Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]


A Bolha

Domingo, 04.04.21

Como uma bolha enorme, movimentando-se silenciosa e lentamente no oceano, transporta no interior da sua membrana, ovos de uma determinada espécie ─ em centenas de milhares, neste caso de lulas (em diferentes fases, da sua gestação): um molusco da espécie “Illex coindetii”. Um fenómeno possível de se ver ao longo de todo o NE do oceano Atlântico e no mar Mediterrâneo, sendo pela 1ª vez registado e ao vivo (na imagem), perto da costa da Noruega.

 

41598_2021_86164_Fig4_HTML.jpg

 

"We also got to see what's inside the actual sphere, showing squid embryos at four different stages. In addition, we could follow how the sphere actually changes consistency — from firm and transparent to rupturing and opaque — as the embryos develop.”

(Halldis Ringvold/Sea Snack Norway/livescience.com)

 

Com este tipo de objetos apresentando-se com um aspeto meio-circular e em forma de bolha, apesar de já serem conhecidos pelos cientistas desde há mais de 180 anos e de serem reportados (com mais assiduidade) desde há mais de 35 anos (por pescadores/mergulhadores), nunca tendo sido (atenta e profundamente) observados no seu meio ambiente selvagem: e se a formação desta bolha tinha um destino (a existência de Vida), por outro lado a sua forma e aspeto (parecendo dar forma a um peixe-grande e possivelmente assustador) poderia ter um objetivo adicional ─ o de camuflar algo mais.

 

(imagem: nature.com)

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado por Produções Anormais - Albufeira às 02:30

EL NINO DO ÍNDICO

Quinta-feira, 24.10.19

[E a meteorologia a curto-prazo (out/nov/dez) na costa oriental de Africa.]

 

Afetando (entre outros) países do SE da Ásia,

a Austrália, a Etiópia, a Somália, o Sul do Sudão e o Quénia.

 

kenya.jpg

 

Com o “EL NINO do ÍNDICO” devido à constante mudança de temperaturas a nível das águas do oceano − umas vezes estando mais fria, outras vezes estando mais quente alterando ciclicamente de direção – este ano dirigindo-se para a costa leste de África e segundo os cientistas podendo ser um dos fenómenos mais extremos desde sempre registado – os efeitos da sua chegada ao continente africano começam cada vez mais a ser notícia, com registos de ELEVADA PRECIPITAÇÃO afetando milhares de pessoas.

 

“Very strong Indian Ocean Dipole event happening right now.

Drought and fire risk in SE Asia/Australia (e.g. Indonesian forest fires).

Could hit East Africa with major floods in coming months.”

(Phill Platts/@PJPatts/twitter.com)

 

E assim, devido ao lado ocidental do oceano Índico se encontrar mais quente do que o seu lado oriental, resultando uma maior evaporação junto da costa africana e como consequência, registos de elevada precipitação já em terra: prevendo-se para esta região de África e até ao fim do ano um período “bem húmido e bem molhado”, com o mês de Novembro a ser apontado (pelos mesmos cientistas) aquele a poder ser o mais perigoso – com a chuva a cair intensamente, fazendo extravasar rios e provocando grandes inundações … potencialmente podendo originar destruição, desalojados, feridos e mortos. Avisando-se disso alguns países:

 

EFyR0AHWoAAQBfH.jpg

 

"High rainfall events associated with flooding

in [parts] of Ethiopia, Somalia, South Sudan, and Kenya

are likely related to this positive IOD state.”

(Zewdu Segele/ICPAC/watchers.news)

 

Se entre a população e devido ao forte impacto meteorológico do EL NINO do ÍNDICO, há poucos dias atrás (21 de Outubro) a estatística da UN já apontava e apenas para o sul do Sudão números podendo atingir os 800.000 afetados devido às inundações (afetando igualmente outros animais domésticos ou selvagens), consequências semelhantes podendo afetar igual e duramente outros países (próximos) como a Somália e a Etiópia (já se debatendo com a doença, a fome, a guerra e com “todo o negócio ocidental relacionado com a morte”). Para já e em vez de se remediar com um outro país como o Quénia, a parecer querer (felizmente) prevenir-se.

 

Entre os camelos (e como se constata na imagem inicial) apesar de igualmente afetados e podendo ser atingidos pelos efeitos da TEMPESTADE (até morrer, levados pelas inundações e pelas fortes correntes de água), juntamente com o Homem e graças às suas pernas bem compridas, sendo paciente e solidário (da sua altura, olhando para baixo), servindo na ajuda e na proteção: não se podendo dizer que “nem os camelos se safam”, podendo-se salvar eles assim como os seus donos (ou não fosse uma das características de qualquer organismo vivo, ser resiliente).

 

(imagens: watchers.news e Phill Platts/@PJPatts/twitter.com)

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado por Produções Anormais - Albufeira às 19:28

Água de Marte

Sexta-feira, 26.01.18

Poderíamos usar a Lua para Mineração – criando aí um entreposto (comercial) – e Marte para Colonização – utilizando-o para o lançamento de naves interplanetárias (e a partir daí chegando um dia às intergalácticas): desde que se resolvam os problemas do tempo (de viagem), da proteção (contra os raios solares e cósmicos) e da atmosfera (rarefeita e sem grandes vestígios de oxigénio e de água/visível mesmo à superfície).

