ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Surpresa Rasante ao Planeta Terra
[Do asteroide 2019 OK.]
Trajetória do asteroide
No dia 25 do mês de Julho de 2019 (quinta-feira)
com um calhau de 100m deslocando-se a uma v=25Km/s
passando apenas a 70.000Km de distância da Terra
E eis que no dia seguinte à passagem de três asteroides nas proximidades da Terra a distâncias variando entre (máximo/mínimo) perto de 5.000.000Km e cerca de 350.000Km (asteroides com diâmetros variando entre 30/70 metros) − este último passando a uma distância inferior à distância Terra/Lua – praticamente sem aviso (mal se tendo notado) um outro asteroide faz uma tangente muito mais próxima ao nosso planeta: hoje com o asteroide 2019 OK de cerca de 80/100 metros de diâmetro a passar a apenas 70.000Km da Terra (e a uma v=24.5Km/s). Um NEO descoberto por uma organização de vigilância do Brasil dias antes (a SONEAR/Southern Observatory for Near Earth Asteroids Research) e talvez devido a algum problema de comunicação ou desvalorização do perigo (eminente) podendo estar ao mesmo associado, só sendo anunciado poucas horas antes da sua passagem (pelo ponto de maior aproximação à Terra), em casos algo semelhantes podendo (nem sequer se tendo tempo para nos prepararmos) ter consequências trágicas (caso a tangente passe a secante). Recuando pouco tempo bastando para tal recordar o mês de Fevereiro de 2013 e o meteoro de Chelyavinsk (com apenas uns 20 metros de diâmetro), a destruição pelo mesmo provocada e os cerca de 1.200 feridos registados – “felizmente” devido apenas à onda de choque, dado o meteoro ter explodido e desintegrado na atmosfera e a grande altitude (não existindo impacto direto/apenas a queda de pequenos fragmentos em zonas sem população). Agora com o decorrer do Verão e com a próxima chegada da Chuva de Estrelas – “e com a passagem recente e rente deste calhau” – sendo conveniente estar um pouco mais atento, não só com o que se passa em terra como também com o que se passa no Céu.
“Não tendo ainda batido, mas certamente um dia batendo”.
(imagem: SONEAR)
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Mais Uma Tangente ao Planeta Terra
Objeto Celeste 2016 AZ8 (grande) e Objeto Celeste 2019 AS5 (pequeno):
Um Sistema Binário passando perto de nós a 7 de Janeiro (o 1º)
E outro fazendo-nos uma tangente sem avisar a 8 de Janeiro (o 2º).
O NEO
2016 AZ8
(a caminho do seu ponto de maior aproximação à Terra)
Depois da passagem a 7 de Janeiro deste Ano Novo de 2019 do NEO (objeto celeste passando nas proximidades da Terra) 2016 AZ8 – um objeto de 224 metros de diâmetro, deslocando-se a uma velocidade de 9,1Km/s e passando a uma distância (na sua maior aproximação ao nosso planeta) a cerca de 4.450.000Km do nosso planeta – e perspetivando-se apenas para o próximo dia 10 do mesmo mês a passagem de outros 3 NEO’S (com o objeto passando mais próximo da Terra, com diâmetro de 11 metros, a fazê-lo a pouco mais de 1.150.000Km), eis que um novo objeto celeste (asteroide) passa nas proximidades de nós (e da Terra) sem que ninguém nos tenha avisado (e mesmo sem que ninguém o tenha avistado, antes da sua passagem perto da Terra): falamos do (pequeno) asteroide 2019 AS5 (pertencendo ao grupo Apollo) com cerca de 1/2 metros, no passado dia 8 de Janeiro (ontem) passando a apenas 15.000Km de distância (a uma v = 12,5Km/s) e sendo o primeiro NEO este ano (de 2019) a passar a menos de 1 DL (DL: distância lunar ou distância Terra/Lua em torno dos 384.401Km). Um NEO – 2019 AS5 – sendo pela 1ª vez observado 9 horas depois da sua passagem, pelas redondezas da Terra (dos nossos céus, de nossa casa): deixando-nos deveras preocupados e numa posição de alerta (extremo), dada a Informação nos chegar (somente) depois da concretização do (não previsto) Evento – e com os exemplos semelhantes a serem mais do que muitos, para já apenas com objetos (NEO’s) de pequenas dimensões. E se forem um pouco maiores, descobertos tarde de mais e podendo impactar (com o nosso planeta)? No caso deste NEO com o mesmo a ser descoberto 9 horas depois (da sua passagem, felizmente sem colisão), sendo-lhe atribuído o código 6 (parâmetros orbitais incertos) e tendo um período orbital de 1,56 anos: pela sua dimensão e na sua próxima passagem (segundo semestre de 2020), certamente não oferecendo perigo.
