ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Ursos Polares (tal como nós) ─ "Occupy Kolyuchin"
[Oriundos (podendo ser agentes dele) das Terras Geladas de Vladimir.]
Demonstrando estar mais perto de nós do que nos dizem (além do mais, sendo animais irracionais), quando a fome aperta ou quando as condições ambientais de momento não são propícias, eis que até os ursos nos imitam (a nós, sendo animais irracionais) migrando e procurando novos territórios de sobrevivência: deslocando-se das partes mais afastadas do Ártico (região do Polo Norte) à procura essencialmente de alimento (mas igualmente de refúgio, até para a segurança dos mais jovens) em direção às terras do litoral.
Viajando do interior do Ártico para o litoral
e instalando-se em Kolyuchin
(antigo posto meteorológico russo)
Abandonadas as casas pelo Homem com os Ursos
a ocuparem e vigiarem as agora suas casas-refúgio
(abandonadas em 1992, aquando do colapso da URSS)
Habituados a estas migrações anuais e deslocando-se com esse objetivo em grupos, em direção aos oceanos em busca de um melhor habitat e locais privilegiados de caça (marinha), dada a diminuição da camada de gelo cobrindo essas águas, permitindo-lhes quando intactas a partir de partes geladas do litoral alcançar, nadar e/ou saltar entre placas de gelo, flutuando nas mesmas, possibilitando-lhes a caça a procura de alimentos, impedidos de se movimentarem para executar as suas habituais tarefas, espalhando-se por outros locais,
Num grupo de 20 ursos e como se estivessem numa estância de Verão
acomodando-se a este tipo de vida e obviamente ficando
(na realidade, estando-se no Verão de 2021)
Em grupo e cada um aparentemente com as suas funções,
defendendo o território e protegendo os mais jovens
(ou não vivessem em grupo no agora seu refúgio)
Com este grupo de Ursos sabendo as condições apresentadas habitualmente noutros locais pelos mesmos visitados ou apenas tendo sido observados de passagem (habitual), sendo iguais provavelmente até piores para a sua sobrevivência, decidindo em vez de prosseguir na sua senda de exploração e de descoberta e até parecendo uma decisão (opção entre várias, adquirida por experiência) tomada por um ser humano (como tal racional), em instalar-se ficando mesmo que temporariamente por aí: com comida e com refúgio.
Um ponto de passagem de Verão junto ao litoral,
proporcionando refúgio, comida e até lazer e diversão
(apesar da incerteza no futuro do ambiente e dos ursos)
Animais espertos, mas por vezes demasiado atrevidos, tanto estando num momento a olhar como que apenas minimamente interessado (em nós, no que se passa), para de seguida estando de lado, mas sem repararmos não nos largando de vista, lançando-se sobre nós certamente sem boas intenções ─ não sendo por acaso considerado apesar dos seus quase 800Kg (no entanto, podendo deslocar-se à V=40Km/h) um “grande-caçador”.
Desde 1979 com o gelo usualmente cobrindo os oceanos a diminuir não só de extensão como de espessura, aos poucos indo desaparecendo, para em 1992 desaparecerem os humanos (desativado o posto) e a partir daí e preenchendo a lacuna surgirem os nossos URSOS POLARES. De facto, e sendo-se HARD tratando-se de uma ocupação, sendo-se SOFT então aí traduzindo-se, uma simples mudança de inquilinos.
(imagens: POLAR BEARS/dmitrykokh.com)
Autoria e outros dados (tags, etc)
Na Terra dos “Todos Iguais, Todos Diferentes”
“Depois de perto de 250 Mortos, todos gritando Vitória!”
(falando-se como sempre ─ desde que me lembro ─ do conflito Israel/Palestina)
Enquanto os falcões-da-guerra gritavam, “Todos Iguais, Todos Diferentes”.
Palestina
Festejando em Gaza um novo cessar-fogo
sendo o mais sacrificado/utilizado neste conflito
e com os mesmos protagonistas certamente infindável
E passados mais de uma dezena de dias sobre mais um episódio de um conflito que nunca mais terá fim ─ tantas são as suas novas e sucessivas temporadas ─ eis que dos dois lados e encerrados mais um grupo de novos episódios (num pequeno interregno a que ambos chamam tréguas) os Senhores da Guerra em conflito gritam e clamam por vitória: apenas não os acompanhando nos Festejos (estando agora estáticos) os mais de 200 mortos de um lado (palestinianos) e os mais de uma dezena do outro lado (israelitas), apesar de nada terem a ver com o assunto não sendo militares mas civis (sendo apanhados entre fogos), sendo daí oriunda a esmagadora maioria das vítimas mortais e logo quase que só constituídas (desparecidos os homens) por mulheres e crianças. Nem sequer estando seguras (a população em geral, as mulheres, os velhos e as crianças) nas suas habitações, escolas e hospitais, nesta última ronda de “ataques” alvos preferenciais dos militares israelitas: não conseguindo matar o homem seu inimigo e corresponsável (com ele) nesta trágica e criminosa situação, castigando-o matando-lhe a família.
