ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
A Lua também é dos Chineses
A Lua encontra-se a menos de 400.000km da Terra, enquanto Marte fica lá longe entre um mínimo de 50.000.000km e um máximo de 100.000.000km.
Qual deles escolhes para montar negócio?
Local da alunagem da sonda automática chinesa Chang’e 3
E se por acaso a LUA não tivesse sido definitivamente abandonada dos roteiros da exploração espacial a executar futuramente pelo HOMEM? Em princípio desde o fim das alunagens levadas a cabo pelo programa APOLLO aparentemente desprezada e esquecida (com a Apollo 17 a ser a última missão a aterrar na Lua) e apenas sendo observada por sondas automáticas nem sequer lhe tocando a superfície. Com a exceção da sonda chinesa CHANG’E 3 e do seu ROVER YUTU (atingindo a superfície da Lua em 14 de Dezembro de 2013). Mas sempre sem tripulantes.
Com uns a afirmarem que o HOMEM nunca esteve na LUA (como poderiam os humanos atravessar incólumes o extremamente radioativo Cinturão de VAN ALLEN?); com outros indicando que o Homem esteve lá mesmo, fugindo de imediato do satélite por qualquer tipo de perigo ou de ameaça (provavelmente da responsabilidade de entidades alienígenas tecnologicamente mais avançadas); e finalmente com os habituais do costume a acreditarem na palavra do Senhor e sem nunca A questionar (como o é o caso da LUA presencialmente posta de lado pela NASA e pelo HOMEM).
Localização e trajeto do rover Yutu tendo como referência a cratera Zi Wei
Temo-nos assim contentado com sondas enviadas para aqui e para ali e telecomandadas da TERRA: com destinos como a LUA, passando por planetas como MARTE e atingindo até os distantes planetas anões PLUTÃO e CERES. E encontrando ainda pelo caminho outros objetos misteriosos como ASTEROIDES e COMETAS. Umas cumprindo o seu trajeto projetado ao longo do ESPAÇO integrando o SISTEMA SOLAR (cruzando em várias direções os seus biliões de quilómetros de extensão – só até ao CINTURÃO de KUIPER são 50 AU) e outras transportando consigo um veículo motorizado capaz de explorar a superfície dos corpos celestes a visitar (como já o fizeram na LUA, em MARTE e até num asteroide).
Mas porque não a LUA? O corpo celeste localizado mais perto da Terra (a pouco mais de 380.000km) e que num simples jato supersónico (v=2.000km/h) demoraria apenas oito dias a alcançar. E que nem a perigosidade do Cinturão de VAN ALLEN tornaria impossível (escolhendo uma órbita terrestre mais baixa para fugir às zonas radioativas mais perigosas) não fosse destas conquistas que dependesse a nossa existência. Caso contrário ficaremos confinados ao nosso pequeno planeta e a umas microscópicas dependências: exteriores como na ISS. E condenados à extinção. O Homem tem que interiorizar (de novo) que se as trocas são necessárias (o COMÉRCIO) a descoberta do conhecimento é o objetivo (a CIÊNCIA): e isso só se faz procurando e extravasando horizontes. Movimentando-se e dando expressão (VIDA) à MATÉRIA e à ENERGIA.
Vista parcial da cratera Zi Wei tal como vista do rover Yutu
E aí surge de novo a hipótese de a LUA nunca ter sido abandonada (pelo HOMEM). Talvez deixada à espera de uma melhor ocasião. Porque não de exploração e até de prospeção de minérios, posteriormente transformados e mais tarde enviados (por exemplo para a TERRA)? Bastava coloniza-la e explorar a matéria-prima. Que pelos vistos até poderia ser rentável. Outros parecem ter esta opinião como é o caso da CHINA, a última grande potência espacial a enviar uma sonda para a LUA equipada com um veículo lunar: a CHANG’E 3 e o seu ROVER YUTU. Que confirmando certas suspeitas deixadas no ar pela sonda soviética LUNA 17 (e pelo seu ROVER LUNOKHOD 1) – que operou sobre a superfície da Lua entre Dezembro de 1970 a 14 de Setembro de 1971 numa região do hemisfério norte muito próxima do local onde se encontra a sonda chinesa, o MARE IMBRIUM – acabou por descobrir uma nova rocha sobre a superfície lunar: uma rocha contendo ILMENITE um mineral rico em ferro, cálcio e titânio.
