ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Tempestade Zeus
A costa norte de França momentaneamente sobre forte pressão
(do Deus dos Céus, do Ar e dos Relâmpagos)
Constatando-se que até as previsões podem ser muitas das vezes imprevisíveis, os residentes do noroeste da França situados bem a sul das Ilhas Britânicas, foram nestes últimos dias inesperadamente atingidos por uma violenta tempestade, que tendo sido originada lá para os lados da América, atravessou o Atlântico atingindo fortemente o território britânico – a qual num último impulso direcional e na procura de algo que a alimentasse, virou inopinadamente para sul, atravessou o Canal da Mancha e penetrou sem contemplação pelo território francês.
A tempestade Zeus abate-se sobre França
(Março 2017)
Como se pode ver pela carta meteorológica desta segunda-feira dia 6 registada pelas seis horas da manhã, com a tempestade a dirigir-se para o norte de França e a passar num dos seus lados mesmo junto aos Pirenéus (razoavelmente afastada de Portugal mas mesmo assim provocando alguma precipitação, frio, queda de neve e rajadas de vento), acabando por se dirigir para sul e por se desvanecer no encontro com o Mediterrâneo. Na sua caminhada atingindo a Bretanha (a norte) provocando um morto lá na ponta em Marselha (a sul).
Com toda esta tempestade que atravessou a França de norte a sul estendendo-se dos Pirenéus (leste da Península Ibérica) até aos Alpes (sul de Itália), a ser o resultado da deslocação de uma depressão localizada sobre a Irlanda e que ao atravessar o continente europeu (a França) originou a alteração e degradação progressiva das condições meteorológicas com forte precipitação, queda de neve (mesmo a baixas altitudes) e fortes rajadas de vento: uma tempestade (denominada Zeus) com um nível de intensidade já não observada há quase 20 anos e que terá provocado no mínimo 2 mortos e deixado várias centenas de milhares de famílias (temporariamente) sem eletricidade – mesmo no fim do século passado provocando mais vítimas (dezenas) e deixando 5X mas casas sem luz. Com um dos principais fatores (meteorológicos) a provocarem o agravamento das condições do tempo sentido desde o início de Março (dando origem a um ciclone e provocando mais destruição) a serem as fortes rajadas de vento podendo atingir velocidades máximas muito próximas dos 200Km/h.
Atravessando toda a França da costa norte até à costa sul
(oriunda da Irlanda e dirigindo-se para Itália)
E como se pode constatar pelas imagens e por todas as notícias entretanto recebidas e relacionadas com este Evento atmosférico – imprevisto (como o Brexit) e vindo de um país que muito recentemente decidiu abandonar a Europa (talvez um aviso) – com o mesmo na sua rápida e destruidora passagem por toda a parte central de França até ao Mediterrâneo (estendendo-se depois para Itália) a demonstrar como mesmo hoje em dia e apesar de todos os avanços tecnológicos alcançados e colocados no terreno (só para nos servir e proteger), as forças da Natureza levam sempre a melhor. No entanto servindo como mais um aviso para toda a população residindo neste continente (especialmente e no que nos diz respeito a sua parte ocidental) alertando todos nós para a imprevisibilidade do tempo e para o pormenor (importantíssimo) de que o que hoje vemos em França estendendo-se por todo um país, também poderá ocorrer noutro lugar qualquer e por mais pequenino que ele seja – como por exemplo Barcelos (o último caso atmosférico e sendo notícia ocorrido em Portugal).
Por cá e pelo sul de Portugal com todos os parques bem providos de autocaravanas com centenas e centenas de turistas e reformados oriundos maioritariamente do centro e do norte da Europa, fugindo nos meses de Inverno nas suas casas móveis e adaptáveis (como nómadas nas suas caravanas) à procura da Terra Prometida com Sol, praias e muita vitamina C (laranja): podendo ser descoberta no Algarve ainda bela e resiliente, apesar de já esmagada por toneladas de betão (embelezada com campos de golfe e muitos centros comerciais – para assim se afastarem os bichos mais resistentes).
(imagens: The Watchers/The Local)