ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
99942 Apophis o Monstro
Em mais uma observação da CNEOS (centro de estudos da NASA) dedicado à observação de asteroides circulando na proximidade da Terra (investigando-se o seu tamanho, forma e rotação) ─
99942 Apophis
PIA 24168
Photo Journal NASA
8/9/10 março 2021
Rádiotelescópios terrestres Goldstone e Green Bank
No cumprimento da sua órbita em torno do Sol movimentando-se no seu ponto de maior aproximação a 7.500.000Km ou menos da Terra, tendo uma dimensão de 100 metros ou mais e podendo passar (podendo tornar-se perigoso) de NEO (objeto passando próximo da Terra, sem risco de impacto) a PHA (objeto potencialmente perigoso dado, aproximando-se muito perto da Terra e mesmo não impactando, podendo provocar danos colaterais) ─ o registo feito nos passados dias 8/9/10 de março pelo Observatório Goldstone (radiotelescópios) localizado na Califórnia (instalado no deserto de Mojave) assim como do radiotelescópio de Green Bank (estado da Virgínia, a ocidente), de mais uma passagem do asteroide 99942 Apophis:
Descoberto em junho de 2004, circulando entre 0,75/1,1 UA de distância da Terra a uma velocidade de 30,73Km/s, com um período orbital de 323,6 dias (rotação em 30,4h) e uma dimensão de 325Km ─ um verdadeiro monstro.
Aquando da sua descoberta em 2004 (já lá vão 17 anos e outros cálculos) e pelos primeiros cálculos aí efetuados, chegando-se à conclusão de que poderia num futuro próximo existir uma hipótese de impacto ─ na altura na ordem dos 2,7% ─ hipótese essa que com posteriores cálculos foi afastada e posteriormente (aparentemente) retirada:
Da iminência de um impacto do asteroide Apophis com a Terra (em 2029 ou em 2036) permanecendo hoje no nível zero de impacto (segundo a escala de Turim), com as suas duas maiores aproximações apontando (nos anos mais próximos) para 2029 (38.000Km) ─
99942 Apophis
PIA 16675
Photo Journal NASA
5/6 janeiro 2013
Observatório espacial Herschell
A maior aproximação à Terra numa distância igual ou até menor à de alguns satélites terrestres (os mais afastados) ─ e 2051 (mais de 6.000.000Km).
Neste registo recente com o monstruoso asteroide a passar a 17.000.000Km da Terra, restando-nos agora esperar por 2029: segundo alguns especialistas (mais pessimistas) podendo como consequência da sua passagem tão próxima de nós em 2029, provocar desequilíbrios (tendo pontaria e acertando no alvo, uma minúscula região, a fenda de ressonância gravitacional) posteriormente levando o asteroide a impactar 7 anos depois em 2036 ─ e confirmando-se tal evento dentro de 15 anos e estando-se presente, podendo-se assistir em vivo e em direto ao Fim-do-Mundo.
Pelo menos e depois dos Dinossauros (já tendo tido o seu) o nosso Fim-do-Mundo (do Homem). Já quanto à Terra e ficando (sobrevivendo pelo menos geologicamente ao impacto, mantendo a sua integridade), preparando-se para um novo Salto Evolutivo (tudo se movimenta, se transforma) Civilizacional e acompanhado de mudança da espécie dominante:
Neste ciclo geológico da Terra podendo-se já ter deparado (no passado) com vários Saltos (mesmo tendo existido sempre um “homem-residual” em “arquivo”, de modo a garantir e manter em paralelo a espécie) dos repteis, passando aos mamíferos e seguindo-se os insetos.
(imagens: photojournal.jpl.nasa.gov)
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Alfa e Beta apenas a 0.035UA da Terra
[Com Alfa como detentor do ranking mais elevado na hierarquia destes objetos − sendo o Dominante dos dois – logo seguido por Beta (segundo na hierarquia) – expulsos de algum lugar, com Alfa girando sobre si próprio e Beta acompanhando-o/orbitando-o − regressando em maior aproximação − menos de metade desta agora ocorrida – lá para 2036.]
The "binary near-Earth asteroid" 1999 KW4
doesn't look like a normal asteroid:
It's actually a system with two space rocks.
