ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
PG 2017
Aproveitando a dica do SAPO (numa notícia de 04.01.22, sobre Desastres Climáticos) envolvendo ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS, PORTUGAL e a NASA (na notícia referindo-se ao ano de 2021),
Incêndio tal como visto do Espaço
Portugal 18 de junho de 2017
(Satélite TERRA ─ 12:10 Hora Local)
Relembrando um desastre misto ─ por ocorrido numa “parceria” Público-Privada ─ envolvendo fenómenos naturais e a intervenção (artificial) humana, neste caso um fogo florestal (aparentemente tendo origem numa “trovoada seca”, num relâmpago) iniciando-se e posteriormente expandindo-se com a colaboração (intervindo anteriormente no tempo, nesse mesmo espaço) da intervenção do Homem ─ permitindo a colocação de linhas elétricas de transporte e distribuição aérea (quando as poderia passar a subterrâneas), em zonas florestais sem manutenção e não limpas (sem proteção) e com os postes e linhas por vezes a tocarem a vegetação.
Numa incúria partilhada pelo Estado e pelas entidades Privadas, aqui diretamente envolvidas num episódio até podendo não ter acontecido (ignorando-se, nada se vendo, estando tudo bem, o pior podendo vir depois), mas na realidade tendo-se tornado efetivo ─ visível até pelo volume de VÍTIMAS MORTAIS, impossíveis de ignorar existindo muitos familiares e conhecidos (X o nº de mortos) ─ com a NASA através do seu satélite TERRA e insistindo na divulgação do que se passa um pouco por todo o nosso planeta (aquele PÁLIDO PONTO AZUL movimentando-se na imensidão do ESPAÇO, sendo ÚNICO estando VIVO),
Sem querer (o seu objetivo não sendo político-religioso, mas científico e tecnológico e dirigido à investigação e ao conhecimento), expondo o exemplo negativo de uma PPP ─ com responsabilidades legais e criminosas das duas partes (da parceria) ─ resultando, pela “ausência simultânea de ambas” na obrigação do cumprimento dos seus deveres básicos, até de proteção e segurança do território e gentes aí envolvidas (nesse território), por “omissão total”, no maior incêndio alguma vez ocorrido no nosso país, no mais “letal” da nossa História (no Mundo e até hoje, o 11º mais MORTÍFERO do século XX).
Num cenário real pós-apocalíptico
Portugal junho de 2017
(Leiria/Pedrogão Grande)
No balanço final desta tragédia ocorrida em PEDROGÃO GRANDE entre 17 e 24 de junho de 2017 (em 2022 fazendo já 5 anos, como o tempo passa e ainda sem justiça feita) ─ fugindo mais uma vez de vista e de diferentes formas, o ESTADO (refugiados nos seus gabinetes) e os PRIVADOS diretamente envolvidos (alguns escondendo-se em casa ou o mais “desfavorecidos/expostos”, entre as paredes dos tribunais) ─ e instalando um verdadeiro INFERNO em toda esta região (do distrito de Leiria ─ lembrando na escola, na História, de se falar do “pinhal de Leiria”), resultando para além de mais de 50.000 hectares de TERRA QUEIMADA, 254 feridos (7 em estado grave) e ainda 64 mortos: 30 dessas vítimas mortais tendo falecido no interior dos seus automóveis, 17 ao fugirem dele e um deles sendo mesmo atropelado na fuga, numa soma de 48 mortos só no interior dessa estrada agora tornada “maldita”, num total final de 64 (75%).
Por essa altura e em Portugal, reinando como Presidente (sucedendo a Cavaco e Silva/PSD) Marcelo Rebelo de Sousa/PSD ─ eleito em 9 de março de 2016 (e ainda lá estando) ─ e vice-reinando como 1ªº Ministro (sucedendo a Pedro Passos Coelho/PSD) António Costa /PS ─ eleito a 26 de novembro de 2015 (e igualmente ainda lá estando). Durante este Evento Apocalítico sendo Ministro de Administração Interna Constança Urbano de Sousa (2015/17), demitindo-se na sequência da tragédia e sendo substituída de imediato por Eduardo Cabrita (2017/2021). Tudo isto e já neste século na sequência de Jorge Sampaio/PS com Presidente (1996/2001) e de António Guterres/PS (1995/2002), Durão Barroso/PSD (2002/2004), Santana Lopes/PSD (2004/2005) e José Sócrates/PS (2005/2011) ─ este último, o único com problemas na Justiça ─ como 1º Ministro: até ao fim de 2021 e reportando-nos apenas a este século (21 anos decorridos) com a responsabilidade a ser repartida (Presidência e Governo da República),
O Inferno de Pedrogão Grande
Noticiado um pouco por todo o Mundo
(Espanha, Brasil e Venezuela)
Partido | P | 1ºM | (M) |
PSD | 95% | 29% | (62%) |
PS | 5% | 71% | (38%) |
P: Presidente 1ºM: 1º Ministro M: Média
(percentagem aproximada de ocupação dos cargos de Presidente e 1º Ministro este século, num período de 21 anos, pelos partidos do arco-da-governação, num exclusivo PSD e PS)
Claramente com os únicos a poderem ser responsabilizados ─ pelo que de bom e de mau, entretanto fizeram ─ só podendo ser mesmo o PSD e o PS, aos outros só lhes sendo permitido (tal como às moscas, noutro contexto) aproximarem-se (um pouco, caso do PCP e do BE) ─ alguns infiltrando-se (caso do CDS) ─ mas e de facto e apenas servindo para colorir o espetáculo, não tendo voto na matéria.
[PG 2017: Incêndio florestal de Pedrogão Grande (Leiria) de 2017, decorrendo entre 17 e 24 de junho.]
(imagens: eoimages.gsfc.nasa.gov ─ Lucília Monteiro/visão.sapo.pt ─ observador.pt)
Autoria e outros dados (tags, etc)
Rei Ghob
“Proteger declaradamente num determinado momento e com um emaranhado de leis confusas e em constante alteração, o criminoso face à sua vítima, é uma declaração convicta de interesses”
As histórias de um país – como se de um filtro se tratasse – retratam a sua cultura e a sua memória, que culminam ou não, na consolidação da sua soberania e da sua independência. Não é de admirar portanto, que com a proliferação noticiosa de factos genéticos como este, estejamos cada vez mais perto do abismo.
Francisco Leitão
Ignorado enquanto perseguia os seus objetivos privados, praticou impunemente todos os atos de que o acusam agora, com o consentimento passivo de
toda a população envolvente e que apenas após o toque de alarme público o reconheceu, julgou e condenou, mesmo sem o reconhecer nessa altura – talvez devido aos remorsos – como anterior companheiro de estrada: o problema não está nas razões de um indivíduo, mas na sociedade sem valores que o viu nascer e criou.
A solidão tem destas coisas: muita gente à nossa volta, mas a olhar para o outro lado. Só pensamos em julgar os outros, quando descobrimos que também somos responsáveis pelo crime, por omissão persistente.
(foto – Lusa)