ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Objetos por Definir
No Espaço e no Tempo conjugando a Velocidade
(da Matéria em Movimento num Universo Eletromagnético)
Pegando numa das fórmulas mais conhecida da física relacionando tempo (T), espaço (E) e velocidade (V) – T = E/V – facilmente concluiremos que só existem duas hipóteses para um dia no Futuro podermos fazer grandes viagens (interplanetárias, intergalácticas e ainda mais além): ou conseguimos anular o espaço (fazendo coincidir diferentes planos e pontos de interseção do Universo) ou tentamos aumentar a velocidade sendo o ideal V = Infinito (neste caso anulando a fração e tornando a deslocação instantânea – T = 0).
Sistema Solar
(órbita de Marte, dos planetas exteriores e do planeta-anão Plutão)
Uma boa forma de se definir um determinado objeto será sem dúvida utilizando (se tal for possível) todos os nossos órgãos dos sentidos – e fazê-lo presencialmente sendo nós (pessoalmente) a manipulá-lo: olhando-o (olhos), sentindo-o (pele), escutando-o (ouvido) e se tal for mesmo necessário (por exemplo sendo uma iguaria astronómica) cheirando-o (nariz) e provando-o (língua). No caso da Terra sendo para nós um objetivo relativamente acessível de se concretizar (com os nossos órgãos sensoriais adaptados ao meio ambiente onde sempre viveram e evoluíram) e simultaneamente fácil de se alcançar (pelo menos à sua superfície e em áreas adjacentes – em altitude e profundidade) – com o planeta apresentando distâncias alcançáveis para o comum dos Humanos (Diâmetro da Terra/equatorial = 12.756Km e Perímetro da Terra/equatorial = 40.074Km). Uma viagem de curta duração (tendo em conta a nossa média de anos de vida) se algum de nós quisesse dar uma Volta ao Equador Terrestre:
Meio de Transporte | Modelo | Velocidade (Km/h) | Duração (Volta ao Equador) |
A pé | USAIN BOLT | 38 | 44 (dias) |
De carro | TKR | 430 | 4 (dias) |
De avião | X-15 | 7.273 | 5,5 (horas) |
De nave espacial | NEW HORIZONS | 58.000 | 42 (minutos) |
(valores aproximados)
Já no caso de tentarmos definir um objeto declaradamente fora do nosso alcance (e a distância é algo de limitativo, dada a nossa média de tempo de vida e o limite que a velocidade ainda nos impõe) e podendo nós em hipótese viver 80 anos e viajar no Espaço a 265.000Km/h (velocidade máxima atingida pela sonda Juno relativamente à Terra na sua aproximação a Júpiter), sendo tudo muito mais difícil dadas as distâncias imensas e as circunstâncias do tempo: tendo como exemplo o Sol – o nosso centro e referência – localizado a 150.000.000Km (da Terra). Se utilizássemos a sonda automática Juno à sua máxima velocidade para atingirmos o Sol, demorando quase 24 dias para o alcançar – quando a luz do Sol para fazer o mesmo trajeto demoraria pouco mais de 8 minutos. Uma das razões pela qual a presença do Homem tem sido dispensada nas grandes viagens através do Sistema Solar (substituído por máquinas).
De Saturno vendo-se um quase impercetível ponto-azul Úrano
(canto superior esquerdo)
Pensando bem e dada a dimensão do Sistema Solar (nem sequer nos atrevendo a ultrapassar os limites do mesmo e para já refugiando-nos na nossa Imaginação), tendo que nos convencer que dadas as limitações com que hoje nos confrontamos – sejam científicas, técnicas e até de conhecimento (a mais grave) – e se entretanto não se der uma revolução tecnológica e científica qualquer (mas que não seja secreta e se propague por toda a Humanidade), o tempo limitará sempre o nosso destino tornando o Espaço (nalgum dos seus muitos pontos) intransponível. Bastando para tal analisar a dimensão do nosso Macro Ecossistema – e saber onde o mesmo na realidade termina (mesmo que virtualmente e para nosso conforto). Vejamos pois algumas distâncias que teríamos que percorrer e o respetivo tempo que teríamos de despender, se algum destes dias do nosso Futuro se quisesse atingir um outro planeta, o último planeta, a derradeira fronteira (referindo o Sol como origem da viagem, face à relativa e pouca distância da Terra ao Sol – começando a ser desprezível se comparada com a do Sistema e mais além) e já agora a próxima estrela:
Local | Distância Média ao Sol (milhões Km) | Duração Viagem Sonda (V=50.000Km/h) - Em Anos | Duração Viagem Luz (V=300.000Km/s) -Em Horas |
Marte | 228 | 0,5 | 0,2 |
Júpiter | 779 | 1,8 | 0,7 |
Plutão | 5.900 | 13,5 | 5,5 |
Cinturão de Kuiper | 4500-8000 | 10,3-18,3 | 4,2-7,4 |
Limite da Heliosfera | 18.000 | 41,1 | 16,7 |
Nuvem de Oort | 7.500.000 | 17.123 | 6944 (ou 0.8 anos) |
Proxima Centauri | 40.000.000 | 91.324 | 37.037 (ou 4.2 anos) |
(valores aproximados)
Recordando-nos da imagem da Terra (um pequenino ponto, de difícil observação e perdido na escuridão do Espaço) obtida a partir das 2 câmaras instaladas na sonda automática Cassini (orbitando Saturno a mais de 1350 milhões de quilómetros do nosso planeta) para logo a associarmos a Úrano, um planeta de diâmetro maior que o da Terra (4x), aqui muito mais afastado das objetivas da sonda (4290 milhões de quilómetros) e desse modo também se apresentando como um ponto pequenino, perdido para além dos anéis de Saturno – mal se vendo apesar da sua cor azul motivada pela presença de metano na sua atmosfera (pois sendo maior que a Terra estando a uma distância muito superior – das câmaras). Na altura do registo (já com quase 3 anos) com a sonda Cassini circulando a pouco menos de 1 milhão de Km de Saturno.
