ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Fim do Verão
“E esta quarta-feira em Portugal, começa o Outono.”
A pouco tempo de distância do Equinócio de Outono ─ a ocorrer a 22 de setembro (esta quarta-feira) e marcando o início da estação do OUTONO (de 22.09 a 20.12) ─ uma imagem recolhida na Polónia a 20 de setembro (nas proximidades da cidade de Koronowo), apresentando-nos aquela que poderá ser considerada (este ano) ─ entre todas as outras Luas Cheias registadas a Norte ─ a “LUA CHEIA DAS COLHEITAS”.
Lua Cheia das Colheitas
Marcando no Hemisfério Norte o início do Outono
Uma “LUA CHEIA” assim denominada por marcar a data do início das colheitas desse ano (neste caso de 2021) ─ por parte dos agricultores nas suas respetivas explorações, localizadas no Hemisfério Norte (neste caso na Polónia) ─ no caso do fotografo Marek Nikodem, por acaso já tendo sido realizadas (as colheitas) e daí a escolha de um outro protagonista (uma mulher) para recompor o cenário.
(imagem: Marek Nikodem/spaceweather.com)
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Equinócio e Meteorologia
Mesmo terminado o Verão e com as boas condições meteorológicas a manterem-se (neste início do Outono) – convidando ao usufruto da praia e a um banho com excelentes temperaturas (da água) – sendo conveniente recordar as consequências do prolongamento da estação (quente e seca): na % de água nos solos, no Algarve (mas não só) muito em baixo.
Percentagem de água no solo
(17 Setembro 2018)
Regressando ao IPMA e às suas previsões meteorológicas, constatamos que esta sexta-feira (21 de Setembro) e a poucos dias (ou horas) do fim do Verão (com o início do Outono marcado para as 02:54 de 23 de Setembro), o bom tempo se mantem com céu limpo (a sul) a parcialmente nublado (restante território continental) e temperaturas (do ar) oscilando entre os 12⁰C (mínima a norte) e os 34⁰C (máxima a sul): com vento fraco a moderado (este último mais a norte) e temperatura da água (do mar) entre os 17⁰C (na costa do Porto) e os 23⁰C (na costa de Faro). E com os índices ultravioletas sendo intensos (numa escala de 1 a 11) oscilando entre Elevado/6UV e Muito Elevado/8UV (valores típicos desta época do ano mas ainda mais perigosos devido à nossa maior exposição solar).
Com o último sismo registado em Portugal Continental (até 22 de Setembro) a verificar-se na passada quarta-feira (20 Setembro) com M0.6 de intensidade a NE de Monchique (na sequência de outros cinco de M0.9, M0.9, M0.7, M0.4 e M0.3 – todos irrelevantes – ocorridos desde 15 de setembro na mesma zona). Tudo normal (para a região do Algarve).
Atlântico a infravermelho
(21.09.2018 – 23:00)
Quanto à previsão meteorológica para os próximos dias agora que estamos apenas a dois (dias) do Equinócio de Outono (no Hemisfério Norte) – e no que diz respeito essencialmente à cidade de Albufeira – com o céu limpo e o vento moderado (a fraco) a manter-se e com as temperaturas (do ar) a subirem ligeiramente (uns 2⁰C/3⁰C estes próximos três dias/sábado, domingo e segunda-feira) para voltarem a descer (uns 3⁰C/4⁰C a partir de terça-feira). Com as mesmas a oscilarem (temperaturas do ar) entre os 18⁰C (mínima) e os 34⁰C (máxima) e com a temperatura da água entre os 21⁰C/33⁰C (quase transformando a baía num grande consomê). No fundo com todos os sinais a apontarem para uma extensão do Verão, para lá dos seus próprios limites (temporais) ultrapassando o Equinócio.
(imagens: ipma.pt)
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4ª Feira de Albufeira para Quarteira
Na passada quarta-feira aproveitando a conjugação do Verão Algarvio (convidando-nos até à praia) com a chegada do São Martinho (e a comer castanhas),
Venda de Peixe “popular” em Quarteira
Fui com o meu amigo José (da cidade de Albufeira) até à cidade de Quarteira à procura de peixe (essa preciosidade gastronómica do nosso mar algarvio), não só sendo fresquinho como se possível da costa e de preferência baratinho (e num trajeto português): por volta das 9 horas da manhã chegando à cidade, estacionando o carro perto dos Mercados (Municipais) e de seguida deslocando-me a pé até ao local onde o povo se aglomerava (nesse dia sobretudo idosos, talvez reformados, mas sem a presença habitual de estrangeiros) à volta de caixas e de sacos cheios de peixe (sobretudo carapaus e cavalas passando no mar algarvio ‒ mas para desgosto do Zé e salvo 1 sem mais Polvos à vista). Algo ainda possível de se ver em Albufeira quando o Mercado do Peixe (legal) se localizava em frente à Praia dos Pescadores e quando em torno do mesmo (mercado) alguns pescadores (para superarem muitas das suas enormes dificuldades financeiras) chegavam com o seu peixe tentando com o mesmo (e a sua venda) mais alguns trocos (com o agradecimento de muitos idosos, reformados e pobres, apesar de dito ilegal) para sobreviverem.
