ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
A Grande Pirâmide de Gizé e o Trono do Faraó Quéops
Com a Pirâmide de Quéops (Património Mundial da UNESCO) constituída por 2 milhões de blocos (de pedra) pesando (cada um) de 2 a 20 toneladas sendo talvez a mais antiga estrutura (ainda de pé à face da Terra), na altura perfeitamente alinhada (N/S/E/O) não se conhecendo ainda a bússola. Para muitos geógrafos e falando de Gizé (e o seu complexo de pirâmides) considerando-o o Umbigo do Mundo.
The pharaoh,
Before reaching the stars of the north,
Will have to pass the ‘gates of the sky’
And sit on his ‘throne of iron.’
(Giulio Magli)
O Trono revestido a ouro de Hetep-heres I
Mãe do faraó Quéops
(reconstrução)
Quando demos durante a nossa juventude e respetivo percurso escolar a História do Egito das coisas que fixamos (e que ainda recordamos) devido à sua construção e grandeza (além do mistério que encerrava) foram (entre outras) as grandes Pirâmides e a Esfinge de Gizé: e para além do complexo de Pirâmides (e da Esfinge) símbolos do Antigo Egito (estendendo-se até 2181 AC) surgindo ainda o Vale dos Reis uma necrópole real (e de outros nobres poderosos) emergindo entre o deserto e os seus extensos mares de areia e revelando alguns dos segredos (e como consequência mistérios) desta grande Civilização formada em torno do rio Nilo (o mais extenso da Terra). E para apimentar o cenário fazendo-o sobressair (a melhor forma de motivar um jovem à aventura, exploração e descoberta) juntando-se um faraó e uma tumba amaldiçoada (violando a múmia de um faraó equivalendo a morte certa) – a do faraó Tutancâmon – ao ser finalmente aberta e de seguida violada transferindo a maldição para uma equipa de arqueólogos (e seus trabalhadores) acabando (estes) por morrer por causas sobrenaturais: sendo o caso mais famoso o de Lord Carnarvon promotor das escavações (com a descoberta do túmulo de Tutancâmon a ser feita por Howard Carter) e morrendo tempos depois (sendo um dos principais responsáveis pela profanação, ao perturbar o repouso eterno e sagrado do faraó). E sem dúvida com as Pirâmides (do Egito) até pela sua grandeza e símbolo de uma Civilização Antiga (ainda envolta em Mistério sob as areias do deserto) a serem como a Grande Pirâmide (de Gizé) uma das 7 Maravilhas do Mundo a única ainda prevalecente: fazendo parte de um conjunto de três pirâmides, Quéops (a maior), Quéfren (a intermédia) e Miquerinos (a mais pequena).
Complexo de pirâmides de Gizé
Quéops (146m)
Quéfren (143m) e Miquerinos (a menor)
No final do ano de 2017 com as Pirâmides de Gizé retornando à ribalta (científica e noticiosa) tendo como protagonista a Grande Pirâmide de Quéops (também denominada Khufu):
“A recent exploration has shown the presence of a significant void in the pyramid of Khufu at Giza. A possible explanation of this space, interpreted as a chamber connected to the lower north channel and aimed to contain a specific funerary equipment is tentatively proposed. According to the Pyramid Texts, this equipment might consist of a Iron throne, actually a wooden throne endowed with meteoritic Iron sheets.” (Giulio Magli/Cornell University Library/13.11.2017)
Através de um scan realizado à pirâmide de Quéops
Descobrindo-se ao fundo de uma grande galeria (30m)
Um espaço (vazio) podendo conter o trono do respetivo Faraó
E assim conforme sugere o italiano Giulio Magli do Politecnico de Milão (Matemático e Arqueoastronomo) com a Grande Pirâmide de Quépos a possuir no seu interior (confirmado por radiografia) um outro espaço vazio (até agora desconhecido e com cerca de 30 metros) – eventualmente uma câmara funerária – de acordo com textos antigos e outras inscrições (estas últimas) com cerca de 4417 anos, encontradas nas paredes do interior da pirâmide (e estudados pelo académico): nessa câmara funerária estando o trono do Faraó (Quéops/Khufu) esculpido a partir de meteoritos de ferro “caídos do céu”. Segundo Giulio Magli e os textos sagrados (explicando assim a existência desse espaço) afirmando que “In these texts it is said that the pharaoh, before reaching the stars of the north, will have to pass the ‘gates of the sky’ and sit on his ‘throne of iron’”. Desse modo e mostrando todo o poder deste faraó do Antigo Egito Quéops (Quarta Dinastia e reinando entre 2551 AC/2528 AC) – filho do primeiro faraó da 4ª Dinastia Snefru e aa sua esposa (e talvez meia-irmã) Hetep-heres I – em vez de como a sua mãe possuir um trono revestido a Ouro escolhendo para si um outro revestido de folhas de Ferro originário (extraído) não da Terra mas tendo caído do Céu (em contacto com os Deuses): um tipo de material de grande valor e simbolizando poder, muito usado nessa época da História do Egito Antigo (em cerimónias como ornamento), até na produção de armas utilizadas na guerra: como o terá sido a espada de Tutancâmon.
(imagens: Giulio Magli/@giuliomagli/twitter.com e Kenneth Garrett/Global Look Press)