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Cada vez mais Bolas de Fogo

Quarta-feira, 20.01.16

As Bolas de Fogo são no fundo meteoritos que ao entrarem na nossa atmosfera se tornam mais brilhantes do que acontece na generalidade dos casos: atingindo magnitude de -3 (ou ainda mais brilhante) se observado a partir do local, para cima e na vertical (zenith). A partir da magnitude -14 (ou mais) a Bola de Fogo passa a ser considerado um bólide, transformando-se em superbólide a partir de -17 (ou mais) – que terá sido o caso concreto da explosão ocorrida em Cheliabinsk há já quase 2 anos.

 

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As duas regiões de origem no Sistema Solar dos asteroides, uma delas localizada a mais de 2 anos-luz do Sol (o Cinturão de Asteróides situado entre as órbitas de Marte e Júpiter) e a outra a cerca de 50 anos-luz (o Cinturão de Kuiper nos limites do Sistema).
Muito mais afastada e envolvendo o Sistema Solar surge a Nuvem de Oort – localizada a aproximadamente 50.000 anos-luz de distância e região de origem dos cometas.
(imagem retirada do Google)

 

A Terra é apenas um dos muitos corpos celestes que fazem parte de mais uma das regiões do espaço deste Universo partilhado (em extensão/no espaço e em compreensão/em espaços paralelos por vezes coincidentes), a que por copropriedade e direito de espécie nativa (provavelmente importada) também pertencemos e de quem obviamente o Homem depende. Sendo portanto bastante claro que se acontecer algum incidente grave com a nossa casa (a Terra), ele se irá imediatamente repercutir sobre aqueles que aí vivem (o Homem): em toda a fauna e na flora, na terra, no ar e no mar e talvez mesmo com a casa a cair.

 

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Gráfico 1
N.º de Bolas de Fogo por ano
(2005/2015)

 

E como quem se movimenta no seu espaço espera sempre que outro também o faça (perto, longe ou aqui mesmo), tal como na nossa vida acontece um dia poderá existir colisão: de um corpo celeste seguindo o seu caminho habitual, com um outro viajante algo desconhecedor do local. E se tomarmos como referência a Terra (onde vivemos), vem-nos logo à cabeça meteoros, asteroides e cometas. Como aquele tão recente e que afetou Cheliabinsk. Sendo por consequência natural que o Homem se preocupe não só com os perigos vindos do interior (muitos deles já previsíveis) como daqueles oriundos do exterior do nosso planeta e que ainda não conseguimos detetar quanto mais controlar. Como as Bolas de Fogo!

 

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Gráfico 2
N.º comparativo de Bolas de Fogo por mês
(2013/2015)

 

Bolas de Fogo! Algo de surpreendente e de misterioso por vezes mal assimilado como um acontecimento de mau presságio (asteroides ou cometas), sempre que atravessavam os céus (da Terra) presenteando os seus habitantes (com espetáculos e outras coisas por muitos nunca vistos). Mas tal e qual como acontece num plano de uma mesa de bilhar, se der numa tacada na branca duas hipótese há a considerar: ou acerto mesmo na bola (de cor) ou então passo ao lado. E o que há aqui a considerar de importante e diferente (entre o plano da mesa de bilhar e o plano do Sistema Solar) é que se no primeiro caso tal é mesmo sucesso (acertar no bola de cor de preferência embolsando-a) já no segundo pode ser o fim-do-mundo. Daí o interesse reservado a estes corpos celestes.

 

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Desde a formação há biliões de anos atrás do Sistema Solar que milhões de corpos celestes como asteroides e cometas circulam no seu interior. Apesar do Sol representar mais de 99% da massa total do Sistema Solar a Terra por conter vida e os asteroides/cometas por poderem conter água são sem dúvida dos que mais nos fascinam. Com os asteroides a surgirem em muito maior quantidade oriundos dos Cinturões de Asteroides e de Kuiper.
(imagem retirada do Google)

 

Mas antes de tudo, como agradecimento (de estamos vivos), por necessidade (de repor a justiça) e aproveitando um pouco mais o superpoder dos nossos extraordinários e (porque não) divinos protetores – aqueles que com as suas primeiras linhas de escudos cósmicos protegem como uma fortaleza inexpugnável o nosso planeta Terra – mencionemos o nome das três principais linhas defensivas colocadas ao dispor do Sistema Solar (e da Terra): a Nuvem de Oort, o Cinturão de Kuiper e finalmente o Cinturão de Asteroides. E claro que também os gigantes gasosos como Júpiter e até a divina providência. Nunca deixem de pensar que num período determinado da longuíssima história do nosso Sistema (de que a Terra faz parte) existiria algo de forçosamente diferente entre as órbitas de Marte e de Júpiter, que não seria certamente o amontoado caótico que hoje ali reina: talvez um outro planeta não protegido atingido por um impacto e desintegrado.

