ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
A Sonda Solar Parker
Com um artefacto terrestre passando tão perto do Sol – na sua maior aproximação passando a pouco mais de 6 milhões de Km da nossa estrela (apenas 1/25 da distância Terra/Sol aproximadamente 150 milhões de Km) – e ao fazê-lo estabelecendo um novo recorde de velocidade: cerca de 195Km/s. Lançado de Cabo Canaveral a 12 de Agosto de 2018 e obviamente alimentado a painéis solares − e contando ainda com a preciosa colaboração (para o seu movimento e trajeto) das forças de gravidade da Terra de Vénus e até de Júpiter.
O Sol (jato solar dele oriundo) e Mercúrio (objeto perto do centro)
Como vistos pela sonda solar Parker
This image from Parker Solar Probe's WISPR (Wide-field Imager for Solar Probe) instrument shows a coronal streamer, seen over the east limb of the Sun on Nov. 8, 2018, at 1:12 a.m. EST.
Coronal streamers are structures of solar material within the Sun's atmosphere, the corona, that usually overlie regions of increased solar activity.
The fine structure of the streamer is very clear, with at least two rays visible.
Parker Solar Probe was about 16.9 million miles from the Sun's surface when this image was taken.
The bright object near the center of the image is Mercury, and the dark spots are a result of background correction.
(texto/inglês e imagem: NASA)
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Parker a Caminho do Assador
Com o Sol no seu núcleo central podendo atingir temperaturas ultrapassando os 15.000.000⁰C para na sua coroa solar poder variar (de uma forma incrível/surpreendente) entre os 1.000.000⁰C e os 10.000.000⁰C (mesmo que na fotosfera e em torno das manchas solares se registem temperaturas muito mais baixas na ordem dos 4.000⁰C/5.000⁰C).
Desde 17 de Abril de 1976 com a sonda HELIOS 2 a ter sido a nave espacial terrestre a atingir um ponto de maior aproximação ao SOL
– Atingindo o seu periélio a cerca de 43.400.000Km de distância –
A primeira imagem do Sol
(emissão oriunda da coroa solar e passagem do planeta Mercúrio)
Obtida a partir da sonda solar PARKER
(Em 8 de Novembro de 2018)
Chegou a vez de uma outra sonda passar ainda mais perto do Sol:
Com a sonda solar PARKER no passado dia 19 de Outubro (de 2018) a passar a pouco mais de 41.800.000Km de distância da nossa estrela (menor que a distância Sol/Mercúrio), numa das suas 24 passagens (planeadas)
– Orbitando o Sol –
E contando com a colaboração (da força gravitacional para se propulsionar) do planeta VÉNUS (localizado a aproximadamente 108.000.000Km do Sol).
Nas suas órbitas em torno do Sol com a sonda solar PARKER atingindo no ano de 2024 o seu ponto de maior aproximação de sempre, passando a pouco mais de 3.800.000Km do Sol.
Parker Solar Probe
(sonda batendo o recorde de aproximação ao Sol)
Lançada da base de Cabo Canaveral
(Em 12 de Agosto de 2018)
Juntando-se assim a outros artefactos espaciais terrestres tendo como missão observar e estudar o SOL
– SOHO, SDO, STEREO-A –
Mas tendo sobre estes a grande vantagem de se situar muito mais perto da estrela e de se movimentar ao seu encontro; numa região nunca antes visitada pelo Homem tal a Temperatura e tal a Radioatividade.
E ainda sendo visto como um recorde de viagem tendo como referência o Sol (para além da proximidade), estando igualmente previsto a sonda solar PARKER bater o recorde da velocidade até hoje (por outra sonda) atingido:
Pela atrás referida HELIOS 2 em 2 de Abril de 1976 com os seus 68,6 Km/s.
(imagens: NASA)
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Sonda Solar Parker
Uma SONDA que na sua órbita de maior aproximação ao SOL, se situará apenas a uns 6 milhões de Km da sua COROA SOLAR: ou seja a 1/25 da distância entre a TERRA e o SOL.
Primeiras Imagens
Com a Sonda SOLAR PARKER a mostrar-nos o planeta JÚPITER (centro/direita)
Assim como o centro da VIA LÁCTEA (galáxia onde a Terra se integra)
Lançada há mais de um mês – 12 de Agosto de 2018 – da base aérea de Cabo Canaveral (Florida/EUA) a bordo de um foguetão DELTA IV, para além de todos os dados entretanto enviados (para a sua base na Terra) durante este período de tempo, a sonda vem agora proporcionar-nos as primeiras imagens de viagem: confirmando assim o seu bom funcionamento (de todos os seus instrumentos) e oferecendo-nos para nosso usufruto imagens de Júpiter e da Via Láctea (a nossa galáxia).
Trajetória da sonda solar PARKER ao longo de 24 órbitas ao SOL
(com o seu lançamento a 12 de Agosto e com o ponto de maior aproximação a situar-se pelos 6 milhões de Km – primeira a 05.11.2018 a uns 24 milhões de Km)
De momento (a 21 de Setembro) com a sonda solar Parker dirigindo-se para o Sol a uma V = 25,4Km/s, distando da Terra 0,27UA (mais de 40 milhões de Km) e distando do Sol (o seu objetivo de missão) 0,845UA (mais de 126 milhões de Km). Já com os seus instrumentos no cumprimento das suas tarefas (no fundo desde o seu lançamento), entre elas a medição do campo elétrico e do campo magnético do Sol (e o estudo desses fenómenos e seus impactos na Terra); assim como o estudo das partículas transportadas pelo vento solar.
