ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
O Pálido Ponto Azul (em 14.02.1990)
“Pálido Ponto Azul é uma fotografia da Terra tirada em 14 de fevereiro de 1990 pela sonda Voyager 1, de uma distância de seis biliões de quilômetros da Terra, como parte de uma série de imagens do Sistema Solar denominada Retrato de Família.” (wikipedia.org)
A Pale Blue Dot
(planetary.org)
[This excerpt from Sagan's book PALE BLUE DOT was inspired by an image taken, at SAGAN's suggestion, by VOYAGER 1 on FEBRUARY 14, 1990. As the spacecraft left our planetary neighborhood for the fringes of the solar system, engineers turned it around for one last look at its home planet. Voyager 1 was about 6.4 billion kilometers away, and approximately 32 degrees above the ecliptic plane, when it captured this portrait of our world. Caught in the center of scattered light rays (a result of taking the picture so close to the Sun), EARTH appears as a tiny point of light, a crescent only 0.12 pixel in size.]
Terra − A Pale Blue Dot
30º aniversário de uma das mais icónicas imagens da NASA
obtida pela missão Voyager
Look again at that dot. That's here. That's home. That's us. On it everyone you love, everyone you know, everyone you ever heard of, every human being who ever was, lived out their lives. The aggregate of our joy and suffering, thousands of confident religions, ideologies, and economic doctrines, every hunter and forager, every hero and coward, every creator and destroyer of civilization, every king and peasant, every young couple in love, every mother and father, hopeful child, inventor and explorer, every teacher of morals, every corrupt politician, every "superstar," every "supreme leader," every saint and sinner in the history of our species lived there--on a mote of dust suspended in a sunbeam.
The Earth is a very small stage in a vast cosmic arena. Think of the rivers of blood spilled by all those generals and emperors so that, in glory and triumph, they could become the momentary masters of a fraction of a dot. Think of the endless cruelties visited by the inhabitants of one corner of this pixel on the scarcely distinguishable inhabitants of some other corner, how frequent their misunderstandings, how eager they are to kill one another, how fervent their hatreds.
Our posturings, our imagined self-importance, the delusion that we have some privileged position in the Universe, are challenged by this point of pale light. Our planet is a lonely speck in the great enveloping cosmic dark. In our obscurity, in all this vastness, there is no hint that help will come from elsewhere to save us from ourselves.
Carl Sagan
The Earth is the only world known so far to harbor life. There is nowhere else, at least in the near future, to which our species could migrate. Visit, yes. Settle, not yet. Like it or not, for the moment the Earth is where we make our stand.
It has been said that astronomy is a humbling and character-building experience. There is perhaps no better demonstration of the folly of human conceits than this distant image of our tiny world. To me, it underscores our responsibility to deal more kindly with one another, and to preserve and cherish the pale blue dot, the only home we've ever known. (Carl Sagan − Pale Blue Dot − 1994/Planetary Society/planetary.org)
Pale Blue Dot (Pálido Ponto Azul) representando o nosso planeta tal como registado há 30 anos pela missão Voyager 1 (ainda hoje em movimento e fazendo-o já fora do Sistema Solar logo, de viagem interplanetária passando a interestelar), quando a mesma se encontrava a mais de 40 UA da Terra (a mais de 6 biliões de Km de distância) e feita a pedido do − “cientista, físico, biólogo, astrônomo, astrofísico, cosmólogo, escritor, divulgador científico e ativista norte-americano” (wikipedia.org) − Carl Sagan.
E daí saindo o livro de 1994 do escritor nova-iorquino (1934/1996 − morrendo novo de uma pneumonia, uma grande perda para a Humanidade) − Pálido Ponto Azul − dando-nos uma nova perspetiva do Sistema Solar (o “Retrato de Família”) e pelo meio, mostrando-nos ao mesmo tempo a aparente pequenez do nosso Mundo, no entanto pendurado na sua grandeza, pois nela contendo (único caso para já conhecido) Vida.
(textos/inglês: os indicados − imagens: a partir de PIA 23645/Pale Blue Dot Revisited/nasa.gov e ScienceandSpaceHD/youtube.com)
Autoria e outros dados (tags, etc)
Uma Viagem a Caminho do Fim do Mundo
Com as velhinhas sondas automáticas (Voyager 1 e Voyager 2) e quando muitos de nós ainda Sonhavam (com a Aventura como Fonte de Experiência e com a Descoberta de Outros Mundos como modo de nos Conhecermos).
Relembrando que há mais de 41 anos atrás (1977) dois artefactos espaciais de criação artificial
Com a Voyager 1 e a Voyager 2
Tendo já ultrapassado a Héliosfera
– Numa missão levada a cabo pela única espécie inteligente (e conhecida) existente no planeta do Sistema Solar denominado como Terra –
Partiram desse mesmo planeta tendo como seu objetivo final atingir e ultrapassar os limites do Sistema Solar
– A VOYAGER 1 (lançada a 5 de Setembro) e a VOYAGER 2 (lançada um pouco antes a 20 de Agosto) –
Voyager 1
A NASA vem-nos (nesta quadra natalícia) presentear com algumas ilustrações (aqui duas) associadas a este programa (Voyager) agora que a 2ª sonda automática (não natural e de origem terrestre) ultrapassou a Fronteira:
Depois da Voyager 1 já o ter feito (em Agosto de 2012) com a VOYAGER 2 a fazê-lo este ano (em Novembro de 2018).
