ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
The Rock
“E surpreendendo o Homem-Racional,
Sem intervenção exterior visível
(no entanto, sempre presente)
Milagrosa, mas não cientificamente
Com o Calhau-Irracional deslocando-se,
de um ponto para outro”.
Sem vestígios visíveis da presença de “Matéria Orgânica” na LUA, desde há centenas de anos observada da Terra por astrónomos e há cerca de meio século pisada por uma dúzia de astronautas remetidos do nosso planeta (tendo como destinatário da viagem o seu único satélite natural, localizado a uns insignificantes 384,4 milhares de Km, distância cerca de 390X menor que a distância SOL/TERRA), eis que um fenómeno aparentemente insólito ocorre na superfície da Lua, com um Calhau a tomar a iniciativa e a deslocar-se − como se tivesse um objetivo, como se fosse Racional − em direção a uma cratera lunar: deixando-nos aqui a pensar qual será a (real) diferença entre IRRACIONAL/RACIONAL e se haverá mesmo alguma diferença (básica) podendo distinguir e diferenciar (e até hierarquizar), Mundo Orgânico e Mundo Mineral.
Um Calhau movimentando-se na superfície da Lua
No caso aqui referido e ocorrido na Lua (na sua superfície) integrando como protagonista desse episódio um Calhau Lunar certa e aproximadamente com a idade da Terra (cerca de 4,5 biliões de anos) − com a Lua progressivamente a afastar-se da Terra, até um dia a abandonar de vez, desligando-se do cordão umbilical unindo SOL/TERRA/LUA, talvez o fator central e determinante tendo levado ao despoletar de Vida – com um elemento pertencendo ao Mundo Mineral “Irracional e Sem Alma” (no fundo como todas as espécies existentes à superfície da Terra, Fauna & Flora incluídas, mesmo integrando o Mundo Orgânico, exceção-excecional feita ao HOMEM) a manifestar-se inapropriadamente e fora de tempo (de uma forma descontrolada, no espaço para o mesmo disponibilizado) em função do planeado e para si projetado antecipadamente: e em vez de manter o seu estatuto de neutralidade (relativa, mas nunca absoluta) decidindo fazer algo não estando em conformidade (com o seu papel a desempenhar) e tal como o HOMEM (imitando-o) justificando estar Vivo, MOVIMENTANDO-SE. Uma característica básica dos Sujeitos (Racionais e com Alma como o Homem) sempre retirada aos Objetos (pelos vistos juntando Matéria Mineral e para lá do Homem, a restante Matéria Orgânica) Irracionais, sem Alma, apenas existentes e pelos vistos para estarem à nossa inteira disposição.
Devendo-se ver o Mundo Mineral e o Mundo Orgânico (como pertencendo a um Todo ainda maior, em extensão/compreensão) talvez não separado/desligado, mas representando em conjunto e como uma célula (conjuntamente com “Algo +” ainda por compreender/identificar) a Unidade Básica de Vida.
(imagem: LRO/NASA)
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Sopa da Pedra
[Terrestre]
Na nossa próxima reencarnação como espécie (na Terra) apenas se mudará o cenário (a apresentação), mantendo-se de pé o Homem (sujeito/componente Orgânica) e a sua Plataforma (objeto/Componente Mineral) ‒ talvez situada em África. Sendo um a imagem do outro e definindo (em conjunto) o mesmo objeto.
Se por um lado as sociedades mais organizadas e desenvolvidas se estendem predominante e preferencialmente pelo continente Europeu e Asiático assim como pela América do Norte (curiosamente com todos estes territórios situados no Hemisfério Norte) ‒ tomando como referência a espécie dominante (o Homem) como representante do Mundo Orgânico ‒ já no que diz respeito ao planeta (Terra) e aos seus fenómenos geológicos teremos que categoricamente afirmar que a região mais ativa do planeta e mais viva (e representativa) do Mundo Mineral, se localiza nos antípodas de Portugal (do outro lado da Terra onde as pessoas como nós estão todas de pernas para o ar): mais rigorosamente entre três continentes (África, Ásia e América), adicionando-lhe no limite um quarto (Oceânia) e apenas separado do quinto (Europa) ‒ o Anel de Fogo do Pacífico. No caso do Mundo Orgânico eventual e superiormente conduzido pelo Homem com todas as outras espécies lutando pela sua própria sobrevivência (fauna e flora) sendo postas perante o forte consumo e a falta de espaço ‒ e no contexto criado tornando-se irrelevantes (sem visibilidade inexistentes) ‒ arriscando-se a desaparecer e a ser substituídas (desde a base ao topo da pirâmide); talvez com certas exceções nas selvas ainda perdidas da Ásia, de África e da Amazónia (nunca custa sonhar). E do Mundo Mineral tirando todo o restante (imenso por infinito) ‒ e que ainda hoje forma o Mundo (a Estrutura de base) ‒ servindo de base à Vida. Com a Terra funcionando internamente como um gerador de vida dinâmico e em constante movimento (com as diversas rotações de material envolvendo e definindo o seu núcleo), despoletando através dos seus processos e mecanismos de transformação (interior) toda a energia emitida e expressa à sua superfície (através da movimentação das diversas placas tectónicas) e manifestando-se exteriormente e de uma forma mais percetível para os nossos órgãos dos sentidos, através de fenómenos ocorrendo diária e repetidamente como sismos, erupções vulcânicas e tsunamis (e deslocamentos maciços de terras): com a panela (de pressão) contendo o Pacífico (e nele englobando por fusão o Índico) podendo ser o centro do Mundo (Mineral), nele se localizando os alicerces para um novo (e futuro) Ciclo da Terra.