Gatos junto ao Mercado (Municipal) de Peixe
E com dois sacos (cheios) de carapaus e cavalas e de uns quantos outros bichinhos (um polvo e uns choquinhos), deslocando-nos até à Tasca do Jorge para mais um pequeno-almoço (um café e uma sandwich) e um pouco de Sol e conversa: com pouca gente nas ruas (vendo-se poucos estrangeiros), num dia calmo de Outono (quando o turismo estaciona esperando pelo Ano Novo), com alguns passeando pela praia (ao longo da marginal), mas com o grande contingente muitos deles (vindos) do interior, localizados na Feira Semanal de Quarteira (todas as quartas-feiras). Mas tendo estado o José na Feira de Albufeira (no dia anterior e numa feira quinzenal) ficando-se hoje pelo peixe e mais um tempo na Tasca, bebendo uma fresquinha Imperial e aproveitando o quentinho do Sol (num prazer popular, junto temperaturas contrárias e num estilo Frio/Quente). Junto ao Mercado do Peixe notando-se pouco movimento (praticamente vazio, não de bancas mas de clientes) mas com duas presenças (dois gatos) acompanhando a ação (as entradas e saídas) e daí algo esperando: e ao contrário dos cães acompanhando os seus donos (Figura 1) ‒ um com um comprador outro com um vendedor, mas ambos como companheiros acompanhando o amigo ‒ já no caso dos gatos (Figura 2) paredes meias com os peixes (no interior do mercado), tentando provavelmente recolher alimento suplementar, como clientes frequentes e tendo amigos por lá.
A Lua a 8 de Novembro tal como vista de Quarteira
Ainda nuns últimos instantes (do José na esplanada) usufruindo do Sol do Algarve e do resto da Imperial, com a Lua vista do parque (de estacionamento), entre os ramos de uma árvore (já nem sei bem qual), projetada no azul (do Céu) ‒ comigo dentro do carro, bem quentinho como numa estufa e esperando quem não vinha (agarrado à cadeira, levando com o Sol na tola e bebendo uma fresquinha) ‒ registando a sua presença (da Lua na minha Canon) distando de milhares de Km (uns 384 mil) e desde há muitos milhões de anos, estando onde hoje estou: observando a partir do Espaço toda a Evolução registada nesta região (Terra/Algarve) desde tempos longínquos (e pensando no Tempo do Homem), sofrendo grandes alterações (ambientais como geológicas) e envolvendo migrações (de todo o tipo de seres vivos incluindo o Homem) num Planeta maioritariamente Azul e com toques de Castanho/Verde. Confirmando-se como a Vida é uma Dádiva a usufruir (vindo de Deus e/ou da Natureza) e de como sem outros entraves (impostos pela monotonia de miséria do nosso quotidiano) só temos mesmo que a apanhar e saber Aproveitar. Mas a cerveja acabou e eram umas 11 horas quando o José chegou (teria que estar pelo meio-dia de regresso a Albufeira, entregue em sua casa ou então no Caravela): arrancamos então para Albufeira e depois da Ponte Barão ainda procuramos laranjas (só vimos talvez tangerinas), mas vê-las na realidade só as vimos, mesmo ao lado da estrada, ainda penduradas nas árvores (com a época da apanha da laranja a iniciar-se este ano com algum atraso ‒ devido às condições climatéricas não se iniciando já/Novembro, mas lá mais para meados de Dezembro).