 

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Gráfico 3
N.º comparativo de Bolas de Fogo por dia
(2014/16 – 1/7 Janeiro)

 

Mas fiquemo-nos pelos mais pequenos as tais Bolas de Fogo (meteoritos ou estrelas cadentes). E aproveitemos para dar uma vista de olhos pelos gráficos 1, 2 e 3 de modo a podermos tirar algumas conclusões sobre a evolução nos últimos anos/meses/semana do número registado de casos. Até porque a correlação entre o decorrer dos anos e o número de observações registadas poderá ser bastante importante para a previsão do futuro da Humanidade. Se algo nos atingir não sabemos bem o que será!

 

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Bonita imagem obtida ao anoitecer do dia 8 de Dezembro de 2015 no município brasileiro de Jataí (localizado no estado de Goiás). Um registo fotográfico da autoria de Phablo Araujo onde além de surgir a Lua e o planeta Vénus também se vê uma bola de fogo ou meteorito
(publicado em spaceweather.com)

 

Sendo desde logo claro no gráfico 1 que se os registos de bolas de fogo (nos EUA) se mantiveram relativamente estabilizados entre os anos de 2005 e de 2010 (nunca ultrapassando os 1000 anuais), já no quinquénio seguinte eles crescerem quase que exponencialmente atingindo mais de 9000 (no ano passado com um crescimento final de 800%). Um fator de crescimento bastante considerável (Nº Bolas de Fogo 2015 = 10X Nº Bolas de Fogo 2010) e com consequências que poderão ser extremamente preocupantes e mesmo perigosas para o futuro do planeta Terra: é que quanto maior for o numero de corpos celestes mesmo destas dimensões a passar nas nossas proximidades, maior será a probabilidade de o mesmo nos tocar, numa tangente ou numa secante (e nesse caso será mau ou então o nosso fim). Já a partir do gráfico 2 (em que podemos observar a evolução mensal de registos de bolas de fogo ao logo de um ano) pelo menos duas conclusões se podem tirar: que (pelo menos no que diz respeito aos EUA) o número de casos registados é maior no segundo semestre do ano e que comparando os últimos três anos de registos a variação tem sido sem qualquer tipo de dúvida crescente. Ou seja, quando a inclinação dos raios do Sol relativamente à posição do planeta Terra altera as condições climáticas à superfície do corpo celeste onde vivemos (por influência do forte eletromagnetismo solar), nos hemisférios terrestres sentimos imediatamente as consequências (na pele) com as mudanças de estação. E até com o número de registos: por ventura não tendo qualquer tipo de ligação com os parâmetros anteriores, mas certamente porque nesse momento no tempo e no seu trajeto pelo espaço a Terra abra sempre janelas a visitantes especiais. Com o pico de 2015 (mensal) a ocorrer em Agosto (perto dos 2.000 registos). O gráfico 3 (bolas fogo/dia na 1ªsemana de 2016) apenas serve para confirmar a tendência de subida ao longo da primeira semana de 2016, provavelmente voltando de novo a superar valores anteriores alcançados em períodos idênticos (Janeiro/2013/2014/2015).

 

(gráficos: Dr. M. A. Rose/09.01.2016/sott.net)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 11:04

Prós e A Favor (de quem manda)

Quarta-feira, 03.12.14

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

 

Como sempre a comunicação social não transmite uma informação (de um facto), limitando-se apenas a transmitir mais uma versão (de uma parte interessada). E nem mesmo o físico britânico Stephen Hawkin (como fonte da informação) se safa, da manipulação da transmissão (ou versão adoptada).

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STEPHEN HAWKIN

 

Numa entrevista recente realizada pela BBC, na qual entre outros assuntos (e muito naturalmente) veio à conversa a visão de Stephen Hawkin sobre o mundo actual, ao falar-se sobre AI (inteligência artificial) este afirmou:

 

“The development of full artificial intelligence (AI) could spell the end of the human race”.

 

"The biggest event in human history. Unfortunately, it may also be the last”.
(sobre a criação da inteligência artificial)

 

Foi o suficiente para a entrevista descambar temporariamente para um tipo de trajectos paralelos despropositados (comentários nitidamente dirigidos), abandonando o seu conteúdo científico e substituindo-o pela aplicação de danos colaterais à sua fonte de informação (até para controlar o seu entusiasmo natural e recolocar o assunto nas ideias e não na personalidade – precisamente o que a comunicação social fizera com ele).

 

E assim surgem estas verdadeiras preciosidades:

 

Hawking uses a voice synthesizer to communicate.

 

Recently, he has been using a new system that employs artificial intelligence.

