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O Rublo e o fim do Dinheiro

Quarta-feira, 17.12.14

O Sistema Monetário Internacional está morto: quando não existe concorrência e uma única moeda controla o mercado, não vale a pena transaccionar nada em troca de um objecto banal (neste caso o dólar).

 

Nenhum Estado na Terra conseguirá resistir ao poder de um Outro Estado, que para dominar quem quer que seja só necessite de imprimir mais moeda.

 

Por mais moedas que o Estado tenha, o Outro Estado só terá que inundar o mercado com mais moedas, desvalorizando-a e aumentando ainda mais o seu défice, mas destruindo por outro lado e de vez as moedas de troca resistentes.

 

E a partir daí é só controlar a impressão e não dar troco a ninguém.

 

Por isso os chineses se mexem enquanto a Europa espera – vendo a Rússia a inclinar-se para a Ásia a convite da grande China.

 

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Guerra à Rússia – 2014
A brutal queda do rublo

 

Os resultados do último ataque dos EUA sobre a Rússia (a pretexto do conflito envolvendo a Ucrânia) são cada vez mais evidentes na evolução da moeda russa face ao dólar.

 

Aproveitando a aproximação que se fazia sentir nos últimos anos da economia russa à economia europeia – e a sua maior abertura (e dependência) à produção oriunda da CEE – os EUA viram nesse factor uma excelente possibilidade de intervenção e de pressão sobre o mercado financeiro russo, condicionando-lhe o seu desenvolvimento económico através do seu isolamento forçado do mercado europeu, até aí num ciclo de expansão e de forte investimento estrangeiro.

 

Como assim e sendo actualmente a maior potência militar mundial e o único país no globo a ter apenas de imprimir mais dinheiro para suprir (ano após ano) o seu défice exponencial e brutal, os EUA ainda controlam o banco apesar da caixa forte estar sempre vazia: a circunstância é que o símbolo do dinheiro ainda está associado a uma imagem virtual adoptada por facilidade e conveniência como modelo único de moeda de troca (o dólar) e tal como se estivéssemos a tratar de um indivíduo viciado em drogas duras consumidas pelo próprio ao longo de toda a sua vida, muito dificilmente se poderá recuperar o indivíduo se não eliminarmos e substituirmos as suas referências anteriores.

 

Neste caso o dólar e provavelmente por iniciativa da China.

 

Deste modo não será de espantar que a Rússia pressionada pelo dólar e pela subserviência Europeia aos interesses hegemónicos dos EUA (com a Alemanha à cabeça e o seu dançarino a habitar agora a maior ilha europeia) – e ao olhar para a evolução fortemente descendente da sua moeda o rublo – se vire de vez para oriente, se livre temporariamente da Europa e se una ao novo gigante económico (em produção e trocas comerciais) a China.

 

E o que lucraremos nós com a deslocação do Eixo Económico Mundial para a Ásia, com os próprios norte-americanos a deslocarem todos os seus grandes recursos para a área agora e no futuro de controlo fundamental, abandonando a deficitária, decrépita e parasita Europa e deixando-a de mãos a abanar.

 

Mas pelo andar da carruagem num futuro talvez próximo será o Banco da China a imprimir o Novo Dólar (Chinês).

 

(imagem – Banco Central da Rússia)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 20:10

Efeitos de mais um Boicote

Segunda-feira, 17.11.14

Dólar vs. Rublo

 

A 17 de Julho de 2014 um avião de passageiros oriundo de Amesterdão e viajando em direcção a Kuala Lumpur foi atingido quando sobrevoava o território da Ucrânia acabando por despenhar-se. Morreram todas as pessoas entre tripulantes e passageiros. Trágico Acontecimento que coincide com outro Evento Importante: o início da queda (face ao dólar) da moeda russa (o rublo).

 

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Moeda – Relação entre o dólar e o rublo

 

No seguimento da sua estratégia de controlo de todas as matérias-primas consideradas essenciais (para a continuação da sua supremacia global), de protecção de todas as suas corporações e associadas (instaladas em todos os continentes) e da utilização desregrada da mão-de-obra mundial (com o único objectivo da obtenção de um máximo de mais-valia), os Estados Unidos da América começaram desde há já algum tempo a desenhar um novo cenário de intervenção geopolítica, escolhendo para o seu elenco e como artista principal (para o papel de Vilão) o presidente da Rússia Vladimir Putin.

 

Só que o adversário escolhido pelos norte-americanos é apenas o maior e mais poderoso país Europeu, agora ignorado (no ocidente) e desprezado (no oriente) pelo resto do continente – a que pelo menos e por enquanto ainda pertence. Mas com a crescente pressão exercida pelo seu vizinho asiático (a Rússia também se estende por este continente) e as constantes provocações dos norte-americanos (que tentam de todas as formas infiltrar-se no mercado russo para o controlar e dominar), não será de admirar que amanhã a Rússia redefina a sua estratégia e as suas orientações: por exemplo juntando-se à China para destruir o dólar.

 

E como se pode facilmente constatar até agora nem foi necessário acrescentar algo de importante a este tema (Cold War Reloaded) vindo de políticos e líderes da Europa. Estes têm-se limitado a ser instrumentalizados (e pessoalmente bem recompensados) pelos EUA, limitando-se a obedecer a ordens vindas de políticos e corporações de um outro continente (e do outro lado do mar), sabendo estes estrangeiros e de antemão que as repercussões negativas (se existissem) estariam do outro lado (escuro) do mundo. Merkel, Cameron e Hollande não passam de artistas secundários neste pobre elenco Made in Hollywood (com feridos, mortos, guerras, massacres, bons, maus e mais ou menos), à espera de uma ajudinha para ganharem um Óscar.

 

(imagem – Web)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 23:58