ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Mais um Tiro no Porta-Aviões
O Japão e o Tufão Maria
[7 Junho 2018]
Sudoeste do Japão sob Chuva Intensa e Rios de Lama
(para as vítimas mortais, num cenário apocalíptico)
“Record torrential rains across western and central Japan unleashed flooding and landslides in several residential areas, killing dozens and triggering weather warnings in four districts of the country. By Saturday evening, at least 51 people were dead and 48 were missing, according to the public broadcaster NHK. More than one million people in 18 districts had been ordered to evacuate their homes, and an additional 3.5 million had been urged to leave.” (nytimes.com/07.07.2018)
Kumano/Hiroshima
9 Julho 2018
(imagem: Martin Bureau/AFP via Getty Images/bloomberg.com)
Semissubmergida por horas/dias consecutivos de precipitação extrema batendo inclusivamente muitos dos recordes (de queda de chuva) para estas regiões (do sudoeste do Japão) e para esta época (do ano),
‒ Provocada pelo estacionamento sobre esta área do território japonês, de uma frente atmosférica originando períodos prolongados e intensos de precipitação ‒
O Japão já por si um conjunto de ilhas (um arquipélago formado por mais de 6 800 ilhas, com 4 delas sendo as maiores e ocupadas por mais de 95% da sua população) espalhadas por um dos sectores do norte da Ferradura (formando o Anel de Fogo do Pacífico),
‒ E como tal sendo constantemente submetido a sismos (mais ou menos intensos), erupções vulcânicas (o Japão é caraterizado pelo seus inúmeros vulcões ativos ou adormecidos, à superfície ou submarinos) e até desabamentos de terra (no mar eventualmente originando Tsunamis, em terra e como se vê violentos rios ‒ como uma muralha avançando de água e de lama) ‒
Vê-se de momento (pelo menos até amanhã dia 8 de Julho domingo) parcialmente submetido a uma Queda Abruta do Céu sobre si próprio (território, estruturas e habitantes),
Com quase 5 milhões de japoneses a serem (mais ou menos intensamente) afetados por esta Tempestade Atmosférica (extrema pelas consequências), levando-os à evacuação forçada dos seus lares e à procura de proteção (e segurança eficaz),
‒ Contra grandes inundações e contra os rios destruidores e mortais de lama, que as mesmas invariavelmente transportam:
Com as vítimas mortais (sábado, 7 de Junho) a andarem pela meia centena e com os desaparecidos a andarem pela mesma ordem de grandeza (sugerindo assim um número entre 50/100 mortos provocadas por estas condições meteorológicas extremas).
Hiroshima/Japão
7/8 Julho 2018
(imagem: The Asahi Shimbun/telegraph.co.uk)
Para além de carros destruídos, estradas submergidas, pontes e centenas de casas atingidas (mais de 500) ‒ e simultaneamente da interrupção de todo o tipo de produção, comércio e convívio quotidiano ‒ com a previsão meteorológica para as próximas horas a não ser a desejada, com previsão de ainda mais chuva para esta região do Japão: com os Alertas a estenderem-se (logo a partir de 6 de Julho) a Okayama, Hiroshima, Tottori, Fukuoka, Saga, Nagasaki, Hyogo e Kyoto (todas prefeituras a sudoeste).
