ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
EUA ─ Guerra Total (agora meteorológica)
Neste início de fim-de-semana com os EUA a debaterem-se com uma das maiores ondas de tornados (cerca de 30 tornados, percorrendo 6 estados) ─ de que há memória na história deste país ─ provocando para já 70 mortes, mas podendo ultrapassar uma centena.
Já não bastando a “guerra civil interna”, acentuada e exposta progressiva e estrategicamente aquando do aparecimento de Donald Trump ─ com a Caça-às-Bruxas apontando ao boneco diabólico TRUMP/PUTIN ─
Destruição de um armazém da AMAZON
(cidade de Edwardsville, estado do Illinois)
A guerra externa em fecundação preparativa, apontando para além da China e da Rússia (com pressões, chantagens e sansões), o alvo preferencial ao Irão (aqui a ação sendo de provocação e de Guerra) ─ uma forma de sob a pressão do déficit nunca declarado (ignorado por protegido por rotativas/impressores, produzindo sempre que necessário Dólares), se procurar combater o crescimento da inflação, impulsionando uma área estratégica da economia norte-americana a sua já poderosa (a maior a nível global) Indústria Militar (com ligação preferencial a múltiplos setores) ─ e a guerra global contra esta Pandemia de coronavírus que o próprio EUA atravessa ─ sendo como se sabe um dos maiores produtores mundiais de vacinas e no entanto sendo simultaneamente o território mais atingido por Infeções e óbitos por ação do vírus SARS CoV-2 (já com quase 50,8 milhões de infetados/em 270 milhões e a caminho dos 818 mil óbitos/em 5,3 milhões) ─
Com os EUA a ser varrido ─ não atacado por russos ou chineses, não invadido por extraterrestres ─ por uma poderosa, interna e mortal tempestade meteorológica:
Tornado de Mayfield no Kentucky
(a 10 de dezembro de 2021)
NOAA's GOES16 tracked the fast-moving severe thunderstorms that produced a devastating Tornado Outbreak overnight. More than 30 tornadoes were reported across 6 states. Kentucky's governor called it "the most severe and deadly tornado event in Kentucky history." (11.12.2021/NOAA)
Tal como já visto em filmes de ação norte-americanos envolvendo tornados, furacões, vulcões, tsunamis, sismos e outros fenómenos não exclusivamente apocalípticos, mas podendo provocar grandes catástrofes ou destruições (mais ou menos) relevantes, na noite do passado dia 10 de dezembro (sexta-feira) com 30 tornados (um deles ou um grupo com uma extensão de 400Km) a serem registados em 6 estados dos EUA ─ Arkansas, Illinois, Kentucky (70 mortos), Missouri, Mississippi e Tennessee ─ numa das maiores tempestades do género aí ocorridas:
Na cidade de Mayfield a passagem de um múltiplo tornado
(varrendo a cidade, devastando-a e destruindo habitações)
"Last night was one of the most shocking weather events in my 40 years as a meteorologist ─ a violent tornado (in December!) drawing comparisons to the deadliest and longest-tracking tornado in U.S. history" (Jeff Masters/former hurricane scientist/NOAA)
Um grupo desses 30 tornados (o tal “quad-state tornado”) à sua passagem ─ e para se ver a escala de destruição provocada ─ devastando/nivelando a cidade (com quase 10.000 habitantes) de Mayfield (localizada no estado do Kentucky), atirando diferentes materiais a mais de 9Km de altitude e arrancando casas das suas fundações. Do presidente de todos estes estados integrando os EUA o democrata Joe Biden, como sempre e como com todos (democratas ou republicanos, as duas faces da mesma moeda) as usuais palavras de circunstância, nada mais podendo fazer ─ num país sendo a maior potência global (capaz de destruir a Terra várias vezes) mas em evidente decadência, até nas suas infraestruturas básicas (algumas delas nem existindo) e de mera sobrevivência, nem sequer se conseguindo unir e sendo o maior (tecnologicamente) reconstruir.
“This is the United States of America, our citizens are badly, badly hurt and they're scared to death right now, it's devastating. I promise you, whatever is needed, the federal government is going to supply it.” (Joe Biden)
(imagens: NOAA/twitter.com e Scott Olson/Getty Images em livescience.com)
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Tornados
Com alguns especialistas meteorológicos a afirmarem não ser possível ‒ apesar dos tornados verificados nos últimos tempos (em vários locais do Mediterrânico) ‒ que o número de ocorrências deste tipo de fenómenos atmosféricos extremos esteja (efetivamente) a aumentar: apenas a variar (para cima e neste período). Pois!