(alguns dados e imagens: nasa.gov)
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Imagem Real vs. Realidade Distorcida
“Ao lado do Sol um outro objeto – original ou duplicado?”
Na sua Saga sem fim na busca da sua Verdade (talvez estando escondida no meio da ordem e do caos que o Universo nos oferece) o Homem mantem a esperança de que um dia encontrará algo de diferente que finalmente lhe abrirá a mente e o esclarecerá sobre tudo. Uma espécie de Deus talvez sobrenatural (manifestando-se pessoalmente ou através de um objeto evidentemente fenomenal). E como acreditar não custa nada (pior é viver no Inferno) todos os dias os nossos órgãos dos sentidos (os tais que infelizmente nos induzem sistematicamente em erro mas que levaram o Homem ao ser extraordinário que é hoje – estranho não é?) nos apresentam novos factos que obviamente queremos compreender: como é o caso de mais este registo apresentado pelo site UFO Sightings Hotspots, onde um objeto de origem desconhecida é temporariamente observado nas imagens da SOHO muito próximo do Sol.
SOHO – LASCO C3
14.02.2016 – 01:42
Ampliação
Um registo que facilmente e de uma forma responsável e científica será certamente esclarecido o mais rapidamente possível pelas entidades competentes, com uma simples não resposta ou seja sem um único comentário (uma manifestação de superioridade dos eruditos face à persistente ignorância dos leigos). Para estes eruditos e seja qual for a sensação que esta máquina biológica percecione através dos seus mecanismos vitais de sobrevivência (claramente os nossos órgãos dos sentidos, aqueles que nos colocam e equilibram no meio ambiente onde vivemos) tendo sempre um problema de erro (induzido) pelo uso desta máquina limitativa (por interligada a outras dependendo delas – como se não fosse assim que tudo se transformasse e evolui-se). Como se as deles fossem diferentes (por serem suas criações mais perfeitas) e não meros agentes intermédios (objetos criados pelo Homem) – máquinas unicamente utilizadas para confirmar ou não as nossas perceções e não para nos impor outras realidades com o pretexto de que não as compreendemos: o que vemos (Homem) passa a ilusão e o que é visto (Máquina) é a realidade.
Só falta dar um tiro na cabeça e acabar com o problema.
(imagem: SOHO)
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Dois
Dois aspectos de um mundo que está á nossa frente e que nós não queremos ver
Aspecto Um
Beleza simples e ao natural
Namíbia – Foto N.G.
Existem acontecimentos que nos envolvem constantemente e que não reconhecemos utilizando apenas os nossos órgãos dos sentidos.
Mesmo a beleza que nos surpreende pela sua imediata penetração – sem sequer nos deixar tempo para catalogá-la e esmagá-la debaixo de toneladas de adjectivos – consegue pôr-nos noutro nível mais interessante de consciência: para isso servimo-nos dos substantivos.
A abstracção pode ser interessante. No entanto o tempo e o verbo, levados a um nível elevado de interesse e abstracção, acabam sempre por corromper o espaço, a única realidade existente e através do qual toda a nossa vida evolui.
A vida no fundo é muito mais simples, ao contrário do que nos têm contado. Porque será?
Aspecto Dois
Jardim à beira-mar plantado agora submerso
Granada/Índias Ocidentais – Foto N.G.
Vivemos num país de mortos, que se levantam de dia e lá partem adormecidos, cabisbaixos e compenetrados, para o seu emprego remunerado. Trabalho, é coisa que já não há. Para isso teriam que existir mestres e aprendizes e o amor pelo seu ofício, teria que ser o seu único sonho. É claro que teríamos que viver e comer. Mas a arte reside na forma como vivemos e nos exprimimos e o trabalho é apenas uma consequência da alegria do nosso corpo em movimento, que forçosamente se cruzará com outros espaços de trabalho, efectuando todas as trocas necessárias à continuação da nossa vida, no interior do espaço que nos rodeia. O emprego é uma prostituição do sujeito ao objecto, em troca duma miserável e insultuosa, escala de remunerações.
Vivemos submersos num mundo estranho e sem retorno, como figurantes de um teatro sem movimento, sem comunicação e sem espaço ou condições para evoluirmos. Estamos mortos.