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Tornados à solta em Faro

Segunda-feira, 05.03.18

Não há duas sem três: o melhor é irmo-nos habituando (já que não ligamos nada aos avisos) pois contra a força (suprema) da Natureza não há mesmo nada a fazer ‒ ainda-por-cima quando todos nós ajudamos (nem que seja nada fazendo) à construção deste cenário (expectável e perigoso).

 

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Para quem ainda se lembra da passagem do tornado de 16.11.2012

Vindo do mar e entrando pelo Carvoeiro

(e atravessando o concelho de Lagoa indo atingir com violência a cidade de Silves)

 

“Entre as 16 e as 17 horas de dia 4 de março de 2018 a região litoral do Sotavento Algarvio registou episódios de chuva e vento forte, que causaram impactos em estruturas e derrube de árvores, em particular nos concelhos de Faro, Olhão, Tavira, Castro Marim e Vila Real de Santo António. Estes eventos estiveram associados a uma perturbação convectiva em deslocamento para este-nordeste, vinda do mar e que entrou em terra a noroeste de Faro próximo das 16 horas e atingiu a fronteira com Espanha próximo das 17h. Tendo em consideração os relatos, incluindo imagens disponíveis, uma análise preliminar sugere ter-se tratado de um tornado, à semelhança do que aconteceu no passado dia 28 de fevereiro de 2018, também na região de Faro. Neste momento, os impactos identificados são compatíveis, pelo menos, com danos de tornado de classe F1, na escala de Fujita clássica. Uma classificação mais precisa desta ocorrência só poderá ser efetuada após uma análise mais detalhada dos impactos em combinação com os meios de observação, em particular do radar meteorológico.” (4 Março 2018 ‒ ipma.pt)

 

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Em Moncarapacho com o tornado a abater parcialmente o muro do estádio Dr. António João Eusébio onde decorria um jogo do Campeonato Nacional de Seniores

(com a força do vento a fazer cair os muros, danificando várias viaturas estacionadas no local)

 

Com o Algarve a continuar a ser submetido a uma onda de mau tempo (desde a chegada da tempestade Emma)

 

‒ Com chuva moderada/aguaceiros e sobretudo períodos de vento moderado/a intenso ‒

 

Tornado de 28.02.2018 em Faro

 

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Entrando pela Ilha de Faro

 

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E indo atingir a doca de Faro e o Jardim Manuel Bívar

 

A região sul de Portugal prioritariamente dedicada à atividade turística (aproveitando o seu bom tempo, o seu sol e a sua praia) viu-se inesperadamente (apesar dos avisos da influência das mudanças climáticas globais nesta região podendo num futuro próximo dar origem ao aparecimento de fenómenos meteorológicos como os Tornados) e num curto espaço de dias (entre o dia 28/02 e o dia 4/03) sob condições meteorológicas extremas aqui concretizadas sob a forma de Tornados:

 

O 1º ocorrendo na passada quarta-feira (dia 28), iniciando-se a sua visualização no mar mesmo em frente à Ilha de Faro, deslocando-se em direção à capital do Algarve, entrando pela zona da doca e atingindo intensamente a zona do jardim Manuel Bívar (destruindo aí um bar/esplanada) e daí prosseguindo finalmente para o interior (com mais destruição);

 

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No espaço de 5 dias com 2 tornados a atingirem a cidade de Faro e com uma das vítimas materiais da passagem do 2º tornado a ser o Shopping Algarve em Faro

(a essa hora e sendo um domingo, com o centro comercial cheio de gente)

 

E o 2º tendo ocorrido este passado domingo (dia 4), surgindo na mesma zona do 1º (no mar em frente à ilha de Faro) mas agora deslocando-se em direção à EN125 (entrada de Faro para quem vem de Portimão), atravessando a estrada (e na mesma e à sua volta provocando muitos danos materiais entre outros destruindo parcialmente um stand de automóveis) e atingindo na sua passagem (e com algum impacto) o Shopping Algarve ‒ e daí prosseguindo no seu rasto de destruição (superior ao do 1º tornado) em direção a Olhão (atingindo e danificando entre muitas outras estruturas como casas e estufas, o muro do estádio e alguns automóveis estacionados próximos do mesmo em Moncarapacho) chegando os seus efeitos até à ponta leste do Algarve (ao concelho de V. R. Santo António) mas felizmente não provocando vítimas (num e no outro tornado).

 

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Comunidade cigana do Cerro do Bruxo em Faro

A mais afetada tendo as suas casas completamente destruídas

(integrando cerca de 100 pessoas)

 

[Com as consequências da passagem deste tornado pela cidade de Faro (posteriormente atravessando todo o litoral algarvio de Faro a V. R. S. António) ‒ e ocorrido domingo 4 de Março ‒ a serem esmagadoramente danos materiais, apesar da existência de algumas pessoas desalojadas devido à força por vezes extrema do vento: provocando muitos danos nas suas habitações com rajadas de vento (registadas) chegando a atingir os 180Km/k. Destacando-se entre esses uma comunidade de cerca de uma centena de pessoas (de etnia cigana) residente numas das entradas da cidade (Cerro do Bruxo) e que com a passagem do tornado viu todas as suas habitações destruídas ficando desalojadas.]

 

[E tendo-se ainda como notícia (de hoje segunda-feira 5) proveniente da cidade de Albufeira, a indicação de que nas proximidades do edifício do Tribunal (mesmo ao lado da Câmara Municipal de Albufeira) uma árvore terá caído (na parte da manhã) ferindo algumas pessoas: não se sabendo ainda o estado dos feridos mas em princípio não sendo de grande gravidade.]

 

(imagens: meteopt.com ‒ André Vidigal/global Imagens/jn.pt ‒ sicnoticias.sapo.pt ‒ sabado.pt/redes sociais)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 15:52