ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
16 PSYCHE
Tendo já entrado numa nuvem interestelar localizada a cerca de 30 anos-luz do centro do seu destino de referência e estando de momento já no interior da VIA LÁCTEA na região do Braço de ÓRION, a projeção que se estendia pelo horizonte visual do VIAJANTE apontava já distintamente para os limites exteriores do Sistema Planetário para o qual se dirigia: centrado numa estrela da classe G2V, nos seus limites extremos podendo ter 120 UA de dimensão e no seu interior estando preenchido por diversos tipos de objetos (planetas, luas, asteroides, cometas), movimentando-se individualmente ou agrupados em redor dessa referência de destino ─ o SOL, perto da qual estaria o protagonista desta VIAGEM.
Asteroide Psyche
Sendo esse objetivo final 16 PSIQUE (m = 24 X 10↑18 Kg), um dos mais maciços (Top 10) entre os mais de 1 milhão de asteroides existentes neste sistema ─ SISTEMA SOLAR ─ só verdadeiramente esmagado no valor da sua massa pelos gigantes Ceres (m = 938), Vesta (259) e Pallas (m = 204). Mas tendo uma particularidade que estes não apresentam: sendo o 9º asteroide mais maciço, o 16º de maior dimensão (com a forma de uma batata e de dimensões entre os 170Km/290km) e orbitando entre as órbitas de MARTE e de JÚPITER no Cinturão de ASTEROIDES, estando associado a fenómenos de FERRO-VULCANISMO com erupções vulcânicas (ocorridas no seu passado quando ativo e pertencendo a um objeto maior) tendo não o tipo de lava a que estamos mais habituados (na Terra) mas outras mais densas e extremamente ricas em METAIS como o FERRO e o níquel.
Um tipo de fenómeno algo raro de ocorrer em larga escola no Sistema Solar ─ habituados a erupções vulcânicas de rocha/água tanto na Terra como fora dela em luas como Encélados ou protoplanetas como Ceres ─ talvez podendo apresentar um ou outro vestígio ocorrido num passado remoto (numa qualquer região do sistema) como o sugerido como explicação para a região de Antofagasta no Chile: integrando sete estratovulcões conhecidos pela sua lava rica em magnetite (um mineral rico em ferro), com a idade estimada de 2 milhões de anos e sugerindo no seu passado (até pela evolução e vestígios) erupções metálicas do tipo ferro-vulcânicas: como será o caso do asteroide 16 PSYCHE destinatário do nosso VIAJANTE e tendo como remetente o espaço INTERESTELAR.
Um objeto (circulando no Cinturão de Asteroides) para nós podendo passar despercebido ─ até pela distância que nos impede (cerca de 235/309 milhões de Km), nunca se tendo passado da LUA (mais de 384 mil Km) uma distância na situação ideal (de órbita) quase 500X menor─ mas para o VIAJANTE podendo ser (em muitos sentidos, não só num) uma enorme “MINA”, sendo esse o objetivo de VIAGEM. Asteroide Metálico inserido numa região do Espaço, movimentando-se esta última (o SISTEMA SOLAR) a cerca de 220Km/s e tendo um período de 225/250 milhões de anos (tendo a Terra como referência com um período orbital = 1 ano). E assim atravessando a fronteira do Sistema deparando-se com a NUVEM de OORT no caminho (berço de cometas), passando-se de seguida pelo Cinturão de Kuiper (berço de asteroides) e entrando aí na região planetária: com o VIAJANTE então a fixar no ecrã PSYCHE lançando-se na última fase da viagem, nos derradeiros 5.500 milhões de Km entre PLUTÃO (estando a passar a seu lado) e o CINTURÃO de ASTEROIDES, o lar do asteroide 16 PSYCHE.
No seu OUMUAMUA (objeto interestelar natural) transformado, viajando a uma velocidade incrível (tomando como referência o objeto anterior de nível VI-1 equivalente a pouco mais de 26Km/s) de nível VI -1000 (mais de 10X a velocidade da luz), utilizando uma tecnologia para nós inacessível nem sequer compreensível e IMPOSSÍVEL a partir dos nossos equipamentos, utensílios e ferramentas (atuais) de reproduzir ou de qualquer forma (derivando, perdendo-se) replicar ─ apesar de tantas vezes utilizada na nossa imaginação, reproduzindo cenários de antecipação e de ficção cientifica, ao pormenor e bem enquadrados ─ repentinamente e como que “SALTANDO” (desaparecendo dessas coordenadas) em cerca de dois dias e meio (2,4 dias) atingindo em cheio o alvo. No caminho dando uma vista de olhos pelas redondezas, a meio caminho e passando por Úrano preparando os seus instrumentos para um registo mais aproximado e detalhado dos dois maiores objetos do sistema ─ SATURNO e JÚPITER ─ para transposto os dois Gigantes tentar desvendar mais um pouco a origem do Cinturão de Asteroides, assim como logo ali ao lado (e aí bem focado) de PSYCHE.
