ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Turismo ─ Tosta-Mista Covid
“Reino Unido desconfina com “cautela” devido a nova variante.
O Reino Unido registou a morte de cinco pessoas e 1.979 casos de covid-19 nas últimas 24 horas, de acordo com os últimos dados do Governo britânico, que hoje aliviou "cautelosamente" várias restrições em Inglaterra.”
(MadreMedia/Lusa/24.sapo.pt)
Depois de abrirem as portas dos PUB
(no Reino Unido/bares e restaurantes)
Estando em Estado de Calamidade até ao fim do mês de maio (depois de promovido o seu estatuto de um nível abaixo/inferior, o anterior Estado de Emergência) e contra a maioria dos estados europeus (achando ainda não ser o momento apropriado, fazendo-o, mas com restrições) abrindo desde já o seu espaço aéreo às “viagens de turismo”,
─ Servindo-se do “empurrão inglês”, colocando-nos na sua reduzidíssima “lista verde” (integrando por exemplo Israel, impossibilitado de o fazer, estando agora em guerra) ─
Numa ação necessária (e quase que obrigatória para a recuperação da Economia) levada a cabo e aplicada (tendo já arrancado, antes do início do Verão),
─ “O Ressuscitar do Turismo, em estado de coma há mais de um ano” ─
E simultaneamente reforçando o nosso sentido de segurança (interno), passado o pior (desta última vaga Covid-19) e regressando no que diz respeito à região algarvia (e pelos visto em força, dado quase o exclusivo) o turismo,
Entre ingleses e outras nacionalidades e face à abertura do nosso espaço aéreo a países (e viagens como as turísticas) com baixa taxa de incidência deste coronavírus, chegando hoje aos aeroportos portugueses cerca de 7.500 viajantes maioritariamente ingleses (uns 5.500) e dirigindo-se para Faro: numa sequência tendendo a manter-se ou mesmo a crescer até ao fim deste mês e pelas reservas entretanto tendo a vir a ser efetuadas, estendendo-se por toda o Verão e semanas seguintes (vindo a seguir o Golfe). Com a maioria desses visitantes a serem britânicos (estando ingleses e escoceses autorizados já a viajarem) e sabendo-se serem os próprios a afirmar estarem algo preocupados com possíveis/futuras contaminações mas agora com a variante indiana crescendo em percentagem no nº total de novos infetados e não se sabendo ainda ao certo se as vacinas fazem efeito (achando-se que sim, mas recordando-se poderem estar perto do fim do seu período de validade e no mínimo necessitando-se até para ver a sua eficácia de uma 3ª dose, ou da vacina não do ano passado/que estamos a tomar, mas a deste ano). Enviando-os para cá (os seus cidadãos) mas avisando-os diretamente a eles (responsabilizando-os) e indiretamente a nós (ao nosso Governo, tendo o dever de nos informar/comunicar) do que ainda poderá suceder (não estando como todos sabemos o vírus erradicado, continuando a matar até em Portugal).
Abrindo as portas das PRAIAS
(em Portugal/aqui o Algarve em 2013)
Daí o meu espanto pelo alerta vindo das Ilhas Britânicas (para os seus cidadãos, podendo vir a ser um problema de saúde interna, mas já existindo antes e não sendo provocada pela sua viagem), se comparado com o silêncio interno e do costume do Governo continental de Portugal, para além das manifestações (sem sequência, nem antes, nem depois, para a construção de uma Imagem/símbolo desta região) de Boas-vindas do costume nos aeroportos, nada dizendo, com nada se preocupando e por vezes até se “esquecendo”: de nos informar convenientemente de quais as suas estratégias de recurso (proteção e segurança) se algo se começar a passar mal por aqui (onde vivo, no Algarve) seja em relação aos turistas como aos aqui residentes e aqui trabalhando: conhecendo-se antecipadamente a Europa estar ainda num processo de descida e de estabilização desta derradeira vaga da Pandemia (uns países mais adiantados, outros mais atrasados), com alguns parâmetros importantes ainda instáveis e não se sabendo ainda muito bem o que as próximas semanas/meses nos reservarão (em princípio e resultando as regras, as testagens e sobretudo as vacinas, esperando-se muitos meses).
Quanto ao nosso Governo vindo aí o Verão e de seguida as Autárquicas (e até pela sua despreocupação), sendo o seu pensamento “logo se verá”. Recordando ainda que dentro em pouco os outros farão o mesmo (arrancando o seu setor turístico), desejando não sermos castigados ─ pelo “pecado da gula” ─ face à oferta (a nós feita, antecipada) do habitual bolo-inglês.
(imagens: Oli Scarff/AFP/Getty Images/usatoday.com ─ Alamy/dailymail.co.uk)