Palestina
Habituados aos “Campos de Refugiados” desde 1947
semelhantes ao atual campo de concentração a céu aberto/isolado
do Estado da Palestina, tendo como observador assento na UN
O único campo de concentração a céu aberto sendo constantemente atacado até à sua exterminação, recuando aproximadamente 3/4 de século (uns 75 anos) fazendo-nos recordar o que os nazis fizeram antes com os Judeus e que agora estes (os próprios judeus) aplicam aos habitantes da Palestina: antes sendo um crime de guerra o que os militares alemães fizeram aos judeus (sendo muitos levados a tribunal e condenados), hoje já não o sendo o que os militares israelitas fazem aos palestinianos (sendo os agressores apoiados e as vítimas ignoradas). E tal como hoje já não nos importamos com as vítimas diárias deste conflito (para já não falar dos deslocados, dos feridos, dos abandonado, dos doentes, de todas as vítimas de qualquer guerra, ainda por cima prolongada e sem fim à vista), nem sequer ligando às imagens vindas de tão perto e perspetivando cronologicamente tempos aí a chegar deveras alucinantes (num futuro próximo com um dos pontos de chegada até a poder ser Portugal, já chegando barcos, podendo-se seguir “os barcos-com-nadadores” em busca de salvação), mostrando-nos centenas/milhares de marroquinos (e de outras nacionalidades) ─ tentando alcançar de qualquer forma possível mesmo que impensável o sul da Europa vindos de Ceuta (norte de África) e atravessando o estreito de Gibraltar (uns largos Km, no percurso mais curto mais de uma dúzia) ─ a fazerem um primeiro teste/ensaio contornando as redes fronteiriças pelo mar (no mínimo uma mensagem, do que o desespero os torna capaz) e saindo oficialmente de África atingindo (oficialmente) a Europa, por territórios lá “encaixados” (entrepostos migratórios, enclaves coloniais) como Ceuta ou Melilla.
Marrocos
Aproveitando a presença de uma pequena embarcação
para de qualquer modo mesmo a nado atingirem por mar
o outro lado da fronteira Marrocos/Espanha, via Ceuta
Fugidos de uma ditadura como a marroquina ou de outros estados mais a sul idênticos ou muito piores e não tendo o recurso de recuar considerando tal “a sua morte certa”, pior ainda que atravessar o mar Mediterrânico. Num espetáculo deplorável e replicado por estes dias nas fronteiras terrestres ente Marrocos e os enclaves espanhóis (resquícios coloniais) de Ceuta e de Melilla e com o responsável (primeiro) a ser marroquino (das autoridades de Marrocos) ao retirar estrategicamente os seus guardas-fronteiriços (abandonando assim e sem avisa os espanhóis no controlo) permitindo a inevitável invasão (numa sequência com outros intervenientes políticos até internacionais).
(imagens: Reuters/Independent/yahoo.com ─ hanini.org/wikipedia.org ─ EPA/dailymail.co.uk)
Autoria e outros dados (tags, etc)
Migrantes, Vila Real e as Aves Migratórias
Agora que o tema das “MIGRAÇÕES” aparece constantemente na “torrente informativa mediática”, devido ao caso de ODEMIRA
Migrantes
Pelo concelho de Odemira
Zambujeira do Mar
─ Com as nossas autoridades a descobrirem o que já todo o país sabia há vários anos, pelo menos aparentemente parecendo ter algo a ver com quem comete certas ilegalidades (“não vendo” e permitindo) ─ um concelho do litoral norte alentejano (estrategicamente próximo da capital e das principais vias de transporte) no qual centenas de trabalhadores asiáticos viviam num “novo regime de escravidão” (recebendo e logo lhe sendo retirado parte substancial do salário, para alimentação, habitação e muitas outras coisas e serviços estranhos e extra), perante a solução de última hora assumida pelo nosso Governo (e seus diferentes e intervenientes representantes Ministeriais) ─ feita à pressa e em cima dos joelhos, talvez desrespeitando a lei e de novo prejudicando terceiros ─ e sabendo-se ter sido a tal forçado apenas pela coincidência de dois fatores extremamente graves e pondo em causa o cumprimento da “Declaração Universal dos Direitos do Homem” como o sejam os subtemas “da Escravidão (dos povos) e da Saúde (estando-se perante a Pandemia de Covid-19), nada melhor do que deixarmos para trás este verdadeiro, repetitivo e infeliz (crónico) “festim de racionais” provocando com a entrada do rolo compressor das autoridades (ditas responsáveis) sempre, mais e mais vítimas inocentes, apenas sendo “culpadas” por integradas, porque lá estavam ou lá tinham sido entretanto conduzidas (induzidas para tal, voluntariamente ou não).
