ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
A Rússia vai invadir e colonizar o Algarve
Depois das Primeiras Vagas dos 100 e dos 300 Chineses
(escondidos e disfarçados nas suas lojas)
A Rússia prepara-se agora para invadir Portimão e os primeiros sinais já aí estão
(e logo num local sagrado e simbólico da bela e saborosa sardinha do Algarve)
Foi ao passar numa das principais vias de acesso localizada nas proximidades do Hospital de Portimão, que algo de inesperado me bateu na cabeça e de imediato abriu o meu cérebro a novas e delirantes perspetivas – que por acaso até estavam a ocorrer nesse preciso momento em Portimão. E assim foi.
Residente observando o pilar mais a ocidente da ponte rodoviária
Na passada sexta-feira (dia 9) ao passar junto ao cais localizado bem próximo da ponte velha de Portimão, provavelmente um seu residente completamente absorvido e estático enquanto observava um dos pilares da ponte rodoviária, chamou-me inevitavelmente a atenção para algo de particular e de revelador impresso nesse mesmo pilar.
Pilar mais a ocidente da ponte rodoviária de Portimão
O individuo desconhecido ali colocado (como que a meu pedido), completamente imobilizado sobre o seu pedestal (filosófico e existencial) e dirigindo enigmaticamente o seu olhar para o seu lado esquerdo, olhava perturbadoramente o pilar fixando os seus olhos em símbolos muito provavelmente mensagens – certamente alienantes.
Inscrição no pilar da ponte rodoviária localizado mais a ocidente
Sendo mesmo muito fácil para um deficiente visual ou para um atrasado mental, ler naquelas simples pedras mais uma ameaça final (naturalmente vinda de Oriente das profundezas da Terra) e a mensagem original do início da invasão: que eles já aí estavam misturados entre nós atacando ideias e minando fundações.
A sardinha algarvia podendo protagonizar o objetivo da invasão
Passando-se à fase seguinte da procura de respostas, como o do objetivo da missão destes invasores estrangeiros: tal como simples turista procurando diversão e comida ou então como bandido e ladrão apropriando-se dos símbolos dos outros. Neste caso com os invasores vindos do lado mais frio do continente, certamente querendo roubar a saborosa sardinha algarvia.
Habitação onde se reúnem periodicamente os invasores
Segundo círculos de conspiradores e outros teóricos alternativos (cansados com a monotonia ultra repetitiva do seu quotidiano), já com reuniões secretas concretizadas numa determinada habitação (apesar de necessitar de reparações de aspeto agradável e bem ornamentada no topo) aí se discutindo os planos da invasão e a ocupação prioritária do museu (da sardinha).
Menu cruel incluindo pirilau frito decorado com muito feijão
Graças à minha experiência e ao facto da minha marginalidade me dar a usufruir momentos da realidade que para os outros nunca passariam de ficção (e no entanto com os leigos como eu nunca me dando crédito nem moral nem científico), com algo ou alguém pondo à minha disponibilidade mesmo sem nada fazer (intromissão de um qualquer periférico) o Menu inicial desta diabólica aplicação (azul na imagem vermelha no objeto): propondo-nos sem intenções que não as meramente gastronómicas (suspeito pelo prazer misericordioso pela vítima) deleitar-nos com um menu percecionado como perfeito mas obviamente e pelas instruções subliminares transmitidas manipulado, adulterado e mal sentido: mesmo provocatório e cruel como o comprova a opção de “pirilau frito c/arroz de feijão”.
(imagens: Portimão/08.12.16-15:00/Produções Anormais)
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A Razão da Sardinha
Por vezes chegava-se a comer sardinhas ainda antes do início da época e quase até ao fim de Dezembro: com a pele a sair, com a gordura no pão e com sensações de espantar, debaixo de um vinho fresquinho e com vapores de encantar.
Sardinha Boa
Já lá vão bem distantes os dias em que começando a vir o calor, o bom tempo e a praia, a pequena e saborosa sardinha nos ia acompanhando nas melhores degustações gastronómicas da região Algarvia: com esse ícone agora perdido e pertencente aos supremos sabores do Algarve, a ter o seu apogeu nos finais do século passado na sua Catedral ribeirinha da cidade de Portimão. Num museu histórico e ao vivo da indústria e da pesca Algarvia, onde ainda podíamos conviver com os últimos ascendentes e descendentes deste agora decadente sector da economia – neste caso as Pescas (como o poderia ser – e também por incúria e abandono estratégico – o outro sector de destaque nesta mesma região algarvia, a Agricultura).
Agora a sardinha anda mal sem gordura e sem sabor, desaparecida do mar já mais frio e com pouco para comer. Enxuta e estendida ao comprido como um esticador, carregadinha de sal e sem um único sabor.
Razão da Sardinha
(a zona do Atlântico Norte em causa)
Com a sardinha algarvia – com os seus rituais de chegada e de partida – a desaparecer das suas águas (menor quantidade de capturas e de qualidade do peixe) e a ser substituída pelos seus familiares e vizinhos: não tão boa e pequenina como a sardinha algarvia mas maior e resistente como a sardinha do norte (de Peniche ou Matosinhos ou até mesmo falando espanhol). E com todo este grande drama biológico (com a sardinha em possível processo de extinção) e gastronómico (acarretando mais um grande golpe no nosso leque de sabores/prazeres um dos pretextos básicos para viver) a ser explicado com as variações de temperaturas registadas no oceano Atlântico nos últimos anos, as quais têm vindo a diminuir e a afetar todo o clima no Hemisfério Norte – num ciclo que segundo os cientistas se repete todos os 60/80 anos, afetando a temperatura à superfície do oceano que também banha Portugal.
“North Atlantic cooling suggests climate is about to change over much of the northern hemisphere.” (thewatchers.adorraeli.com)
Sardinha Má
"Since this new climatic phase could be half a degree cooler, it may well offer a brief reprise from the rise of global temperatures, as well as result in fewer hurricanes hitting the United States. The study proves that ocean circulation is the link between weather and decadal scale climatic change. It is based on observational evidence of the link between ocean circulation and the decadal variability of sea surface temperatures in the Atlantic Ocean." (University of Southampton and National Oceanography Centre/thewatchers.adorraeli.com)
Pelo que o futuro que nos espera na gastronomia algarvia, será o Museu da Sardinha na cidade de Portimão – com a fuga do atum e da saborosa conquilha, lançando-nos a correr para peixes menores (sendo estes do mar ou então de viveiro). Sugestão sarrajão grelhado e marisco caracol (com vinho branco ou cerveja e um medronho a acompanhar).
(imagens: WEB)