 

Objetivo/Marte e Missão/MRO:

 

F

I

PIA

Registo

1

MCS

22080

Observação realizada entre Jan2006/Fev2008 durante o seu período de translação (680 dias+30⁰ adicionais) e com a origem (dos eixos) a ser referida ao início do Outono (no hemisfério norte). Indicando no eixo vertical a altitude do registo (Km) e no horizontal os 360⁰ de translação em torno do Sol; e sobressaindo o período referente à tempestade de poeiras ocorrida no ano de 2007 (entre as duas barras pretas verticais). Com a barra inferior a indicar a quantidade de vapor de água presente (por milhão) – roxo mais baixo (seguido de verde e amarelo) e laranja mais elevado.

2

HiRISE

22180

Terreno recoberto por uma camada gelada localizada a altas latitudes, como que formado por um conjunto de polígonos semelhantes (neste caso hexágonos) num cenário muito comum de se ver em terrenos com gelo: com este conjunto de hexágonos a serem o resultado do arrefecimento, contração e quebra desse terreno congelado.

3

HiRISE

22182

Camadas de origem sedimentar, como resultado de um longuíssimo período de erosão (localizadas no Vale Shalbatana um canal atravessando a região de Terra Shante). Originando material mais brilhante e de composição diferente ao encontrado em seu redor.

Tabela

Fonte : NASA

(F: Figura I: Instrumento)

 

Marte é hoje conhecido como sendo um planeta seco e desértico (sem Água visível à sua superfície) e claramente sem qualquer tipo conhecido de vestígios (possíveis de detetar) relacionando-o com a existência de Vida (sem se terem detetados para além de elementos do mundo mineral, elementos do mundo orgânico − tendo mesmo que de uma forma primitiva algo de comum connosco): o que não significa que o planeta nunca tenha possuído Água (no Passado) ou que mesmo hoje (no Presente) não se detetem sinais da sua existência – no passado com Marte a poder estar parcialmente coberto por um grande oceano (há já uns biliões de anos tendo o planeta uns 4,6 biliões), no presente com as sondas automáticas (enviadas do seu planeta vizinho a Terra) a detetarem a presença da mesma à superfície e mesmo a altitudes elevadas.

 

PIA22080.jpg

Figura 1

Registo da presença de vapor de água na atmosfera marciana

(PIA 22080)

 

E se durante o processo Evolutivo aplicado ao Sistema Solar e iniciado há uns 4,6 biliões de anos a transformação se deu num mesmo conjunto tendo o seu centro virtual (foco) numa estrela o Sol (por sua vez integrado num conjunto mais vasto a galáxia da Via Láctea), sendo a partir daí natural que muitos dos mecanismos aplicados ao longo do tempo (biliões de anos) tivessem métodos de intervenção muito semelhantes (por basicamente idênticos) podendo originar percursos paralelos e em certos casos coincidentes (não no Tempo mas no Espaço). Pelo que se cronologicamente e apesar da sua grande proximidade a História da Terra e de Marte não coincidem (tal como a de Vénus o outro vizinho ou mesmo a de Mercúrio o mais próximo do Sol), poderão ter existido no passado etapas da evolução marcianas que mesmo não coincidindo (ou encaixando) com as etapas por nós conhecidas (terrestres), fora do Tempo e do Espaço pelo Homem aplicado à Terra (e ao seu mundo Homocêntrico) outros como o planeta Marte a terão tido (a sua História) mas noutras circunstâncias.

 

PIA22180.jpg

Figura 2

Superfície marciana sob uma cobertura/em pequenos hexágonos gelada

(PIA 22180)

 

Observando imagens de Marte registadas nestes últimos anos por sondas automáticas oriundas de diferentes localidades na Terra – como por exemplo da América do Norte (EUA), Europa (Rússia) e Ásia (China) – se atento e interessado e conhecedor de um mínimo de geologia costeira (mesmo sendo um leigo mas experimentado) sendo fácil de constatar que face aos materiais em presença, à sua distribuição e à composição final do cenário, muitas das regiões observadas por essas sondas automáticas (em órbita ou à superfície) nos lembrariam a Terra e as suas regiões litorais: como se estivéssemos junto a uma praia nas proximidades da linha de separação entre o domínio do Mar e o domínio da Terra, para lá dessa linha virtual mas bem vincada no terreno apenas faltando o mar daí até ao horizonte – vendo-se apenas o leito de um possível e antigo oceano (com ondas mais suaves e menores profundidades) agora seco, esquecido e inexistente (mas deixando a sua marca inegável, significando algo no estado líquido, material mineral e talvez orgânico).