Migrantes
Pelo concelho de Odemira
Zambujeira do Mar
E assim deixando este “espetáculo de selvajaria” tão típico deste nosso quotidiano monótono, repetitivo e de miséria ─ por não existirem vítimas visíveis, considerado de nível SOFT ─ partindo definitivamente para o Mundo dos Animais referidos como Irracionais, para o Dia Mundial das Aves Migratórias, para o município de Vila Real não o do Algarve (Vila Real de Santo António, cidade fronteiriça separada de Espanha pelo rio Guadiana, ainda com a típica ligação marítima com os nossos vizinhos) mas o de Trás-os-Montes, ainda integrando (a norte) a zona vitivinícola da extraordinária região do rio Douro, entre outros mãe do mundialmente conhecido (e ingloriamente replicado) Vinho do Porto. Mas por serem elas as protagonistas de hoje (o seu Dia Mundial) neste Mundo de Animais Racionais (o único sendo obviamente o Homem, a espécie dominante) ─ e não sendo o protagonista Napoleão Bonaparte, apenas porque perdeu/faleceu há 200 anos ─ voltando a VILA REAL, às AVES e às suas MIGRAÇÕES. E assim sendo, indo até à página online do município:
“Assinalando o Dia Mundial das Aves Migratórias, que se comemora a 8 de maio, o Município de Vila Real apresenta o segundo volume da série de cadernos de campo da biodiversidade, dedicado às aves de Vila Real. Esta publicação, concebida num formato prático para o reconhecimento do território e a identificação de espécies, reúne 136 aves identificadas na área do município.” (cm-vilareal.pt)
Pelo concelho de Vila Real
Dia Mundial das Aves Migratórias a 8 de Maio
Num trabalho inestimável para a preservação da memória e da cultura local e regional (e pela sua divulgação, fator supremo de soberania de grupo, nacional), recolhendo a identificação de mais de uma centena de aves (136 no total, tendo em anexo 555 fotografias de 43 fotógrafos, nacionais/internacionais) através dos tempos sendo nossas habituais e queridas companheiras (de percurso de Vida) e sendo dos primeiros animais a ensinar-nos (pela sua pratica e experiência apesar de irracionais) dos sacrifícios mas igualmente dos benefícios e virtudes podendo advir das migrações ─ portugueses, reconhecidos no século passado como um povo de Emigrantes (descendentes dos Navegadores), espalhando-se não só pela Europa (França, Alemanha, Grã-Bretanha, etc.) mas um pouco por todo o Mundo (do Brasil à Oceânia e à Ásia).