Espanha/Huelva/Gibraleon ‒ Tornado de 04.03.2018 ‒ Categoria F0/F1
(imagem: yamkin.wordpress.com)
Confirmando-se que os Tornados começam a transformar-se num fenómeno comum a ocorrer nesta região ‒ localizada a norte do Mediterrânico ‒ poderemos verificar que para lá dos tornados ocorridos a oeste de Gibraltar (como por exemplo os 2 recentemente registados em Faro) também mais para o lado de lá esses fenómenos atmosféricos (extremos) podem ocorrer: como sucedido esta passada segunda-feira (12 de Março) na costa ocidental italiana (olhando para a bota ligeiramente abaixo do joelho) com a cidade de Caserta (localizada na província de Campania) a ser atingido por um Tornado acompanhado de queda de granizo.
Itália/Campania/Caserta ‒ Tornado de 12.03.2018 ‒ Categoria F2
(imagens: Daniela Vito e Roberto Mazza/watchers.news)
Com o Tornado a passar por volta das 17:45 UTC pela cidade de Caserta provocando bastantes danos materiais (árvores, iluminação, sinalética, carros, habitações) e cerca de 15 feridos. E a ser considerado de Categoria F2 (ventos com rajadas máximas compreendidas entre 181/235Km/h) ‒ com os de Faro de categoria F1 (ventos com rajadas máximas compreendidas entre 117/180Km/h).
Caserta/Tornado/Março
(imagens: Nicola Costanzo/watchers.news)
No caso dos 2 tornados ocorridos em Faro no início deste mês (Março 2018) e deste último ocorrido em Caserta (dia 12) ‒ ambos em países Mediterrânicos (com um clima característico comum) e apresentando uma diferença de latitudes de apenas 4⁰ ‒ podendo ser considerados fenómenos atmosféricos extremos já previstos no passado (veja-se por exemplo o tornado/tromba de água de Carvoeiro/Lagoa/Silves de 2012) de poderem vir a ocorrer (mais frequentemente no presente e no futuro), como consequência (nesta zona do globo terrestre) do Aquecimento Global e das Alterações Climáticas.
[Ainda hoje (quarta-feira, 14) com o efeito de mais um tornado a fazer-se sentir em Portugal (continental) neste caso formando-se no oceano Atlântico ao largo da costa de Esposende (distrito de Braga) ‒ a norte e como consequência da passagem da tempestade Gisele ‒ e posteriormente entrando em terra provocando um ferido (numa estufa) e diversos danos materiais (telhados, árvores, etc.).]
(imagens: wordpress.com e watchers.news)
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Tornados Ibéricos
Destructive tornado hits Palos de la Frontera, Spain
(01.12.2016 – watchers.news)
Tornado de 5 de Novembro de 2016 em Arcos de La Frontera
(Espanha – Andaluzia – Cádis)
Recordando a localização do ALGARVE numa nova região propícia ao aparecimento de fenómenos meteorológicos como são os TORNADOS e as TROMBAS de ÁGUA (veja-se o exemplo recente do Tornado que afetou os concelhos de Lagoa e Silves em 16 de Novembro de 2012 com ventos ciclónicos a tingirem velocidades de quase 300Km/h), temos agora o caso ocorrido em HUELVA no passado dia 1 de Dezembro (quinta-feira) com um tornado a cair sobre a localidade de PALOS DE LA FRONTERA e a afetar estradas, edifícios e terrenos agrícolas (fazendo recordar um outro ocorrido há menos de um mês – 5 de Novembro – em CÁDIS afetando a localidade de ARCOS DE LA FRONTERA). Neste último caso tal como no referido à província de Cádis (Espanha) com os tornados a provocarem DANOS MATERIAIS ELEVADOS (algumas sendo zonas de estufas) mas sem vítimas provocadas.
Daí a importante informação que nos é fornecida por LA LÍNEA METEO (wixsite.com) tendo como dúvida essencial (para possível esclarecimento de interessados) o tema de relevância regional (Andaluzia e Algarve) inserido na seguinte questão:
Será o Vale do Guadalquivir um Beco de Tornados?
Mapa de Tornados registados desde 2005
(no Golfo de Cádis e no Vale do Guadalquivir)
Viendo este mapa de SINOBAS (sistema de notificación de observaciones altomosféricas singulares) de la AEMET, podemos comprobar que 2/3 de los tornados y tubas que han ocurrido en Andalucía desde el 2005 hasta la actualidad han tenido lugar en el entorno del Golfo de Cádiz y el Valle del Guadalquivir. Por tanto, cabe preguntarse si nuestra zona podría ser un callejón de tornados (término que se usa en EEUU para designar al conjunto de estados donde son frecuentes estos fenómenos). Para ello recurrimos al trabajo elaborado y publicado por AEMET en 2015 titulado Climatología de tornados en España peninsular y Baleares.
En España son relativamente frecuentes los tornados invernales, particularmente en la vertiente Atlántica, y sobre todo cerca del litoral del Golfo de Cádiz, Estrecho y, en menor medida, Galicia. En otras zonas del mundo con características climáticas similares, como California o el sur de Australia, se da la misma circunstancia.