Ilmenite: um composto de fórmula química FeTiO₃ pertencendo à classe dos óxidos e hidróxidos e (como um subgrupo) ao grupo das hematites. Que pela sua presença numa das maiores bacias de lava lunar (uma bacia de impacto bem visível a partir da Terra) e pela variação da presença de um dos seus componentes relativamente a outras regiões da superfície da Lua (como é o caso do TITÂNIO), nos poderá esclarecer um pouco mais sobre a atividade vulcânica passada no nosso único satélite natural. E entre outros aspetos a certeza de que se muitos fenómenos de vulcanismo poderiam ser reportados no passado a uma distância temporal entre 3 e 4 biliões de anos, no caso da bacia de MARE IMBRIUM ela seria mais recente e menor que 3 biliões de anos. Algo que poderá fortalecer ainda mais a ideia de que o interior da Lua não será homogéneo, talvez motivado por grandes impactos com a Lua na sua fase de oceano de magma interferindo diretamente na formação do seu MANTO.
(dados e imagens: eurekalert.org/nature.com/google.pt)
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Chang’e
No dia 14 de Dezembro de 2013 a China tornou-se na terceira nação à face da Terra a atingir a superfície da Lua. Nesse dia a sonda chinesa Chang’e concretizou com sucesso a sua alunagem na região de Sinus Iridium (Baía do Arco-Íris), trinta e sete anos depois da última alunagem levada a cabo pela extinta URSS com o Luna 24.
O Homem já não pisa a Lua desde Dezembro de 1972, último ano da missão espacial norte-americana Apollo.
A Terra vista da Lua – 25.12.2013
Superfície da Lua – 15.12.2013
Módulo de alunagem – 15.12.2013
A China transforma-se assim na terceira potência espacial a atingir o satélite natural da Terra, após os norte-americanos e os russos já o terem conseguido. Juntamente a sonda chinesa transportou um rover lunar o Yutu (Coelho de Jade), com o objectivo de durante alguns meses efectuar o estudo da superfície da Lua.
Esta não foi a primeira missão levada a cabo pela China tendo como objectivo a Lua: já em 2007 e 2010 os chineses tinham enviado outras duas sondas que orbitaram o satélite da Terra e que tinham como missão principal fotografar a Lua e estudar a sua superfície – até para escolherem possíveis locais de futuras alunagens.
(imagens – earthsky.org)
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Chineses à Conquista da Lua
Fixem o dia: 14 Dezembro 2013
“ET's tenham cuidado, chegaram os Chineses”!
Agora que os norte-americanos parecem querer abandonar a exploração do Espaço e ainda por cima com os russos apáticos a limitarem-se a observarem o que estes fazem – sem perceberem que o Novo Mundo pós-Guerra Fria já aí está e provavelmente não mais os irá contemplar – eis que a China toma em suas mãos o filão (não esquecendo a Índia) e arranca para a Conquista do Universo. Eles sabem de onde vem o poder e onde está a matéria-prima de que necessitam para o tomar em mãos!
Local de alunagem da Chang'e 3
(situado muito próximo do local da aterragem – sinalizado à esquerda – da antiga sonda soviética e do seu rover o Lunokhod 1)
Primeira fotografia da Lua
(e do local de alunagem localizada na Baía do Arco-íris mais precisamente na zona conhecida como Sinus Iridum perto da cratera Laplace 1)
Satisfação no Centro de controlo da missão
(após a alunagem com sucesso da sonda Chang'e 3 carregando o seu rover lunar Yutu, transmitida em directo pela estação estatal CCTV)
Sonda Chang'e 3 e rover lunar Yutu
(em mais um dos passos gigantescos da China na conquista do Espaço e da Lua, para já apenas com os seus robots de exploração e amanhã com tripulação humana para a colonização do nosso satélite)
Enquanto isso neste país de (galos) eruditos teóricos e sem qualquer tipo de experiência prática – mas demonstrando uma extraordinária sapiência, como verdadeiros galos/sábios no meio de um galinheiro (mas então quantos galos tem um galinheiro?) – a Arte nada vale, a Cultura nada vale, a Educação nada vale, a Saúde nada vale, a Ciência nada vale...só nos restando dizer “que grande galo o nosso”!
Só te safas se ofereceres o traseiro ou se então tiveres dinheiro!
(imagens – space.com)