(imagem: spaceweather.com/NASA)
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Asteroide 2018 UA
Mais uma tangente a cerca de 15.000Km
Recordando os efeitos da entrada e explosão (ocorrida na atmosfera a 30/50Km de altitude) de um objeto de uns meros 17 metros (com baixa trajetória e deslocando-se a uma v = 30Km/s) provocando cerca de 1200 feridos e muitos danos materiais (telhados, vidros) – devido à respetiva onda de choque. Numa chegada sem aviso prévio (meteoro de Cheliavinsk/Rússia).
Evolução mensal do nº de asteroides
(passando a menos de 1LD da Terra)
Descoberto na passada sexta-feira (dia 19 de Outubro) cerca de 90 minutos antes de atingir o seu ponto de maior aproximação ao nosso planeta (colidindo com a Terra tendo pouco tempo para o lançamento de um aciso prévio), o asteroide 2018 UA (pertencendo ao grupo Apollo de asteroides) de cerca de 2,5m a 5,0m de dimensão fez-nos uma tangente (4ª mais próxima nas tabelas) a cerca de 15.000km de distância.
Viajando a uma velocidade perto dos 14Km/s e impactando a Terra (não tendo sido esse o caso) podendo ter provocado uma Bola de Fogo e a queda de pequenos meteoroides (fragmentos) – entre outros fatores originando o fenómeno (como sua composição e ângulo de entrada) devido à sua pequena dimensão. E neste ano de 2018 com o mês de Setembro a deter o recorde, com o asteroide 2018 UA a ser o 56º a passar a menos de 1LD da Terra.
[1LD = 384.402Km]
(dados e imagem: watchers.news)
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2017 GM – Outro Calhau que passou perto de Nós
Mas este vindo do Espaço Exterior
2017 GM (ao centro)
A caminho do seu ponto de maior aproximação à Terra
(ocorrido cerca de três horas depois)
Cometas: “bola de neve suja” que orbita o Sol; detrito maioritariamente composto por gelo e poeira, que se encontra mais longe do Sol que o planeta Plutão, e que ao passar perto do Sol (e vê-se nos céus a partir da Terra) ganha uma cauda brilhante devido à sublimação do gelo do cometa.
Asteroides: rocha que orbita o Sol, que (já) não tem gelo, e que se costuma encontrar numa órbita entre Marte e Júpiter, apesar de existirem por todo o Sistema Solar.
Meteoroides: pequena rocha, mais pequena que o asteroide.
Meteoros: quando o meteoroide entra na atmosfera de um planeta, e podemos ver a bola de fogo a rasgar os céus. O fenómeno luminoso que popularmente chamamos de estrela cadente.
Meteoritos: quando fragmentos dos meteoros atingem a superfície do planeta.
(astropt.org)
2017 GM (órbita)
No início de Agosto já a mais de 155.000.000Km da Terra
(hoje a cerca de 11.500Km)
Preocupados com o aumento eventual de registos de passagem de pequenos objetos na proximidade do nosso planeta, este ano os interessados neste tipo de objetos e segundo a sua contabilidade iniciada a 1 de Janeiro (contabilizada até ao dia de hoje 4 de Abril) detetaram até ao momento 15 asteroides passando a menos do que 1LD da Terra – ou seja passando a uma distância menor que 384.400Km (= 1LD). Com o 15º objeto a passar hoje por volta das 10:30 UTC a pouco mais de 11.500Km da Terra a uma v = 18.5Km/s e tendo uma dimensão entre 3/6 metros – o asteroide 2017 GM. Como a grande maioria destes 15 objetos (senão mesmo todos) a serem detetados no melhor dos casos no dia anterior, outros no próprio dia e ainda outros já depois de terem passado: só para se ficar a saber como estamos preparados para os receber. E alertando qualquer um de nós face a tal procedimento (já que poderemos ser nós já no solo a detetar a sua chegada) bastando-nos para tal lembrar do meteoro de Cheliabinsk: um objeto com menos de 20 metros de comprimento que ao entrar na atmosfera terrestre a uma velocidade de 30Km/s a cerca de 00Km de altitude explodiu e desintegrou-se, provocando mais de 1.200 feridos e danos materiais – tudo devido à onda de choque provocada pela explosão do objeto num evento que terá durado pouco mais de 30 segundos.