(azcentral.com)
Asteroide 1999 KW4
(um Sistema Binário composto por dois objetos rochosos)
Já depois de ter ultrapassado o seu Periélio − no cumprimento da sua órbita o seu ponto de maior aproximação ao SOL (ocorrido na 3ª semana do mês Março) − e tendo passado nesta madrugada (de 25 para 26 de Maio) a pouco mais de 5.000.000Km do nosso planeta (um pouco mais de 13X a distância entre a TERRA e a LUA) – a uma velocidade de 21,5Km/s –
O calhau 66391 (descoberto há 20 anos) igualmente designado como 1999 KW4 e classificado como um NEO (NEAR EARTH OBJECT) – um objeto de aproximadamente 1,8Km (já um “monstro”) passando nas proximidades da Terra –
The larger space rock in 1999 KW4, called "Alpha,"
has "a shape that resembles a top".
The secondary space rock, called "Beta,"
rotates the primary one at a distance of about 1.6 miles.
Beta can be described as a “rubble pile.”
(azcentral.com)
Iniciou de movo o seu afastamento relativamente ao nosso planeta (e à sua e nossa estrela de referência o Sol) prevendo-se apenas para 2036 e no cumprimento de mais uma das suas órbitas (período 2019/2036) uma sua nova e ainda maior aproximação à Terra:
Alpha
(integrando um sistema binário sendo o outro elemento Beta)
Um grande Asteroide (mais de 1Km) na realidade constituído por dois objetos − um Sistema Binário envolvendo dois objetos rochosos − o maior (“girando sobre si como um pião”) com cerca de 1,3Km de dimensão, o mais pequeno (girando em torno do maior) com uns 570m, não existindo para já e para um futuro próximo notícias sendo relevantes para a Terra (e para os terrestres) como o seria a possibilidade de um Impacto (código zero),
1999 KW4
won't closely approach Earth again
until 2036.
(azcentral.com)
Mas devido à sua estranheza (de forma, de conjunto, sendo menos comum) e proximidade (relativa) sendo de interesse para análise e estudo (deste tipo binário de formações rochosas) até para sua melhor compreensão (como se formaram, de onde vêm, para onde aponta a sua Evolução) – daqui a 17 anos (25 de Maio de 2036) passando a menos de metade da distância da TERRA (agora registada) ou seja um pouco mais de 2 milhões de Km (uns 2.300.000Km)
Visíveis durante a sua aproximação e nos dias que se lhe seguem utilizando simples telescópios, desde que instalados (infelizmente e quase como sempre para os do Norte) no Hemisfério Sul.
[1UA ≈ 150.000.000km ≈ distância Terra/Sol]
(texto/inglês/itálico: Joel Shannon/USA TODAY/May 23, 2019/azcentral.com – imagens: techexplorist.com; e Steven J. Ostro/J.P.L./Daniel J. Scheeres/University of Michigan/sott.net)
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Mais Uma Tangente ao Planeta Terra
Objeto Celeste 2016 AZ8 (grande) e Objeto Celeste 2019 AS5 (pequeno):
Um Sistema Binário passando perto de nós a 7 de Janeiro (o 1º)
E outro fazendo-nos uma tangente sem avisar a 8 de Janeiro (o 2º).
O NEO
2016 AZ8
(a caminho do seu ponto de maior aproximação à Terra)
Depois da passagem a 7 de Janeiro deste Ano Novo de 2019 do NEO (objeto celeste passando nas proximidades da Terra) 2016 AZ8 – um objeto de 224 metros de diâmetro, deslocando-se a uma velocidade de 9,1Km/s e passando a uma distância (na sua maior aproximação ao nosso planeta) a cerca de 4.450.000Km do nosso planeta – e perspetivando-se apenas para o próximo dia 10 do mesmo mês a passagem de outros 3 NEO’S (com o objeto passando mais próximo da Terra, com diâmetro de 11 metros, a fazê-lo a pouco mais de 1.150.000Km), eis que um novo objeto celeste (asteroide) passa nas proximidades de nós (e da Terra) sem que ninguém nos tenha avisado (e mesmo sem que ninguém o tenha avistado, antes da sua passagem perto da Terra): falamos do (pequeno) asteroide 2019 AS5 (pertencendo ao grupo Apollo) com cerca de 1/2 metros, no passado dia 8 de Janeiro (ontem) passando a apenas 15.000Km de distância (a uma v = 12,5Km/s) e sendo o primeiro NEO este ano (de 2019) a passar a menos de 1 DL (DL: distância lunar ou distância Terra/Lua em torno dos 384.401Km). Um NEO – 2019 AS5 – sendo pela 1ª vez observado 9 horas depois da sua passagem, pelas redondezas da Terra (dos nossos céus, de nossa casa): deixando-nos deveras preocupados e numa posição de alerta (extremo), dada a Informação nos chegar (somente) depois da concretização do (não previsto) Evento – e com os exemplos semelhantes a serem mais do que muitos, para já apenas com objetos (NEO’s) de pequenas dimensões. E se forem um pouco maiores, descobertos tarde de mais e podendo impactar (com o nosso planeta)? No caso deste NEO com o mesmo a ser descoberto 9 horas depois (da sua passagem, felizmente sem colisão), sendo-lhe atribuído o código 6 (parâmetros orbitais incertos) e tendo um período orbital de 1,56 anos: pela sua dimensão e na sua próxima passagem (segundo semestre de 2020), certamente não oferecendo perigo.
