ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Trappist-1
Mãe compra-me um Lego mas que seja da NASA.
E já que lá vais um rolo de papel de parede.
(sem gozo e dito por um jovem cientista)
Quando o negócio está parado uma das soluções para o manter vivo – tentando que amanhã alguém, ainda o possa ressuscitar – é fazer referência e constante publicidade ao produto. Não sendo pois de admirar que à falta de melhor (e para nos ir entretendo), a NASA por um lado proponha a ideia do cidadão-cientista e o proponha para papel de parede (PIA 21385 – Jupiter Wallpaper – photojournal.jpl.nasa.gov), enquanto por outro lado e sempre com a mesma ideia nos ponha a ver quadrados cintilando num ecrã como num jogo de computador – podendo-se passar à prática com simples peças de Lego.
O Sistema Trappist-1 como visto pela NASA
Numa viagem de cerca de 370.000.000.000.000Km
Uma imagem é o reflexo de um objeto (uma estrutura)
E não um compromisso (de construção) com alguns dos (seus) dados recebidos
Com a Humanidade presa à possibilidade de existir no Universo Infinito que nos envolve algo de vivo e no mínimo de semelhante ao Homem (nem que seja em último caso algum tipo de organismo demonstrando alguma iniciativa ou movimento), é natural que perante as notícias sucessivas que nos vão chegando sobre a descoberta de outros planetas localizadas em regiões habitáveis rodeando uma determinada estrela, nos acabemos por convencer que tal facto ocorreu mesmo (a descoberta de outros planetas como a Terra) e desse modo que qualquer imagem que nos seja proporcionada e dado ao nosso prazer e usufruto (mesmo que nos faça lembrar uma simples construção infantil) só possa ser mesmo realidade.
E assim juntando-nos ao coro daqueles indiferentes que apesar de não verem acreditam no que os outros dizem ver (uns 7 biliões), somos agora esmagados com as primeiras imagens (reais) vindas de um desses mundos potencialmente semelhantes ao nosso (ainda-por-cima certificados pela NASA), numa montagem animada baseada em dados reais recolhidos a partir do sistema planetário Trappist-1 (utilizando o telescópio Kepler) tendo como objetivo mostrar-nos a região ocupada pela estre-anã centro desse Sistema: não nos mostrando especificamente nenhum desses planetas (tal é impossível de se concretizar pelo menos para já e unicamente com o instrumento ótico utilizado), mas por outro lado deixando a nossa imaginação funcionar face às manchas apresentadas (com a sua óbvia mensagem subliminar – existem mais como nós), construindo-se a partir daí uma realidade (organizada e até geométrica) mesmo que parecendo um Lego.
(imagem: NASA)