 

PIA22182.jpg

Figura 3

Estratos erodidos pelo vento/ou pela água na superfície marciana

(PIA 22182)

 

Neste ano de 2018 – e só para falar da maior potência tecnológico-militar global (os EUA) – com a Agência Espacial Norte-Americana NASA (governamental) e com a SPACE-X, a BLUE ORIGIN e a VIRGIN GALATIC (privados) a partilharem entre elas as suas diversas missões (e testes): do lado da NASA (e entre várias missões) com o lançamento de um novo módulo de aterragem (e respetivo veículo motorizado) em direção ao planeta Marte, com o envio em direção ao Sol de uma sonda automática batendo (largamente) o record de aproximação à estrela, assim como o envio de duas outras sondas uma em direção a um asteroide e a outra em direção a outro corpo celeste localizado a biliões de Km de distância (da Terra). Já do lado dos privados continuando com os seus testes (e o lançamento de um novo foguetão) de momento dirigidos ao desenvolvimento da Indústria Comercial Espacial, no caso da Virgin Galatic e da Blue Origin (até para se financiarem) optando inicialmente pelo Turismo Espacial e já no caso da Space-X (pelos vistos menos necessitada) com a empresa de Elon Musk a lançar o seu novo foguetão Falcon Heavy (no início de 2018). Fazendo-o de novo pensar estar mais perto do seu sonho: atingir o Planeta Vermelho (tal como o estarão certamente os seus rivais os chineses – o Novo Império em ascensão).

 

(imagens: nasa.gov)

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado por Produções Anormais - Albufeira às 19:31

Leito Oceânico

Segunda-feira, 30.05.16

Num passado já muito distante da História do planeta Marte (biliões de anos) uma parte da sua superfície terá estado coberta por um grande oceano (menor que os que cobrem a Terra) – sendo incrível como ainda hoje conseguimos encontrar vestígios que confirmem tal teoria. Com sondas como a Opportunity a movimentarem-se muito provavelmente em terrenos que já foram leitos oceânicos – que tantas imagens oriundas do planeta apenas confirmam, postos frente-a-frente com tantos indícios (nossos conhecidos).

 

1M517826800EFFCQG7P2935M2M1.JPG

MARTE – OPPORTUNITY ROVER – SOL 4389

 

Se estivesse numa praia da minha terra durante o período da maré-baixa, uma das imagens que certamente me chamaria a atenção até pela sua familiaridade e recordação de momentos marcantes da minha infância – como aqueles dias fantásticos das férias de Verão passeando no areal imenso da praia, mergulhando os pés na água líquida, ondulante e salgada do mar e procurando os seus habitantes entre as rochas ainda húmidas sobressaindo da água e até elas carregadas de vida – seria uma muito parecida com a editada anteriormente. E mesmo num cenário bem seco, sem água (visível) mas com pedrinhas (areias e rochas), isto poderia ser cá como por acaso não é. Sendo registada em Marte como uma imagem da Terra (a mesma Realidade mas projetada noutro Espaço).

 

(imagem: NASA)

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado por Produções Anormais - Albufeira às 18:13

Albufeira: Meia-Laranja

Quarta-feira, 31.08.11

*

 

Tentei encontrar imagens do jardim público da Meia Laranja – com o seu lago central e coreto – no centro antigo de Albufeira, mas não encontrei nada relacionado com os anos oitenta.

 

 

Apenas esta imagem de meados dos anos setenta, em que se verifica ainda a ocupação e circulação automóvel, através de espaços agora interditos ao trânsito.

 

**

 

Deslocando-me para um dos lados do jardim e saindo pela rua dos bares, dirijo-me entre barulho, gente e bugigangas, para a Praia dos Pescadores. Cada vez menos interessante.

 

 

Já nada do mercado do peixe, da amêndoa amarga sob o calorzinho do Sol no café Oceano, da antiga tasca da D.Ana com os seus peixinhos fritos e sopas de massa com grão, dos barcos na praia com os pescadores remendando as suas redes, preparando as armadilhas, convivendo entre si em conversas familiares – enquanto os ratos saiam dos esgotos abertos ao mar, aproveitando tudo o que ficava no areal próximo.

 

***

 

Ao fundo, vestígios da muralha do castelo/fortaleza de Albufeira, hoje em dia transformado no restaurante, A Ruína: o mercado à direita já foi; os barcos como os seus mestres e pescadores, na maioria já desapareceram ou foram desterrados para o porto de abrigo; e eu raramente lá vou – já tudo foi cilindrado e todo este mundo se esfumou.

 

 

A beleza está na possibilidade que a memória nos dá, de podermos relembrar momentos seleccionados da nossa vida – mas é uma tristeza ver a destruição de espaços, como registos fundamentais da nossa cultura. Amanhã vamos falar de quê?

 

****

 

Veja o contraste entre estas duas imagens da Praia do Peneco em Albufeira, que não se resume apenas à diferença entre a apresentação a preto e branco e a apresentação a cores.

 

    

 

O progresso industrial obrigou a economia a uma maior disciplina na sua relação obrigatória e não desejada com o mundo do trabalho e com a lógica inevitável da remuneração salarial – veja-se que hoje em dia os negócios mais lucrativos, ainda se baseiam na escravatura social, com os direitos de quem é obrigado a trabalhar, a diminuírem aceleradamente nos países ditos mais avançados.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado por Produções Anormais - Albufeira às 18:00