ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
A Morte de um Cometa Desconhecido
Da mesma forma que o Sol levou com um calhau em cima, amanhã seremos nós a levar com uma grande pedrada.
Mas será que nos avisam antes (para fazermos as malas)?
Na passada terça-feira as câmaras do Observatório Solar e Heliosférico da NASA (SOHO) registaram as imagens da passagem de mais um cometa na sua trajetória de aproximação ao Sol. Pelas imagens recebidas o cometa ter-se-á desintegrado ao aproximar-se do seu periélio, dado não terem sido registados nenhuns vestígios na sua previsível trajetória de saída.
Cometa na sua trajetória de aproximação ao Sol
(SOHO LASCO C2)
Apenas mais um dos tantos calhaus que atravessam constantemente o interior do nosso Sistema Solar e todos deles atraídos pela enorme força exercida pela estrela de referência deste sistema: o Sol. O que para planetas situados mais próximos do Sol, até que se pode tornar muito perigoso.
E que desde logo coloca duas questões: Teriam os astrónomos ou outros cientistas conhecimento da aproximação de mais este cometa ao Sol e como consequência à Terra? E se o cometa se tivesse mesmo desintegrado, qual seria a trajetória de possíveis fragmentos desse mesmo cometa? Não excluindo todas as probabilidades até que nos poderiam atingir.
(provavelmente este cometa terá sido o resultado da fragmentação de um outro cometa de maior dimensão pertencendo à família KRUETZ e que agora se terá totalmente vaporizado – tipo de cometas conhecidos como SUNGRASERS por passarem tão perto do Sol)
(imagem: SOHO/NASA)
Autoria e outros dados (tags, etc)
Fora da Sociedade
Existem pessoas que resolveram passar a sua vida fora dos trilhos comuns percorridos pela generalidade esmagadora da sua espécie, abandonando as sociedades para eles criadas e a convivência com os grupos aí instalados.
Talvez uma das causas seja o da atração pelo nomadismo libertário e aventureiro – mas também um pouco louco e perigoso – face à contrapartida sedentária de uma sociedade liberta e segura, onde a integração se define por um limite por vezes incompreensível e absurdo de cumprir e que nos conduzirá apenas ao conflito e à morte, tendo sempre como causa, o problema das fronteiras.
A vida pode ser por vezes muito dura de suportar, nos atuais modelos de organização das nossas sociedades friamente egocêntricas e subordinadas apenas ao poder económico e aos seus interesses meramente reprodutivos de mais-valia. O ser humano é projetado violentamente e sem aviso para um mundo em que não passa de um reles subordinado de um esquema montado por algo ou por alguém, com o único objetivo de o utilizar com um determinado fim lucrativo e depois desfazer-se dele, como um mero material de desgaste rápido.
Deste modo existe sempre uma opção de abandono do grupo onde fomos anteriormente integrados e isso não significa que estejamos a cometer suicídio. A vida é uma coisa muito complicada que deve ser vivida de uma forma a mais simplificada possível. Só assim teremos disponibilidade para conhecer a outra parte de que faz parte a nossa vida e poder conhecer e partilhar, tudo o que a natureza põe – sem pedir nada em troca, daí a partilha – à nossa disposição.
A vida exterior vai do nascimento da nossa alma e pensamento, até à nossa morte física e corporal. Este caminho a percorrer – com tantos percalços e sobressaltos, que tanto nos entusiasmam – pode apresentar muitas variantes de concretização, umas boas e outras más; no entanto, o significado valorativo das expressões boas/más, nada representa para a natureza que nos rodeia e transforma, face á força do espaço e à beleza da diversidade das cores apresentadas.
(imagens – ericvalli.com)