“As imagens, para além de exibirem as principais características identificativas de cada uma das espécies, são complementadas com legendas que destacam as diferenças entre macho e fêmea, a postura corporal típica, o comportamento e o tipo de voo.” (cm-vilareal.pt)
Migrações
Pelo concelho de Albufeira
Lagoa dos Salgados
Confirmando mais uma vez as diferenças opções turísticas podendo ser aplicadas eficazmente para as mais diferentes regiões de Portugal, não havendo propriamente uma zona privilegiada e já definida, mas várias hipóteses de exploração nunca consideradas, ou inexplicavelmente nunca solicitadas, ou ainda por qualquer outro motivo não completamente esclarecido, literalmente sendo (temporariamente ou não) abandonadas (na sua exploração) ─ nuns casos devido à pressão imobiliária (veja-se o caso da Albufeira e da Lagoa dos Salgados, podendo ser um excelente ponto de observação, já o sendo, de aves migratórias), noutros casos por falta de inovação e de “querer fazer”, pensando apenas no lucro (imediato) ─ não investindo em lugares fantásticos por ainda preservados como os da região de Trás-os-Montes: colaborando fortemente em ações como a da C. M. de Vila Real e daí partindo para o aproveitamento racional da Natureza (mostrando-a e protegendo-a, tal como ela é). E transferindo-nos de Vila Real para Albufeira focando-nos de novo nas Aves Migratórias ─ e nas portas podendo ter sido abertas por Vila Real, talvez mais um “filão-turístico” a explorar, nestes tempos de Pandemia e de necessidade de tranquilidade, até para pensar:
Migrações
Pelo concelho de Albufeira
Lagoa dos Salgados
“A Lagoa dos Salgados está integrada numa área de valor natural elevado que integra o estuário da ribeira de Alcantarilha, o cordão dunar da Praia Grande e terrenos vizinhos integrados na Reserva Agrícola Nacional. Situa-se na costa algarvia na fronteira entre os concelhos de Silves e Albufeira, sobre os antigos sapais de Pera. Tem-se tornado um dos lugares mais visitados para quem gosta de fazer observação de aves. As condições e habitats variados existentes permitem encontrar aqui uma variedade considerável de espécies. Foi por isso reconhecida como uma Área Importante para as Aves (IBA) pela BirdLife Internacional. A ROCHA associou-se à Plataforma dos Amigos da Lagoa dos Salgados e tem procurado em conjunto com outras Organizações Não-Governamentais para o Ambiente (ONGA) formas de defender este local e as espécies e habitats que aqui se encontram, sempre sobre a ameaça do desenvolvimento imobiliário. É possível encontrar alternativas para o desenvolvimento regional. Queremos colaborar nesse caminho.” (arocha.pt)
(imagens: publico.pt/ V. Moutinho/J. G. Henriques/M. Manso ─
cm-vilareal.pt ─ ruta-patagonia.com)
Autoria e outros dados (tags, etc)
Migrações Verticais Oceânicas
[Diel Vertical Migration (DVM)]
NASA
French Space Laser Measures
Massive Migration of Ocean Animals
(nasa.gov/27.11.2019)
Utilizando o satélite Calipso para observar, medir e registar a maior migração do planeta Terra − envolvendo pequenas criaturas marinhas − subindo à superfície depois do pôr-do-Sol (para se alimentarem) e regressando a casa (às profundezas oceânicas) antes do nascer-do-Sol
Tendo conhecimento de vários tipos de migrações − em todas as direções e sentidos − em curso diariamente no nosso planeta – sendo um dos sinais de Vida, a existência de Movimento – a comprovação experimental e científica utilizando tecnologia humana – um laser espacial destinado a medir a circulação dos animais nos oceanos (migrações) – de que estas movimentações típicas dos seres vivos − como nómadas que são – não se verificam apenas em terra (migrações terrestres/ex. do Homem) e no ar (migrações aéreas/ex. das aves) como também no mar (nos oceanos) − e como um dia ocorrerá obrigatoriamente (connosco como raça inteligente, organizada e dominante) e como uma questão de sobrevivência (e de Evolução) no Espaço:
“Every night, under the cover of darkness, countless small sea creatures – from squid to krill – swim from the ocean depths to near the surface to feed. This vast animal migration – the largest on the planet and a critical part of Earth’s climate system – has been observed globally for the first time thanks to an unexpected use of a space-based laser.” (nasa.gov/27.11.2019)
Utilizando o satélite CALIPSO (Cloud-Aerosol Lidar and Infrared Pathfinder Satellite Observations) – nome do último barco do lendário especialista oceanográfico Jacques-Yves Cousteau − lançado no ano de 2006 (28 de abril) numa operação conjunta do CNES (França) e da NASA (EUA) da base da força aérea norte-americana localizada em Vandenberg (estado da Califórnia) – quase 587Kg de massa, circulando a cerca de 700Km de distância da Terra e com um período de 98,5 minutos (dados Wikipédia) – com os equipamentos (sensores) a bordo deste satélite artificial e observando a atmosfera e superfície terrestre – continuamente, 24 em 24 horas − a registarem nesse mesmo período (ou seja, diariamente) “migrações maciças de animais marinhos” − pequenas criaturas marinhas do Krill até às lulas.
