ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
O Despertar da sonda Philae
PHILAE
Nunca uma nave da Terra aterrara num cometa
A sonda PHILAE acabou de despertar do seu longo período de hibernação (já lá vai mais de meio ano desde que aterrou aos trambolhões na superfície do cometa), enviando os seus primeiros sinais de 67P/C-G desde 15 de Novembro do ano passado (quando a carga das suas baterias acabou). Enviada a partir da sonda ROSETTA com a missão de aterrar na superfície de 67P/C-G, PHILAE teve problemas ao atingir a superfície do cometa, vindo apenas a imobilizar-se (após alguns saltos) numa zona mais acidentada e junto a uma escarpa: o que a colocou numa zona de sombra muito menos favorável ao processo de carregamento das suas baterias e a colocou em hibernação. Agora a sonda volta a comunicar (durante quase minuto e meio) e a enviar informações em direcção à Terra.
Meio Escondida mas Viva
A sonda PHILAE no cometa 67P/C-G
O cometa 67P/C-G continua na sua trajectória de aproximação ao Sol (e ao nosso planeta) encontrando-se neste momento a menos de 215 milhões de quilómetros do Sol e a pouco mais de 300 milhões de quilómetros da Terra. Viaja a uma velocidade superior a 30km/s levando consigo a sonda PHILAE e em sua órbita e companhia a sonda ROSETTA. A missão da sonda da ESA está prevista durar até ao fim deste ano de 2015. Até lá continuará a acompanhar este cometa jupiteriano com um período orbital aproximado de 6,5 anos, o qual atingirá o seu periélio quando estiver a cerca de 186 milhões quilómetros do Sol (só faltam 30 milhões). E no decorrer do processo levar a estudar (em detalhe) o comportamento deste corpo celeste, talvez extremamente importante para a compreensão da evolução da Terra e da vida na mesma.
(imagem – ESA)
Autoria e outros dados (tags, etc)
O Cometa – Depois de ROSETTA a vez de PHILAE
E finalmente o HOMEM alcançou um COMETA!
O módulo PHILAE após a sua separação da sonda ROSETTA
(e depois duma viagem conjunta de mais de 10 anos)
Em Março de 2004 foi lançado da base de KOURU (localizada na Guiana Francesa) a sonda espacial ROSETTA: um foguetão Ariane-5 libertou-a da Terra em direcção ao espaço exterior (inicialmente colocando-a em órbita do nosso planeta), enviando-a de seguida numa viagem através das profundezas do Sistema Solar.
Aproximação do módulo PHILAE à superfície do cometa 67P/C-G
(tirada a partir do módulo então a 3km do cometa)
Passados mais de dez anos a sonda ROSETTA encontra-se com o cometa 67P/C-G num determinado ponto do Sistema Solar (previsto na missão) – entre as órbitas de Júpiter e de Saturno e a mais de 500 milhões de quilómetros da Terra. Orbita-o então durante algumas semanas, preparando o passo seguinte.
Uma ilustração mostrando o módulo já sobre a superfície do cometa
(onde irá estudar e analisar a superfície deste corpo celeste)
E a 12 de Novembro liberta finalmente ao encontro do cometa o seu módulo PHILAE, numa viagem de cerca de 7 horas iniciada a pouco mais de 20km de distância. À hora prevista o módulo efectua finalmente o seu contacto com a superfície do cometa, completando com sucesso “o primeiro contacto de um artefacto terrestre com a superfície de um cometa”.
(imagens – ESA)
Autoria e outros dados (tags, etc)
Artefacto Terrestre Aterra em Cometa
No próximo mês de Novembro uma nave de origem terrestre lançada pela Agência Espacial Europeia, irá pela primeira vez na História aterrar sobre a superfície de um cometa.
Cometa 67P/C-G
(26.10.2014)
Tendo atingido o cometa 67P/C-G no dia 6 de Agosto deste ano, a sonda Rosetta prepara-se para enviar agora o módulo de aterragem Philae, em direcção à superfície do cometa.
Depois de realizadas algumas manobras de aproximação – que levaram a sonda até uma órbita distanciando cerca de 10Km de 67P/C-G – a sonda iniciará amanhã (dia 31) os seus preparativos para a aterragem do seu módulo Philae, inicialmente previsto para o dia 12 de Novembro.
Cometa 67P/C-G
(10.09.2014)
A sonda Rosetta irá acompanhar o cometa durante a sua trajectória de aproximação ao Sol (o cometa 67P/C-G atinge o seu periélio em Agosto do próximo ano), contando-se que no decorrer de 2016 ainda possa estar activa, continuando a enviar para a Terra mais dados e imagens. Isto apesar do fim da missão ter sido estabelecido para 31 de Dezembro de 2015.
À medida que o cometa se for aproximando do Sol a actividade à superfície de 67P/C-G irá crescendo e os fenómenos provocados pela mesma (actividade) serão cada vez mais extensos e visíveis.
A acção do Sol torna-se implacável para estes corpos celestes viajando a grande velocidade na sua direcção (muitos deles vindos das profundezas do nosso Sistema Solar), com alguns deles desintegrarem-se completamente ou até mesmo a colidirem com o Sol – o que não será o caso deste.
(imagens – ESA)
Autoria e outros dados (tags, etc)
Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko
Orbitando 67P a uma distância aproximada de sessenta quilómetros, Rosetta ofereceu-nos uma visão única deste cometa. Com o mesmo aparecendo como se fosse constituído por duas partes diferenciadas – a cabeça do cometa e o restante corpo – ligadas no meio entre si.
Cometa 67P
(Setembro de 2014)
Esta imagem apresenta-nos um corpo celeste localizado neste momento a mais de 400.000.000 de quilómetros do nosso planeta, proveniente das proximidades da órbita do planeta gigante gasoso Júpiter e que cruzará a órbita de Marte lá para os inícios do mês de Junho de 2015.
Antes disso e ainda no decorrer deste ano de 2014 este corpo celeste será visitado e entrará em contacto com um artefacto vindo de exterior, mais precisamente proveniente do distante planeta Terra.
Viajando a quase 60.000Km/h na sua trajectória orbital que o levará a contornar mais uma vez o Sol (o seu período é de quase seis anos e meio), este corpo celeste designado por cometa 67P/ Churyumov-Gerasimenko é agora acompanhado pela sonda europeia da ESA – Rosetta (orbitando o referido cometa).
Lançada do planeta Terra propositadamente para estudar o cometa 67/P, Rosetta enviará por sua vez em direcção à superfície do cometa uma outra sonda – Philae (no decorrer do mês de Novembro) – que será a primeira nave de origem terrestre a aterrar sobre a superfície de um cometa.
(imagem – ESA)