Com a sonda Voyager 2
Entrando no Espaço Interestelar
E atravessada a HÉLIOESFERA e ultrapassado o seu limite a HÉLIOPAUSA (com a Terra a 1 UA/150 milhões de Km de distância do Sol e Neptuno a 30 UA da mesma estrela) com as duas velhas sondas dirigindo-se mais para além (desse mesmo limite) em direção à NUVEM de OORT:
Para muitos sendo definida como a Verdadeira Fronteira do Sistema Solar.
Uma extensa região do Espaço fonte dos conhecidos COMETAS, estendendo-se entre 1.000 UA até 100.000 UA de distância do Sol e de momento com as sondas a caminho, mas ainda muito distantes:
Voyager 2
Caso da VOYAGER 2 agora localizada a umas 119 UA do Sol, cronologicamente e não havendo incidentes atingindo a Nuvem de Oort daqui a 300 anos e demorando uns 30.000 anos a atravessá-la – e a partir daí (talvez daqui a uns 40.000 anos) já fora da influência do SOL deixando-se levar por outra estrela.
Segundo os cientistas a estrela ROSS 248: uma pequena estrela da galáxia ANDROMEDA (localizada a 1,7 anos-luz do Sol/Terra) por coincidência em rota de colisão com a nossa VIA LÁCTEA.
Mas talvez já em 2318 e com todos os avanços (científicos e tecnológicos) que o Mundo da SCI-FI nos proporciona (com comprovativos anteriores e reais como o das antecipações de Júlio Verne), podendo um dos nossos descendentes assistir à passagem (na sua rota rumo à Nuvem) de uma das sondas VOYAGER.
(imagens: nasa.gov)
Autoria e outros dados (tags, etc)
Viajando no Espaço/Tempo
Um dia teremos forçosamente de sair de casa, tendo como destino não outros locais situados na Terra, mas outros situados para além dela.
Duas ilustrações da responsabilidade do JPL-Caltech (departamento da NASA) editados no Photojournal deste mês de Outubro (dias 2 e 3),
Cassini
(PIA 22767)
Mostrando-nos respetivamente (na figura 1) o momento inicial de mais uma das 22 órbitas da defunta sonda automática CASSINI (numa missão conjunta NASA/ESA/ISA) – em redor do planeta SATURNO e mergulhando nos seus Anéis – concretizando a sua Viagem Final a 15 de Setembro (do ano passado) mergulhando vertiginosamente (e desintegrando-se) neste planeta e monstro gasoso (um planeta em dimensão – no Sistema Solar – só suplantado por Júpiter);
Assim como (na figura 2) o ponto de situação de outras duas sondas automáticas um pouco mais velhas que a sonda CASSINI (lançada em 1997) – a sonda VOYAGER 1 e VOYAGER 2 (lançadas 20 anos antes em 1977), ambas da responsabilidade da NASA – inicialmente destinadas a estudar os longínquos planetas exteriores Júpiter e Saturno (e suas luas) e mais tarde tornando-se numa Missão Interestelar, ultrapassando a fronteira do nosso Sistema (centrado numa estrela o Sol) e dirigindo-se para outro Sistema (tendo como referência outra/outras estrelas).
Voyager 1 e Vouager 2
(PIA 22566)
De momento restando-nos por um lado apenas algumas recordações (ainda emergentes após o suicídio de 15 de Setembro de 2017) de imagens anteriormente recolhidas pela sonda automática CASSINI (e adicionalmente de pormenorizadas ilustrações sobre a mesma missão) – deixando-nos extremamente tristes pela perda de mais um dos nossos (mesmo sendo um simples artefacto) lá longe na escuridão solitária e misteriosa do Espaço (aqui na Terra mais isolados);
Enquanto como contraponto e pelo outro lado (da vida) apresentando-nos outros dois artefactos (criados e aqui representando o Homem) indicando-nos a sua posição atual (da Voyager 1 e da Voyager 2), tendo como referência central (neste cenário) a estrela do nosso sistema o SOL e as fronteiras do mesmo (do Sistema Solar): com a sonda Voyager 1 (a mais de 143 UA de distância da Terra) já do lado de lá (tendo já ultrapassado a Heliopause) e com a sonda Voyager 2 (a mais de 118 UA de distância da Terra) ainda a caminho (mas já muito perto) da fronteira (nos limites da mesma na Heliosheath).
[1 UA = 150.000.000 Km]
(dados e imagens: nasa.gov)
Autoria e outros dados (tags, etc)
Tritão
"My God, It's Full Of Stars!"
(2001: A Space Odyssey)
Há 25 anos atrás a sonda VOYAGER 2 enviava-nos as primeiras imagens do oitavo e último planeta do Sistema Solar: NEPTUNO um dos gigantes gasosos localizado a 30 U.A. de distância do Sol. Brindava-nos ainda com imagens da sua maior lua TRITÃO (entre 14 conhecidas).
