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1º de Maio

Sábado, 01.05.21

No primeiro dia do mês de maio do ano de 1974, ocorrendo o primeiro (e talvez único) 1º de maio livre em Portugal: com a presença dos dois grandes líderes de então (do Novo Regime) Mário Soares (1924/2017) do PS e de Álvaro Cunhal (1913/2005) do PCP.

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Álvaro Cunhal (líder do Partido Comunista) e Mário Soares (líder do Partido Socialista)

lado-a-lado no 1º de maio de 1974

 

Dirigindo-se nesse dia para o estádio da FNAT (Federação Nacional da Alegria no Trabalho) num cortejo de cerca de 1 milhão de pessoas, que encheu completamente o recinto com uma imensa multidão de gente em festa.

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Um cortejo de cerca de 1 milhão de pessoas dirigindo-se no 1º de maio de 1974

para o estádio da FNAT

 

Gritando-se palavras de ordem (passados apenas 47 anos, já parecendo lendárias) como “O Povo Unido, Jamais será Vencido”, com o povo fazendo o “V” de vitória e com Soares e Cunhal a seguirem os trabalhadores (até ao estádio), protegidos por um cordão de marinheiros.

Nesse dia 1 de maio de 1974 e no seu discurso (na presença de Álvaro Cunhal), com Mário Soares a prestar homenagem “aos militantes comunistas que viveram na clandestinidade durante o período da ditadura”. (rtp.pt)

(consulta e imagens: rtp.pt e 30-04-2015 AML com Euronews/am-lisboa.pt)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 03:24

Mário Soares

Quarta-feira, 11.01.17

“Nascido na extinta freguesia do Coração de Jesus na cidade de Lisboa, foi o segundo filho do antigo sacerdote, professor e pedagogo, que foi Ministro das Colónias na Primeira República, João Lopes Soares, natural de Leiria; e de Elisa Nobre Baptista, professora da instrução primária, natural de Santarém.” (wikipedia.org)

 

Mario Soares 28 Abril 1974.jpg

Mário Soares à chegada a Lisboa a 28 de Abril de 1974

(aí nascido em 7 de Dezembro de 1924)

À janela rodeado por Maria Barroso e por Tito de Morais

 

Com a morte de Mário Soares (e de muitos outros até a ele superiores) o maior perigo que Portugal e todos os portugueses correm, será o de esquecerem rapidamente o passado (perda cirúrgica de Memória), colocarem de lado toda a experiência dos seus pais (decréscimo da importância da cultura) e desse modo esquecerem datas e mudanças verdadeiramente históricas – por serem manifestações coletivas e irreversíveis de exercício e de mudança (como as de 25).

 

Recuando uns 42 anos e reportando-nos ao início do regime Democrático em Portugal (assinalado todos os anos no dia 25 de Abril por acaso e por necessidade o nosso Dia da Liberdade) são algumas as figuras que inevitavelmente ficarão nos registos (mais duradouros) da História de Portugal (oficial) – mas muito menos serão aqueles que ficarão na Memória e na Cultura do seu Povo por muitas e muitas gerações (transformando-se por vezes em heróis ou até em personagens lendárias).

 

Um fenómeno natural entre a nossa espécie (nas condições ambientais e económicas atuais lutando já contra a sua possível extinção), por um lado oscilando constantemente entre uma obediência cega aos seus Mestres do momento (que lhe permitem sobreviver mesmo em condições mínimas e miseráveis), mas por outro lado explodindo em momentos espontâneos mas temporários de rebeldia e de pura revolta (e também de prazer – pela aventura proposta através de cenários desconhecidos ali colocados, há muito e inexplicavelmente ainda por abrir).

 

E desses são poucos os políticos que o Povo recorda (ficando-nos pelo período iniciado em 25 de Abril de 1974) – escolhendo apenas 5 (dos mais conhecidos) de um baralho muito mais vasto (e infelizmente esquecido): Mário Soares/PS, Álvaro Cunhal/PCP, Sá Carneiro/PPD, Amaro da Costa/CDS (por antes, durante e/ou depois serem seus cofundadores e de diferentes quadrantes) e talvez Ramalho Eanes (pela sua honestidade). Mas nunca esquecendo individualidades consideradas menores (talvez mesmo por serem as maiores) espalhadas por todas as áreas da sociedade portuguesa (desde os nomes oficiais aos mais marginalizados) e que apesar de todas as dificuldades e sacrifícios passados, sem quererem ser conhecidos ou sequer reconhecidos, tanto contribuíram (mesmo com a sua morte na Guerra Colonial) para o que Portugal ainda é (existimos), um dia foi (descobrimos) e ainda será (sonhamos).

 

E Mário Soares poderá ter sido um deles – e tal como Álvaro Cunhal um dos maiores: sem dúvida as 2 maiores figuras da política portuguesa, antes e depois do 25 de Abril. E felizmente ainda existindo elementos ativos e bem vivos que por todo o seu percurso político (não apenas partidário) merecem o nosso respeito mesmo vindos da ditadura: sendo esse o caso de Adriano Moreira (inegavelmente um Democrata pela sua idade mais valoroso).

 

(imagem: casacomum.org)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 21:28

Velho Pistoleiro Desafia O Padrinho

Segunda-feira, 05.01.15

"Que espera o presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, para, em nome dos portugueses, intervir quando dentro de poucos meses o poderão julgar a ele quando terminar o seu mandato presidencial?"

 

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Mário Soares

 

O primeiro e velho pistoleiro português que fez há poucos dias noventa anos, a desafiar claramente e ao fim de quase trinta anos de opressão cultural e obliteração progressiva da nossa memória, o poder prepotente e castrador do nosso ainda actual e carismático Padrinho.

 

(texto em itálico: Jornal de Notícias – imagem: Web)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 00:48

Pesadelo do Tempo

Domingo, 01.01.12

“A política não pode ser uma maneira de subir na vida”

 

Mário Soares em 2007, depois da derrota nas Presidenciais de 2006

 

Mário Soares mantém que a política é uma missão – “levar até ao fim um comportamento rigoroso e ético implica uma grande coragem e sentido de responsabilidade pessoal”.

 

“Hoje, na política, há esse hábito perigoso que é os lóbis. Permitidos na América, parece que vão ser autorizados em Portugal. É um estímulo ao tráfico de influências. Agora, as pessoas desejam entrar na política para melhor usufruírem, depois, de lugares em empresas. Está a desaparecer o sentimento de honra do exercício de funções públicas”.

 

Em 06.06.2007

Expresso

(a partir do blogue – Porta da Loja)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 21:03