ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
A Vitória de Costa 3.0
Concluído o escrutínio das Eleições Legislativas de 2022 (e comparando-os com os resultados registados em 2019) são estes os resultados finais em nº de deputados dos partidos com assento parlamentar (exceção do CDS desaparecendo):
O Trio da Maioria Absoluta
[Cavaco/PSD (por 2X), Sócrates/PS (por 1X)
e agora Costa/PS (pela 1ª vez)]
PS antes com 108 deputados depois com (119) deputados +11 Deputados na AR
PSD antes com 79 deputados depois com (78) deputados -1 Deputado na AR
CHEGA antes com 1 deputado depois com (12) deputados +11 na AR
IL antes com 1 deputado depois com (8) deputados +7 Deputados na AR
PCP/PEV antes com 12 deputados depois com (6) deputados -6 Deputados na AR
BE antes com 19 deputados agora com (5) deputados -14 Deputados na AR
PAN antes com 4 deputados depois com (1) deputado -3 Deputados na AR
LIVRE antes 1 deputado depois (1) deputado +0 Deputados na AR
CDS antes 5 deputados depois (0) deputados -5 Deputados da AR
Esquerda 132 deputados Vs. Direita 98 deputados
[No meio estando Marcelo,
a cereja tendo caído (por derrotada) do topo do bolo]
Com a sua maioria absoluta ─ 119 deputados sendo necessário apenas 116 (num total de 230) ─ com o PS a ser o grande e inesperado vencedor (pelo menos segundo todas as sondagens), com o maior derrotado a ser sem grande sombra de dúvida o CDS desaparecendo, sendo bem acompanhado pelo BE com uma queda a nível de representação parlamentar de mais de 70% e pelo PCP/PEV de 50% (desaparecendo a representação dos Verdes). Entre os restantes partidos para além da perda de 1 deputado por parte do PSD, registando-se a subida no nº de deputados da IL (subindo mais de 85%) e do CHEGA (subindo mais de 90%), este último e depois do PS e do PSD, tornando-se a 3ª força parlamentar (posição já tendo sido do PCP e anteriormente detida pelo BE).
No cenário esquerda/direita (e provisoriamente, conhecendo-se algumas reclamações de resultados), com a esquerda em conjunto (PS/PCP/BE/PAN/LIVRE) a ficar com 132 deputados (57%) e com a direita (PSD/CHEGA/IL) em conjunto a ficar com 98 deputados (43%). Criando-se um cenário de maioria (absoluta) ─ a 4ª agora com António Costa (em 2022, já 35 anos após a 1ª) ─ por experiências anteriores (duas de Cavaco Silva em 1987 e 1991 e uma de José Sócrates em 2005), não tendo obtido grandes resultados pelo contrário.
(imagens: cm.pt/noticiasdecoimbra.pt ─ Ana Martingo/observador.pt)
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E Aqui Como Foi?
[Legislativas de 6 de outubro de 2019 – Eleição da nova AR – Faro/Albufeira]
Venceu o PS
(tal como se esperava)
E no ALGARVE com 19 Partidos ou Coligações concorrendo às Legislativas de 2019 (em 2015 com 14), com a abstenção no distrito de FARO a crescer de 48,6% para 54,2% (acompanhando de uma forma mais acentuada a descida nacional, esta última com uns 2,5% cerca de metade da primeira) e com o PS a voltar a vencer tal como em 2015: roubando o único deputado do PCP/PEV no distrito de Faro (para além de eliminar o CDS antes concorrendo com o PSD, agora fazendo-o isolado e não elegendo qualquer deputado) e deixando as outras formações (tendo eleito deputados em 2015) – como o PSD e o BE – incólumes. E graças à votação de 172.699 dos seus residentes (de um total de 376.801 de inscritos) numa população estimada em menos de 450.000 (nem sequer 30% do total) com o PS a eleger 5 deputados, o PSD 3 e o BE 1 (em 9 deputados podendo ser ou não “originalmente algarvios”).
Salvou-se o PSD (apesar de tudo)
e o BE (mantendo-se)
Já no caso de Albufeira um dos 16 concelhos do Algarve com o PS a vencer (subindo de 29,6% para 33,6% uns 4%), destronando (a nível de legislativas) o anterior vencedor a coligação PSD/CDS (concorrendo isolados e somando-se, descendo de 35,2% para 29,9% mais de 5%) − com o PSD ainda controlando a Câmara. Com os outros partidos mais votados (na Região do Algarve) a acompanharem sensivelmente na mesma proporção a distribuição nacional partidária: e a seguir ao PS (33,6%/subindo) e ao PSD (25,4%/descendo) seguindo-se − todos com mais de 1% − o BE (11,2%/descendo), o PCP-PEV (5,7%/descendo), o PAN (5,5%/subindo), o CDS (4,5%/descendo), o CHEGA (2,8%/1ªvez), o LIVRE (1,0%/subindo) e a IL (1,0%/1ªvez).
