ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Os Vulcões (ativos) mais perto de Nós
[Vulcões, Estreito e Mediterrânico]
Vulcão Stromboli
Consultando hoje (sexta-feira dia 3) o Site VOLCANO DISCOVERY (volcanodiscovery.com) verificamos que dos 36 vulcões ativos (em erupção) neste dia 3 de Novembro de 2017, 2 deles estão localizados na Europa mais rigorosamente em Itália: o ETNA (Sicília) e o STROMBOLI (Ilhas Eólias). Para lá destes 2 vulcões (incluídos nos 36) encontrando-se ainda outros 2 (menor atividade/avisos de erupção), um localizado de novo em Itália ‒ CAMPI FLEGREI ‒ e outro em Espanha nas Ilhas Canárias ‒ LA PALMA. E à frente do pelotão sobrecarregada de vulcões (entre continentes e oceanos) toda a região em redor do Anel de Fogo do Pacífico.
Vulcão Etna
Naturalmente com os 2 primeiros a preocuparem mais as populações, tanto pela sua atividade (ainda na segunda-feira dia 1 de Novembro registando-se mais uma explosão no Stromboli) como pela sua proximidade a regiões habitadas ‒ até no caso de Portugal situado a pouco mais de 2000Km dos vulcões italianos (e a mais de 1200Km do vulcão espanhol): vulcões situados mesmo em frente da extremidade da Bota (como imaginamos a Itália no mapa) o 2º numa ilha pequena (cerca de 12000 habitantes) mas o 1º numa maior (cerca de 5 milhões) ‒ e mesmo diante da biqueira (da bota).
Estreito de Gibraltar
Num cenário de um cataclismo de enormes proporções, tal o poder de alterar radicalmente toda a paisagem em seu redor ‒ e em que certamente nesta região (Portugal) estariam observadores (fossem eles quem fossem) privilegiados (pela proximidade ao Evento).
Sabendo-se nos dias de hoje que há cerca de 6 milhões de anos (bem no passado da região do mar Mediterrânico) toda esta zona (hoje em dia abrangendo toda a faixa entre o sul da Europa e o norte de África) se encontrava isolada do oceano Atlântico ‒ com a Europa unida ao continente Africano através de uma planície (cerca de metro e meio abaixo do nível da água do mar) isolada e protegida do Atlântico por uma cadeia montanhosa formando o Arco de Gibraltar (fechando a porta às águas desse mesmo oceano) ‒ por essa altura e com todo o processo de evolução geológica então em curso, possibilitando múltiplas deslocações e os mais diversos intercâmbios (de todo o tipo de seres vivos) entre dois Continentes no presente sem ligação (Europa e África);
E que posteriormente talvez há uns 5,3 milhões de anos (depois de um intervalo de 700.000 anos) ‒ com alguns escritos da História Antiga a falarem durante uma parte desse período de tempo de planícies férteis e verdejantes (talvez por integrarem zonas potencialmente ativas vulcanicamente) ‒ com toda esta faixa envolvendo toda a região do Mediterrânico a ser submetida a um Grande Evento, por muitos historiadores associando-o ao nosso conhecido Dilúvio (pelo menos se não ao nosso a um deles): com as águas do Oceano Atlântico a lançarem-se com extrema violência contra as montanhas separando-o da planície Mediterrânica (nesse período com toda essa região a estar submetida a intensas manifestações vulcânicas e sismológicas, como consequência do choque entre as placas tectónicas euroasiática e africana) e com a contribuição de fortes Tsunamis e da consecutiva erosão infligida sobre terra, acabando por perfurar a barreira e derrubar o Arco de Gibraltar.
A crise de salinidade do período Messiniano
Sendo portanto compreensível como na cidade de Loulé (região do Algarve) na atualidade e a cerca de 15Km (ou menos) do mar, se encontrem as suas famosas (mas infelizmente tão pouco visitadas e exploradas turisticamente) Minas de Sal-Gema: num passado já bastante remoto e com a pressão exercida pelas águas do oceano (e a sua elevação), com as mesmas a invadirem terra e a cobrirem zonas próximas e menos elevadas, posteriormente recuando e deixando para trás vestígios da sua passagem e estadia (prolongada) ‒ como se terá passado em torno de Gibraltar com o poder das águas a furar a pedra e como se fosse um Dilúvio submergindo progressivamente toda a zona e daí surgindo (em sua substituição) o Mar Mediterrânico. Fazendo de imediato as águas do Atlântico baixar (uns dizem uns 9/10 metros) pondo a nu novas terras (como na região sul de Portugal) e fazendo desaparecer outras: desde o Arco de Gibraltar passando a um mero estreito até uma área marítima antes tendo sido terrestre.
(imagens: volcanodiscovery.com ‒ nasa.gov ‒ wikipedia.org)