ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Hoje o Sol Brilhou no Algarve
[Albufeira/Silves 29 Novembro 2017]
Tal como ler, viajar é fazer uma visita simultaneamente ao passado, ao presente e ao futuro ‒ e desse modo ativando a nossa cultura e (sobretudo) a nossa memória, de uma forma bem saudável e suficiente para nos manter bem vivos (física e mentalmente): é que só os mortos não se mexem.
Silves
Hoje de manhã na minha viagem até Silves (partindo de Albufeira) podendo-se confirmar a manutenção de céu limpo, sem chuva e com uma ligeira descida das temperaturas (com o período de seca extrema/severa a continuar em Portugal Continental): um dia bem agradável para um passeio ao interior do Algarve ou em alternativa para um longo passeio na praia (por exemplo em Albufeira).
Ao entrar em Silves vindo de Alcantarilha e tendo passado pelo Amendoeira Golf Resort (ainda me lembro da antiga estrada rodeada por uma Multidão de Laranjeiras e de outros citrinos) no início da descida para Silves (pela estrada da Colina dos Mouros) agora rodeada por terrenos cultivados, batendo de frente com um belo postal (de Silves) apresentando-nos em baixo a ponte (Romana) e o rio (Arade), logo a seguir toda a cidade (acompanhando o curso do rio e subindo pelo monte acima) e lá bem em cima a Sé Catedral com o Castelo de Silves logo ao lado ‒ como “uma Cereja no topo do Bolo”.
Laranjeiras de Silves
Num dia lindo, com o céu azul e o Sol presente ‒ com o ar claro e limpo e com os raios solares a temperarem o nosso corpo num dia típico deste Algarve Mediterrânico ‒ saindo vazio (de mãos a abanar) do Tribunal de Silves (presente o ofendido não comparecendo os autores do crime) sem saber bem o que fazer, mas já preparado para tal (desenlace) usufruindo ao máximo da viagem (de regresso) observando tudo em volta (sobretudo o campo e o Algoz) e nesse intervalo de tempo recordando o tempo passado (de há uns trinta anos para cá) e comparando-o com o espaço d’agora deslocando-se mesmo ao meu lado (do presente).
E pelas catorze horas finalmente prestes a ir almoçar, olhando pela janela o Sol lá fora a brilhar (com uma pequena corrente de ar): com a temperatura do ar a andar pelos 16⁰C apresentando-se o céu limpo com vento norte/moderado (temperatura água do mar = 20⁰C com ondulação de 0,5/1 metros), não se prevendo chuva (0%) e com as temperaturas a variarem entre os 7⁰C (mínima) /16⁰C (máxima).
Albufeira
Sismologicamente falando e já depois do pequeno sismo (impercetível) de M0.8 a Sul de Albufeira (dia 29) ‒ nesse mesmo dia umas horas antes tendo-se registado outro sismo a SW de Monchique de M0.7 ‒ tendo ocorrido mais outros quatro sismos mas sempre de baixa intensidade: M1.1 NE de Loulé (dia 29), M1.1 S Lagoa (dia 30), M1.5 SW Faro (dia 30) e M0.9 NE Monchique (dia 30). Como se vê nada de significativo para a normal atividade sísmica registada nesta região do sul de Portugal (no entanto situando-se numa região próxima de importantes falhas tectónicas, sendo suscetível à ocorrência periódica de sismos mais intensos ‒ como por exemplo o de 1755) ‒ e no entanto sendo conveniente estar sempre bem atento (dado o nosso passado geológico).
Com as previsões meteorológicas para a cidade de Albufeira a apontarem para os próximos 7 dias (1 a 7 de Dezembro) a continuação do céu limpo (por vezes um pouquinho encoberto), sem chuva (previsão de 0%) e com vento fraco a moderado sobretudo de N; com as temperaturas a manterem-se estáveis prevendo-se mínimas dos 4⁰C/7⁰C e máximas dos 14⁰C/17⁰C. E prevendo-se que quando muito possa chover a 8/9 (14% a 21%) ‒ e sabendo-se que a Norte o cenário ainda é pior ‒ com a seca a continuar (a acelerar) e a passar de EXTREMA a SEGURA (cobrindo quase todo o continente): um caso que dá para pensar depois dos fogos deste ano (com mais de uma centena de mortos) e do contínuo avanço do deserto a caminho da Península Ibérica (saltando sobre o Mediterrâneo).
(imagens: jf-silves.pt/cm-silves.pt/algarv-e-ventos.com)
Autoria e outros dados (tags, etc)
Albufeira e também Silves – Tempo, Estradas e Assaltos
Fez no passado dia 1 de Maio meio ano que o centro antigo de Albufeira foi completamente invadida pelas águas; e quase um ano que em Silves desconhecidos me limparam a casa, incluindo portas e janelas. E já agora um exercício de memória (política): porque será que este grande incremento na onda de assaltos e de outra criminalidade se reporta ao ano de 2011? Mas que diabo terá acontecido nesse ano em Portugal (estendendo-se os seus reflexos até aos dias de hoje)?