Um mundo dos mais frios em todo o Sistema Solar (podendo atingir temperaturas na ordem dos 240ºC negativos), mas ao contrário do que se pensava geologicamente bastante activo (indícios de erupções vulcânicas com emissão de géisers para a atmosfera).
Tritão
(PIA 18669)
Tritão é uma lua ainda jovem girando em torno do planeta Neptuno, com a sua superfície macia mas por vezes rugosa juncada por diversas crateras (resultando de actividade vulcânica ou impactos exteriores) e com essas planícies situadas em seu redor cobertas por material associado como cinzas e lava.
A actividade vulcânica, os movimentos geológicos e as temperaturas reduzidíssimas à sua superfície, são as causas fundamentais para o aparecimento de grandes rachadelas à sua superfície, dando-lhe aquele aspecto rugoso que a caracteriza. Num mundo onde 99,9% da sua atmosfera é composta por azoto/nitrogénio. E onde poderá existir água.
Planícies vulcânicas de Tritão
(PIA 12185)
No interior (conhecido) do nosso Sistema Solar podemos fazer uma lista dos (dez) mundos com maior probabilidade de aí podermos descobrir água. Entre eles 1 planeta principal (a Terra), 2 planetas anões (Ceres e Plutão) e sete luas (3 de Júpiter, 3 de Saturno e 1 de Neptuno – sendo esta última Tritão). O que poderá significar (como na Terra) existência de Vida.
“Devido à actividade geológica e ao possível aquecimento interno tem sido sugerido que Tritão poderia albergar formas de vida primitiva em água líquida por debaixo da superfície, muito semelhante ao que tem sido sugerido para a lua Europa de Júpiter. Tritão e Titã são assim mundos que apesar de fisicamente extremos são capazes de suportar formas exóticas de vida desconhecidas na Terra. Outras ideias científicas, afirmam que a vida na Terra é baseada em carbono, mas em Tritão esta poderá ser baseada em compostos de silicatos.” (wikipédia.org)
(imagens – NASA)
Autoria e outros dados (tags, etc)
VOYAGER
Imagens das sondas VOYAGER 1 e VOYAGER 2 lançadas há 37 anos do planeta TERRA
(e actualmente abandonando o território sob controlo SOLAR)
TERRA – um pontinho claro na escuridão do espaço
O pequeno ponto claro no centro/direito da imagem foi obtido a partir da sonda VOYAGER 1 quando se encontrava a mais de 6 biliões de quilómetros da Terra. A Terra é apenas um simples e anónimo grãozinho nesta imensa engrenagem que é o Sistema Solar e talvez seja por isso que ainda nada nem ninguém a reivindicou (definitivamente) como sua.
E para além dela – a TERRA – muitos outros pontos (como ela) se assinalam: familiares dos Planetas Exteriores como IO (por Júpiter), ENCÉLADO (por Saturno), MIRANDA (por Úrano) e TRITÃO (por Neptuno). Plutão (esse) foi despromovido, não havendo nada a acrescentar.
IO – e os seus (espectaculares) vulcões activos
ENCÉLADO – um dos fornecedores (de material) do maior anel de Saturno
Um dos muitos satélites naturais de Júpiter é IO, um dos quatro grandes Satélites Galileanos (os outros são Ganimedes, Calisto e Europa). É também o quarto maior satélite natural do Sistema Solar, só ultrapassado por Ganimedes, Titã (maior satélite de Saturno) e Calisto – sendo ligeiramente maior que a LUA.
Fotografado pelas duas sondas enviadas pela NASA foi com as imagens transmitidas pela Voyager 2 que se conseguiu obter uma melhor definição visual deste satélite natural de Saturno: apresentando-se como um corpo celeste ainda em formação e geologicamente activo.
MIRANDA – uma mistura de texturas bem diferenciadas por aproximação
TRITÃO – o último posto fronteiriço antes do fim da heliosfera
Entre os grandes satélites de Úrano Miranda é o mais pequeno (menos de 500km de diâmetro). No entanto é um dos seus mais estranhos satélites. Como se apresentasse um rosto deformado e profundamente vincado pela acção violenta de múltiplas agressões exercidas sobre ele (vindas do interior e do exterior), facilmente somos levados a visualizar uma superfície atravessada quase que em simultâneo e de uma forma apocalíptica por grandes e extensas depressões, montanhas elevadíssimas e até umas quantas planícies. Talvez a consequência do impacto com outro corpo celeste.
Tritão é o maior satélite natural do planeta Neptuno, situado a uns impressionantes 4.500 milhões de quilómetros de distância da sua estrela de referência – o Sol. Por esse motivo é considerado o corpo celeste mais frio do nosso Sistema Solar. Foi também o derradeiro astro a ser estudado pelas sondas Voyager, antes de se lançarem a caminho das regiões periféricas do Sol.
(dados: wikipedia.org – imagens: voyager.jpl.nasa.gov)