ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
US Nikki Halley
[Incomodada com o Genocídio atualmente em curso no Sudão do Sul]
Tudo isto se passando no maior território do Norte de África ainda há poucos anos ‒ o SUDÃO ‒ hoje em dia dividido entre (1) o Sudão (o que sobrou do inicial), (2) o Sudão do Sul (uma criação c/apoio norte-americano), (3) o Reino do Sudão (detido por um agricultor norte-americano) e (4) territórios ocupados por terroristas da Al-Qaeda ou do ISIS.
“We are disappointed by what we are seeing. This is not what we thought we were investing in. What we thought we were investing in was a free, fair society where people could be safe and South Sudan is the opposite of that.”
(Nikki Haley/Embaixadora dos EUA na ONU)
A Embaixadora Nikki Haley ao ser evacuada de um campo de refugiados em Juba
(aquando da sua visita a 25 de Outubro ao Sudão do Sul)
Quem ouviu hoje (26 de Outubro) de manhazinha (na CNN) as declarações da embaixadora norte-americana nomeada pelo Presidente Donald Trump para sua representante na ONU ‒ a Californiana (e Republicana) NIKKI HALEY ‒ para além de ficar a saber que tudo tem uma explicação desde que se indique um culpado (o bode expiatório para o caso do Negócio/Troca correr mal), também tomou conhecimento que tal como nos Correios (com Remetente e Destinatário) a origem de qualquer deficiência (na comunicação) seria sempre do destinatário ‒ como se nem sequer existissem problemas e desvios no transporte (nas diversas vias de comunicação sejam analógicas/digitais convencionais ou não) e no detalhe do conteúdo (indicado no exterior da encomenda). E tal como nos últimos tempos sempre que surgindo desvios de remessas Americanas (sempre para ajudar e sob a forma militar) ‒ curiosidade e coincidência ‒ logo surgindo empresas para encomendas expresso a executar (e aplicar) em qualquer credo ou lugar (generalizados terroristas e tendo como atuais pontas-de-lanças a Al-Qaeda e o ISIS).
Na sua recente viagem ao continente Africano e passando pelo Sudão do Sul (e pela sua capital Juba a 25 de Outubro) a embaixadora dos EUA à ONU para além de ter sido evacuada preventivamente na sua visita a um Campo de Refugiados (por questões de segurança e devido à situação volátil provocada por protestos contra o Presidente do país), ainda teve a oportunidade de face aos acontecimentos e ao panorama socioeconómico geral do país ‒ deparando-se com a maior tragédia humana desde o Ruanda (ocorrido há 23 anos) com dezenas de milhares de mortos e muitos outros milhares de deslocados ‒ confirmar a Evidência deste novo Genocídio (ainda em curso) nele incluindo fome, migrações forçadas, propagação de doença, corrupção, crimes de guerra e mais de 2 milhões de pessoas em fuga (pela Vida). No final com Nikki Halley a lamentar-se ao ver-se colocada perante o poderoso e brutal cenário (a ela oferecido pelas autoridades políticas do Sudão do Sul), incomodada com o Panorama (Pesadelo) mas não tanto com a Memória (por ignorância ou pela mesma e sua ser seletiva): ou não estivessem os EUA desde há muito tempo envolvidos na evolução (política) do Sudão.
“On June 16, 2014 the seventh birthday of his only daughter Jeremiah Heaton, a farmer in the US state of Virginia, planted a blue flag bearing a golden crown and four stars into the desert sands of northeast Africa. The Kingdom of North Sudan had been established, he soon declared on Facebook, and he was its monarch.”
(aljazeera.com/Joe Jackson)
O autoproclamado Rei do Sudão do Norte e a sua filha e Princesa
(um agricultor que colocou uma bandeira no Sudão e declarou a independência)
Recuando só um pouquinho na História (aos séc. XIX/XX), relembrando que o Sudão tornado um território independente em 1953 (mas em Guerra Civil há quase meio século) ‒ e tendo sido considerado o maior país Africano (pelo menos até 2011) ‒ se dividiu posteriormente (sendo hoje o terceiro) na Republica do Sudão e no novo estado independente do Sudão do Sul. E com este último e novo país tornado independente em 2011 e membro da ONU e da União Africana no mesmo ano, a ser desde o 1º dia (e muito antes) apoiado pelos EUA (anterior Administração Democrata) sendo um dos primeiros a reconhece-lo (como Estado e se não mesmo o 1º) ou não fosse nessa região que se encontrasse 75% do petróleo de todo o Antigo Sudão (mais uma curiosidade norte-americana inserida na sua política global de controlo do setor energético).
Agora (em finais de Outubro de 2017) com a visita da norte-americana NIKKI HALLEY a tês países Africanos (Etiópia, Sudão do Sul e Congo) ‒ entre eles o seu aliado e parceiro privilegiado de negócios o Sudão do Sul ‒ com a mesma a mostrar-se desapontada com tudo aquilo que viu, afirmando imediatamente que não era para isso que os norte-americanos lá estavam, mas sim para investir e desenvolver o país: talvez não tanto incomodada com o desastre humanitário já por diversas vezes exposto aos responsáveis políticos deste Mundo (reconheça-se que sem reação visível, mesmo contando com a intervenção de António Guterres, Secretário-Geral da ONU) ‒ como consequência de uma Guerra Civil e da introdução oportunista de várias organizações terroristas ‒ até pela não apresentação de nenhuma proposta mínima de intervenção humanitária (dada a urgência necessariamente a curto-prazo se não mesmo imediata, de ajuda às dezenas de milhares de deslocados), mas sobretudo pela afirmação (reveladora do pensamento norte-americano) de que não seira para isso que os EUA aí teriam investido financeiramente um total de 5 biliões de dólares (desde 2011 e para ajuda humanitária apesar de ser o Estado de Guerra a persistir).
(imagens: pulse.com.gh/AFP ‒ Aljazeera.com/Jeremiah Heaton)