ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Leste de Washington a Arder
Flying through a Fire Cloud
On August 8, 2019, a team of atmospheric scientists
got an exceedingly rare look at these clouds as they were forming.
NASA’s DC-8 flying laboratory passed directly
through a large pyrocumulonimbus that day
as it was rising from a fire in eastern Washington.
The flight was part of a joint NOAA and NASA
field campaign called FIREX-AQ.
Scientists are studying the composition and chemistry of smoke
to better understand its impact on air quality and climate.
(earthobservatory.nasa.gov)
Pôr-do-Sol alaranjado causado pela reflecção da luz em partículas
Suspensas na atmosfera e resultantes dos incêndios em terra
Com a violência nos EUA a estender-se do Geológico (sismos e vulcanismo) ao Social (educação e saúde) e do Interior (território norte-americano) ao Exterior (resto do Mundo) – com Trump a propor-se comprar a Gronelândia (e os seus 50.000 residentes) e Musk propondo-se bombardear Marte (com Bombas Nucleares) − tornasse deveras divertido (e informativo) assistir às reações de um erudito da ciência (teórico) ao colocar-se perante algo de muito comum de se ver para muitos (dos leigos como nós) mas pelo mesmo (na prática) nunca visto − chegando a ser surpreendente (como especialistas que são, incompreensivelmente nem se apercebendo bem do que se passa à sua volta) e enternecedor (tanta a ignorância e ingenuidade envolvida): aqui deparando-se com um cenário atmosférico bem diferente do constatado habitualmente (no seu quotidiano local e diário), com a imagem devendo representar um Ambiente Terrestre a alterar-se na sua apresentação visual (mudando as nossas perceções e sensações), sem motivo aparente e desenquadrada da Envolvente – como se estivesse inserido num Outro Mundo (alienígena) que não o seu. E tudo provocado apenas por um Incêndio (florestal).
A utilidade dos satélites no estudo das Nuvens de Fogo
E a influência destas na produção de tempestades
Circulando no céu sobre o estado de Washington D.C. (na sua parte leste) no passado dia 8 (ao fim do dia pelas 20:00 locais) deste mês, com o mesmo (céu) como consequência de grandes incêndios (florestais) ocorridos nas proximidades da capital dos EUA – iniciados a 2 de Agosto com uma trovoada seguida de descargas elétricas (relâmpagos) servindo de ignição e ao irromper de um grande “Fogo Florestal” (material de combustão à base de arbustos, árvores e erva seca), entrando em Williams Flats na Reserva Índia de Colville e a 15 já tendo queimado uma área superior a 180Km² − a apresentar-se coberto por um espesso manto de nuvens escuras (localizadas a cerca de 9Km de altitude) resultado da poluição atmosférica introduzida pelos produtos resultantes (e em suspensão, elevadas pelo ar quente) das combustões intensas em curso à superfície.
Imagem a cinzento da coluna de fumo dando origem a uma pluma
Erguendo-se na atmosfera e alimentando a nuvem PyroCb a branco
Cientificamente com estas “colunas-de-fogo” erguendo-se da superfície da Terra e atingindo atitudes apreciáveis e aí “depositando” as “NUVENS-DE-FOGO”, a serem denominadas como nuvens “CUMULONIMBUS FLAMMAGENITUS” ou simplesmente “PYROCUMULONIMBUS” (PyroCb), sendo originadas no momento em que o fogo libertando energia extrema é capaz de atirar para a atmosfera grandes quantidades de calor e de humidade capazes de provocar de seguida o aparecimento de tempestades. Podendo-se ainda constatar como um evento ocorrido em terra poderá provocar um outro, mas agora na atmosfera (no caso das “Nuvens de Fogo” com a sua altitude a rondar os 9000 metros), ambos (terras em fogo e nuvens de fogo) proporcionando por um lado “belos” espetáculos, mas por outro extremamente violentos (e disruptivos): “When wildfire generate thunderstorms, these clouds serve like chimneys that funnel smoke and particles into the lower stratosphere. The amount of materials that get funneled is comparable to those produced by an erupting volcano”. (Rhodilee Dolor/08/19/19/ibtimes.com)
(imagens: earthobservatory.nasa.gov)