Imagem gráfica do fenómeno aqui descrito
(da formação de Tornados no Sul de Espanha – e áreas adjacentes como o Algarve)
Las situaciones sinópticas en que se producen tornados suelen estar asociadas a profundas borrascas Atlánticas que pueden tener reflejo en todos los niveles de la troposfera. Estas estructuras sinópticas proporcionan condiciones favorables para la ocurrencia de tornados. En ocasiones producen condiciones de inestabilidad débil y valores destacables de cizalladura, condiciones similares, por ejemplo, a las que provocan tornados en bandas exteriores de ciclones tropicales. A veces las condiciones de cizalladura y flotabilidad conducen a la aparición de sistemas convectivos cuasilineales capaces también de generar tornados. Otras veces, el aire frío en altura produce grandes diferencias térmicas entre la superficie (particularmente la marina) y niveles medios de la troposfera, lo que unido a la presencia de líneas de convergencia o simplemente la existencia de una fuerte vorticidad cerca del centro de la baja en superficie, favorece la formación de trombas marinas y tornados terrestres (en este caso similares a los landspouts de EEUU).
Risco de tornados em Espanha
(de categoria 1/Azul/baixo até à categoria 5/ Vermelho/moderado)
Entre los meses de noviembre y febrero, el chorro polar desciende de latitud, siendo frecuente que discurra por el sur de la Península Ibérica, acompañado en niveles bajos por borrascas más o menos profundas y en niveles medios por bolsas de aire relativamente frío. Este aire frío de niveles medios de la troposfera se superpone a un mar relativamente cálido durante todo el invierno, sobre todo en el Golfo de Cádiz. Es relativamente frecuente además que estas borrascas Atlánticas induzcan la formación de un chorro del suroeste en niveles bajos, cálido y húmedo, procedente en ocasiones de latitudes tropicales o subtropicales, y que en todo caso advecta una capa de aire marítimo, más cálida, hacia el interior del suroeste de la Península, aumentando la inestabilidad en niveles bajos. Con estas situaciones es frecuente que la convección esté presente en el oeste peninsular aún en la estación fría, y que incluso el máximo mensual de días de tormenta en capitales como Cádiz o Huelva se localice en los meses de diciembre y enero. Esta convección suele producirse además en entornos de muy elevada cizalladura, debido a la presencia del chorro en niveles altos. Incluso en niveles bajos, la advección cálida de procedencia marítima en la parte delantera de las vaguadas favorece el giro de los vientos (“veering”), a componente sur e incluso en ocasiones sureste, aumentando de ese modo la cizalladura en niveles bajos y alcanzándose muy destacables valores de helicidad.
En definitiva, las situaciones Atlánticas son responsables de gran parte de los tornados de estación fría en España, cuya máxima ocurrencia se da en Galicia, Extremadura y Andalucía (sobre todo en el litoral y Valle del Guadalquivir).
[Fuente: Riesco Martín J. y colabos. (2015). Climatología de tornados en España peninsular y Baleares. Ministerio de Agricultura, Alimentación y Medio Ambiente. Agencia Estatal de Meteorología. Madrid.]
Tornado de 1 de Dezembro de 2016 em Palos de La Frontera
(Espanha – Andaluzia – Huelva)
Numa colaboração preciosa vinda de Espanha (para pelo menos conhecermos melhor este fenómeno atmosférico) no sentido de nos prevenirmos e desse modo estarmos preparados para qualquer eventualidade deste tipo – o que pelos vistos não é tão praticado em Portugal talvez pelo trabalho talvez pelo custo (numa estratégia tipicamente portuguesa de constante remediação). Mas nunca por falta de candidatos (que querem trabalhar) apenas por defeito de candidaturas (dado não as quererem pagar).
(imagens: wixsite.com e watchers.news/youtube.com)
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Portugal e Alterações Climáticas
Os efeitos provocados pelo aquecimento global nas condições climatéricas que se fazem sentir por todo o mundo, também afectam naturalmente Portugal: mas é mais difícil ver do que sentir!
Ponte 25 de Abril em Lisboa
Encerrada parcialmente devido ao mau tempo e à existência de ventos fortes
Tornado em Paredes
Inundações na baixa de Águeda
Destruição provocada na praia do Machico por acção da chuva, do vento e do mar
Toda a zona costeira de Portugal continental está ainda em estado de alerta, com o mar a invadir o litoral e a provocar muitos estragos em habitações e outros edifícios situados nas suas proximidades – principalmente nas zonas costeiras situadas entre Espinho e Ovar. E com estes dois concelhos registando as situações mais preocupantes – no Furadouro (com o mar a invadir a marginal) e em Esmoriz (junto ao Bairro dos Pescadores).
(dados e imagens – retirados da WEB/SAPO)