ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
As Cabras-Bombeiro de Ronald Reagan
Regressando aos meus tempos de escola nos quais nas aulas de História e referindo-nos à Idade Média se falava dos Tempos do Feudalismo (período atingindo o seu apogeu entre os séculos XII e XIII),
Com a sua hierarquia (assente numa aristocracia rural) indo do “Senhor Feudal” até aos seus “Súbditos” e passando pelos seus imprescindíveis “Vassalos” (militares, clero, juízes, etc.) e tendo ainda em consideração ─ por exemplo olhando para a Inglaterra, por essa altura ─ que um sistema como este poderá apesar de tudo ter sucesso (não sendo esse no entanto, o caso na maioria esmagadora dos casos), dependendo tal eficácia do processo de distribuição final adotado (não podendo ser artificialmente escalonado e tendo que ser igualitário): tomando a história que me contaram como sendo de base uma lenda, baseada num herói mítico (inglês) e vivendo no entanto num cenário bem real (mas não independente, por imaginário) ─ mas acompanhando de perto certos acontecimentos ocorridos por essa altura ─ pela sua inserção nesta história do século XII tomando o partido do legítimo Rei Coração de Leão (Ricardo I, Rei de Inglaterra) e pela sua posição irredutível ao lado do seu povo explorado (enquanto da presença de Ricardo I nas Cruzadas) abandonado às mãos de quem jurara ao seu Rei proteger e defender (apenas o traindo com sucessivas conspirações, assim como castigando com perseguições o seu povo), tendo-o pela repercussão dos seus atos que considera-lo mais real do que muitas das realidades que nos propõe, tomando-o como um (bom) exemplo.
E a partir do seu Castelo, dando a autonomia necessária aos outros em seu redor, de modo a este poder (o dono do mesmo) continuar tranquilamente o seu caminho, entrando e saindo do Castelo e com o caminho todo arranjadinho: tal como ROBIN dos BOSQUES fez a partir da florestal de SHERWOOD, mesmo podendo ser considerado igualmente um “Senhor Feudal”, Robin De Locksley ─ casando com Lady Marion sobrinha de Ricardo I.
Tudo tendo como único motivo a introdução da observação de que um “Senhor Feudal” sendo-o de título, poder no entanto não ser sistematicamente referido como um ditador (sendo o contrário igualmente verdadeiro, até para se manter o equilíbrio), permitindo assim que alguém (até porque a exceção confirma a regra) caracterizado como de conservador, reacionário e de direita ─ mesmo aplicando a sua cirurgia (ideológica) ─ podendo em determinados momentos e por sua intervenção (direta) não levantar problemas, apenas por ser a apropriada:
Com os súbditos a poderem satisfazer alegremente os pedidos dos Vassalos e com estes últimos repetindo a dose com o seu Senhor, completando o círculo.
O mesmo podendo suceder hoje (nos Tempos Modernos) com o trabalho não tanto sendo solicitado (pelos de cima) mas oferecido (pelos de baixo):
Não querendo dizer que o que aceita é fascista, que o que dá é um traidor, que o que diz mal é de esquerda, nem que a cabra (para aqui chamada) um mero colaborador (rastejante) devendo ser abandonado (sendo de esquerda, na selva, entregue aos leões) ou abatido (sendo de direita, sendo tudo comestível, até peixe cru/sushi ou carne crua/bife tártaro).
Aqui com a “Livraria e Museu Presidencial Ronald Reagan” situado num terreno rural do Simi Valley (cidade localizada no estado da Califórnia, EUA),
Servindo-se talvez para uns abusivamente (do trabalho grátis de outro, talvez como troca de favores) e para outros como contributo para a manutenção do equilíbrio ecológico (fazendo indiretamente a manutenção de terrenos) de um grupo numeroso de cabras passando por lá por mero acaso (um acaso anual e sempre pela mesma altura), para sem pedir e apenas consentir aceitar a dádiva oferecida pelo grande grupo de animais ─ as “Cabras-Bombeiro” ─ criando com a sua presença um corta-fogos natural (numa região onde se originam grandes incêndios) e de proteção para a biblioteca-museu.
Um Evento podendo ter um número infinito de interpretações (como tudo), mas tendo um efeito coletivo positivo (por evidente).
Até para as cabras sendo as protagonistas (a Notícia) frente à livraria-museu do seu Presidente.
(imagens: CN News/youtube.com)
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A Hora da América
O Mundo tem destas coisas:
Quando menos esperamos (e mais hesitamos) levamos logo com uma cacetada!
(e quem paga é o mexilhão)
Enquanto nos EUA o presidente eleito DONALD TRUMP vai preparando o seu GOVERNO até à sua tomada de posse a 20 de Janeiro de 2017 (daqui a menos de 6 semanas), no Resto do Mundo muitos daqueles que acreditavam piamente na continuação do Reinado daqueles que já lá estavam (Status Quo), ainda não recuperaram do surpreendente impacto que os atingiu significativamente (como muitos pretendem induzir só mesmo comparável ao Impacto de um Asteroide), continuando religiosamente a crer (como assim Jesus também ressuscitou) que ainda lhes é possível (à Elite) retornar mais uma vez ao seu passado glorioso:
Eleito em Novembro e com posse marcada para Janeiro
Donald Trump
(Republicano)
Previsivelmente o 45º Presidente dos EUA
(2017/2021)
Nesse contingente de zombies habituados apenas a comer e alimentando-se preferencialmente da sua própria espécie (consequência da aceleração da disfunção cerebral dessa pretensa elite), integrando-se sem surpresa a Europa habituada a nada fazer (como um senhorio) e especializada em receber (a renda) – como se alguma sociedade se sustentasse recorrendo apenas a serviços.
