ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Viva o México
Esta fotografia foi tirada no passado dia 8 algures na costa Atlântica do México, na companhia de uns bichinhos focinhudos e com uma cauda bastante comprida, deveras curiosos com a presença de um novo contingente de turistas nos seus territórios habitualmente partilhados: e como é habitual nestes casos, com os animais extremamente interessados em comer!
México – Quatis
O hotel está cheio desses animais que vem atras de ti a ver se tens comida.
Um deles veio com o nariz até à minha mão.
Mas depois ao ver que não temos comida fogem logo.
Hoje demos um pãozinho aqueles animais (os quatis) e um tentou trepar pela minha perna.
E arranhou-me e não foi pouco.
Ele devia pensar que tava a subir na árvore dele.
Frequentadores habituais destas zonas costeiras localizadas no sul do Golfo do México (bem à frente de Cuba) e tal como os nossos cães e os gatos perseguidores constantes de todos aqueles que lhes poderão providenciar serviços básicos de sobrevivência: como a comida e a amizade. Vivendo no seu paraíso entre praias, hotéis e turistas.
Estado de Quintana Roo – Riviera Maia
Vimos uns animaizinhos muito fofos e uns pássaros lindos.
E quando fomos dar um mergulho na praia com água quente, vimos peixinhos que nos rodeavam na água e que vinham dar beijinhos.
Mas não são só estas belas praias nem os seus simpáticos bichinhos (como os quatis) que atraem a curiosidade de todos aqueles que visitam esta zona do globo terrestre conhecida como a Riviera Maia: também as suas célebres pirâmides da Civilização Maia (oriundas dos tempos pré-hispânicos) e os seus lagos subterrâneos ligados à superfície (os cenotes) nos levam para outras culturas e diferentes visões sobre o mundo.
Grande Cenote – Tulum
Nadamos no cenote que é uma espécie de lago (uma piscina natural numa gruta).
E comemos tortilha feito na hora e fizemos uma limpeza espiritual maia.
Mas um dos animais mais típicos e resistentes desta zona de desenvolvimento urbano e turístico deste estado mexicano onde se insere a Riviera Maia é sem dúvida a iguana. Não só porque esta espécie se teve que adaptar ao repentino desenvolvimento artificial e humano registado no seu espaço de vida (implicando a invasão do seu território pelo imobiliário e pela indústria turística), como para sua infelicidade e como consequência da invasão de grandes e sucessivos contingentes de humanos, se ter transformado num prato tradicional (como nos estados de Tabasco e de Chiapas situados a oeste de Quintana Roo).
Típica iguana mexicana
Ao pequeno-almoço vimos uma iguana pela janela.
E depois fomos lá dizer olá.
Vimos também iguanas com cerca de 5 quilos: os homens que as tinham pegavam nelas como bebés, de tão grandes e pesadas que elas eram.
Com os vestígios ainda intactos e bem conservados da existência em tempos antigos da Civilização Maia sempre presentes e rodeando-nos constantemente, como é o caso da pirâmide pré-colombiana de Cobá (construída há mais de mil anos). Num cenário onde a selva desapareceu para melhor acolhimento do curioso viajante e onde os técnicos souberam recuperar e preservar um tesouro histórico agora tornado lucrativo.
A Via Sagrada Maia – Pirâmide de Cobá
Vamos ver Cobá e Tulum.
O passeio é amanhã.
Estamos a descansar para ir jantar e depois beber umas tequilas.
Uma região atualmente virada para o turismo e para o comércio a ele associado, onde há mais de mil anos surgiu uma civilização social e culturalmente avançada e bem organizada para a época e que deixou para todas as futuras gerações muitos conhecimentos em astronomia, em arquitetura e até no ramo da escrita. Uma Civilização que verdadeiramente acreditava em ciclos temporais (de Vida) e na ocorrência de eventos de tempos-a-tempos (catastróficos).
Um continente que nunca pisei (Daniel) mas onde ela já esteve (Daniela).
(texto/itálico: D – imagens: D&D)