ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
A Migração do Caranguejo-Vermelho
Mostrando ao Homem como se faz (nunca tendo frequentado a escola) em grupos de milhões e sempre pela mesma altura (nem sequer usando relógio), com os caranguejos da Ilha do Natal (Austrália) a concretizarem a sua migração anual (mais uma): com milhões desses grandes caranguejos à chegada das primeiras chuvas da estação mais húmida (habitualmente em outubro/novembro, mas podendo estender-se até janeiro), deslocando-se em massa da floresta até ao oceano (atravessando até e para tal estradas), com o objetivo final de acasalar e reproduzir-se (desovando), liderando a marcha os machos aos quais se vão juntando (ao longo do percurso) as fêmeas.
“The red crab migration is Christmas Island’s biggest tourist attraction,
drawing nature-lovers from all over the world”.
(parksaustralia.gov.au)
O tempo disponibilizado para este acontecimento sendo controlado por um relógio natural a Lua (não se necessitando de recorrer a tecnologia, estando a utilização dos sentidos acessível), dependendo as movimentações desta multidão de caranguejos do mecanismo das marés, variando entre a maré-baixa e a maré-alta (2+2): sabendo os caranguejos exatamente o que fazer e o momento preciso para o concretizar. Havendo problemas (com a chegada da chuva) por vezes com os caranguejos a terem que adiar o processo (ficando em casa e adiando tudo pra o mês seguinte). Com cada fêmea podendo produzir mais de 100.000 ovos (libertando-os no mar), razão pela qual mais tarde e em certas circunstâncias (como o das migrações) os veremos com uma densidade populacional (em terra) de mais de 100 indivíduos/m².
(imagens: Wondrous World Images/parksaustralia.gov.au)
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O Futuro Negro dos nossos Espermatozoides
“Até para se perceber o nº reduzido de candidatos chegando à fase final, dos 200/500 milhões à partida ─ na 1ª etapa ─ apenas com 300/500 à chegada. E de seguida partindo para a sua 2ª e última etapa, rumo à vitória ─ de todos o único lugar garantido.”
Espermatozoides
Será que Deus pensa neles?
Esta quarta-feira chegando até nós (os homens) a notícia, de que a contagem de espermatozoides atual (ano de 2021), estará reduzida a apenas 50% da registada, no tempo dos nossos avós (reduzindo-se assim a metade, em menos de 40 anos).
Significando que continuando esse ritmo, o homem (dada a escassez crescente de espermatozoides) terá uma cada vez mais baixa (ou mesmo nula) capacidade reprodutiva, estimando-se que a partir de 2060 seja mesmo zero.
Algo que obviamente nos levará (é só confirmar as contas) à nossa rápida extinção (ainda este século) ─ tal como aconteceu com os Dinossauros há 65 milhões de anos ─ conhecendo-se estudos a apontar para uma descida (do nº de espermatozoides) de 1% a 2% por ano.
Levando a que lá por 2045 os casais para poderem ter filhos, tenham de recorrer obrigatoriamente a métodos (alternativos, isto se quiserem ter alguma hipótese de sucesso) de reprodução assistida. Até porque do lado da mulher surgirão outros problemas, como os abortos espontâneos.
E com os causadores deste grande imbróglio podendo-nos pôr em causa, a estarem associados ao nosso tipo de vida, quotidiano repetitivo e sedentário, sendo transportados e introduzidos no nosso corpo através do que comemos, do que bebemos, do ar que respiramos, de todos os químicos que “engolimos” (e passamos para a geração seguinte).
Contaminando o feto (com produtos químicos adicionais) desde a sua formação. Mas sendo tantos os produtos químicos expostos chamando incessantemente por nós (num massacre publicitário), que não lhes resistindo e sucessivamente os consumindo ─ sendo legais, desde os “bons” (pílula) até aos maus (aditivos) ─ aproximando-nos quase sem querer, cada vez mais do nosso fim.
Numa conclusão adicional e podendo ainda associar outras espécies, certamente com estes mesmos problemas a poderem afetar outros animais, esmagadoramente aqueles estando mais tempo perto de nós: entre outros os animais domésticos alimentados com rações.
Residindo a nossa única hipótese numa luta sem quartel (talvez sem fim) contra a proliferação da Indústria Química (controlando e invadindo todos os sectores, desde a guerra química ao ramo alimentar), boicotando o preservado/artificial e optando pelo fresco/natural. Se não quisermos ver lixeiras em terra (entrando-nos pelo nariz) e plásticos no mar (entrando-nos pela boca).
Caso contrário num tempo e num espaço cada vez mais próximo (no estudo referindo-se ao ano de 2060), com o Homem Moderno a transformar-se num mero objeto de coleção (e de exposição), de um qualquer Museu Interestelar.
[theconversation.com/male-fertility-how-everyday-chemicals-are-destroying-sperm-counts-in-humans-and-animals-158097]
(alguns dados obtidos: Alex Ford/14.04.2021/theconversation.com ─
imagem: Komsan Loonprom/Shutterstock/theconversation.com)