During a lava flow experiment (left), molten metal (at the bottom) breaks out from under a thicker, more rocky silicate flow, forming tendrils. After cooling (right) the silicate flow is glassy and black while the metal flow is grayer. Note the silvery thin line of metal flowing along the top right of the silicate deposit in both shots. |
(syfy.com) |
Entre outros objetivos prioritários a cumprir (pessoais e coletivos), pensando aplicar o registo das suas observações como um contributo para o esclarecimento e afirmação das suas teorias há muito apresentadas e apenas esperando por ser retificadas (anexando-as à sua tese “Os Limites dos Pontos e Confins do Universo ─ Alterações de Estruturas por Movimento ─ Literatura SCI-FI”), como sugerira focando precisamente este sistema (Sistema Solar) já na sua rota futura de colisão com Psyche, declarando ter existido há muito muito tempo (tomando o tempo do Homem como referência, por ex. 100 anos) mas não tanto assim (tomando a idade da Terra como referência, expressa em biliões de anos), um outro planeta entre o 4º (Marte) e o 6º (Júpiter) contando a partir do centro.
Destruído e fragmentado num Evento Apocalítico (podendo ter afetado Marte, o planeta mais próximo), dando origem ao Cinturão de Asteroides e talvez ao desaparecimento (ou fuga) de uma Civilização (em Marte): escondendo-se (no local em profundidade) ou migrando para a Terra (o destino em tudo mais próximo). Algo que teria de averiguar na próxima passagem, aquando da recolha por parte da Companhia Mineira de Extração (um grande conglomerado industrial-comercial, utilizando para o transporte-pesado tecnologia de ponta) deste grande artefacto. Concluída a tarefa apontando à estrela (o SOL) e usando então o turbo, disparando, numa aceleração incompreensível e fulminante, parecendo o objeto nunca ter existido e não se ter assistido a nada, apesar da falta do objeto, dado que dele nem sombra: penetrando o SOL sem ele o sentir e saindo do outro lado sem o VIAJANTE se aperceber.
16 PSIQUE um asteroide “FULL METAL” podendo atingir quase as três centenas de Km (de ponta a ponta), graças à tecnologia da civilização do VIAJANTE e ao seu extremamente elevado valor (comercial e como metal do asteroide), podendo suportar facilmente o custo de um transporte-pesado e de curta-duração, dispensando o envolvimento de grandes estruturas de apoio estáticas ou em movimento: num segundo estando-se aqui, no seguinte já se estando ali (uma tecnologia podendo “saltar”, várias vezes). E abrindo o livre e revendo os registos iniciando-se aí a “obra-prima”. “Era uma vez um VIAJANTE que ainda jovem e entre tantas experiências de formação e de conhecimento por si efetuadas ─ umas sendo esquecidas, outras não ─ apesar da diversidade de propostas selecionadas sucessivamente sendo seccionadas e deixando de fazer sentido (perdendo por ação do tempo, o seu conjunto), nunca esquecera aquilo (vivido em direto por pouco tempo, mas alastrando pelo espaço rodeando integralmente o seu trajeto de vida) que iria considerar durante toda a sua vida o seu Grande-Amor → Um momento entre uma infinidade deles dando-nos um pouco de sentido à VIDA, com o restante (terão que existir outras dimensões, ainda por descobrir, alternativa à morte definitiva, tal e qual como se nunca tivéssemos existido) ─ o desejo, a aventura, o misterioso ─ vindo depois.
Apenas um “GRANDE CALHAU METÁLICO” circulando entre Marte e Júpiter a uma distância da Terra nunca inferior a cerca de 250 milhões de Km, em princípio jamais nos impactando, mas acontecendo sendo o FIM. Por algum tipo de importância sendo o alvo de uma das próximas missões (sonda automática) da NASA. Talvez um símbolo para o VIAJANTE.
(imagens: syfy.com/NASA-JPL-Caltech/Creative Commons/psyche.asu.edu)