O problema é que os EUA continuarão a ser o que sempre foram (como qualquer outro grande Império, terminando sempre por dentro e só no momento da implosão) e por esse motivo confirmada a necessidade de deslocação do seu Eixo Estratégico para Oriente, a hierarquia das várias regiões integrando o nosso planeta alterar-se-á radicalmente com umas a subir (por ex. o entreposto UK), outras a descer (muitas zonas de África por já nada terem a oferecer) e ainda outras readaptando-se apenas com pequenos ajustes (unicamente porque já lá estavam precisamente à espera da vez – como a China e a Rússia):
Infelizmente e a continuar como sempre, não pertencendo a nenhuma delas a Opção Europeia (talhada na indiferença, na hipocrisia e sobretudo na total falta de vergonha e de valores – que já nos tinha atirado para duas Guerras Mundiais destruidoras e mortais, mesmo assim não aprendendo e replicando conscientemente crueldades e vícios anteriores) mas sendo ela certamente uma outra, mas sem saída que se veja senão a de cair no buraco (do derradeiro esquecimento e fim de protagonismo).
Ora isso não quer a América, a China e a Rússia (e já agora a Índia).
Tentativa de assassinato de 30 de Março de 1981
Ronald Reagan
(Republicano)
Efetivamente o 40º Presidente dos EUA
(1981/1989)
Neste esquema repetitivo de crescimento e desenvolvimento humano com a nossa espécie continuando talvez por questões de sobrevivência (há milhares de anos inculcadas no nosso ADN) mas certamente por necessidades alimentares (a que a terra por vezes acede e outras vezes não) e de comunicação evolutiva (nos humanos mais produtiva em circuitos fechados – e posteriormente sendo eficazes podendo tornar-se interativas com grupos semelhantes), replicando sucessivamente cenários desde há muito tempo reproduzidos e sempre apresentados a sucessivas gerações (após lobotomia seletiva afetando a memória) como cópias fiéis do verdadeiro molde original:
Mudando-se apenas o aspeto (o Espaço) mantendo-se no entanto a Ideia (a Fantasia) e esperando que resulte (como se o Tempo se repetisse).
Levando-nos a aceitar que sendo o Homem de base nómada e essencialmente mercador (de Mercadoria e de Cultura, de Memória e de Ciência) jamais se restringirá a um único espaço fechado, castrador de liberdade, aventura e reconquista:
Sendo normal que da mesma forma que entendemos e aceitamos que o Eixo da Terra se desloca, aconteça o mesmo com o Eixo do Homem e que de uma forma natural e até compreensiva (já que nunca acreditamos que tal viesse a acontecer) deixemos que a migração se faça e partamos logo atrás dela.
De Palhaço a Alvo a Abater
Passando entretanto por ser eleito
Personagem do Ano
2016
(revista TIME)
Restando-nos agora tentar entender qual será a atitude global de DONALD TRUMP sobre o exercício do seu futuro mandato político como Presidente dos EUA, conhecendo-se as diferentes etiquetas que lhe foram sendo coladas (algumas delas autoinfligidas) ao longo da sua caminhada presidencial:
Desde ser um candidato antissistema (o outro era o Democrata BERNIE SANDERS, mal digerido por HILLARY CLINTON nas primárias), passando por sexista e racista (apalpava o rabo de mulheres e odiava mexicanos) e acabando por ser no fim um Boneco de PUTIN (que o terá ajudado a tornar-se Presidente).
Colocando-o desde logo num roteiro de trajetória incerta, entalado entre os derrotados (Democratas) e os agora também vencedores (a fação da Elite Republicana que nunca o apoiou) – e talvez como efeito (ação/reação) nomeando noutros campos (e noutros termos), muitas vezes mal vistos e claramente mal aceites (alguns deles milionários).
Um Presidente que de uma forma infantil e fantasiosa (talvez deliberada) prometeu aos seus cidadãos e ao seu país relançar e reerguer os EUA recolocando-o no topo (tornando-o Grande outra vez), mas que terminados os tempos iniciais de campanha (de namoro), como vencedor comprometido (no casamento) e com o mesmo já marcado (apenas a 40 dias), terá forçosamente que optar ou então será trucidado.
Mesmo que retalhado aos poucos por Representantes ou Senado (e com maioria Republicana em ambas as câmaras).
Pelo que e em começo de remate final (sabendo-se como a Rússia, a China, o Médio Oriente e muitos outros casos o irão propositadamente envolver) o principal problema que Donald Trump (e a sua equipa) terá necessariamente de resolver até ao dia 20 de Janeiro de 2017 (incluindo mesmo esse dia), será o de tentar evitar que algo lhe aconteça de semelhante a RONALD REAGAN: mantendo-se vivo até lá!
Infelizmente os Democratas ainda não compreenderam que foram eles a levar com a primeira cacetada e em vez de o interiorizarem e nos prepararem para novos e talvez muito mais violentos impactos (afetando todo o espectro político), persistem no seu estado de negação parecendo ainda não acreditar no que na realidade aí vem e que já os pôs KO.
(imagens: retiradas da WEB)