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Num Clima Geral de Pesadelo

Sexta-feira, 29.09.17

O Genocídio de Myammar VS. Os Mísseis de Kim

 

Nada é obra apenas do Acaso, tratando-se muitas das vezes de uma simples e proveitosa resposta, a uma certa Necessidade.

 

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 A minoria étnica da Birmânia os Rohingya

(em fuga para o Bangladesh)

 

Enquanto todo o Mundo Ocidental (EUA e seus Aliados) é esmagado sob camadas sucessivas de informação deliberada e estrategicamente apontando como alvo (por alguns) a Coreia do Norte (aparentemente possuidora de armas atómicas) e o seu ditador Kim Jong-Un (um louco controlando os mísseis), a uns 3500Km de distância (para SW) no estado de Myammar (uma ditadura militar) continua extremamente ativa uma verdadeira limpeza étnica de uma minoria da sua população (a comunidade Rohingya): pelos vistos com um genocídio exercido sobre uma determinada população durante vários anos e agora atingindo um dos seus extremos (com 500.000 refugiados a fugirem da operação de limpeza levada a cabo pelos militares na região de Rakhine tentando alcançar o Bangladesh) ‒ e contando sempre com o silêncio oportunista e culpado do Ocidente ‒ a ser menos importante para toda a Comunidade Internacional (incluindo a ONU) do que as lutas de supremacia global em curso nos dias de hoje em todo o continente asiático (neste momento envolvendo os EUA e a Coreia do Norte, com este último a ser um simples intermediário tentando-se desse modo atingir a China) pelo controlo final do novo Eixo Económico e Financeiro Mundial. Por um mero acaso com a Coreia do Norte e Myammar a fazerem fronteira com a China, um tendo um ditador (por hereditariedade) no poder, outro tendo uma ditadura (militar) no poder e no entanto um atacado por Washington e o outro (curiosamente) não. E não é por ter mísseis e se falar em bombas (podendo ser químicas ou atómicas) que a Coreia do Norte será alguma vez (a) mais perigosa (até pelo seu paupérrimo poder económico apenas sendo suportada pela China) se pensarmos no Paquistão (esse sim) com mísseis e arsenal nuclear (e logo ali ao lado com a Índia seu grande adversário, regional e político e também como o Paquistão uma potência nuclear).

 

O Falhanço da ONU VS. A Perseguição dos Rohingya

 

Um país anteriormente conhecido como Birmânia (agora Myammar), governado por uma Junta Militar poderosa (e extremamente violenta) e pela aparente Líder do país e ex-Nobel da Paz Aung San Suu, nada fazendo no entanto face ao massacre (de parte) do seu povo.

 

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 Nas mãos dos Militares e do Nobel da Paz

(e da sua limpeza étnica)

 

Agora a vermos o Secretário-Geral da ONU o português António Guterres a vir declarar mais uma vez ao Mundo o que se passa atualmente em Myammar (antiga Birmânia), com os Militares no Poder perseguindo uma parte da sua população numa limpeza étnica e cometendo genocídio (com as localidades a serem destruídas e os seus habitantes pondo-se em fuga a única forma de não serem mortos), justificando as suas ações como sendo um ato normal e legal para expulsar grupos referidos como de imigrantes ilegais (os chamados bengalis): num condicionamento económico-social imposto pelo poder Militar a toda a sociedade birmanesa, levando alguns dos seus cidadãos já marginalizados ou descontentes (com a grave situação social, económica e moral no seu país) a esquecerem os seus verdadeiros vilões (a Junta Militar) e a optarem por outros ainda mais desprotegidos do que eles ‒ da fronteira ou do interior, naturais ou naturalizados, sendo todos birmaneses, mas pelos vistos havendo uns (sendo) mais (birmaneses) do que outros (Vamos matá-los a todos como se fossem cães”). Uma declaração de António Guterres que em nada apaga a atitude vergonhosa assumida pela canadiana Renata Lok-Dessallien como ex-Chefe da missão da ONU em Myammar (não sendo no entanto este ato da responsabilidade do mandato do novo secretário-geral), enquanto responsável dessa missão (evidentemente de proteção das minorias) tendo sempre protegido os militares silenciando as suas atrocidades (e nunca dando ouvidos à oposição birmanesa, aos crimes dos militares e à perseguição e morte do grupo de etnia Rohingya) tentando de todas as formas fazer esquecer o conflito e assim agradando aos norte-americanos e à sua estratégia regional. Felizmente podendo não passar impune e depois de ser afastada podendo ser acusada (Myanmar: Top UN official in Myanmar to be changed/bbc.com) ‒ ao não dar prioridade aos direitos humanos (a sua função) face aos interesses da Junta (de manutenção do poder). Infelizmente por lá ter passado (até porque o mais certo será passar por outos lugares, fazendo precisamente o mesmo).

 

(imagens: BBC News)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 15:30