ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Salário Mínimo Nacional
Nos Estados Unidos da América
Derrotada a proposta do presidente norte-americano Barack Obama para a subida do ordenado mínimo nacional (actualmente e desde 2009 em 6€/hora) e sabendo-se deste modo que a esmagadora maioria da sua população activa não terá qualquer tipo de aumento nas suas remunerações de trabalho (quase 200 milhões em mais de 300 milhões), uma réstia de esperança se abriu no entanto (para já, mas se calhar nem isso) para cerca de 3 milhões desses trabalhadores (1,5%): alguns estados estarão na disposição de subir (a título individual) o seu ordenado mínimo nacional.
Texas – fábrica de telefones inteligentes
(smartphones)
Por curiosidade indicam-se aqui alguns desses estados e o seu respectivo ranking salarial mínimo, com 29 deles e o distrito de Columbia já comprometidos no sentido da subida do mesmo acima dos 6€/hora ($7,25/hora). Ressalve-se que alguns dos estados que já pagavam acima do mínimo nacional manterão o pagamento anterior (ou seja com crescimento nulo), enquanto outros registarão crescimentos que chegarão aos dois dígitos.
Em dólares:
(1dólar = 0,833 euros)
ESTADO | 2014 | 2015 | % |
Columbia* | 9.50 | 9.50 | 0 |
Connecticut | 8.70 | 9.15 | 5,2 |
Vermont | 8.73 | 9.15 | 4,8 |
Massachusetts | 8.00 | 9.00 | 12,5 |
Rhode Islands | 8.00 | 9.00 | 12,5 |
California | 9.00 | 9.00 | 0 |
New York | 8.00 | 8.75 | 9,4 |
South Dakota | 7.25 | 8.50 | 17,2 |
Michigan | 8.15 | 8.15 | 0 |
Maryland | 7.25 | 8.00 | 10,3 |
Nebraska | 7.25 | 8.00 | 10,3 |
West Virginia | 7.25 | 8.00 | 10,3 |
(% – Crescimento salário mínimo)
Recordando por outro lado que já no ano de 2013 uma senadora norte-americana (a democrata e grande adversária de Hillary Clinton às presidenciais de 2016 Elisabeth Warren) apresentava como sendo uma proposta razoável (e aceitável), o pagamento em torno dos 18€/hora (que até poderia atingir os 25€/hora).
(imagem – usatoday.com)
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Redução Motivada
"Um trabalhador motivado está mais disponível para reduzir o salário"
Pascoal Olmos
(director executivo da área comercial da Repsol)
Só mesmo uma tirada destas para me fazer ainda rir. O que não significa que não concorde com muitas das afirmações (de Pascoal e a seguir transcritas):
- As pessoas motivadas são as que conseguem melhor rendimento e resultados económicos.
- As empresas que só olham para o imediato não sobrevivem a longo prazo, porque não são excelentes.
- A capacidade tecnológica e a qualificação dos empregados é muito mais importante que reduzir 10% ou 15%.
- Nos momentos baixos, quem realmente sofre são os assalariados, com cortes no vencimento ou perdendo os seus empregos.
- O problema é quando não há coerência entre o que fazem uns - chefes - e o que fazem os que estão em baixo.
- O líder é aquele que consegue que as pessoas se sintam motivadas e dêem o seu melhor. No fim, estas pessoas serão melhores que antes.
Só espero que as luminárias deste Governo não levem o parágrafo à letra e desmontando a sua mensagem, a manipulem em seu interesse (e proveito). Já deram provas disso.
(imagem e texto: RR)
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Animais de Carga
Não sou defensor do programa Novas Oportunidades, devido à intenção prioritária para o qual tal programa foi projetado: dar habilitações – e não competências – de qualquer modo e aqualquer preço!
No entanto, pela política estritamente economicista deste Governo e pela visão alienada deste Ministro da realidade educativa e social do país, acho que vamos de mal a pior, seguindo de uma forma dramática e suicida, um caminho com uma forte componente tecnocrática anti cultura e redutora por simplificação da memória de um povo, tão castigado pela sua asfixia financeira, como pela eliminação dos seus tempos livres de descanso, lazer e protesto.
Ministro critica Novas Oportunidades
Pensamento Profundo:
O ministro da Educação e Ciência Nuno Crato afirmou esta terça-feira que quem frequentou o programa Novas Oportunidades teve uma melhoria de qualificação de emprego e salário "muito limitada".
Conclusão Não Menos Profunda:
Educação = Emprego + Salário