Albufeira ‒ Yorkshire Tabern ‒ Arcadas S. João
E percorridos os cerca de 19 Km entre Quarteira e Albufeira entrando na Avenida dos Descobrimentos (pelo lado da Tourada), fazendo uma pequena paragem nas Arcadas (Edifício das Arcadas de S. João) para beber um copo na Yorkshire Tavern: com o José a visitar o amigo (de infância) no seu local de trabalho (num encontro curto mas necessário, dado os longos períodos de ausência), trocando algumas novidades e combinando novo encontro ‒ mas aí com mais tempo e talvez (outras) recordações. Por volta do meio-dia, sentado à porta do bar e com um casal (estrangeiro) lá fora bem estendido e todo debaixo do Sol (como se fossem duas osgas), recordando a Albufeira Antiga (digamos que há uns 33 anos) e tudo aquilo que a diferenciava: de alguém aqui chegado ainda com Mário Soares como 1º Ministro e lutando pela integração de Portugal na CEE (o que alcançou), mas de que Cavaco Silva pôs e dispôs (dos volumosos fundos investidos na altura em Portugal) quando eleito 1º Ministro em finais de 1985.
Entrada no que será (talvez em altura) a habitação do Futuro
Com esse verdadeiro Evento (com o país a ser inundado por dinheiro vindo de fora, mas sendo distribuído sem nenhum critério ou objetivo) a ter um impacto brutal no tradicional desenho arquitetónico e social de Albufeira, de tal forma evidente (esse choque) que rapidamente o mesmo foi sendo espelhado na marginalidade crescente dos poucos naturais desta região algarvia ainda sobreviventes (e sobretudo resistentes) ‒ tal como Espinho (onde vivi) inicialmente uma pequena localidade de pescadores (agora transformado em mais um Espaço Hoteleiro) ‒ e no arranque decisivo e imparável da construção (de habitações e outras estruturas de suporte) terminando no Click final com o aparecimento da Marina. E desaparecendo os Indígenas (os outros), chegando novos ocupantes, desejos e desígnios (nós) ‒ impondo esmagadoramente mas sem dor (poucos indígenas resistiram) o que a Memória e a Cultura desses Antepassados certamente jamais adotariam: e como Homenagem ao Pescador e já que se fez a Marina, arranjando-lhes finalmente um Cantinho ali no Porto de Abrigo (em Espinho nem isso).
Mas tendo o Zoomarine, o frango da Guia e o Shopping ‒ e o Castelo de Paderne.
(imagens: PA)
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Outono, Equinócio e Mudança da Hora
[No Hemisfério Norte]
Equinócio de Outono
(22 de Setembro de 2017)
“Momento exato que marca o início do Outono, em que o Sol incide com maior intensidade sobre as regiões, que estão localizadas próximo à linha do Equador.”
(significados.com.br)
No passado dia 22 de Setembro (sexta-feira) deu-se o Equinócio do Outono (no Hemisfério Norte) que se prolongará por cerca de três meses até ao dia 21 de Dezembro (altura em decorrerá o Solstício de Inverno) ‒ como se diz popularmente data em que “a duração do dia é igual à duração da noite”. Tudo tendo a ver no fundo (e devido ao movimento de translação da Terra em torno do Sol) com a intensidade com que os raios (solares) atingem a superfície terrestre ‒ com os dias a tornarem-se mais curtos comparativamente com as noites. Assim como com o movimento de rotação da Terra (dando origem aos dias e às noites) e com a inclinação do seu eixo (virtual), fazendo incidir os raios (do Sol) mais ou menos obliquamente.
Mudança da Hora
(29 de Outubro de 2017)
“A hora é uma unidade de medida de tempo que tem por base a velocidade de rotação e as dimensões da Terra.”
(wikipedia.org)
E como uma das consequências mais visíveis para esta sucessão infindável de Estações (Verão/Outona/Inverno/Primavera) ‒ e de Equinócios/Solstícios (2/2) ‒ temos a Mudança da Hora duas vezes por ano: em Portugal neste ano de 2017 e depois de já termos adiantado a hora no dia 26 de Março (60’) ‒ no seguimento do Equinócio da Primavera ‒ atrasando-se a hora a 29 de Outubro (60’) das 02:00 passando à 01.00. Nesse sábado para domingo do dia 29 de Outubro (de madrugada), podendo-se usufruir de mais tempo para dormir e descansar. Num ano de 2017 (em Portugal e a nível meteorológico) tendo sido caracterizado como um Verão quente e extremamente seco (o 6º mais quente e o 3º mais seco desde o início do século XXI), especialmente quente em Junho o 3º mais quente desde há 86 anos (fonte: ipma.pt). E no resto do Mundo com um mês cada vez mais quente relativamente ao seu homólogo (anterior), o mesmo acontecendo com os anos com as temperaturas sempre a crescer.
(imagens: calendar.com e narrativadiaria.blogs.sapo.pt)