(imagens: nasa.gov e jhuapl.edu)
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Radiações Cósmicas e Ciclo Solar (e sonda Parker)
Sábado pelas 08:30 de Portugal Lançando-se a sonda PARKER em direção ao SOL
“The solar corona is one of the last places in the solar system where no spacecraft has visited before. It gives me the sense of excitement of an explorer.” (Adam Szabo/nasa.gov)
A sonda solar Parker aproximando-se do Sol (ilustração: nasa.gov)
Hoje dia 10 de Agosto de 2018 pelas 12:00 locais (de Albufeira), no preciso momento em que nos aproximamos rapidamente de um acontecimento histórico para todo o planeta (Terra) – ao nível da Conquista do Espaço pelo Homem (neste caso dos nossos domínios mais próximos, o Sistema Solar e o seu foco e gerador o Sol) – com o lançamento por volta das 08:30 de amanhã (sábado/hora de Portugal) da sonda solar PARKER, a primeira do seu género a “tocar” a superfície do Sol: a sua atmosfera/coroa solar. Na sua aproximação ao Sol (até entrar em órbita da nossa estrela) atingindo velocidades máximas na ordem dos 190Km/s (tornando-se logo ali na sonda mais rápida da história), para aí numa missão estimada para durar uns sete anos, completar 24 órbitas (em torno do protagonista) e atingir uma aproximação (mínima) de cerca de 6.000.000Km (1/25 da distância Terra/Sol), estudar a nossa estrela como nunca antes tenha sido feito. Aí suportando temperaturas de cerca de 1400⁰C (protegida e “climatizada” tendo que suportar apenas uns 30⁰C), para além do bombardeamento constante de diversos tipos de raios (e de radiações), penetrando a sonda espacial solar Parker como se a mesma estivesse (apenas para termos uma ideia mesmo que não completamente correta) no interior de um micro-ondas. |
Com o Sol a dormir
Uma subida de 18% só nos últimos quatro anos
(da radiação oriunda do Cosmos)
A partir de mais um estudo (da responsabilidade da spaceweather.com) levado a cabo não só na Estratosfera (12 a 50Km) como até em altitudes (mais baixas) onde circulam muitos dos aviões comerciais e de passageiros – a Troposfera (0 a 12Km) – vem-se mais uma vez confirmar que a radiação cósmica medida na estratosfera nestes últimos quatro anos (fins de 2014 a fins de 2018) tem vindo sistematicamente a aumentar: de menos de 4.1 a mais de 4,5 uGy/hr ou seja cerca de 18%.
Variação da radiação cósmica ao longo do tempo
(de 2014/2018)
Podendo-se dessa forma não só estudar a variação da radiação cósmica em toda a camada Atmosférica envolvendo a Terra – Troposfera (0/12Km), Estratosfera (12/62Km), Mesosfera (62/80Km), Termosfera (80/500Km) e Exosfera (500/800Km) – particularmente naquela onde vivemos e circulamos – Troposfera em que vivemos/respiramos e Estratosfera onde circulamos de avião a jato (tudo numa estreita faixa de uns 60Km) – como até e por associação deduzir-se quais os seus efeitos sobre a saúde dos seres vivos (aí se movimentando e vivendo).
O Sol sem manchas visíveis
(9 Agosto 2018)
Viajando num avião a menos de 12.000 metros de altitude (por exemplo 25.000 pés) com a radiação aí registada a expor os passageiros a valores cerca de 10X aos normalmente assinalados a nível da água do mar e já no caso de o fazermos num outro avião por exemplo supersónico e circulando a mais de 12.000 metros de altitude (por exemplo 40.000 pés) à mesma radiação registar valores agora 50X superiores!
Variação da radiação cósmica com a altitude
(de 2014/2018)
Uma variação das radiações cósmicas agora atingindo o nosso planeta com maior intensidade (com os sensores instalados e utilizados neste estudo a detetarem Raios-X e Raios Gama numa determinada gama energética) segundo os cientistas podendo ser explicada de duas maneiras (no fundo com dois processos ocorrendo simultaneamente) complementares:
Dado o Sol estar a atravessar um período de fraca atividade (não se observando grande número de manchas solares) provocado pelo mesmo (Sol) se estar a aproximar de um seu Mínimo, como consequência diminuindo a Radiação Solar (atingindo a Terra) e assim abrindo-se a porta (por ocupação de Espaço disponível) agora à Radiação Cósmica (mais perigosa); por outro lado o enfraquecimento (em princípio momentâneo e à procura da manutenção do seu equilíbrio) do campo magnético terrestre, tendo como uma das suas principais funções proteger-nos igualmente (defendendo-nos como se fosse um escudo) dos Agentes Provocadores Exteriores como o são os Raios Cósmicos.
(imagens: nasa.gov e spaceweather.com)