(imagem: wikipedia.org)
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Há Vida em Ceres
“The dwarf planet Ceres keeps looking better and better as a possible home for alien life. NASA's Dawn spacecraft has spotted organic molecules — the carbon-containing building blocks of life as we know it — on Ceres for the first time. And these organics appear to be native, likely forming on Ceres rather than arriving via asteroid or comet strikes.” (Mike Wall – space.com)
Ceres
Deteção de material orgânico na cratera Ernutet
(PIA 21420)
Todos nós sabemos que existe uma diferença fundamental entre os elementos pertencentes ao Mundo Orgânico e todos os outros pertencentes ao Mundo Mineral: no Mundo Natural sendo os primeiros classificados como animados (animais e vegetais) e os segundos como inanimados (sais e outros compostos).
No Mundo Orgânico com os materiais que o constituem a serem referidos como tendo na sua composição carbono e hidrogénio (hidrocarbonetos), combinando-se nas mais variadas proporções e formando os mais diferenciados compostos (um sistema mais jovem e dinâmico, inserido numa bifurcação da estrutura central e notando-se mais nele os efeitos visíveis da evolução); e no Mundo Mineral com todos os elementos que o constituem a combinarem-se em proporções bem determinadas (por serem aplicadas num período incomparavelmente mais extenso e assim, assemelhando-se a definitivas) para formarem o seu composto (sustentado por um sistema muito mais velho e estável, tronco central da estrutura que originou tudo isto e à primeira vista parecendo estático e morto – e no entanto estando por cá desde que nos lembramos e cá ficando quando partirmos).
No nosso pequeno (pela sua dimensão) mas também imenso ecossistema terrestre (um local com um número infindável de variações de vida), convivendo com as mais variadas espécies do Mundo Animal e do Mundo Vegetal e sendo rodeado por todos os lados, direções e profundidade pelo omnipresente Mundo Mineral: vendo-o em todo o lado (com qualquer dos nossos sentidos), reconhecendo a sua presença (sendo compostos por minerais, até no nosso interior) e no entanto nunca lhe reconhecendo o papel de Deus. E toda esta encenação que nunca levará a lado nenhum a dever-se exclusivamente ao nosso medo de morte de podermos ser na realidade os Únicos Seres Vivos de todo este Universo (nem sequer nos questionando porque ser feito à nossa imagem) – quem nos virá salvar dos efeitos definitivos do tempo e da guilhotina inevitável dos ponteiros do relógio – e de apesar de exclusivos, inteligentes e organizados (capazes de nos replicarmos rápido e eficientemente) acabarmos por aqui ficar e aqui ser enterrados (sem que nada ou ninguém dê por nada).
Cratera Ernutet
Na primeira suspeita da presença de material orgânico
(PIA 21419)
Com os nossos olhares a abandonarem a Terra e a virarem-se agora para um outro mundo integrando o nosso Sistema e localizado a mais de 400 milhões de Km do Sol (quase o triplo da distância Sol/Terra). Procurando nas imagens enviadas por uma sonda automática (a sonda Dawn) lançada em direção a um planeta-anão movimentando-se na região do Cinturão de Asteroides (o planeta Ceres), algum tipo qualquer de vestígio ou no mínimo de algum indício, da presença no local do tão desejado material – orgânico. Algo agora sugerido pela NASA e podendo significar finalmente a prova de existência de vida (e de materiais orgânicos que não os nossos mas de origem alienígena). Recordando apenas para quem já não se recorda que materiais orgânicos são substâncias que já estiveram vivas (um elemento integrando um conjunto) e que ao longo do tempo se foram decompondo e integrando (diluindo-se no mesmo) – desde animais até plantas, passando por bactérias e fungos e outros que nem sabemos.
Com o Site PHOTOJOURNAL da NASA a presentear-nos esta semana com mais uma imagem (PIA 21420 – na sua última adição de 16 de Fevereiro) tendo como referência o planeta-anão Ceres e apontando o seu dedo para uma das muitas depressões existentes à sua superfície – a cratera Ernutet (por sinal a Deusa Egípcia da Fertilidade). E indicando-nos que nessa imagem obtida a partir da sonda Dawn utilizando o seu instrumento ótico VIR (espectrómetro de visualização a infravermelhos) – e com o mesmo com as suas lentes dirigidas para a área em redor da cratera Ernutet – era possível detetar sinais evidentes da presença de material orgânico no planeta Ceres: com as áreas a verde a serem aquelas onde esse material era menos abundante e as áreas a cor-de-rosa a poderem ser as mais ricas em material orgânico (pelo menos sendo essa indicação que essa cor costuma transmitir).
Deixando-nos suspensos á espera dos novos episódios da temporada (da NASA).
E de que há mesmo Vida para além da nossa terra (a TERRA).
[Numa outra imagem – PIA 21419 – registada por outra câmara instalada na sonda Dawn e focando a cratera Ernutet, com uma das partes da mesma a apresentar um tom mais brilhante, dando-lhe um tom mais alaranjado relativamente à restante (área). Levando posteriormente os investigadores a associá-la à presença de material orgânico, naquela cratera de Ceres – localizada no hemisfério norte e com um diâmetro de mais de 50Km.]
(imagens: nasa.gov)