 

Como se vê, vale tudo até tirar olhos. Como pode alguém alertar os outros para o perigo originado pela aplicação no funcionamento e desenvolvimento da sociedade de novas tecnologias revolucionárias e inovadoras (como o será no futuro a AI), se o mesmo que lança este alerta é um dos seus mais conhecidos utilizadores e usufrutuário? Percebe-se bem a estratégia: “chama-se deficiente ao tipo (que pretende ter ideias) mas não se lhe tira a cadeira (para este poder continuar a mexer-se)”.

 

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ELON MUSK

 

Mas deixando de lado o trajecto da entrevista, espreitemos na origem apenas dois pormenores: talvez contradições, talvez uns pró e os outros a favor. Experimentemos ver o que diz um dos mais interessados no tema – Elon Musk (milionário norte-americano ligado a empresas como a SpaceX e a Tesla Motors):

 

“We need to be super careful with AI”.

 

“Potentially more dangerous than nukes”.

 

E já agora o que é que ele fez de imediato para evitar estes perigos que tanto o preocupavam? A resposta foi fácil, barata e futuramente dará milhões: em conjunto com mais um amigo investiu mais 40.000.000 de dólares numa companhia, tendo como objectivo a criação de um cérebro artificial. Se hoje em dia já são cada vez em maior número os especialistas na área que acreditam que apenas utilizamos uma parte ínfima das nossas capacidades cerebrais, o que será se um dia pusermos nas mãos de uma máquina o desenvolvimento da mesma?

 

(imagens – Web)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 19:05

APOPHIS

Quinta-feira, 08.11.12

As novas gerações têm que estar no futuro muito atentas em relação ao que se passa no Espaço, não só pelos perigos que daí podem advir e de que todos nós nos devemos proteger – prevenindo com antecedência a ocorrência de situações perigosas e imprevisíveis – como também por ser nesse Espaço que se abrirão as novas portas para um novo mundo a conhecer e conquistar, por eliminação definitiva das fronteiras e consequente abertura ao Universo.

 

O APOPHIS no seu caminho percorreria já nas proximidades da Terra um corredor que teria início no sul da Rússia, atravessaria o norte do Pacífico, cruzaria o norte da América do Sul e terminaria sobre o Atlântico antes de atingir o continente Africano

                                          

APOPHIS é um nome que devemos fixar e recordar, pois poderá vir a representar num futuro muito próximo um momento de viragem na História da Humanidade (o grupo agora dominante). Como já o foi provavelmente noutra altura e num caso semelhante, mas então na História dos Dinossauros (o grupo então dominante).

 

Os cientistas receiam que este asteroide possa estar numa trajetória que o faça passar muito próxima do planeta Terra, podendo devido à sua proximidade de passagem e a possíveis erros de cálculo – que podem ser mínimos mas de consequências catastróficas para nós – haver um risco a não desprezar de poder colidir com o nosso planeta.

 

É fácil de adivinhar as consequências para a Terra e para todos os seus habitantes se tal acontecimento se verificasse: se não fosse a extinção total de vida na Terra, provavelmente estaríamos muito perto disso. E o problema aqui é que isso poderá ocorrer já no ano de 2029 – daqui a apenas dezasseis anos – e se tal não suceder, então pior será o cenário para o ano de 2036 – segundo os cálculos dos cientistas – com este objeto a passar ainda muito mais perto de nós.

 

APOPHIS – nome grego do inimigo de RÁ, APEP o “Descriador” – é um asteroide com cerca de 350-450 metros de dimensão, já com uma volumetria considerável e capaz de causar grandes danos no nosso planeta e levar à extinção de muitas (ou de todas) as espécies. Poderá passar a uma distância de 35.000Km a 40.000Km da Terra – entre a Lua e a Terra, pertíssimo de nós – mas se os cálculos não estiverem completamente corretos, tudo poderá acontecer. Relembre-se que a distância entre a Terra e a Lua varia entre cerca de 350.000Km e 410.000Km.

 

E até já se estudam hipóteses de trabalho – se tal for na realidade necessário – para desviar o asteroide da sua trajetória de colisão com a Terra

 

Já no ano de 2005 um ex-astronauta terá solicitado à NASA um estudo mais aprofundado deste satélite e da sua trajetória – preocupado com a possibilidade de um impacto futuro com este asteroide provocado pela passagem tão perto do planeta e pela possibilidade da órbita do asteroide poder ficar a partir do ano 2029 em ressonância orbital com a Terra (fenómeno que o atiraria em rota de colisão) – tendo sugerido então a colocação no asteroide de um aparelho de sinalização de modo a estudar melhor a sua trajetória. Não será por acaso todo o interesse demonstrado nestes últimos tempos no acompanhamento de um outro asteroide – VESTA, o segundo maior asteroide conhecido do Sistema Solar, recentemente promovido a protoplaneta – talvez para compreender melhor o que se poderá vir a passar aquando da passagem do APOPHIS. E também para prevenir e tentar descobrir antecipadamente o que fazer, se as coisas correrem mal!

 

(imagem – Google)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 14:03