Número de asteroides descobertos (1980/2017)
Num crescimento nos últimos 10 anos de mais de 250%
(c/ a melhoria dos instrumentos de observação aumentando os registos de menor dimensão)
No caso do objeto 2017 GM com o mesmo a ser observado pela 1ªvez ontem (dia 3), a ser observado novamente hoje (dia 4) e hoje mesmo tendo a sua trajetória definida – horas antes da sua passagem numa tangente ao planeta. Mas com a questão a residir no problema de para objetos circulando nas nossas proximidades e de pouca dimensão, muitos deles só acabarem por ser descobertos no momento ou mesmo depois da passagem (deixando-nos sem hipóteses de reação); e se para estes já é assim, não sendo grande o conforto face à possibilidade de por qualquer motivo não detetarmos um outro objeto um pouco maior dirigindo-se para a Terra ou mesmo que detetando-o e face à sua dimensão, não podermos fazer nada senão ver e esperar. É que se de tangente passarmos a secante então a geologia da Terra responderá imediatamente, podendo alterar o ecossistema terrestre e as condições necessárias para a nossa existência (e sobrevivência de todas as espécies). Como sempre nestes casos e devido ainda a uma certa incerteza na sua trajetória orbital, sendo-lhe atribuído o código 7 numa escala de 0-9. Desde o início do ano com 15 pequenos objetos de pequenas dimensões passando perto da Terra (a menos de 1LD = 384.000Km), os mais afastados entre 300.000/350.000Km de distância e os mais próximos entre 11.000/19.000Km de distância (90% a 150% do diâmetro da Terra). E com 60% deles (9) a menos de metade da distância Terra/Lua – sendo o mês de Março o que teve mais registos com 7 de um total de 15 (em Abril já com dois sendo um deles o mais próximo).
(texto/itálico: astropt.org – imagens: virtualtelescope.eu/gfycat.com/cneos.jpl.nasa.gov)
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O meteoro 2017 EA
Imaginando que um calhau com o dobro do nosso tamanho acabou de passar há horas atrás por nós a uma distância 7800 X menor que aquela que nos separa do Sol (e a uma velocidade furiosa de mais de 66000Km/h), é de ficar de cabelos em pé e mesmo colados ao teto (não sendo neste caso por efeito da ação da eletricidade estática) só de pensar que se ele fosse apenas um pouco maior, em vez de nos cortar o cabelo talvez nos levasse o escalpe.
2017 EA
Na quinta-feira dia 2 um pequeno meteoro com cerca de 3 metros de comprimento e pertencendo ao grupo Apollo (orbitando nas proximidades do nosso planeta), passou pouco depois da hora do almoço (14:05) a pouco mais de 19000Km de distância do planeta Terra – menos de metade da quilometragem que teríamos de percorrer para dar a volta ao Mundo (não como na Volta ao Mundo em 80 dias, mas à velocidade a que se deslocava o meteoro, em menos de 80 minutos) ou então 1/20 da distância que os astronautas das naves Apollo tiveram de percorrer para alcançar a Lua.
Uma distância mínima relativamente à segurança e proteção do nosso planeta, com diversos satélites artificiais fundamentais ao funcionamento de todo o nosso sistema civilizacional terrestre (e das suas estruturas prioritárias) colocados em trajetos próximos e diferenciados (desde órbitas baixas a órbitas geoestacionárias) e que face à passagem e intromissão na sua área reservada de um corpo aparentemente estranho, poderia pôr em risco qualquer deles, afetando indiretamente a Terra (e os seus residentes): não tanto a ISS orbitando apenas a 400Km da Terra, mas podendo já passar uma tangente ou até mesmo uma secante aos satélites de navegação/comunicação localizados a uns 20000Km e aos satélites geoestacionários a uns 36000Km de nós.
Noutro caso entre tantos outros registados nos últimos tempos (semanas/meses) e infelizmente parecendo querer tornar-se cada vez mais habitual, em que um objeto deslocando-se em direção ao nosso planeta num trajeto com uma hipótese por mínima que fosse de poder colidir com a Terra, não é previamente detetado sendo-o apenas no momento (um pouco antes ou ao segundo) ou depois de o mesmo já ter passado – e tendo colidido sendo certamente notícia e muito brevemente.
No caso do meteoro 2017 EA com o mesmo a ser observado pela 1ªvez a 2 de Março e com a sua órbita a ser definida no mesmo dia, sendo-lhe atribuído o código 6 (numa escala de 0/9 órbita incerta) – ou seja descoberto à sua passagem.
E se um dia se escapar um meteoro como o de Cheliavinsky (com cerca de 17 metros)?
(imagem: gfycat.com)