E desapareceram o PCP/PEV (mantendo o vem-e-vai)
e o CDS (este último talvez de vez)
Para no final e como todos infelizmente preveem − como sempre, adiando o inevitável e podendo conduzir por omissão, à Catástrofe − se manter (na região algarvia) tudo na mesma: quanto muito ficando futuramente entalada entre “a construção de estaleiros para o Turismo Imobiliário” ou em alternativa reconvertendo-o e ampliando-o (posteriormente e caso se confirme o Filão) para o que poderá ser o “Negócio do Século” com “a reconversão e deslocação progressiva do investimento regional” do “Turismo (podendo correr se o desejar em paralelo) para as Plataformas”. Num combate assumido pelo anterior Presidente da Câmara de Albufeira (Carlos Silva e Sousa, de 2013 a 2018) e pelos “Vivos” (até por respeito e como homenagem) ainda não esquecido.
(imagens: wikipedia.org)
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Legislativas 2019 − Resultados Provisórios
Com 226 já eleitos dos 230 (faltando 4 pela emigração) e com o PS a ganhar as Legislativas 2019 (mas) sem maioria absoluta (efetiva aos 116 deputados), sendo mais que previsível a nomeação de um Governo (exclusivamente) PS, com o apoio (óbvio) no parlamento da sua respetiva bancada e o apoio estritamente parlamentar (deixando passar o Governo de iniciativa PS) do BE, PCP/PEV e PAN (falando apenas dos partidos com representação parlamentar em 2015).
Eleições Legislativas de 2015
(resultados)
Mesmo com toda a oposição à anterior Engrenagem estando contra (PSD e CDS) com os seus 82 deputados nem sequer conseguindo fazer frente ao PS com 106. Quanto mais e se somarmos (quase) todos (os “aliados”), com o PS a poder contar com uns 142 (acordados ou a dormir).
Deputados Apurados: 226
Deputados p/ Apurar: 4
(p/Emigração)
Total de Deputados: 230
(maioria absoluta a 116)
Partidos | Deputados/2019 | Deputados/2015 | Variação |
PS | 106 | 86 | +20 |
PSD | 77 | (PSD+CDS=102) | (PSD+CDS=-20) |
BE | 19 | 19 | 0 |
PCP/PEV | 12 | 17 | -5 |
CDS | 5 | (PSD+CDS=102) | (PSD+CDS=-20) |
PAN | 4 | 1 | +3 |
CHEGA | 1 | 0 | +1 |
IL | 1 | 0 | +1 |
LIVRE | 1 | 0 | +1 |
Abstenção: 45,5%
Numa clara e significativa vitória do PS (em 2015 sendo o 2º partido mais votado tendo de negociar para poder formar Governo e agora não) e numa outra menos significativa, mas algo relevante do PAN (passando de 1 para 4 deputados), para no espaço de evolução neutra se situar o BE (mantendo a sua representação) e do outro lado negativo por regressão, encontrarmos o PCP/PEV (pagando o grosso da fatura do custo político da Geringonça, perdendo 5 deputados) e sobretudo o (regressado ao “partido do Táxi”) CDS (por pouco sendo ultrapassado pelo PAN).
Assembleia da República tendo agora a particularidade de ter na sua constituição mais 3 novos partidos – CHEGA (direita), IL (centro) e LIVRE (esquerda). Aceitando-se apostas, “com quem vai o PS negociar”?
[E com os novos partidos − CHEGA, IL e LIVRE − acabados de chegar à AR, a poderem aprender com o PAN (com a sua estratégia vazia), a como no futuro se candidatarem, a ter a sua própria bancada (parlamentar).]
(imagem: rr.sapo.pt)
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Papagaios que Tanto Falam e Que Logo Têm Uma Branca
Quando ainda faltam atribuir os 4 lugares referentes aos círculos da Europa (2) e de Fora da Europa (2) a distribuição de deputados na nova Assembleia da Republica:
Partido | Lugares |
PSD | 86 |
PS | 85 |
BE | 19 |
CDS | 18 |
PCP | 15 |
PEV | 2 |
PAN | 1 |
Total | 226 |
Com a maioria absoluta a ser alcançada com 116 deputados, nenhuma das forças maioritárias associadas ao bloco central (PSD e PS) atingiu esse desiderato.
Não deixa no entanto de ser interessante que mais de 24 horas passadas sobre a divulgação dos resultados das eleições e no dia de Cavaco Silva receber Passos Coelho, ninguém se tenha até agora preocupado com este tão pequeno mas importantíssimo pormenor: qual será o partido que elegerá mais deputados, na prática o Partido Vencedor?
Partido | Lugares |
PSD | 86 a 90 |
PS | 85 a 89 |
Total | 230 |
Nunca se esqueçam que provavelmente hoje Cavaco Silva receberá o candidato vencedor e líder da coligação PÀF – uma organização virtual por existência temporária, posteriormente dissolvida e distribuída por partidos.
E se apesar de tudo no fim deste processo o PS tiver mais mandatos?
(nas eleições de 2011 o PSD alcançou 1 deputado pelo círculo da Europa – o outro foi para o PS – e 2 deputados pelo círculo Fora da Europa – ou seja todos; mas se o resultado agora se invertesse tudo seria diferente)
(imagem: WEB)