ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Next!
Com Rui Rio e Ângelo Correia
(no elenco)
Rui Rio
O mesmo homem que ajudou a criar políticos como Duarte Lima (para infelicidade dele ainda jovem e com reduzida disponibilidade financeira) e ainda outros como Passos Coelho (este num estado mais avançado de formação), aponta agora os seus holofotes para um outro potencial líder do seu partido – mas neste caso com o Desejado apresentando-se como independente (deste criador) e com muito mais experiência (motivo pelo que se escolheu a si próprio): o seu nome Rui Rio.
Rui Rio o nacionalmente reconhecido ex-Presidente de Câmara do Porto (que esteve à frente da mesma por 12 anos sendo reeleito por duas vezes) e que durante os últimos vinte anos do seu frutuoso percurso político trabalhou em estreita colaboração com individualidades tão díspares como Rebelo de Sousa (o atual candidato do PSD às presidenciais), Durão Barroso (Ex- Presidente da Comissão Europeia), Santana Lopes (Primeiro Ministro por oito meses entre os governos de Barroso e de Sócrates) e Ferreira Leite (o último líder do PSD antes da chegada de Passos Coelho à sua liderança).
Esse homem é Ângelo Correia. Um dos mais conhecidos facilitadores do nosso país (que se saiba algo de compreensível e legal) e que de uma forma inteligente e oportunista (apenas por ser esperto e sem ser pejorativo) preferiu manter-se tranquilamente na sombra do principal cenário político, movimentando-se bem nele, exercendo influência e daí tirando partido. O que outros não souberam fazer fosse por serem incapazes/incompetentes ou por serem insaciáveis/dependentes.
Ângelo Correia
Incapaz de estar parado (o movimento é a caraterística fundamental que define a vida) e evidenciando mais uma vez o seu grande peso político (material) e a sua ainda grande esperteza e inteligência (energia) – desde que se deseje nada se cria nada se perde tudo se transforma – eis que o Padrinho reaparece e nos propõe um novo afilhado:
“Rui Rio tem reais condições para se candidatar à liderança do PSD.”
Não deixando de falar no entanto sobre os outros que ele tanto ajudou a criar (aí como Padrinho – como é o caso de Passos) e também daqueles que ele tanto ajudou a manter (aí talvez mais como colega como é o caso de Cavaco). Transmitindo algumas ideias:
“Cavaco nunca teve perfil para ser Presidente da República.”
Ângelo Correia aconselha ainda o atual PR
“A ir para casa, para o convento fazer atos de arrependimento, de oração, de penitência, de ligação com a potestade divina.”
Um líder situacionista e conservador do PSD (se chegasse a presidente do partido), que mesmo assim poderia contar com o apoio do seu velho amigo e predestinado Marcelo (se chegasse a Presidente da Republica) e com a colaboração talvez mesmo total de toda a nomenclatura partidária – desde os mais velhos aos mais novos (no fundo todos com as mesmas ideias, talvez com interesses e estratégias diferentes).
Provavelmente mais um flop de ideias do nosso amigo Ângelo Correia (empresário nascido em Almada com 70 anos de idade).
(texto/itálico: expresso.sapo.pt – imagens: publico.pt e dn.pt)
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Lobotomia à Portuguesa
Como se deita fogo a uma bomba de gasolina – e se culpa a gasolina por ser um combustível perfeito.
Incendiadas retroescavadoras que removiam escombros do Bairro do Aleixo
Rio quer ver todas as torres demolidas até 2013
Demolição fez explodir ânimos entre moradores
“Uma operação tecnicamente perfeita”
Vídeo: a implosão da torre 5 do Aleixo
Manual do Político Honesto que quer ganhar eleições a qualquer preço, mesmo que não acredite nisso, nem mesmo nele próprio. E que mesmo assim ganhe, sem saber como e mesmo depois de ganhar, continue a não acreditar nisso.
(daí as nobres contradições)
1.º
Antes das eleições e com convicção, afirma-se o contrário ao eleitor/reflector – já que o eleito sem credibilidade, só luta pela sobrevivência – com a única intenção de obter, a sua passividade temporal.
2.º
Depois da publicação dos resultados oficiais e da confirmação dos números da maioria passiva temporal, numa primeira, significativa e simbólica demonstração de poder que o povo há muito suplicava – noutro sentido, entenda-se bem – aplica-se surpreendentemente o seu contrário, deixando-se o povo estupefacto e surpreendido com tal reviravolta, com um alcance que ele próprio não entende, provavelmente por ingenuidade e ignorância.
3.º
Mesmo sem um retorno mínimo de aceitação e consideração pelo seu trabalho realizado – pretensamente desenvolvido em favor de toda a comunidade envolvente e especialmente a favor da mais carenciada e desprotegida da população que jurou proteger – optar então sem hesitação e remorsos, por sectores privilegiados da população e com meios significativos de manipulação, de modo a perpetuarem a sua posição e progressiva evolução na hierarquia do poder. Aquilo que um homem honesto, jamais aceitaria. Porque mesmo dentro de toda a legalidade, quem nos representa deve saber, o que significa a palavra vergonha.
4.º
Se tudo isto der barraca (apesar da proliferação de doutores e engenheiros, anteriormente empenhados em serem analfabetos e agora promovidos por decreto e filiação comportamental, a doutores universitários) e como vai sendo natural acontecer neste país, em que se vendem barracas/contentores a preço de luxo (inflacionando cada metro quadrado de contentor situado ao lado), sair em silêncio pela porta das traseiras, não reconhecer nenhum dos nossos cúmplices e seguidores, deixar passar uns anos sobre a incompetência da nossa imagem de padrinho e na altura própria, por necessidade patriótica do surgimento de um novo salvador, invocá-lo e por motivo de ausência do nevoeiro de D. Sebastião, convidá-lo a apadrinhar mais um baptizado.
5.º
E como a estupidez não tem limites, pôr as vítimas a discutir qual a melhor forma de serem eliminadas, enquanto os seus filhos guardam o cadafalso dos pais e os intelectuais humanistas que os ensinam na escola, se entretêm com os aperitivos e cocktails postos à mesa, enquanto enfadados, aguardam que os cadáveres resolvam cair. Como fruta madura, de podre!
Ponto Final
Declaração de Rui Rio, pouco tempo depois da sua inesperada vitória autárquica, para a Câmara Municipal do Porto, em 2001: "Não farei aqui nada contra a vontade da população do bairro. Se a vontade da população é manter as torres, vamos tratar das torres".
E está claríssimo para toda a gente, que o único objectivo das entidades competentes, seria o de acabar com o tráfico de droga no bairro do Aleixo: se quiseres curar um doente e acabar com os seus queixumes, o melhor para ti e para ele, é matar o mal pela raiz e ocupar o seu lugar com algo, que torne um outro feliz e se possível, com uma espectacular vista para o Douro.
Valente(s) ou o seu contrário?