ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
À Espera Que Chova
“Entre o Douro e Trás-os-Montes, a seca reflete-se nos abastecimentos de água à população, nas explorações de gado que já estão a gastar as reservas do inverno e nas quebras de produção na agricultura.”
(noticiasaominuto.com)
Com previsão de chuva um pouco por todo o país prevista para esta quinta-feira (com períodos de chuva ou céu pouco nublado e vento moderado) ‒ na cidade de Albufeira com 50% de hipóteses de chuva (sobretudo a partir do início da noite):
O IPMA prevê para amanhã (sexta-feira) a continuação do estado do tempo, seguida de uma ligeira melhoria (durante o fim-de-semana) e a partir de segunda-feira o regresso de novo da chuva:
Em Albufeira com as previsões a apontarem o período máximo de pluviosidade para o início da próxima semana (segunda, terça e quarta-feira) ‒ com 62% a 67% de probabilidade de chuva ‒ para a partir de quinta-feira (1 de Dezembro) voltarem os aguaceiros fracos e o céu pouco nublado.
“Zonas lagunares, como as de Aveiro a da Ria Formosa, ou ainda de Óbidos e Albufeira, e zonas estuarinas, como as do Tejo e Sado, tenderão a desaparecer ou a estreitar-se muito, com perdas de terrenos agrícolas bem como inundações de zonas baixas vizinhas.”
(esquerda.net)
Ou seja e a confirmarem-se as previsões com a chuva (necessária e fundamental) a continuar ausente de Portugal Continental, prolongado o período de seca (nalgumas partes do território já Severa):
Contribuindo para a diminuição de humidade dos terrenos (já bastante baixa) e mantendo-se este cenário (meteorológico) correndo-se sempre o risco de novos incêndios (em Dezembro);
Da subida do preço da água e da eletricidade (e de muitos outros produtos direta ou indiretamente associados);
E ainda da perda de culturas e de muitos animais de criação (sem água para beberem, sem pasto para se alimentarem e sem condições para se reproduzirem e sobreviverem).
"Haverá com certeza subida de preços imediatos em alguns produtos e vai haver falta de rendimento para quem os produz."
(Eduardo Sousa/Presidente da CAP/iol.pt)
E nas previsões a longo prazo para Portugal Continental (20 Novembro/17 Dezembro) mantendo-se os valores baixos de precipitação (abaixo do normal) e a continuação das temperaturas acima das normalmente registadas para esta época:
Com os efeitos (meteorológicos) a fazerem-se sentir especialmente no centro e a sul do país, parecendo querer prolongar este Verão de S. Martinho (comemorado a 11 de Novembro) ao mês de Dezembro e talvez à Passagem de Ano.
O que seria um desastre (Económico e Social) para Portugal (Continental):
Aí atingindo um período de Seca Severa (em quase todo o território português);
E por efeito de ação/reação (deste extremo climatológico) fazendo disparar todos os preços ao consumo não só da água e da eletricidade como o de muitos dos bens imprescindíveis além de muitos dos nossos alimentos básicos (por serem para muitos de subsistência e de sobrevivência).
“Uma das preocupações são os peixes autóctones da bacia do Guadiana, onde há espécies únicas, que só existem ali, como é o caso de um pequeno peixe chamado saramugo, classificado como "Criticamente em perigo" a nível nacional. Outra situação que está a ser agravada pela seca é a morte de sobreiros e azinheiras no montado alentejano."
(dn.pt)
Até na região do Algarve e devido às condições climatéricas que se tem vindo a sentir este ano (temperaturas acima da média e sem chuva) com a Laranja a estar atrasada e com a sua apanha a ser adiada para Dezembro ‒ logo, ainda sem a Laranja do Ano (Nova) nesta região de excelência para a produção de citrinos (dos melhores de Portugal tal como as Sardinhas do Algarve).
De momento com a chuva a (parecer) querer chegar (como prometido) a Portugal ‒ tendo chovido um pouquinho pelo meio-dia (em Albufeira):
Com regiões do país a serem já abastecidas com autotanques (distrito de Viseu);
E com os espanhóis (em Espanha e unilateralmente) a reterem as águas dos seus principais rios em albufeiras (especialmente Douro e Tejo, nascendo em Espanha e desaguando em Portugal);
Acentuando ainda mais a falta de água e os efeitos da seca (prolongada e extrema/severa ‒ onde estão os Convénios da Água?) e suscitando desde logo a possibilidade de subidas (no seu preço) da Água e da Eletricidade. Mas pelos vistos (nem tudo sendo mau) ainda resistindo alguns oásis (neste caso a norte):
“Luso. Um oásis onde não falta água, apesar da preocupação.”
(dn.pt)
(imagens: ipma.pt/shifter.pt/iol.pt/expresso.sapo.pt)
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Entre Ladrões – Neofascismo e Máfia Russa
"A ilha mediterrânica está prestes a entrar numa era de "austeridade severa, de dor inconcebível e sem fim"
(Paul Krugman)
Nicósia
Até os neofascistas são liberais. Ou será o contrário?
É que nesta Europa é tudo muito confuso!
O problema de Chipre reside nos direitos de exploração das reservas de gás natural dum país integrado na Comunidade Económica Europeia, financeiramente dominado pelo governo russo, por empresários russos e pela máfia russa. Até agora os dirigentes europeus nunca se tinham incomodado muito com este paraíso fiscal – apenas mais um entre os diversos offshore por eles utilizados – ignorando sem grandes preocupações a crescente influência russa no sistema financeiro cipriota e a consequente lavagem de dinheiro sujo. Mas com o agravamento da crise que assola toda a Europa – que atingiu o sul, atinge agora o centro e acabará por chegar ao norte – e com o assalto aos mercados por parte dos novos centros mundiais de poder – Rússia/Países Árabes, China/Ásia e com os USA/UK como “observadores e também parte interessada” – os lobbies económicos europeus finalmente falaram mais alto: não porque reconhecessem finalmente a miséria moral e económica em que a Europa estava a cair – sem perspectivas de escapar do abismo e ao seu fim previsível a curto prazo – mas porque os seus direitos adquiridos e interesses estritamente pessoais poderiam estar agora a ser postos em causa, face à possibilidade duma matéria-prima produtora de mais-valia e pertencente à CEE, poder passar para as mãos dos novos usurpadores imperialistas.
E que golpada: de uma só vez assaltavam-se os russos – atacando as suas contas – assaltavam-se os cipriotas – atacando as suas poupanças – e assaltava-se o Chipre – atacando as suas reservas de gás natural. E o que é que a CEE oferecia em troca? Retirar a ameaça de lançar o país na bancarrota e o seu povo na miséria total e emprestar em troca – pela garantia da obtenção dos direitos exclusivos de exploração das reservas de gás natural – uma quantia ridícula para o total do orçamento comunitário e que provavelmente até uma grande empresa russa como a GazProm, acabaria por chegar a acordo para emprestar e com juros menos elevados. E claro está (golpada) que também forneceria austeridade, mas sem bancarrota e com uma miséria mais suportável.
Na minha terra a estes indivíduos chamamos ladrões e são todos enviados para a cadeia!
Só não vão para lá se estiverem cheias mas se calhar é bem pior para eles!
(imagem – google.com)