Com estes pequenos animais marinhos (Krill e lulas) fazendo parte de uma determinada hierarquia da cadeia alimentar (havendo uns acima e outros abaixo), subindo à superfície para se alimentarem (de fitoplâncton) para depois descerem e alimentarem (outros)
“The study looks at a phenomenon known as Diel Vertical Migration (DVM), in which small sea creatures swim up from the deep ocean at night to feed on phytoplankton near the surface, then return to the depths just before sunrise. Scientists recognize this natural daily movement around the world as the largest migration of animals on Earth in terms of total number.” (nasa.gov/27.11.2019)
E tal como na fotossíntese com as plantas utilizando a energia solar, dando origem a processos físico-químicos e através da utilização de dióxido de carbono e da água obtendo em troca “alimentos” − em forma de glicose – no caso dos animais habitando a grande extensão (e profundidade) dos nossos oceanos e como todos nós sabemos cobrindo mais de 70% da superfície terrestre entre zonas mais superficiais e com maior profundidade (podendo ultrapassar os 11Km), com os mesmos a migrarem “Verticalmente” deslocando-se das profundezas oceânicas quase que até à sua superfície e cumpridas as suas necessidades (temporárias, periódicas, diárias) – entre elas Alimentares − retornando ao fundo oceânico (ao seu domicílio habitual).
(imagens: Timothy Marvel e Chandler Countryman/nasa.gov)
Autoria e outros dados (tags, etc)
Antártida e Aquecimento Global
[E para deixar desde já alguém com “água-na-boca”, umas imagens da Antártida via Paul Nicklen e National Geographic Portugal.]
Lobo Marinho (↑)
Krill (↓)
Para quem a Cultura e a Memória é importante, pretendendo-se (a aquisição de) algo de substantivo − e deixando para os outros, os adjetivos – focando-se aqui na questão (atual) do Aquecimento Global e nas consequências do mesmo, no que toca ao continente gelado da Antártida: com as subidas nas temperaturas (provocando o Degelo dos Polos) a alterarem o clima da região, certamente que modificando as suas condições ambientais (do ecossistema antes existente) e podendo dar origem a novas migrações − abrangendo toda a fauna (nela incluindo o Homem) e toda a flora − assim como à mudança dos hábitos alimentares. Ainda-por-cima num ato cultural baseado em experiências diretas e pessoais, proporcionando-nos (e usufruindo-se com imenso prazer) um quadro cronológico explicativo (e objetivo) da evolução registada na Antártida, como vista por uma criança (então − 1988 − com 9 anos) ao longo da sua infância viajando (num veleiro) por esta região polar com os seus pais e irmão: e constatando anos depois (já nos 40 anos) a mesma (a península da Antártida) − tal como a conhecera antes − ter praticamente “desaparecido”.
Um artigo da responsabilidade da National Geographic e publicada no Sapo (a 21.11), sem dúvida a ler: “Antárctida − Como o aquecimento está a mudar o que os animais comem, onde descansam e se reproduzem” em
[nationalgeographic.sapo.pt/natureza/grandes-reportagens/ 1989-antarctida-uma-fenda-no-mundo] |
Icebergue (↑)
Cria de Pinguim (↓)
E se colocando a questão de se o Aquecimento Global poderá mudar alguma coisa na Antártida (ou noutra qualquer outra região da Terra), com a resposta a ser claramente SIM tanto nas migrações (onde descansar, onde se reproduzir) como na comida (mudando-se de ambiente, mudando-se a alimentação): desde que se compreenda que não sendo o Mundo (apenas) a Preto & Branco (sendo-se por exemplo, por Trump ou contra Trump) − não nos deixando alternativa, mesmo sabendo-se serem faces da mesma moeda (ou seja, iguais) – as causas para tal Aquecimento Global (Degelo dos polos e/ou Alterações Climáticas) residirá maioritariamente na Evolução Geológica e Natural da Terra (integrada num Sistema muito maior) e apenas minoritariamente (apesar das suas “manias de grandeza”) na Interferência Artificial do Homem. E levando-a (a Terra) até ao extremo, com um dos (como espécie) a poder afirmar desde logo a sua extinção (e pelas suas próprias mãos) a ser precisamente o Homem.
E tal como antes regressando a casa e depois de larga ausência já não conhecíamos ninguém (como se o passado, nunca tivesse existido) − destruída a Memória − o que será quando regressarmos a casa e ela já não existir − destruída a Cultura? Nada, porque antes, já teremos deixado de existir.
(imagens: Paul Nicklen e National Geographic Portugal/nationalgeographic.sapo.pt)