ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Os Gatos da Judiaria de São João da Pesqueira
Entre os vários itinerários possíveis e partindo-se da cidade de VISEU (capital do distrito, nem 270.000 habitantes),
Tendo como destino num percurso variando entre 90 e 130Km (dependendo das estradas escolhidas) e cerca de hora e meia de viagem (de automóvel), a localidade de SÃO JOÃO DA PESQUEIRA (vila do distrito de Viseu, pouco mais de 2.000 habitantes) ─ o objetivo desta VIAGEM (sugerido por Andarilho/viagens.sapo.pt) sendo os GATOS ─
Ao entrar na parte velha desta VILA portuguesa, a mais ANTIGA de Portugal ─ datando de 1055/65 e sede do concelho, considerado como o “Coração do Douro Vinhateiro” e igualmente produtor do “VINHO DO PORTO” (produtor igualmente de AMÊNDOA e de AZEITE) ─ mais precisamente no seu “Centro Histórico”, deparando-se de imediato com um local onde no passado poderia estar instalada uma comunidade judaica e a respetiva JUDIARIA, ou seja, o BAIRRO JUDEU.
Não se sabendo exatamente o local da sua implantação, mas tendo estado situada no interior das MURALHAS (fernandinas, aí edificadas), tentando-se fazer por extrapolações a dedução do local (existente desde o início do séc. XVI) e então chegando-se a duas ruas, muito estreitas e rodeadas de típicas casas de xisto (negro), a “NOVA” e a dos “GATOS”: hoje ambas (depois de recuperadas) embelezadas e cheias de flores (portas e janelas) e uma delas particularmente e em parte dando-lhe nome, por cheia de Gatos,
A RUA DOS GATOS, tendo não só dos verdadeiros, como dos de outros materiais.
Num ambiente meio MEDIEVAL e cativante (pela cultura e pela memória transmitida) embelezado pelas flores e animado pelos gatos, inserindo-nos em segundos num cenário limpo, sereno, de descanso e de puro usufruto, tanto físico como mental, um verdadeiro paraíso, centrando-se para além de no seu PATRIMÓNIO HISTÓTICO (como será o caso da Praça da República, o Solar dos Távoras, a Igreja e o Arco da antiga muralha), uma das entradas sendo pelo Arco das Muralhas, na RUA DOS GATOS.
Faltando apenas para compor melhor o cenário, dando-lhe mais VIDA, obviamente mais pessoas ─ de qualquer idade ou proveniência (há muito idas dada a DESERTIFICAÇÃO, agravada ainda nada se fazendo, entretanto, com a seca prolongada) ─ mas com a presença dos GATOS para além da atração (e até sendo respeitados como animais domésticos pelo judaísmo), a serem a memória de algo de vivo e de Vida que AÍ REGISTOU:
Não se limitando a decorar jardins como se faz com os 7 ANÕES (da Branca de Neve) com objetos artificiais (nem sequer sendo réplica de algo real), mas colocando-os (apenas para preencher, lembrando-nos aquando da sua ausência, dos reais), sendo muito mais os gatos ao natural que por lá aparecem, juntando-se e animando a festa, da terra, de “todos os animais”. Tal como nós sendo vistos (refletindo neles a nossa imagem) ─ coitado deles ─ para o bem (ex. Egípcios) e para o mal (ex. Cristãos/Inquisição).
Em São João da Pesqueira e como deveria ser sempre (sendo nossos companheiros especiais de viagem), para o bem.
(consulta e imagens: viagens.sapo.pt/viajar/viajar-portugal/artigos/
os-gatos-na-judiaria-secreta-de-sao-joao-pesqueira)