Um país (Insular) a caminho dos 130 milhões de habitantes (distribuídos esmagadoramente pelas suas maiores 4 ilhas), com uma área total de quase 378 000Km²,
(capital sendo Tóquio centrada numa área metropolitana podendo incluir cerca do triplo ‒ 30 milhões ‒ de portugueses habitando em Portugal ‒ uns 10 milhões)
Considerado como um das maiores potências mundiais (desde o fim da WW2 claramente a reboque dos EUA), mundialmente conhecido como aquele tendo a maior expetativa de vida do Mundo (87 anos com Portugal a ser 33º com 80 anos),
E que no entanto apesar de ter sofrido o maior ataque ‒ ARTIFICIAL ‒ alguma vez feito pelo Homem contra o Homem,
‒ Sendo executado num tão curto espaço de tempo, sem aviso prévio e sobre uma multidão em geral completamente ignorante e (facto Supremo e extremamente Cruel) nunca tendo provocado nos seus autores nenhum remorso, pesadelo ou sequer Julgamento do Povo (O que será um Crime de Guerra?) ‒
Centro-Sul do Japão em 7 Julho de 2018
Regiões mais afetadas e com maior nº de vítimas/desaparecidos
(imagem: mainichi.jp)
Poderá um certo dia e dadas as suas origens, evolução e características geológicas,
(no fundo a sua inserção no conjunto formando o Anel de Fogo do Pacífico, compondo paisagística e superficialmente ‒ ao nível da crosta terrestre ‒ a região geologicamente mais Ativa e Viva da nossa Terra)
Ser sujeito a um poderoso fenómeno (podendo ser mesmo um Evento) não de origem Artificial mas de origem NATURAL:
“Japan lies along the Pacific Ring of Fire a narrow zone around the Pacific Ocean where a large chunk of Earth's earthquakes and volcanic eruptions occur. Roughly 90 percent of all the world's earthquakes and 80 percent of the largest ones strike along the Ring of Fire.”
(Brett Israel/livescience.com/14.03.2011)
Com as placas em choque contínuo (a norte deste território insular encontrando-se num dos topos extremos da Placa Norte-Americana e a sul assentando sobre a Placa Euroasiática) e na sua concretização (interpretando-a e traduzindo-a) ‒ ativa ‒ provocando a elevação progressiva da crosta terrestre ‒ na parte da Ferradura integrando o Círculo de Fogo do Pacífico (nestas coordenadas o Japão) ‒ não sendo de desprezar (por comparação e proximidade) uma evolução semelhante à na hora em curso na cordilheira dos Himalaias (com o monte Everest como símbolo, com os seus quase 9Km de altitude), com sectores da crosta terrestre ondulando entre níveis superiores/inferiores, com outros deslocando-se horizontalmente (num dos últimos grandes sismos registados em Honshu, deslocando-se uns 2,4 metros para oeste) ‒ outros por submarinos originando ainda Tsunamis ‒ e ainda aqui e ali com a crosta terrestre expelindo para o exterior (através de numerosos vulcões) o resultado de altas pressões (internas) acumuladas em profundidade (e necessitando de se libertar como numa panela de pressão), dando finalmente origem a um (possível) Evento local ao nível da extinção (pelo menos parcial) talvez no Natural cumprimento da nossa Evolução e do futuro Geológico desta região (asiática):
Kurashiki/Japão
8 Julho 2018
(AFP/GETTY/express.co-uk)
“Colliding tectonic plates not only trigger earthquakes they also build volcanoes. About 10 percent of the world's active volcanoes are in Japan, mostly where the Pacific Plate is diving below the Philippine Plate.”
(Brett Israel/livescience.com/14.03.2011)
Um dia talvez com parte do Japão a erguer-se majestosamente das águas e com o restante do seu arquipélago a desaparecer sob as mesmas (ou não fosse uma ilha plantada num imenso oceano) como terá ocorrido num passado remoto (numa ou numas outras partes do Mundo) com o desaparecido Continente da Atlântida.
[9 Junho 2018]
Hoje segunda-feira com o número de vítimas mortais provocada pela chuva intensa ‒ originando grandes inundações e desabamentos de terra e formando uma brutal muralha de água, de lama e de detritos levando tudo á sua frente ‒ a ir já nas 114 (e ainda com dezenas de pessoas ainda desaparecidas), obrigando ao cancelamento das atividades previstas pelo seu 1º Ministro (Shinzo Abe) colocado perante o maior desastre (do género) ocorrido no Japão já lá vão 35 anos (em 1983 com o seu maior desastre provocado por elevadíssima precipitação e grandes/e mortais inundações). Ficando para já por se saber os verdadeiros prejuízos económicos provocados por esta grande tragédia, afetando sobretudo a região centro/sul do Japão, já tão castigada por violentos sismos causando (em certas zonas) grande destruição: num dia pós-Apocalipse apresentando-se com céu limpo e previsão de temperaturas de 30⁰C (ou superior), fazendo crescer o receio de devido à falta de água e de eletricidade as condições exteriores/ambientais já por si tão periclitantes poderem ainda piorar.
(imagens: as indicadas)