ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Fazendo Photoshop em Marte
Esquecendo os Voos Tripulados
Desde que a NASA abandonou o Programa Apollo e a razão da sua existência (os voos espaciais tripulados) a Exploração do Cosmos pelo Homem (numa Aventura do tipo da Conquista dos Oceanos e dos Descobrimentos na Terra) sofreu uma tremenda derrota – invocando de imediato (para esse seu tremendo erro) os problemas financeiros e o perigo desnecessário para os astronautas.
E com esta estratégia de negação (sem nos movermos não vamos a lado nenhum) lançando as sondas automáticas – enquanto as víamos passar pela ISS (sentados e quietinhos) ou nos entretínhamos com o seu rasto deixado no céu (na zona de conforto como sedentários que agora somos).
Num Futuro que nos condicionará cada vez mais a acreditar no que uma minoria cada vez mais minoritária mas por outro lado cada vez mais poderosa vai afirmando (parecendo contraditório mas fazendo parte de uma confrontação infinita e inevitavelmente equilibrada entre minorias e maiorias) e que nos retirará toda energia para nos mantermos vivos (pela inexistência da cadeia ação/reação), toda a vontade de nos mexermos (sem movimento como um animal morto) acabando por desincorporarmo-nos (com a própria matéria a perder a sua alma, sustentada por sucessivos fenómenos de cariz e molde eletromagnético).
E dando protagonismo às Sondas Automáticas
Num registo de imagem (um único) obtido pelo veículo motorizado da sonda norte-americana CURIOSITY (mostrando-nos a superfície de uma região do planeta MARTE) os técnicos da NASA e outras organizações associadas presenteiam-nos agora com duas versões diferentes do mesmo cenário (e não é por uma ser a preto-e-branco enquanto a outra é a cores): com uma diferença de mais de três anos no tratamento e edição da mesma imagem, na sua 1ªedição (2013) com o cenário que nos era apresentado a revelar a existência do que parecia ser uma estrutura de forma retangular (no centro da imagem e fazendo-nos lembrar a fachada de um edifício) e na sua 2ªedição (2017) com o espaço anteriormente ocupado agora completamente vazio, como se nada alguma vez lá pudesse ter estado.
Algo de extraordinário de acontecer para quem ainda acredita que as imagens são apenas editadas (talvez um pouco retocadas para terem melhor aspeto), mas nunca sujeitas a procedimentos oficiais, confidenciais e legais (complementares e antes de apresentar o produto), aqui surgindo-nos estilo Photoshop e apenas com a intenção de esconder certos detalhes: que deveriam ser concretizados sempre antes e nunca depois. Originando controvérsias desnecessárias e completamente inúteis sobre se a divulgação de tal imagem teria sido ou não um erro inicial (talvez uma sobreposição fortuita de imagens) ou se pelo contrário a estrutura lá estaria mesmo antes de ser retocada/apagada – quando o que interessava saber era o que se tinha passado entre Setembro de 2013 e Fevereiro de 2017 para que a estrutura efetivamente nunca tivesse existido (e isso sabe-o a NASA).
Num procedimento que só irá contribuir para o crescimento das dúvidas apresentadas cada vez mais por muitos mais como todos nós e que colocados frente-a-frente com certos factos para eles indesmentíveis (simplesmente por ali estarem presentes), nem uma palavra da NASA obtêm como resposta: um sim, um não ou um talvez – e tal como tudo o que acontece neste Mundo (e talvez n’Outro).
(imagem: UFOovni2012/youtube.com)
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Marte Reeditado
“O dinamismo elevado característico das zonas costeiras traduz-se numa constante evolução destas áreas. Algumas formas modificam-se, mudam de posição, umas desaparecem e outras aparecem.” (wikipedia.org)
Um dos fatores que mais me atraíram para viver junto do mar.
Marte: Desertos, pedra e areia
(cores alteradas – tal como em todas as imagens editadas)
Valor lógico: 1 (Verdadeiro)
A diferença entre o planeta Terra e o planeta Marte estaria devidamente justificado no respetivo colorido: uma Terra multicolor e de fortes tons azulados (fazendo-nos lembrar o Céu), um Marte de uma só cor e de tons avermelhados (lembrando-nos o Inferno). Recorrendo-se ao photoshop para confirmar a imagem e desse modo nos propondo uma nova realidade (reeditando-a sem sobressaltos e simultaneamente evitando o espanto, nunca exigindo explicações).
Muitas das imagens que recebemos de Marte (como de muitos outros cospos celestes) têm por vezes em comum o de serem apresentadas a preto-e-branco e com uma pobre definição. E se por um lado o contraste entre estas duas cores revela muitas das imperfeições naturais e artificiais dessas imagens (afinal de contas uma das cores resulta da mistura de todas as outras e a outra define-se como ausência de cor), por outro lado a utilização na sua composição de todas as paletes de cores pode-nos sugerir cenários completamente diferentes e até mesmo de natureza oposta: de uma Natureza Morta (na realidade existindo e fazendo parte do conjunto, mas não exibindo outras tonalidades demonstrando atividade e organização) passando para uma Natureza Viva (com cada elemento invocando a sua frequência e o seu lugar próprio no mundo).
“Um excelente método a utilizar por parte das organizações privadas que se perfilham desde há muito tempo no horizonte com o objetivo revolucionário de colonizar Marte, será o de proporem aos técnicos de multimédia da NASA um photoshop acolhedor e turístico do referido planeta: tornando-o parecido com a Terra e pronto para receber terrestres.”
Talvez abrindo uma agência de viagens ou então uma imobiliária.
Marte: Oceanos, vegetação e vida
(cores alteradas – tal como em todas as imagens editadas)
Valor lógico: 0 (Falso)
E assim vemo-nos (apesar de tudo) com alguma incerteza e espanto a olharmos para estas imagens de Marte (registadas, enviadas e editadas) sabendo de antemão que estamos a observar um planeta morto, árido, desértico e quase tão seco como um osso chupado: um planeta que em vez de ser apresentado morto e a preto-e-branco (como se fosse um cemitério sem corpos), é-nos aqui disponibilizado sob um colorido bem-vivo como se ainda respirasse e como se fosse na Terra.
Questionando-nos inevitavelmente sobre todas as outras imagens a nós fornecidas pelas mais diferentes agências espaciais, já que todas essas imagens ao serem editadas e publicadas facilmente poderão ser manipuladas ao longo de todo o seu trajeto (do remetente ao destinatário). Será o planeta Marte tal e qual como nos é apresentado todos os dias ou será que nele poderemos ver espelhada uma outra realidade? Como assim Marte pode representar o nosso passado, o nosso futuro ou até mesmo (pelo menos nalgumas das suas regiões ainda desconhecidas) o nosso presente.
Por essa razão termos abandonado a Lua (a menos de 400.000km da Terra) e pretendermos colonizar Marte (neste momento localizado a cerca de 160.000.000km de nós).
(imagens: youtube.com)