Albufeira e a inundação do cimento
(com o mar a querer espreitar)
Neste dia 10 de Maio de 2016 (terça-feira) Albufeira acordou com um dia frio e cinzento por vezes com muita chuva. Depois das onze horas da manhã e com o céu bem escuro e carregado de nuvens, ainda cheguei a pensar por uns breves instantes (já que entretanto a momentânea carga de água terminou) que a situação ocorrida a 1 de Novembro de 2015 poderia repetir-se mais uma vez. Felizmente que nada de grave ocorreu por estes lados, exceto continuarmos com um dia ventoso, meio sombrio e chuvoso, que sempre nos condiciona os movimentos (meteorologicamente falando) e nos entristece um pouco a alma (estas cidades ficam feias sempre que chove e se revelam os seus defeitos – como todas as outras não tendo apenas virtudes).
Quando ainda há poucos dias se vivia num tempo e clima de Verão, com muitos já meios despidos e deslocando-se para as praias. E como uma coisa má nunca vem só, com a notícia de que desde a passada 2ªfeira (dia 9) a ligação pela estrada nacional 125 entre Albufeira e Faro (a alternativa a pagar é a Via do Infante) será temporariamente encerrada perto da localidade da Maritenda durante cerca de dois meses – numa ação justificada pela demolição de duas pontes ferroviárias no trajeto da estrada (em más condições de segurança) e sua posterior reconstrução. Assim ou os automobilistas assumem as suas qualidades de contorcionistas entrando e saindo de estradas até descobrirem o segredo (do labirinto) atingindo o seu destino, ou então resta apenas sacar das carteiras e pagar a Via Rápida.
Silves e a vaga de assaltos
(com um ocupante indevido)
Mas também para quem recentemente viu a sua casa assaltada e como se já não bastasse (já agora) ocupada – tendo que recorrer à GNR para reassumir a propriedade da mesma – e que ainda hoje vai verificar se entretanto já todos fugiram levando consigo um pequeno cachorro e uma égua branca bem bonita, posso dar-me por feliz por não ter ido também no meio da encomenda. Só tenho que reparar tudo (enquanto lá viviam iam roubando tudo o resto) e tentar explicar à vizinhança que a minha ausência forçada (durante 3 meses não pude lá ir e na verdade pelos antecedentes já tinha um certo medo) não tinha sido para Inglaterra, nem tinha entregado a casa (a eles) para dela tomarem conta. E provavelmente entregar o pobre cão e a pobre égua.
Como se vê o Algarve é em tudo igual a qualquer outra região. Seja no concelho de Albufeira ou no concelho de Silves (onde decorreu o assalto). Com as zonas de Lagoa e de Silves a serem das mais produtivas da região – no que toca a assaltos (repetidos e no mesmo local) acompanhados por vandalismo (demonstrando um total desprezo pelos outros e sabendo de antemão que ninguém os deterá). Mas como tudo, também tendo virtudes – apesar de serem cada vez mais difíceis de encontrar (em perfeito estado de conservação e respeitando a nossa cultura assim como a nossa memória): como o tempo ameno, a proximidade do mar, as suas praias tranquilas, a beleza rural interior, as saborosas sardinhas (grelhadas) e até os caracóis e as caracoletas (bem temperadas e com o peso certo de orégãos – fazendo com castelos e laranjeiras recordarmo-nos da presença Árabe.
Autoria e outros dados (tags, etc)
Sismo no Algarve
“O gato espetou as orelhas e a cama tremeu”
Sentiu-se hoje (dia 21) em Albufeira pouco antes das dez horas da manhã (por volta das 09:49) um pequeno sismo nem por todos percecionado (mais em pisos elevados e no abanar de objetos). Poucas horas antes (cerca de seis horas) o concelho de Albufeira fora o epicentro de outro (magnitude 1,6).
Os últimos oito sismos registados na zona Lagos/Monchique/Silves/Albufeira:
Data | Epicentro | Profundidade (km) | Magnitude |
16.10 | SE Monchique | 13 | 0,3 |
17.10 | NW Silves | 20 | 1,9 |
19.10 | N Monchique | 15 | 0,6 |
21.10 | E Monchique | 1 | 1,5 |
21.10 | SW Albufeira | 14 | 1,6 |
21.10 | N Monchique | 15 | 0,8 |
21.10 | SE Lagos | 1 | 1,5 |
21.10 | NW Silves | 20 | 3,3 |
(Algarve – Barlavento – fonte IPMA)
O sismo teve o seu epicentro no concelho de Silves atingindo uma magnitude de 3,3 num conjunto de cinco pequenos sismos registados nesse mesmo dia no Barlavento algarvio. O sismo anterior mais intenso (nesse caso magnitude 1,9) também se localizara a NW Silves quatro dias antes (dia 17).
