingentes como mão-de-obra voluntária de reserva, oferecendo-lhes como contrapartida condições mínimas de sobrevivência. Seriam colocados em campos de refugiados, podendo entrar num regime de mobilidade entre os países/continentes aderentes ao projecto.
  3. Os nossos líderes iriam propor à ONU – esperando contar com todo o apoio inicial de Angola/África, da China/Ásia e dos EUA/América do Norte – um regime de transferências populacionais a realizar apenas de países/continentes de pequenas dimensões para outros de idênticas ou maiores dimensões. Isto porque seria muito mais simples e eficiente, a recuperação em simultâneo de vários espaços de dimensões limitadas – em vez de termos um único e grande espaço de intervenção, com todos os problemas que acarretaria a assimilação de diversas culturas por um único grupo. O maior contingente de nacionais teria como destino a China/Ásia, que poderia ser recompensada num futuro muito próximo – se o Projecto 33 fosse implantado a nível mundial – com o consentimento por parte da comunidade internacional do início da colonização do espaço sob liderança chinesa, utilizando estes contingentes de excedentes para missões de risco, sempre sobre controlo e supervisão dos EUA.
  4. Concluída esta etapa iniciar-se-ia a segunda fase desta operação que originaria uma nova desactivação de 1.300.000 portugueses levando-nos ao número mágico final de apenas 300.000 indivíduos. De início estes elementos excedentários seriam deslocados para seis centros de recolha implantados em território nacional, concentrando-se posteriormente em dois centros afastados do continente e que seriam utilizados exclusivamente para este fim de modo a evitar contágios ou outro tipo de acidentes desnecessários. Seriam assim ocupadas as ilhas dos Açores e da Madeira – cada uma delas com 650.000 pessoas – libertando-se definitivamente o continente.
  5. A tabela seguinte apresenta o n.º de indivíduos residentes no continente e ilhas, após a concretização das duas fases:

Grupos

N.º de Indivíduos

População activa

300.000

Contingentes Extraordinários

100.000

População desactivada após 2.ª fase – 1.ª reserva

300.000

População desactivada após 2.ª fase – 2.ª reserva

300.000

População desactivada após 2.ª fase – supranumerária

600.000

Total

1.600.000

  1. No quadro anterior aparecem dois contingentes de reserva, a ser criados como prevenção e segurança contra acontecimentos imprevistos e que pudessem por em causa – a nível de quantidade – a estabilidade social pretendida. O contingente extraordinário será reservado para as entidades religiosas e para outras organizações nacionais ou estrangeiras que se verifique ser necessário e vantajoso manter – como determinadas forças da radicais ou da oposição à implementação do Projecto 33. Resta ainda um grupo de supranumerários a ser renegociados no mais curto espaço de tempo no mercado de mão-de-obra tóxica, de modo a poder-se atingir rapidamente a fasquia máxima inicial e ideal de 1.000.000 habitantes: 300.000 (activos) + 100.000 (extraordinários) no continente livre e 600.000 (reserva) nas ilhas ocupadas.

(imagens – google.com)

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado por Produções Anormais - Albufeira às 17:31