(imagem: spaceweather.com/NASA)
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Objetos nas Proximidades da Terra
Potentially Hazardous Asteroids (PHAs) are space rocks larger than approximately 100m that can come closer to Earth than 0.05 AU.
None of the known PHAs is on a collision course with our planet, although astronomers are finding new ones all the time.
On December 15, 2015 there were 1642 potentially hazardous asteroids.
(spaceweather.com)
No intervalo de tempo que decorreu entre 15 de Dezembro de 2014 e 14 de Dezembro de 2015 (um ano), o número de objetos que atravessaram o espaço nas proximidades do planeta Terra a uma distância menor que 5x a distância Terra/Lua (pouco menos que 2 milhões de km), foi segundo a NASA e o seu programa de deteção (NEAR EARTH OBJECT PTROGRAM) de 155.
Mês | Período | N.º Objetos |
1 | 15.12 a 14.01 | 15 |
2 | 15.01 a 14.02 | 19 |
3 | 15.02 a 14.03 | 18 |
4 | 15.03 a 14.04 | 17 |
5 | 15.04 a 14.05 | 14 |
6 | 15.05 a 14.06 | 10 |
7 | 15.06 a 14.07 | 5 |
8 | 15.07 a 14.08 | 6 |
9 | 15.08 a 14.09 | 8 |
10 | 15.09 a 14.10 | 13 |
11 | 15.10 a 14.11 | 16 |
12 | 15.11 a 14.12 | 14 |
Ano | Total | 155 |
Uma média de 13 objetos/mês detetados (a menos que 5 LD) pelos cientistas da NASA. O que não significa que não tenham sido muitos mais. Hoje mais dois desses objetos passarão nas proximidades da Terra, um a cerca de 960.000km e o outro a pouco mais de 300.000km.
Asteroide | Data | Distância | Dimensão |
2015 XN55 | 15 DEZ | 2,5 LD | 15m |
2015 XY261 | 15 DEZ | 0,8 LD | 16m |
Não representando nenhum deles qualquer perigo para o nosso planeta. Aliás se algum dia tal acontecesse (um possível impacto) só veria mesmo duas hipóteses para tal suceder: ou se tratava de um grande objeto previamente detetado e como tal estaríamos previamente avisados (do nosso pobre destino) ou então seria pequeno e atingir-nos-ia de surpresa (e o nosso destino dependeria de muitos dos parâmetros desse objeto). Se nos informam (destes) é porque não há problema (apesar de existirem outros).
1LD = 384.401km
(imagem: NASA)
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O Sr. NEO
O conhecido funcionário da NASA Sr. NEO acaba de presentear o mundo com uma curiosa Carta de Impactos. Na carta estão registados 556 impactos de fragmentos de cometas ou de asteróides com a Terra ocorridos nos últimos vinte anos. Como se pode ver na carta existe uma distribuição uniforme desses impactos, com a curiosidade de Portugal se manter limpo.
Do que o Sr. NEO não nos informa é da distribuição anual desses impactos – mantendo-se o nosso total desconhecimento sobre as áreas mais atingidas nestes últimos anos – mas sobretudo não nos esclarecendo dum ponto fundamental: estaremos a assistir agora a um crescimento desse fenómeno (como observações de outras instituições parecem querer indicar)?
Mas devemos mesmo preocuparmo-nos com estes objectos voadores?
Como resposta recordemos o meteorito que no dia 15 de Fevereiro de 2013 atravessou os céus da Rússia na região de Chelyabinsk, acabando por explodir poucos segundos depois e desintegrando-se de seguida em pleno ar. Acabando alguns dos seus fragmentos por atingir o solo. O efeito foi equivalente à explosão de mais de 500 quilotoneladas de TNT, com a onda de choque a ferir mais de um milhar de pessoas.
(imagem – NASA/JPL)