(imagem: ipma.pt)
Autoria e outros dados (tags, etc)
Lince Ibérico
Percorrendo várias centenas de quilómetros em regiões desconhecidas, atravessando territórios hostis contando com a presença predadora dos humanos e até ultrapassando cursos de rios surgindo no seu caminho, o lince ibérico demonstra para já uma grande capacidade de sobrevivência e de movimentação no terreno.
Kahn e Kentaro
Como nem todas as histórias acabam mal, temos agora o exemplo de dois linces ibéricos criados nos montes portugueses de Silves e posteriormente libertados na região espanhola de Toledo. Devidamente equipados de instrumentos de localização próprios, utilizados para o estudo das migrações destes animais ao longo da sua busca de novos territórios. Aproveitando ainda para recordar que estes animais selvagens serão sempre libertados em áreas extremamente condicionadas (afectando a qualidade do seu habitat), muitas vezes vendo o seu natural trajecto de vida ser violentamente interrompido pela intrusiva e mortal actividade humana (a eterna luta entre os nómadas e os sedentários).
Numa iniciativa conjunta envolvendo os dois países da Península Ibérica (Portugal e Espanha), dois linces nascidos e criados no centro de reprodução de Silves foram oportunamente libertados no centro de Espanha no seu território natural (numa região onde outrora habitaria o lince ibérico). Tendo sido devolvidos à Natureza nos finais do ano passado, durante os meses em que estiveram em liberdade cada um deles poderá ter percorrido uma distância muito perto das várias centenas de quilómetros. Enquanto o segundo lince (Kentaro) se manteve durante mais algum tempo no local onde fora inicialmente libertado (deslocando-se posteriormente para norte na direcção dos Pirenéus), o primeiro lince (Kahn) abandonou mais cedo o mesmo local dirigindo-se de seguida para sul e de regresso a Portugal (à zona do Alqueva).
(imagens – Web)
Autoria e outros dados (tags, etc)
Silves
Câmara Municipal de Silves - Elisabete Rodrigues/Barlavento Online
Muitos ainda pensam e dizem que os comunistas são os culpados de tudo o que de mal nos acontece – como foi o caso desde que me conheço, do irmão judas, do pai papão e dos amigos cabeludos ou barbudos como eu!
Nem sou comunista como eles pensam ser, nem sou do PCP como eles serão. Mas sei pelo menos ler o que eles dizem e também que “ler jornais não é saber mais”. E nem sou sequer aquele nobre e digno racista de máscara, que diz: “Todos diferentes, todos iguais”!
E por isso, o que custa ler uma notícia?
Política CDU/Silves vai abster-se na Assembleia Municipal na votação do Orçamento |
| ||
| |||
Os comunistas vão manter o seu voto de abstenção na votação do Orçamento da Câmara de Silves em Assembleia Municipal, prevendo-se que o documento seja aprovado pelos votos social-democratas nesse órgão. «Face aos recuos verificados, designadamente nas transferências para as Juntas de Freguesia, visto que o corte médio passou de 35,36 por cento (menos 296 mil euros), para os 9,75 por cento (menos 82 mil euros actuais), ao reforço dos apoios sociais, à situação concreta existente na autarquia, a única opção responsável era a abstenção». Foi desta forma, na conferência de imprensa de ontem, dia 2, que os comunistas justificaram a atitude que assumiram na votação da quarta versão do Orçamento para 2011 da Câmara de Silves. Rosa Palma, vereadora da CDU, na sua declaração de voto fez questão de salientar, em matéria de transferências correntes para as Juntas de Freguesias, o «comportamento incompreensível dos vereadores do PS que nunca mostraram qualquer incómodo ou oposição às propostas iniciais da maioria PSD que consagravam cortes brutais e discriminatórios, assumindo, inclusive, em plena reunião camarária, que estavam de acordo como os critérios definidos!». Segundo a vereadora comunista, os representantes do PS «não se ralaram» por exemplo «que as duas maiores Freguesias do Concelho (Silves e Messines) sofressem cortes de 50 por cento, porque, implicitamente, o que importava era esmagar a gestão de maioria CDU, sobretudo em Messines, mandando “às malvas” os interesses legítimos das respectivas populações». «Contudo, faltou-lhes “coragem” para viabilizar desde logo o orçamento», acrescentou Rosa Palma. Quanto ao PSD, a vereadora da CDU considera que «nunca se percebeu a ideia da alteração radical dos critérios até aqui adoptados, e a tentativa de introdução de tamanhas discriminações entre as freguesias do concelho».
3 Fevereiro de 2011 | Barlavento online |